Já estava amanhecendo em Konoha e Kiba continuava jogado no chão daquela viela. Adormecido. Mas as vezes vinha em sonho, lembranças do acontecido da noite anterior, e com isso Kiba acordava assustado pensando se aquilo foi sonho ou realidade. Até que foi despertado com uns lambidos no rosto.

 

Kiba: Pára Ino. Dessa vez eu não vou deixar você fugir.

Akamaru: Au! Au!

Kiba: Ah, é você meu amigo. Nossa que dor de cabeça... tô todo largado... me leva pra casa...

Akamaru: Au!

 

       Chegando em casa...

 

Hanna: Seu baka! Porque esta chegando a essa hora? Se falar que estava com a Hinata-chan até agora eu não vou acreditar, pois eu vi ela sozinha na festa. O que houve dessa vez?

Kiba: O de sempre. O Naruto voltou de viagem, a Hinata ficou taras dele, e eu fui beber. Só isso.

 

Hanna: Tadinho de você irmão. Quer alguma coisa?

Kiba: Sim. Não sinta pena de mim. Agora eu vou tomar uma ducha, dormir e não quero mais esse assunto quando eu acordar. Isso pra mim já é passado.

Hanna: Ok.

 

       Kiba foi para o banheiro se despiu e entrou no chuveiro. Foi quando a água começou a bater em suas costas e tórax e ele sentiu uma certa ardência, (tipo quando se esta com algum machucado e quando a água bate ele arde) daí um novo flash veio a sua mente, memórias de mordidas e arranhões que havia levado na noite anterior, e que se estava todo arranhado como se tivesse brigado com um gato, era porque aquilo realmente havia acontecido.

 

Kiba: Maldita loira endiabrada. Parecia uma gata no sio. Brincou comigo e depois me largou na sarjeta. Mas isso não vai ficar assim. Agora mesmo eu vou provar que uma gata não leva vantagem em cima de um cachorro.

Akamaru termina de comer que nos vamos caçar.

 

Akamaru: Au?

Kiba: Vamos caçar a gata que me encurralou ontem a noite.

 

       Enquanto isso em outro clã de Konoha;

 

Temari: Shikamaru, acorda. Temos que esperar meus irmãos na entrada da cidade.

Shikamaru: Só mais dez minutos.

Temari: VOCÊ ESTA DIZENDO ISSO A UMA HORA!!!

Shikamaru: Are...Hare... vamos...

 

       No portal da cidade...

 

Gaara: Não gosto desses festivais. As cidades ficam super lotadas e nem dá pra andar direito.

Kankurou: Você deveria gostar. Afinal, você é o Kazekage. Esse tipo de festa sempre trás dinheiro para o país.

 

Gaara: Temos que levar alguma coisa pra Godaime.

Kankurou: Tipo o que?

 

Gaara: Sei lá... eu não entendo nada sobre presentes femininos, mas lembra da última visita? Ela quase ultrapassou a minha defesa absoluta com aquela garrafa de saquê, só porque não trouxemos um presente.

 

Kankurou: Devo concordar com o idiota do seu cunhado. Mulheres são problemáticas.

Gaara: Nosso cunhado. Falando nisso. Onde estão aqueles dois?

 

Kankurou: Temari deve estar lutando pra acordar o idiota.

Gaara: Acho que o mais indicado seria comprar flores. É meio óbvio, mas é o presente que toda mulher gosta, eu acho.

 

Kankurou: Vamos na loja daquela amiga gata do Shikamaru.

Gaara: Acho melhor não. A Temari não gosta dela.

Kankurou: E daí? A Temari não esta aqui.

 

       Na loja de flores...

 

Inochi: Eu não tenho culpa que você esta de ressaca! Da próxima vez tenha compromisso com o seu trabalho.

Ino: Tá bom pai, só não grita.

 

Kankurou: Bom dia!

Ino: Ora se não são os irmãos da problemática.

Gaara: Bom te ver também senhorita Yamanaka.

 

Ino: Desculpe senhor Kazekage.

Kankurou: É o seguinte, nos gostaríamos de um arranjo de flores bem bonito.

Ino: E pra que seria?

