Há muito tempo Quinn não se sentia assim. Havia passado um ano trancada, sem poder sair mais alem desse grande jardim que tinha a residência onde a mantinham presa.

Naquele lugar havia uma piscina esportiva e um grande jardim. E ate uma academia para que elas se manterem em forma, mais não deixava de ser o inferno. Tinha isso porque elas precisavam se manter bonitas para os clientes, mais não era vida.

Agora passeava por esse grande centro comercial, procurando roupa decente e algumas coisas pessoais que Rachel havia se encarregado de comprar. Sua mão estava agarrada a da linda morena, que em nenhum momento a soltava. Quinn estava com medo constante, e estar grudada em Rachel a fazia sentir um pouco mais de segurança.

Depois de comprar várias coisas, demais para ela mais que Rachel quis dar, passaram em um restaurante do centro para comer algo.

– cansada?-

Perguntou enquanto esperavam o almoço.

– um pouco-

– almoçamos e vamos para casa, e você descansa, ta?-

Quinn sorriu timidamente.

– não acha que comprou o bastante para mim?-

Olhando as sacolas ao lado.

– nada é suficiente para você. E alem disso, comprarei um celular para que se mantenha em contato comigo, porque por que tenho que viajar a um povoado aqui perto -

– não quero que você vá-

Respondeu com medo. Seu rosto demonstrava o pânico que sentia por dentro

– linda, será menos de um dia. Viajo de madrugada, e te prometo que amanhã pela tarde estou aqui para irmos à Nova York-

Tentou tranquilizá-la.

– tenho medo. Não me deixe sozinha, por favor-

Quase chorou.

– tenho que ir linda-

– sei mais não me sinto segura. Tenho medo de que voltem, de que me peguem e levem para lá outra vez-

– não podem te fazer nada. Para eles você já é minha, não podem fazer nada nem te querer de volta. -

– não sabe o medo que eu sinto Rachel, me sinto... Sinto-me segura contigo, somente a teu lado. Não confio em ninguém-

Rachel tomou suas mãos e acariciou carinhosamente.

– posso ver em seus olhos o medo Quinnie. E me sinto honrada de que confie tanto em mim. Te prometo que nada acontecerá enquanto eu estiver contigo e enquanto eu puder cuidar de ti-

– soa tão lindo-

Sussurrou com um sorrisinho.

– o que?-

– Quinnie... Há muito tempo não me chamavam assim-

Fazia muito tempo que não a chamavam assim. Suas amigas, Brittany e Santana as chamavam assim e mais ninguém. E Rachel a chamando soava tão bonito!

– seu nome é lindo... O diminutivo também... Chamamos minha irmã de Monie mais o seu nome é Harmony.

– que nome bonito-

Rachel concordou.

– como é a menor a chamamos de Monie, ainda que ela não goste-

– Tem muitos irmãos?-

– todas mulheres! Somos todas mulheres-

– tenho três irmãs. Eu sou a do meio, tenho 25. May tem 27, depois vem Clara de 21 e a caçula é a Monie de 19-

Quinn a escutava atenta.

– e você?-

– não tive essa sorte. Sou filha única-

– teria adorado ter irmãos mais não tive. Ainda que a vida tenha me presenteado duas irmãs, as filha de minha babá-

– tem babá?-

– tive babá-

Expressou divertida.

– mais quando cresci ela se transformou em minha amiga.não sei.. é mais que uma babá para mim, é mais que uma empregada sabe? Ela me criou. Meus pais nunca tiveram tempo para mim e foi ela quem me viu crescer e me criou com suas duas filhas.

– é como sua segunda mãe-

– é-

Receberam o almoço e seguiram falando.

– vocês não tiveram babá?-

– não. Minha mãe sempre foi muito dedicada, sempre deu 100% de seu tempo e sempre fomos sua prioridade. E isso porque teve quatro filhas! Meu pai era o que trabalhava, mais apesar do trabalho ele sempre respeitou nossos horários-

Agora a mão da loira acariciava a da ruiva.

– teve uma infância feliz-

– uma vida muito feliz, ate que levaram minha irmãzinha-

A voz de Rachel falhou. Quinn aproximou com sua cadeira, ficando ao lado dela e lhe acariciou a bochecha para consolá-la.

– você vai encontra-la. Vai encontrar pode ter certeza. E ela estará esperando que a salve. E se não, Deus ajude que encontre uma pessoa como a que eu encontrei... Que me salvasse do vazio-

Quinn a abraçou e Rachel se sentiu bem em seus braços. Havia encontrado a mulher que queria em sua vida, e não a deixaria ir.

Depois de refrescar-se um pouco Quinn saiu do banho com um roupão e se deitou na cama, ficando em posição fetal.

Rachel havia saído há quinze minutos fazer umas compras e a tinha deixado sozinha. Isso a assustava. Quinn vivia com o pensamento de que alguém chegaria e a levaria para aquele lugar novamente.

