Quando a conheci escrita por SadMomo


Capítulo 4
Ilusões ou realidade?


Notas iniciais do capítulo

Má-ôee! Oi gente, eu não morri. >.< Desculpa a demora pelo capitulo novo... Andei muito ocupada -ainda estou-, então percebam que não esqueci de vocês e me esforcei ao máximo pra ter um tempinho livre pra escrever. Mais chega de enrolação e leiam logo esse novo capitulo.



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Minha respiração era rápida e pesada, minhas mãos tremiam. A luz do sol de final de tarde invadia a janela aberta. Pisco meus olhos e quando os abro novamente, vejo o teto do meu quarto. Sinto o meu corpo pesado e coberto de suor. Me sento na cama.

–Mas que merda foi essa...?

–Deu de acordar agora moleque?!

Disse meu pai entrando no quarto

–Que horas são?

–17:00 horas.

–Caraca eu dormi tanto assim?

–Que nem uma pedra.

–Tive um sonho tão real...

–E nesse seu sonho tinha uma garota por acaso?

–Sim, mais como você sabe disso?

–Enquanto você dormia que nem uma pedra, você não parava de dizer: Leticia... Leticia... Leticia... Ela deve ser incrível para que você dissesse tantas vezes o nome dela...

–Deve ser...

–Como assim?

–Bom, eu não a conheço, quer dizer, sei quem ela é mais não sei nada sobre ela...

–Hmm. Estranho... Bom, que tal comermos alguma coisa. Você deve tá morto de fome por dormir tanto assim.

–Realmente.

–Então vamos, sua mãe fez bolo.

Morto de fome, com o corpo todo duro e com dores me levanto e vou até a cozinha. Enquanto andava no corredor indo em direção à cozinha, o cheiro do bolo invadia praticamente a casa toda-Não importava a hora, minha mãe adorava fazer pelo menos um pouco de comida-, e dava pra ouvir as vozes de meus tios, minha irmã e meus primos. Mais pra mim está casa não continua sendo a mesma, aquilo no banheiro pode ter sido um sonho ou não, mas foi uma experiência assustadora, e se foi tudo um sonho, para mim foi muito real. (Não sei dizer até hoje se esse meu acontecimento foi real ou não, pois depois disso, tive medo de dizer ou perguntar a alguém, pois não saberia o que seria real ou não). Mas, enquanto andava pelo corredor, sentia a atmosfera ao meu redor diferente, e se antes ela já fosse assim, eu não tinha reparado. Entrando na cozinha todos riam de alguma piada feita pelo meu tio, o Igor ria tanto que teve a proeza de soltar leite pelo nariz, assim fazendo todos rirem ainda mais. Mas nem vendo aquela sena tosca do Igor foi capaz de tirar de mim um sorriso qualquer, nem um de escarnio.

–David querido, finalmente você acordou. Já estava ficando preocupada, achei que ia dormir por mais tempo do que a bela adormecida. –Disse minha tia (O nome dela é Eloisa).

–Bom, quando se dorme se perde a noção do tempo né tia.

–É isso ai rapaizinho. –Disse rindo meu tio (O nome dele é Fábio).

–Tá com fome? –Perguntou minha tia.

Apesar de ter dormido por um longo tempo e ter acordado com fome, e não saber a quanto tempo estava no sítio e nem saber que dia era já não sentia muita fome, uma coisa rara.

–Não muito, mais aceito uma torrada e uma banana.

–Só isso?! Porca miséria garoto pode sentar aqui e comer mais que uma torrada e uma banana!

E contra minha vontade, me sentei e fui obrigado a me entupir de bolo e para fazer o bolo descer um monte de coles de suco de caju.

Após varias fatias de bolo e litros de suco, me sentia tão cheio, que se eu me movimentasse seria capaz de estourar, então fiquei sentado na cozinha por alguns minutos e depois fui respirar um pouco de ar fresco na varanda.

Sentado na rede começo a refletir sobre meu bizarro “sonho”. Novamente fui capaz de ouvir aquela estranha risada, pude perceber que na risada harmônica tinha um pouco de conotação diabólica. Queria falar com alguém a respeito disso, mas com quem? Já não tinha certeza de que a minha conversa com a Bia fora real.

A paisagem era reconfortante, era capaz de me encher de paz, mas isso era antes do “momento”, agora era apenas uma paisagem de colinas cheias de alvores e um céu laranja vazias, o ar era agradável e o cheiro de terra dominava o lugar, mais era apenas isso, lugar, ar, cheiro, terra, arvores, nuvens... Apenas coisas existencialistas em minha vida agora vazia.

–... David? ... David?

–Hãn?-Alguém devia estar me chamando há um tempo...

–Você está bem? Está parado ai há horas!-Disse a Bianca.

–Humm... Horas? Quanto? Tempo?

–Umas 6 horas pra ser mais especifica. No que você tanto pensa, pra ficar 6 horas sentado nessa rede?

–Em coisas... Não sei direito. É algo que está me perturbando.

–Perturbando... O que o perturba?

–Não posso falar. Quero ter certeza de tudo. Quando confirmar o que é isso, talvez eu te diga.

–Talvez, sua resposta pra tudo pra mim é talvez. Que droga David!-Disse, batendo os pés enquanto andava para algum lugar.

Talvez eu a magoei, mais eu sempre magoo alguém, não tem como mudar isso em mim... Mais dessa vez é pro bem dela. Tenho um mau pressentimento desse “momento”, tenho medo de dizer o que aconteceu e acharem que estou enlouquecendo, pior, posso contar e a pessoa também possa ver essas coisas bizarras e surtar... Merda viu, não importa pra que lado eu olhe, vai ter sempre uma arma apontada pra mim. O que eu faço? O que eu faço?!

09:45 a.m.

Deitado em meu carto ouvindo o Igor ressonar baixinho ainda penso naquela merda. A luz da manhã atravessava os buracos da persiana, dando uma estranha atmosfera no ar, fora o som do meu primo, tudo estava em completo silêncio.

–Da-vi-d... Da-vi-d...

Meu corpo paralisa. O que é isso? Alguém está sussurrando meu nome, mais quem? Não reconheço a voz. Ela vem do corredor... Será melhor eu ver o que pode ser ou ficar aqui? Olho para o Igor, mais ele continua a dormir. Ele não ouviu.

Com uma certa insegurança dentro de mim, me levanto e caminho cuidadosamente em direção a porta.

–Da-vi-d... -O sussurro está se distanciando...

–Quem é? –Digo.

–Já era hora de você ter descoberto... Realmente não se lembra da minha voz?

Chegando à porta, estico a cabeça pra fora para olhar pro corredor, mais tudo que eu vejo é uma sombra projetada na parede de uma pessoa que está na sala.

–E porque teria eu que lembrar da sua voz?

–Humm...? Não é você que quer tocar na minha pele? Quer dizer, na pele dela?

No momento que a voz diz aquilo, a imagem do rosto da Leticia invade minha mente.

–Quem é você?

–Um dia você irá descobrir...

Chegando à sala, tudo que vejo são os móveis e a porta da frente aberta, vou olhar da varanda e não vejo ninguém...


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Notas finais do capítulo

*3* Isso é tudo pessoal. Até o próximo capitulo. Beijinhos



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