 

Gaara: Pra que você tem que saber?

Ino: Pra eu ter uma idéia do tipo de arranjo.

Kankurou: É pra Godaime. É que ela sempre reclama que ninguém tras um presente pra ela na festa da primavera.

Ino: Ata. Vou fazer um pra vocês.

 

       Quando Ino sai da loja para pegar umas flores que estavam na banca,  percebeu um shinobi e seu cão caminhando próximos a loja. Foi aí que ela recordou de toda noite de ontem e lembrou que ele havia dado um aviso; Ele quer revanche.

Em uma jogada de mestre, Ino pensa logo em um contra ataque para que pudesse manter Kiba bem afastado dela.

 

Ino: Kankurou-kun... pode me ajudar?

Kankurou: Claro. O que quer?

Ino: Segura esse banquinho aqui que eu tô com medo de cair...

 

Kankurou: Esta muito alto? Eu posso pegar esse arranjo pra você?

Ino: Não precisa... é só segurar o banquinho...hehehe...

 

(Ino finge que esta tropeçando e cai em cima de Kankurou)

 

Ino: Aí desculpa... eu fiquei tonta... é que eu tô meio de ressaca e ...

Kankurou: Que isso... pode cair em cima de mim a hora que quiser...

 

       Do outro lado da rua...

 

Kiba: Olha lá Akamaru... é uma gata safada mesmo! Dando em cima daquele feioso cunhado do Shikamaru. Eu odeio ele.

Akamaru: Au!

 

Kiba: Se ela pensa que eu vou deixar passar, ela esta muito enganada. Vamos.

Akamaru: Uhhhh...

 

Kankurou: Então quer dizer que a festa estava bombando ontem?

Ino: Sim. Estava maravilhosa.

 

Kankurou: É mas pra mim é meio chato. Porque minha irmã fica com o marido dela, e o Gaara fica naqueles encontros de Kages, eu sempre fico na pista.

Ino: Que isso!!! Você é tão bonito. Duvido que fica na pista sozinho.

 

Kiba: Ora se não é o cunhado do Shikamaru que brinca com bonecas!!!

Kankurou: Bem que eu senti um cheiro ruim... ah é o Kiba! Aquele que fede a cachorro molhado!

 

Ino: Kakaka!!! Cachorro molhado! Adorei o seu senso de humor Kankurou!

Kiba: Ino. Eu vim buscar o que é meu! A minha revanche!

 

Ino: Você esta bem? Sobre o que esta falando?

Kiba: Não seja baka, sua loira endiabrada!

 

Kankurou: Bom acho melhor eu ir. O Gaara já pagou o arranjo ao seu pai. Podemos nos ver mais tarde no festival?

Ino: Claro!!! Isso, se a sua irmã não tentar me matar...

 

Kankurou: Desde que você não mexa com o marido dela.

Ino: E se eu mexer com irmão???

 

Kankurou: E te projeto. Pode deixar. Vamos Gaara?

Gaara: Até mais.

 

Kankurou: Tchau tchutchucão!

Kiba: Vai maquiar suas bonecas!

 

Ino: Você ficou louco? Ficar fazendo escândalo com os clientes da loja do meu pai. O cara é irmão do Kazekage e aliado de Konoha.

Kiba: E você? Fica se oferecendo pra todos os clientes da loja?

 

Ino: Eu me ofereci pra quem? Ele que me chamou pro festival.

Kiba: Não me interessa. Você me fez de otário ontem e agora quero a minha revanche.

 

Ino: Eu não sei do que você esta falando.

Kiba: Você quer que eu entre na loja e mostre as mordidas e os arranhões de uma gata selvagem que me atacou ontem?

 

Ino: Você briga com os outros na rua e coloca a culpa em mim?

Kiba: E esse arranhão na sua cintura? Parece que um cachorro te atacou ontem...

 

Ino: Foi sim. Um cachorro idiota. Tava morrendo de fome e me atacou.

Kiba: (segurando ela pelos braços) Não me faça perder a paciência Ino. Você ontem brincou comigo e agora vai ter que pagar.

