Fim de semana e como de costume Marlena passaria o fim de semana com seu pai, Wendy estava a espera de seu ex-marido há mais de três horas.

– Mamãe ele não vem ?

– Claro que sim querida, ele deve estar preso no transito, coma seu lanche.

Wendy se vira e vai até a sala onde telefona para o ex-marido.

– Alô ?

– Onde você está ? Está atrasado e eu também, pessoas tem compromissos.

– Ei ! Calma, estou preso no transito.

– Claro transito...

– É verdade.

– Peter eu não quero saber onde você está, apenas venha buscar a Marlena, ela está achando que você não vem. E eu a intendo.

– Já estou chegando.

Depois que desligou o celular Peter entra em uma floricultura, ele compra algumas rosas, e um ursinho de pelúcia. Enquanto isso Wendy mexe em algumas caixas e acaba deixando uma cair no chão, ela se agacha para pegar as coias mas fica no chão e começa a admirar as fotografias que ali estavam guardadas. Ela encontra uma de Marlene com poucas semanas de vida, outra com o seu irmão Miguel, e outra onde o seu irmão João segurava a filha, mas uma em especial chamou a atenção da mulher, era a foto de seu primeiro encontro com o seu ex-marido, eles estavam no boliche, comemorando o sucesso da peça escolar Neverland. Lá estavam a “Tinkerbell” com o seu namora e Peter vestido de garoto perdido. Não era um encontro formal, mas foi onde eles deram o primeiro beijo. Wendy sorriu ao se lembrar da data. A mulher foi tirada de seu desvaneio quando a campainha tocou. Ela desce as escadas e vai abrir a porta, ao abrir ela vê um grande buquê de flores.

– Quem morreu ? – ela perguntou.

– Meu orgulho, é para você – ele entrega.

– Eu não gosto de flores.

– Ah gosta sim, já fomos casados lembra ?

– Lembrou bem Fomos, não somos. Você devia ter feito isso quando eramos.

– Ah qual é, custa dar uma chance ?

– Custa, você é muito infantil e de criança na minha vida já basta a Marlene que alias... MARLENE ! – Wendy grita a filha.

– Papai ! – a menina vem correndo e abraça o homem.

– Hey princesa ! Como você está grande, olha o que o papai comprou para você – ele entrega o ursinho.

– Obrigada papai é lindo.

– Vá pegar a sua mochila e me espere no carro, eu tenho que conversar com a sua mãe.

– Ok.

A menina corre para arrumar as coisas.

– Wendy revira os olhos – Ih lá vem bomba.

– Eu quero levar a Marlene para o México.

– O que ? Não mesmo !

– Ela também é minha filha.

– Então vem com a gente ? Podemos tentar tudo outra vez.

– Peter não vai acontecer – ela passa a mão na testa.

– É só você querer, eu sei que você me ama – ele se aproxima e tenta beija-la, mas ela desvia.

– Viu ! Sempre muito infantil, você não sabe chegar em uma mulher.

"Às vezes odeio cada palavra idiota que você diz

Às vezes quero esbofetear a sua cara

Não há ninguém igual a você

Você me dá nos nervos

Sei que a vida seria um saco sem você"

Ela queria de todas as formas negar o amor que sentia por ele, mas era praticamente impossível, Wendy ainda amava o pai de sua filha.

"Ao mesmo tempo, quero abraçá-lo

Quero colocar as minhas mãos em volta do seu pescoço

Você é um babaca, mas eu amo você

E você me deixa tão louca que fico me perguntando

Por que ainda estou aqui, ou aonde eu poderia ir?

Você é o único amor que conheci

Mas eu odeio você

Odeio você de verdade, demais

Acho que deve ser

Amor verdadeiro, amor verdadeiro

Deve ser amor verdadeiro

Nada mais parte o meu coração como amor verdadeiro

Amor verdadeiro, deve ser amor verdadeiro

Ninguém mais consegue o partir meu coração como você"

– Vai negar que me ama ?

– É verdade, um dia eu te amei, e tentei mostrar isso, tanto é que casamos e tivemos Marnela, mas você estragou tudo Peter, você conseguiu quebrar o meu coração.

"Ao mesmo tempo, quero abraçá-lo

Quero colocar as minhas mãos em volta do seu pescoço

Você é um babaca, mas eu amo você

E você me deixa tão louca que fico me perguntando

Por que ainda estou aqui, ou aonde eu poderia ir?

Você é o único amor que conheci

Mas eu odeio você

Odeio você de verdade, demais

Acho que deve ser

Amor verdadeiro"

– Quer saber ? Estou cansado de você sempre dizer que a culpa foi minha de tudo ter dado errado, mas a culpa também é sua – ele provoca.

– Minha ? – ela ri sarcástica.

– É, sua ! Se você fosse um pouco mais extrovertida quem sabe ? Você é muito séria, nunca ri, tenho dó da Marlene.

– Bom alguém tem que ser o responsável por ela não ?

– Vamos Wendy, admita, você adora esse meu jeito brincalhão, e foi por ele quem você se apaixonou – ele a coloca contra a parede.

– Peter, me deixa sair...

– Diga...diga... – ele sussurra.

– Peter... a Marlene está a sua espera no carro – ela olha nos olhos azuis dele.

– Ela pode esperar, apenas diga... – ele se aproxima para beija-la.

– Peter...

– Wendy...Eu te amo... agora a sua vez.

– Peter... eu te... – ele não espera e a beija.

Wendy não rejeitou, pelo contrario o puxou pelo colarinho, era obvio que ela o amava, e se ele tivesse calma, teria a sua esposa de volta.