Cobriu-se com o edredom e esperou impaciente que a jornalista voltasse. Os minutos se passavam lentamente, seu corpo tremia e seu coração palpitava desenfreadamente.

Ao escutar um ruído na sala se levantou e apoiou-se na parede próxima a porta, com medo. Deslizou lentamente enquanto o pânico seguia e ela abraçava a si mesmo.

Rachel entrou no quarto e a encontrou agachada e aterrorizada. Por sua parte, por não ver quem entrava Quinn olhou com terror.

– calma, sou eu-.

Se agachar e ajuda a levantar-se. Quinn ao vê-la, se jogou em seus braços.

– o que houve Quinnie?

– não gosto de ficar sozinha-

Choramingou enquanto abrasava mais o corpo de Rachel.

– shhh... Tranquila. Não vou fazer isso de novo, fique tranquila-

A abraçou e beijou seu cabelo, enquanto o choro da moça cessava por seu abraço.

– me abraça forte, por favor-

Pediu agarrando-se mais a seu corpo.

Estiveram por um longo tempo abraçadas. Depois Rachel se sentou na cama e acomodou Quinn em suas pernas. Esta abraçou seu pescoço e escondeu seu rosto ali, enquanto Rachel acariciava suas costas.

Horas mais tarde Quinn seguia dormindo. Havia dormido nos braços de Rachel depois de acalmar seu pranto. Agora estava coberta com um lençol e ainda que estivesse dormindo profundamente em seu rosto se refletia ainda um pouco de perturbação.

Rachel havia feito algumas ligações e depois havia preparado uma xícara de chá para Quinn. Não queria acorda-la, mais eram quase oito da noite e ela tinha que comer algo.

Para sua surpresa quando chegou ao quarto Quinn havia acabado de despertar.

– melhor?-

– sim-

Concordou a Loira.

– perdão, eu não quis agir assim mais..-

– tudo bem -

A tranquilizou acariciando as costas

– Quinn...-

Entregou-lhe a xícara que Quinn aceitou

– quero que saiba que nada vai te acontecer estando comigo. Não permitirei que ninguém te machuque, e quero que confie em mim, o que digo é verdade. Eu sei que é difícil, sei que vive com o pânico constante, mais nada te acontecerá... Eu jamais permitiria ta?-

Quinn concordou.

– quanto à viagem que eu tinha que fazer, eu não vou mais -

– Dulce... Perdão se te pedi que não viajasse. Foi um atrevimento de minha parte e... -

– nada-

A calou.

–prefiro estar contigo. Alem do mais viajamos amanhã a tarde para Nova York -

– já? -

– sim... Não há mais porque esperar-

– mais... Não era importante a viagem que tinha que fazer?-

– sim era importante, mais você é mais. Um amigo meu viajará em meu lugar-

– me sinto tão mal por saber que deixa de fazer suas coias por mim-

– deixo porque quero Quinn... -

Pegou seu queixo para que a olhasse.

– não quero que se sinta assim. Quero estar todo o tempo possível contigo, quero te proteger e você é mais importante que uma viagem. Sério, essa viagem poderia ser feita por eu ou qualquer outro jornalista -

– serio?-

– sim minha linda, não se preocupe-

Sorriu para tranquilizá-la.

– agora vou preparar o jantar. O que acha?-

– me deixa?-

– não. Pode ir à cozinha comigo-

– não. Não é isso, perguntei se me deixa preparar o jantar-

Corrigiu sorrindo.

– cozinha?-

– muito bem-

– perfeito-

Pegou sua mão

– vamos?

***

Nova York. Estavam em Nova York! E era tão bom estar de volta, voltar a sua terra, sentir o vento, o sol sobre sua pele... Nunca antes havia sentido tanta falta de sua casa! E era muito bom estar de volta.

Cada vez faltava menos. Queria se reencontrar nesse momento com sua família, suas amigas, sua Lupe. Saíram do aeroporto e um carro as esperava. O que se supunha ser o chofer estava apoiado na porta do lado de fora, olhando para todos os lados.

– Mauro!-

Gritou Rachel agitando sua mão desocupada. Aproximaram-se ao carro e a jornalista cumprimentou o homem com um abraço.

Quinn estava a seu lado. Tirou os óculos escuros e ajeitou seu cabelo.

– Mauro, esta é Quinn -

Olhou para a jovem...

– Quinn, ele é Mauro, o chofer de meu pai-

– muito prazer-

Cumprimentou a jovem estendendo a mão.

– muito prazer senhorita-

– como está Mauro?-

Rachel perguntou ao homem.

– muito bem senhorita. Sentíamos sua falta por aqui-

– pois, já estou aqui-

– não sabia que viria acompanhada-

Desviou seu olhar para a moça.

– bem, as levo a sua casa?-

Rachel olhou para Quinn.

