Nightmare escrita por Jello


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Oi lá travecas ~falando com as paredes~
Sempre quis postar uma fic desse anime, já que não tem muitas e eu acho esses dois lindo juntos ♥ otp otp otp -q
Bem, o inicio é meio tenso pq é o pesadelo e tal sayugsaduy mas enfim, chega de falar -3-
Ah, o POV do inicio é do Nai, da pra saber pq tá em itálico e depois é tudo em terceira pessoa ♥
Boa leitura proces ♥



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Acordei num lugar totalmente escuro. Esfreguei meus olhos fortemente, queria sair logo dali, estava muito assustado.

Fiquei algum tempo parado, ainda tinha esperanças que se não fizesse nada eu poderia sair dali. Não sei quanto tempo havia se passado, mas tudo estava igual.

Derrotado, me levantei arrastadamente e comecei a andar.

Não importava para qual lugar eu olhasse ou fosse, a única coisa que eu me deparava era com a escuridão. Meu coração começou a apertar, eu estava sentindo muito medo.

Foi então que comecei a ouvir gritos bastante abafados. Senti um arrepio subir por todo o meu corpo, os gritos pertenciam a Gareki.

Saí correndo em direção a sua voz. Tentei não chorar, mas conforme eu me aproximava os gritos aumentavam, fazendo as lágrimas saírem compulsivamente de meus olhos. Eu já não enxergava direito e estava esgotado de toda essa correria, mas não me importava, só pensava em salvar Gareki.

Foi então que conforme eu comecei a avistar algumas silhuetas. Apressei o passo, logo parando lentamente.

Eu não estava acreditando no que estava vendo. Minhas pernas vacilaram, fazendo-me ir de encontro com o chão. Lágrimas começaram a cair com mais intensidade. O que eu poderia fazer numa situação como aquela?

Gareki estava amordaçado numa cadeira, ele estava implorando por ajuda. Ao seu lado estava Karoku, segurando firmemente uma arma contra a cabeça do moreno.

-Eu te disse, Nai... – Falou calmamente, sorrindo para mim. Era um sorriso diferente, um sorriso frívolo que me fez gelar. – Te disse para manter distancia de Gareki. Agora é tarde de mais...

O que aconteceu a seguir foi muito rápido, não consegui raciocinar direito. Comecei a chorar mais, ouvi um barulho alto e os gritos de Gareki sessarem, Karoku deu uma risada estranha, como se estivesse louco e havia sangue...

Nai acordou estupefato, sentindo as lágrimas ainda molharem sua face. Levou seus dedos em direção aos seus olhos, limpando calmamente os mesmo, o que não adiantou muito, afinal, as gotículas ainda teimavam em cair.

Fechou os olhos, talvez se repasse seu dia melhoraria seus ânimos, não?

Começou a pensar o quão divertido fora seu café da manhã, se lembrou do jeito em que Gareki não deixou Yogi sentar-se ao seu lado. Não entendia o porquê daquilo, mas achou bonitinho.

Falando em Yogi, se lembrou quando foi ao seu quarto para conversar...

Sentiu seu rosto ferver, não deveria ter falado com o amigo sobre aquilo... Mas o que podia fazer? Não tinha como conversar com outras pessoas, principalmente quando ao assunto era, bem, seus sentimentos.

Fechou os olhos com mais força, talvez se pensasse sobre a conversa que tiveram a tarde sua vergonha seria tão grande que iria o fazer parar de chorar. Sim, é isso!

Era final da tarde e Nai estava indo em direção ao quarto de Yogi para... Desabafar?

Enfim, estava sentindo coisas diferentes em relação à Gareki. Não que ele não gostasse do moreno, muito pelo contrário, Nai estava ali porque achava que gostava demais do mesmo.

