Não se apaixone por um idiota escrita por Lua Barreiro


Capítulo 2
Consequências da Festa


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pelo capitulo pequeno 3:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/431630/chapter/2

— Tá. — Respondi fazendo descaso da situação.

Esses garotos se prezam tanto que se algum fio de cabelo deles enrolasse, iriam automaticamente entrar em estado de coma profundo. Peguei uma outra bebida e fui atrás da Miles, certamente ela estaria bêbada ou jogada em algum canto do banheiro vomitando suas tripas.

Porém, foi pior do que eu havia previsto.

Miles estava em cima do balcão de bebidas apenas de roupas intimas. Ela rodopiava sua blusa enquanto cantava uma merda qualquer de música ostentação. Todos os meninos em sua volta se esfregavam nela como se fossem um bando de carnívoros e ela o último pedaço de carne do planeta, se não fosse o bastante a garota retribuía aos gestos.

— Miles? — Gritei enraivecida.

Até poderia acontecer um diálogo, mas digamos que nenhuma palavra que ela pronunciou pode ser traduzida. Subi em cima do balcão para tentar desce-la, mas acho que me confundiram com uma daquelas putas, já que meu vestido realmente era exorbitantemente curto. Empurrei um garoto que tentava me enconchar enquanto descia com Miles, que se rebatia. Ela me jogou no chão e eu passei a entender suas palavras melhor:

— Me larga, porra. E não me enche, estou cansada de ficar com você e ser zombada por isso. Tenta mudar idiota. — Deu as costas cambaleando.

Eu admito que isso de certo modo me afetou.

Pedi uma bebida qualquer e decidi que seria a hora de mandar o mundo se danar. Não que eu não tenha praticado isso antes. Virei a garrafa em doze goles dificultosos.

Demorou um pouco para que o álcool percorresse todo meu corpo e minha visão começasse a se duplicar e eu perder completamente o controle sobre meus membros. Sentei em um banco de balanço, que ficava ao lado de uma bancada cheia de vasinhos de margaridas de plástico.

Arranquei uma das flores e fiz dela minha amiga:

— Então flor..Creio que suas pétalas estejam um pouco desbotadas. –—Ela me parecia infeliz com sua aparência.

–...

– Ah sim entendi, mas não existe corante para plástico? Por que eu acho que até as falsas merecem respeito.

–...

– Na verdade, gente falsa merecia morrer.

E foi nesse momento que eu comecei a arrancar todas as pétalas da flor mais simpática que eu conheci. Senti que alguém se aproximou, mas não dei a mínima, precisava continuar a descontar minha raiva nessa flor, com quem um dia eu conversei.

— Martins? —Philips questionou, com a voz talvez até mais branda que a minha. —Está conversando com uma flor?

A partir daí eu não me lembro de mais nada.

Abri meus olhos lentamente para que a luz não estourasse minhas córneas. Espreguicei todo o meu corpo e percebi que a cama estava mais macia do que de costume. Foquei por todo o local e com toda a certeza, o quarto que eu estou vale mais que toda a minha casa.

Olhei para o lado e só havia um travesseiro amassado, então abri a porta. Mal conferi se eu estava vestida. Desci as escadas rapidamente e me deparei com o maldito Philips Mackenzie.

Joguei uma almofada no seu corpo, que se encontrava apenas com uma bermuda praiana.

Se o corpo dele fosse uma música, com certeza ficaria no top 10 da MTV por vários anos.

— Philips Mackenzie, não me diga que nós? — Não é necessário completar uma frase tão estupida. — Não, eu não posso ter feito isso e nem me lembrado.

Ele sorriu torto.

— Droga. — Me joguei no sofá ao seu lado. — Eu sinceramente preciso de uma sacada neste momento para me jogar dela.

Ele se virou e começou a me fitar, como se estivesse flertando. Coçou a nuca e finalmente admitiu o que realmente havia acontecido...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!