Capitulo 5-Cilada

-Para para, Fabinho, Para.

Gargalhava alto e tentava tirar as mãos dele da minha barriga.

-Para Fabinho, para, não consigo mais respirar.

Disse, mas continuei rindo. Ele parou por um momento e me olhou nos olhos.

-Só se você admitir

-Nunca fraldinha.

-Então não paro.

Disse, e continuou me fazendo cócegas.

-Não, para para, ta, eu admito...

Ele parou as cócegas, esperando, e eu fiquei ser dizer nada, recuperando o fôlego.

-Anda maloqueira, to esperando.

-Eu... Eu acho...

Parei o olhando, nossas respirações ainda estavam ofegantes.

-Eu acho você incrivelmente...Metido!

Disse, e comecei a rir de novo, tentando me levantar do sofá e me desvencilhar das mãos dele que tentavam novamente fazer cócegas em mim.

-Não vale! Diz, confesse que me acha incrivelmente lindo e que você adora me olhar enquanto estou dormindo, anda Giane, confesse.

Ainda não tinha conseguido fugir dele, e ele ria enquanto me fazia cócegas. Fabinho tinha me pegado o observando dormindo de manhã, acordei primeiro que ele e ele me pegou o observando e desde então ficou o dia todo me enchendo, para confessar que o achava lindo e que amava o observar dormindo, já que não era a primeira vez que ele me flagrou fazendo isso. Claro que eu o achava lindo e é claro que adorava o observar dormindo, mas ele não precisava saber disso, ou me ouvir confessando.

-Não digo!

As mãos dele pararam e ele me olhou, as mão foram para minhas bochechas, me olhou profundamente nos olhos. Nossos lábios quase se tocando. Levei uma das mão aos cabelos deles e mexi um pouco ali, depois desci e passei o polegar delicadamente sobre seus lábios.

-Você não precisa me obrigar a dizer, você é lindo, eu poderia passar horas te olhando dormir, e eu te amo seu palhaço.

Ele sorriu, então nosso lábios se tocaram com urgência.

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Senti minha cabeça doer e abri os olhos lentamente, tentando focar minha visão, e quando ela finalmente entrou em foco, vi o homem de preto me olhar, parecendo esperar eu acordar. Me sentei no chão e ele caminhou até mim, e foi com desespero que observei que ele estava com uma faca na mão, avançou sobre mim, pondo a faca ameaçadoramente sore meu pescoço, sentia que se me mexesse um pouquinho iria me cortar.

-Nunca mais entendeu? Nunca mais tente fugir de novo, se não você ira ver essa faca rasgando sua garganta inteirinha, entendeu garota!

Fechei os olhos fortemente,desejando que aquilo acabasse logo, ele se afastou e caminhou até a porta, mas antes e sair se virou para mim e disse.

-Esta avisada, e sem comida ou água por um tempo, pra ver se aprende.

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“-Para para, Fabinho, Para.

Gargalhava alto e tentava tirar as mãos dele da minha barriga.

-Para Fabinho, para, não consigo mais respirar.”

Sorri, sento tanta falta dela, falta de brigar, de provocar, de ganhar tapas, beliscões, de beija-la, de abraça-la, de vê-la sorrir, aquele pivete que tinha entrado na sua vida de maneira tão surpreendente e aos poucos foi o conquistando mais e mais, a cada dia, e da mesma maneira que entrara foi arrancada bruscamente de sua vida, mas ele iria encontra-la, tivesse ela onde estivesse, ele a encontraria.

“-Eu acho você incrivelmente...Metido!”

“Não vale! Diz, confesse que me acha incrivelmente lindo e que você adora me olhar enquanto estou dormindo, anda Giane, confesse.”

“-Você não precisa me obrigar a dizer, você é lindo, eu poderia passar horas te olhando dormir, e eu te amo seu palhaço.”

Acabei pegando no sono ali no sofá mesmo.

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DUAS SEMANAS DEPOIS

Olhei para o anel em meu dedo e novamente pensei nele, o que estaria fazendo? Olhei pela janela, vendo que o sol estava nascendo, ele devia estar se preparando para ir trabalhar, fechei os olhos por um tempo, só pensando, meu estomago roncou de fome, estavam atrasando na minha comida, mais do que o normal. Ouvi um barulho na porta e a maçaneta girou, me levantei esperando. Uma mulher adentrou o recinto, sendo acompanhada pelo homem que me prendera ali todo esse tempo.

Me olhou com um sorrisinho perverso e sínico.

-Oi, Giane.

Ela me parecia estranhamente muito familiar.

-Ta lembrada de mim?

-Talvez.

-Claro que não lembra né trombadinha.

Ela me estendeu a mão, como se fosse me cumprimentar.

-Karen Treen

-Kar...VOCÊ?

-Eu, em carne e osso.

-O que cê ta fazendo aqui? Porque me prendeu aqui? Cê é louca garota? O que que cê quer?

-Quero o Fabinho

A encarei completamente chocada.

-Você quer... VOU TE MATAR SUA MALDITA.