Quando chegou ao local, mesmo que cheio de receio, abriu a porta calmamente, se deparando com o loiro deitado lendo uma revista. Quando o mais velho notou sua presença abriu um sorriso, se sentando no sofá e indicando para o outro se sentar ao seu lado. Mesmo estando nervoso e com vontade de sair correndo, Nai se sentou no lugar indicado, encarando o chão.

Yogi observava Nai com o canto dos olhos. Sabia que ele iria vir ali, como Gareki veio. Tinha quase certeza que os motivos eram os mesmos: o suposto amor que sentiam um pelo outro. Desde a primeira vez que os viu juntos sabia que eles iriam namorar mais cedo ou mais tarde e ficava feliz ao ajudar os amigos a descobrirem melhor seus sentimentos. Sorriu de lado com esses pensamentos, parecia um solteirão com a vida sexual frustrada que precisava ajudar os outros para suprir sua falta de amor. Tão estranho.

-Então, Nai, você quer algumas balinhas? – Sorriu, apontando para um pote cheio de balas sortidas que jazia ao seu lado. Notou que albino estava desconfortável, precisava o distrair pelo menos um pouco. Não seria tão difícil o convencer de seus sentimentos, não para uma pessoa que conseguiu convencer Gareki a admitir que estava gostando do outro.

Nai assentiu sorrindo, pegando algumas balinhas animadamente.

-Bem, acho que você não veio aqui para comer balas. Você precisa de ajuda em algo, certo?

Nai engoliu as balinhas receosamente, estava sem graça em ter esse tipo de assunto com o loiro. Assentiu lentamente, falando logo em seguida:

-Eu acho que sinto algo estranho por Gareki, eu gosto dele demais e de uma forma diferente... – Parou para raciocinar um pouco, corando por ter dito aquilo. – Quer dizer, eu gosto de você e da Tsukumo, mas é de uma forma diferente... Você entende?

Yogi teve vontade de apertar Nai naquele momento. Entendia muito bem o motivo de seu amigo ter se apaixonado pelo albino. Ele era tão ingênuo e inocente, como se clamasse para alguém protege-lo.

-Nai, posso fazer algumas perguntas para você? – Falousorrindo, vendo o outro pegar algumas balinhas e afirmar timidamente. – Quando você está com Gareki você fica feliz e quer ficar sempre ao seu lado? Você sente vontade de protege-lo? Sempre que ele não está por perto você fica pensando nele? – Yogi queria fazer mais perguntas desse tipo, mas concluiu que iria deixar o albino meio confuso.

Nai por sua vez ao ouvir todas aquelas perguntas quase cuspiu fora as balas que estavam em sua boca. Olhou amedrontado para Yogi. Como ele sabia disso?

-É simples Nai, você está apaixonado pelo Gareki.

O mais novo sentiu seu rosto arder, tanto pelo fato de ter falado alto sua pergunta quanto por Yogi afirmar com tanta certeza aquele fato.

Pensando bem, era verdade. Em alguns livros que Karoku tinha lido para ele e abordavam o assunto “amor”, Nai estava sentindo o mesmo que descreviam...

Mas e agora? O que faria? Deveria contar ou guardar para si mesmo?

Um turbilhão de perguntas invadiam a sua mente agora, até que percebeu que Yogi estava acariciando seus cabelos, como se quisesse que ele prestasse atenção no que o loiro tinha a dizer.

-Bem, vou te dar o ultimo conselho. Você deveria falar com Gareki sobre isso, aposto que ele iria receber muito bem sua declaração.

Nai afirmou com convicção. Iria falar com Gareki mais tarde. Murmurou um muito obrigado para Yogi, indo em direção ao seu quarto.

Isso realmente tinha o feito parar de chorar e se questionar quando iria falar com o outro, entretanto, aquilo não era o principal pensamento de Nai agora. Ainda estava muito preocupado com o moreno, sentia que algo iria acontecer e não sabia se era uma coisa boa ou ruim.

Por fim, decidiu se levantar e zelar o sono de Gareki.

