Primavera escrita por Wenky


Capítulo 1
Capítulo Único: Cerejeiras.


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu com uma fanfic one shot do casal mais lindo de Naruto ♥ Senti saudades dos meus grandes amores e decidi escrever (acho que a minha primeira) fanfic fluffy (ou não) do casal.Queria observar que Março é o início da primavera no Japão, por isso a menção no título e durante a fanfic.Boa leitura :3



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:: Capítulo Único: Cerejeiras ::

Escrito por: Wenky (Andréia)

Como de costume Sakura se aproximou com um sorriso chamando seu nome.

– Sasuke-kun! – ela acenou animada.

– Hm – ele murmurou olhando-a apenas por breves segundos e logo desviando o olhar para qualquer ponto que não fosse ela, aparentemente indiferente.

– Que tal fazermos algo hoje? O dia está tão bonito... – disse enquanto se aproximava. Olhando para o céu acima de si – É primavera – completou.

Aquele supostamente era pra ser mais um dia de treino, mas Kakashi-sensei estava atrasado novamente e Naruto, estranhamente não havia aparecido, a última notícia de que tivera dele é que estava doente, mas naquele momento ela se importava muito pouco com Naruto. Pensava que era uma grande oportunidade de estar sozinha com o Sasuke-kun... uma grande oportunidade.

– Não estou interessado – ele respondeu secamente.

Sakura engoliu a pequena pontada que suas palavras lhe causaram no peito e deu um sorriso.

– S-Sasuke-kun... – murmurou – Poderíamos fazer um piquenique... Não teremos treino hoje e...

– Se o Kakashi-sensei não aparecer, certamente irei treinar sozinho. Não posso perder tempo – ele rebateu.

Sakura fixou os olhos verdes entristecidos no chão, e em um breve momento, Sasuke levantou o olhar, olhando-a.

– Eu apenas achei que...

Silêncio.

Ah. Não faria diferença, quantas vezes ela havia o convidado? Milhares e milhares e a resposta era sempre a mesma.

“Não posso perder tempo.”

“Hmpf.”

“Preciso treinar.”

“Não.”

“Hm.”

“Não.”

Fazia dois meses que estavam no mesmo time e, a única vez que em que ficara sozinha com ele foi quando foi chamada de irritante no dia em que o Time Sete foi formado. Depois teve a missão no País das Ondas, e uma pequena chama em seu coração se acendeu de que talvez eles estivessem mais próximos... de que talvez Sasuke se importasse mais... talvez... talvez...

Mas como sempre, a resposta era a mesma.

Então, talvez ela devesse deixar sua insistência, não tentar mais, pensou tristemente. Pensava sempre o mesmo quando sua proposta era rejeitada, e no dia seguinte insistia em fazê-la de novo, para logo em seguida pensar que talvez, apenas talvez, devesse desistir. Ainda era tempo de largar essa ideia de ser ninja, de largar seu interesse pelo Uchiha.

Talvez.

Talvez...

– Tudo bem – o Uchiha respondeu por fim sem grande emoção – Vamos.

Sakura olhou-o, incrédula.

Não podia ser. Ou sim, sim, podia ser.

Ele havia finalmente aceitado seu convite? Ohhhh. Ela mal podia acreditar que...

Ah.

Sorriu, sorriu como há muito não sorria.

– Vou preparar tudo para o nosso piquenique, Sasuke-kun! – disse animada, indo em direção a sua casa – Me espere!

******

Pararam em um campo que havia perto da casa de Sakura, a menina sorria enquanto carregava em uma das mãos a cesta com o piquenique que muitas vezes havia feito e desfeito derrotada. Mas a qual, insistentemente, ela se colocava a fazer de novo. Esperando incessantemente que esse dia chegasse.

O dia estava bonito, ensolarado e com uma brisa agradável. Era Março, início da primavera, e a grama estava mais verde que o normal e as cerejeiras floridas salpicavam o verde com seu tom roseado. Sakura andava em passos leves, quase flutuando perdida em seu sonho. E Sasuke, ao seu lado andava com as mãos no bolso, como sempre, parecia desligado.

Sentaram-se debaixo de uma Cerejeira, Sasuke se acomodou em uma parte do tronco da mesma e Sakura em outra, fazendo questão de ficar o mais próximo dele que podia.

Sem falar nada, eles começaram a comer. Sakura havia preparado bolinhos de arroz e levado algumas frutas, Sasuke comia-os sem comentar nada. Até que Sakura perguntou se ele havia gostado de seus singelos bolinhos, e o mesmo afirmou que sim com a cabeça, olhando para o céu acima de si.

– O que tanto olha no céu, Sasuke-kun? – ela perguntou ansiosa por falar algo.

Ele a mirou por um momento, observando quando uma pétala de Cerejeira caía entre eles, segurou-a entre os dedos e acabou por observar o quanto aquelas flores se pareciam com o cabelo da menina a sua frente. Obrigou-se a observar também como seus grandes olhos que estavam verdes como a grama abaixo de si. Ela parecia mais bonita na primavera, como se conectasse com a natureza numa sincronia perfeita... ou talvez, naquele dia ensolarado de primavera, entre as Cerejeiras e com o vento aos cabelos, ele pudesse dar uma maior atenção para sua aparência.

Sasuke sempre teve completa noção de que Sakura o tempo todo queria chamar sua atenção, e que ela falhava miseravelmente, mas naquele dia, de forma simplória, ela conseguiu prender sua atenção por algum tempo.

Sakura sorriu.