– quer que vamos primeiro a minha casa? ou vamos direto para a tua?-

– melhor irmos para a sua. Assim deixamos as malas-

– a minha casa então-

Disse ao chofer, o senhor de aparentemente 45 anos, concordou e abriu a porta traseira. Rachel deixou Quinn entrar primeiro.

Cerca de meia hora depois estavam na casa de Rachel. Bom, estavam em frente a um edifício luxuoso no meio da cidade.

Mauro pegou as malas com a ajuda de Rachel, Quinn apenas olhava para todos os lados.

– Mauro, já ode ir. Diga a meu pai que estarei em sua casa em algumas horas-

O senhor concordou e depois de despedir-se se retirou.

Rachel e Quinn subiram no elevador ao apartamento 13.assim que adentraram o amplo apartamento a morena deixou as malas e logo dirigiu seu olhar a Quinn.

– meu apartamento, é mais amplo que a casa que tinha na Colômbia, como pode ver-

– é muito bonito-

– e bem cuidado, com certeza Maite passou por aqui-

– ela mora aqui?-

– não, ela mora no apartamento de cima-

Quinn se surpreendeu.

– mais não acredito que a esteja agora, trabalha nesse horário-

–ah-

– não tenho nada na geladeira. O que acha de sairmos para comprar algo?-

Quinn negou.

– estou bem, não se preocupe-.

– ok. Bem... Então? Quer ir a sua casa agora?-

A moça voltou a negar

– não ainda?-

Pela terceira vez ela negou com a cabeça.

– e então?-

Quinn se aproximou e a beijou. De forma terna, como se estivesse agradecendo pelo que a morena fazia por ela. Mais logo o beijo se transformou em algo mais intenso quando a loira abriu seus lábios. Ante esse gesto, Rachel o aprofundou colocando sua língua, acariciando cada canto de sua boca com ela. Suas mãos agora estavam na cintura de Quinn, levantando a blusa para acariciar sua pele macia. Ante esse contato Quinn gemeu e baixou suas mãos aos botões da blusa desta, desabotoando-os com muita experiência, sem se separar nem um centímetro da morena.

Entre beijos e caricias Rachel a dirigiu ao quarto. No caminho foram ficando peças de roupas, espalhadas pelo apartamento, e quando chagaram ao quarto, ambas se encontravam só com jeans e sutiã. Rachel desabotoou a calça de Quinn, deixando-o cair por suas pernas, e Quinn os tirou rápido quando estava em seus calcanhares. Deitaram-se na cama, Quinn gemeu quando sentiu a fria coxa de cama em suas costas mais não deixou de beija-la.

Os beijos da morena baixaram ao pescoço de Quinn, devorando com uma fome vorás, sugando, lambendo, enquanto a Loira arqueava sua coluna para que sua mão se encontrasse finalmente com o fecho do sutiã, liberando seus seios perfeitos.

Ao vê-los, Rachel os massageou com ambas as mãos enquanto via Quinn se retorcer de prazer. Rapidamente sua boca foi aos rosados mamilos da moça, deixando-os duros por seu ato. Enquanto isso sua mão direita baixava por seu corpo topando com a calsinha que a impedia de encontrar sua feminilidade. Estava tão molhada, tão pronta para ela.

Abriu espaço em seu centro, acariciando-a mais intensamente.

Quinn gemeu seu corpo de arqueou e seus gemidos aumentaram.

Quinn seguia beijando seus seios, chupando seus mamilos, enquanto acariciava seu centro.

– quero mais.. te quero..dentro de mim..-

Exigiu a loira.

Rachel não a fez esperar mais e a penetrou com dois dedos.

– te machuco?-

Perguntou detendo seus movimentos. Quinn negou sem deixar de chorar.

– não, você nunca me machuca-

A abraçou

– não quero me separar de você Rachel -

Sussurrou em um choramingo

– eu também não quero me separar de você Quinn.

Acariciou sua bochecha com a mão desocupada e secou uma lágrima com seu polegar, enquanto sua outra mão segui em seu interior.

– mais também não posso te arrastar comigo, e muito menos te por em perigo. Agora que você está a salvo e pode voltar a sua família, não quero que te façam algo se te levo comigo-

– não me importa o perigo se eu estiver contigo meu amor-

– minha vida..-

Rachel deixou um terno beijo em sua testa

– te prometo que voltarei por ti. Se você me esperar... prometo te fazer feliz. Quero estar contigo, quero que seja minha, minha mulher... quero algo sério contigo Quinn. Por isso, te prometo que voltarei para você, para que possamos ser felizes juntas.

– me promete?-

– te prometo meu anjo.-

Logo depois de outro beijou Rachel começou com os movimentos de sua mão, entrando e saindo de Quinn sem deixar de olhar em seus olhos.

– te prometo que estarei sempre contigo-