Ah, como ele ficava bonitinho desse jeito... Foi difícil para Nai resistir a não apertar suas bochechas.

Estava quase adormecendo em pé, quando ouviu alguém sussurrar seu nome.

Chacoalhou a cabeça, olhando para os lados para constar que não havia ninguém ali. Suspirou, deveria ser efeito do sono...

-N-Não me deixe, Nai...

O albino arregalou os olhos ao ver que na real quem estava sussurrando seu nome era Gareki.

-N-Nai, eu te a...

O menor não estava mais nem ai. Se aproximou de Gareki, cutucando sua bochecha direita. Ao ver que o mais alto não apresentou nenhuma reação, passou por cima do mesmo e se deitou ao seu lado, sentindo um arrepio por suas costas se chocarem contra a parede fria. Soltou um muxoxo de reclamação por causa disso, enlaçando a cintura do maior. Ainda não entendia o motivo de estar fazendo aquilo, só queria sentir que Gareki estava ali, são e salvo. Sem nem perceber, adormeceu.

Gareki abriu os olhos lentamente. Sentiu uma estranha movimentação na sua cama e alguém abraçando sua cintura. Será que estava ainda sonhando? Preferia que não, havia tido um sonho tão horrível...

Abriu os olhos lentamente, olhando para o lado esquerdo da sua cama.

Observou que era só Nai que estava ali, o abraçando. Sorriu por isso... Espera! Nai não deveria fazer coisas assim sem sua permissão. Ele poderia se descontrolar e fazer coisas que não devia...

-Nai... Nai! – Murmurava Gareki num tom meio irritado, ele não tinha noção?

-Que foi? – sussurrou Nai, abrindo seus olhos preguiçosamente enquanto apertava mais forte seus braços em volta da cintura de Gareki.

-O que você está fazendo aqui?

-Uhm, estava dormindo... Isso porque você sussurrou meu nome, então eu não resisti. E-Eu acho que gosto de você... – Falou se cortando seu contato com Gareki, virando-se para o outro lado. Não conseguia acreditar que tinha falado aquilo de um modo tão... Tão... Sem graça?

Gareki arqueou uma de suas sobrancelhas, Nai realmente estava estranho naquele dia...

-Eu também gosto de você Nai, mas você se deitar assim do nada da a entender que somos namorados...

-Eu gosto de você como namorado, então por que nós não somos um casal? Você não gosta de mim como namorado? – Retrucou Nai emburrado, puxando as cobertas que cobriam Gareki para seu lado, deixando-o completamente destapado.

Gareki corou com aquele comentário, sentindo-se imensamente feliz. Bem, aquilo foi uma declaração, certo? Então ele tinha seu amor correspondido? Se perguntava como Yogi sabia disso tudo...

-Olhe para mim, Nai... – Pediu Gareki e o menor prontamente o obedeceu.

Gareki quase riu, o menor estava com um bico tão fofo... Como não se apaixonar por uma criatura assim?

-Gareki, seja sincero, você me ama a ponto de namorar comigo?

Gareki sentiu seu rosto ferver ainda mais, tinha certeza que se falasse algo gaguejaria, então simplesmente cortou o curto espaço que o separava de Nai e selou os seus lábios.

Nai ficou surpreso com esse ato, mas se sentiu inteiramente feliz. Logo fechou os olhos e aproveitou o contato que estava tendo com os lábios gélidos do outro.

Gareki não aprofundou o beijo, não havia necessidade disso, não naquele momento. Separou lentamente seus lábios, abraçando o outro, levando-o contra o seu peito.

Tinha um sorriso em seu rosto, aquilo o deixava tão contente. Foi tão bom sentir os lábios de Nai contra os deles, eles eram tão quentes e delicados...

-E-Eu te amo, G-Gareki... Posso ficar com você? Tive um pesadelo...

-Só se você ficar comigo pra sempre.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? :3 Espero que sim asytd
Comentários são sempre bem vindos sabiam? -q
Até a próxima :3