Seu coração acelerou por um breve momento, e ele desviou os olhos, mirando o céu novamente.

– Hm, nada... – disse por fim respondendo à pergunta.

Ela considerou a resposta assentindo, pegou uma fruta e deu uma mordiscada entediada. E olhou para o céu também. Procurou o que tanto chamava a atenção do Uchiha no mesmo e nada encontrou que chamava a sua, suspirou acomodando-se ao tronco da árvore.

– Sasuke-kun...

– Hm?

– Lembra-se de quando ficamos sozinhos pela primeira vez? – ela perguntou, corando.

Pensou no seu primeiro beijo que quase aconteceu, e seu coração apertou dentro do peito de ansiedade... será que, eles poderiam recomeçar de onde pararam?

Mas depois se lembrou de quando ele a chamou de irritante, e sentiu um receio, se arrependendo de ter entrado naquele assunto. Havia tantas coisas sobre ele que ela gostaria de perguntar, de saber... mas se conteve.

Ainda assim, sentia-se curiosa por ele. Pelo seu passado, sua história, seus medos e sua solidão... queria perguntar, entender... mas também se conteve.

Sasuke virou o olhar para ela, esperando que ela continuasse.

– Ah... esquece.

Ele continuou a olhar, enfeitiçado pela cor de seus cabelos de Cerejeira. E ela se obrigou a virar o rosto, constrangida. Sem que ela esperasse, sentiu que a mão do garoto se sobrepunha a sua, e baixou os olhos para olhar. Quando levantou o rosto para ele, parecia que estavam alguns centímetros mais perto, era como se estivessem atraídos por algum tipo de magnetismo de forma que seus rostos ficavam cada vez mais e mais perto.

Os olhos negros dele se afundavam nos verdes dela, perdidos, enfeitiçados... Com a mão livre, Sakura subiu a mesma para o rosto de Sasuke, ternamente acariciando sua bochecha.

– Sasuke-kun...

As bochechas se coraram.

Então, de fato ele se lembrava daquele dia? Ele...

Porém, inesperadamente, ele tirou as mãos que estavam sobre a dela, segurando-lhe a nuca, passando a mão levemente pelos cabelos sedosos. Sakura aproximou mais o rosto, os lábios a centímetros de distância dos dele, mas, com a mão em sua nuca, Sasuke impediu que ela se aproximasse, e logo em seguida se afastou.

Ela o olhou de forma confusa enquanto ele se colocava de pé.

– Sasuke-kun...?

Ele lhe referiu um breve olhar de censura e por alguns instantes ela sentiu o coração se apertar, como se tivesse avançado demais no espaço pessoal do Sasuke, como uma vez já fizera. E mais uma vez o deixara irritado.

– Eu pensei que... você se lembrava daquele dia e queria... Ah, me desculpe, Sasuke-kun. Por favor, não vá embora! – ela pediu numa súplica quase desesperada.

Sasuke engoliu algo em seco, mirando o chão receoso.

– Você é mesmo irritante.

Ele repetiu as palavras que disse naquele dia, mas dessa vez mais atordoado do que irritado. Era como se Sakura mexesse com seu autocontrole sobre as emoções previamente calculadas e aquilo o tirava do sério. Ele não se lembrava “daquele” dia como Sakura falara, ainda que pudesse imaginar do que se tratava pela forma como seus olhos brilharam esperançosos.

Quis beijá-la, assim como ela desejava que ele fizesse.

Quis poder beijá-la.

Mas se conteve.

Não devia, não podia. Ela parecia alimentada demais de esperanças em falso... aquele dia... aquele momento...

– Esqueça tudo que aconteceu aqui – ele disse se virando. Tentou não olhar para ela, mas o fez. Seus olhos verdes entristecidos o quebraram, e ele se afastou.

Iria doer deixa-la.

Doeu deixa-la.

E doeu se lembrar dela e daquela tarde ensolarada de Março que viveu há três anos, ainda como um shinobi de Konoha. A imagem daquela tarde de primavera se desenhou em frente aos seus olhos enquanto mirava uma árvore florida de Cerejeira, as matizes do tom dos cabelos de Sakura se desenharam ao vento, fios rosados esvoaçantes, e os olhos verdes brilhosos e esperançosos se fizeram a sua frente novamente. Numa memória vívida e dolorosa, bonita e melancólica...

Queria tê-la beijado.

“O que acontece é que, quando estou com você, eu me perdoo por todas as lutas que a vida venceu por pontos, e me esqueço completamente que

gente como eu, no fim, acaba saindo mais cedo [...] para não pagar a conta. Isso eu poderia ter dito a ela. Mas não disse.”

Eu Receberia As Piores Notícias Dos Seus Lindos Lábios Marçal Aquino


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Notas finais do capítulo

Olá a todos!! :3
Bem, primeiramente eu estava percebendo que não tenho UMA fanfic de SasuSaku na época clássica do mangá (por que, meu Deus?) e então, decidi fazer.
E, segundo, lendo um bom livro me deparei com essa linda frase que coloquei no final e ela quase gritou para mim "SASUSAKU!!!!!!!! ♥" e me deu a ideia. O clichê é eterno, decidi usar um pouquinho de poesia mas não sou muito talentosa no ramo *chora* e o fluffly terminou com melancolia (sou incurável para isso). Porém, se vocês gostaram... comentem!!

PS: E fica a recomendação de "Eu Receberia As Piores Notícias Dos Seus Lindos Lábios. É lindo!
PS [2]: Se tiver qualquer erro de ortografia/digitação me avisem, ando super relapsa... XD