Avancei pra cima dela, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, o maldito homem me segurou, me debati para tentar me soltar.

- que que cê quer com Fabinho?

-Simples, ele é podre de rico e eu to precisando.

-Do que que cê ta falando? Você foi adotada por uma mulher rica.

-Rica nada, aquilo La era só imagem, quando cheguei em casa, era um barraco caindo aos pedaços, onde tinha mais 5 crianças e ela os obrigava a “trabalhar” pra ganhar dinheiro pra ela, nos obrigava a roubar as coisa e tudo, e o cara que ela sempre contratava pra se fazer de marido dela nos roubou e se mandou, não deixando um centavo. Ela sumiu no mundo e nos deixou sozinho, tivemos que sobreviver sozinhos, e agora eu deixei de ser tonta eu vou ganhar alguém bem rico pra me bancar.

-E tem que ser justamente o Fabinho? Sua bandida, tudo isso só pra conseguir o Fabinho? Com tanto cara rico por ai que não e comprometido?

-E cê acha que o Fabinho esta sendo o primeiro querida? Já fiz um rapa em alguns.

A olhei com pura raiva.

-Você não vai conseguir o que quer, Fabinho jamais iria gostar de você, e ele me ama.

-Tem certeza? Já faz um mês e três semanas, cê acha que ele pensa em você ainda? Que ele ainda não te esqueceu?

-Acho.

-Então você esta muito enganada, ele nem se quer te menciona mais. Eu estive La, na Casa Verde, na verdade, estou morando La, e eu sinceramente estou tendo grandes chances de ganhar essa guerra.

-Sua ordinária, se chegar perto dele de novo, eu vou...

-Vai o que? Você não pode fazer nada, esta presa e completamente indefesa.

-Quando Eu sair daqui...

-Você nunca vai sair daqui, e SE, algum dia sair, vai ser tarde de mais, já vou ter me envolvido com Fabio.

-SE, Isso acontecer, quando eu sair, conto a ele e ele te larga.

-E você acha que depois de estarmos casados e eu botar a mão na grana dele eu vou deixar ele vivinho pra contar história? De jeito nenhum.

-Você...pretende matar... Cê ta louca, o Fabinho não é burro, ele jamais vai se casar com você, ele já fez muita coisa errada e sabe ver quando alguém presta e quando não presta, e eu tenho certeza que você fica se jogando pra cima dele, ele odeia isso, você não tem chances nenhuma, talvez, TALVEZ ele fique com você por umas horas só pra se divertir.

-Algumas horas é tudo que eu preciso, já pensou Giane? Um Fabinhozinho correndo por ai?

-Sua...

-Quieta! Ve se se comporta, ou quem paga é você e Fabio. E também, logo chegara uma companhia pra você.

Ela caminhou até a porta e saiu da sala, sendo acompanhada pelo homem.

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-Eai? Conseguiram alguma coisa?

Perguntei a policia.

-Nada, rastreamos a placa da vã, mas ela estava abandonada na estrada, procuramos mas não achamos nada ainda.

-E as digitais?

-Estamos trabalhando nisso ainda, a bola foi pegada por outras pessoas depois do sequestrador, estão procurando a digital certa, estamos encaminhando para vários laboratórios.

Bufei, o desespero começando a tomar conta de mim de novo.

-E como fica? Giane vai ficar desaparecida até quando? Preciso achar ela, preciso dela aqui agora e se vocês não fizerem mais nada, faço eu.

-Fazer o que garoto? Sair por ai a procurando? Batendo de porta em porta perguntando se alguém a viu? Já fizemos isso por um bom tempo, ninguém a viu, ninguém sabe, ninguém viu nada.

-Não importa, eu vou procura-la, e não vou parar até achar.

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-Fabinho, cê já ta sabendo?

-Sabendo de que?

-A Amora sumiu.

-Ta idai, o que isso tem de mais, ela já não vinha mais aqui mesmo, só resolveu vir essa semana, com a desculpinha de quere ver Bento, veio me encher o saco e tudo.

-Não Fabinho, é diferente, ela veio aqui com os sobrinhos ontem a noite, pra jantar com o Bento, disse que esqueceu o celular no carro, voltou pra sozinha pra pegar e sumiu.

Franzi o cenho.

-Igual a Giane?

-Sim, e o celular estava no banco do carro, simplesmente sumiu.

-Talvez ela sumiu de propósito, deixou os sobrinhos aqui com o Bento e se mandou a malandra.

-E ela faria isso se o celular, bolsa que deixou na saca do Bento, com dinheiro cartão identidade, as roupas que ainda estão no apartamento dela. Fabinho, Amora também foi sequestrada.

-Inacreditável cara, só pode ser perseguição.

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-Entra ai e cala a boca.

Ouvi entrarem na sala e jogarem alguém pra dentro da sala, com um capuz na cabeça pra não ver nada e então saiu da sala.

Corri até a tal pessoa que parecia um pouco tonta e desesperada.

-Calma, vou te ajudar.

Tirei o capuz da cabeça dela e fiquei totalmente chocada.

-Amora?

Ela me olhou incrédula.

-Giane?