 

Ino: É melhor você me largar ou o meu pai vai te dar uma surra. Olha ele te olhando lá de dentro.

Kiba: Se você pensa que só porque aceitou sair com o baka do Kankurou você se livrou da minha vingança, você esta enganada. Você vai aprender a nunca mais brincar com o instinto de alguem.

 

Ino: Você esta tão nervoso, que se eu fosse levar a sério essas suas ameaças, diria que você tá doido pra levar outra prensa na parede.

Kiba: Que? (vermelho) Isso é mentira! Espera Ino! Pode esperar! Eu vou quebrar essa sua pose de poderosa e no final quem vai estar no chão pedindo por mais vai ser você.

 

Ino: Kakaka. Veremos. Cão que late não morde.

 

       Kiba foi pra casa, mas ficou a todo instante pensando no porque fazia tanta questão de uma revanche. Talvez seria porque ela o fez de brinquedo; Usou e jogou fora. Ou porque ele estava se sentindo usado. Ela o humilhou o prendendo com uma força absurda e fez aquilo; Nossa. Nunca ninguém tinha feito “aquilo” com ele. Que loucura. Ele ficava em brasas só de pensar. Mas logo vinha a sua cabeça o quanto ela o viu frágil. Como uma gata depois de ter pego a sua preza. Ela o olhava com ar de superioridade e dava o golpe final. Não importava o porque. Ele quer a revanche dessa batalha.

 

       Já estava anoitecendo e Ino fechou a loja para se arrumar. Ela sabia que a batalha de hoje seria bem difícil. Kiba estava com uma sede de vingança estampada nos olhos. Porque ele esta fazendo tanta questão de uma revanche? Qual é o problema dele? Ele teria gostado do “trato” que ela deu nele? Todas essas perguntas se passavam na mente de Ino. Mas ela não iria dar esse gostinho a ele. Não mesmo. Afinal, ela tinha a chance de tentar conquistar ninguém mais ninguém menos que o irmão do Kazekage! Que tirando aquela roupa estranha de luta era uma gracinha.

 

 

19:30

Kankurou: Boa noite Ino.

Ino: Olá. Que pontualidade!

Kankurou: É o costume. Vamos?

Ino: Sim claro.

 

Kankurou: Só que antes eu precisava te comunicar algo.

Ino: O que? Aconteceu algum problema?

Kankurou: Nada sério. É que o Gaara me chamou para um jantar que será realizado para a cúpula dos Kages e como eu já havia te convidado para ir ao festival, eu queria saber se você gostaria de mudar de rota e ir a esse jantar.

 

Ino: Mas é claro!!! Eu nunca fui em um desses jantares chiques!!!

Kankurou: Então vamos.

 

Ino: Não!!! Eu preciso trocar de roupa!!! Tenho que colocar um kimono mais chique.

Kankurou: Não precisa nada. Com essa sua carinha de boneca você pode entrar lá vestida dentro de um saco de batata que continuará uma gata.

Ino: Nossa Kankurou... como você é cavalheiro. Sabe elogiar uma mulher.

 

Ino e Kankurou estavam a caminho do jantar oferecido pelos kages. Mas não perceberam que estavam sendo seguidos por uma certa pessoa.

 

- Jantar né... é hoje que você me paga Yamanaka Ino.

 

        Realmente o jantar era bem chique. Lá estavam os cinco kages e suas comitivas com, seguranças, acessores, conselheiros, generais de exército entre outros figurões políticos.

       O salão estava cheio e havia algumas Kunoichis e civis mas nenhuma outra chamava tanta atenção dos olhares masculinos quanto Yamanaka Ino. Seu kimono era de um tipo de seda que brilhava mas que o normal e a cor roxa do kimono contrastava com a sua pele clara.

 

Gaara: Vejo que arrumou uma bela companhia nee-chan.

Ino: Arigato Kazekage-sama.

Kankurou: Admita você também esta com ciúmes de mim. Como todos esses velhotes babões.

 

Gaara: Eu não preciso ter ciúmes por você esta acompanhado. Eu sou noivo. Já tenho a minha.

Kankurou: Calma...calma... não precisa ficar bravo. Vamos dançar Ino.

Ino: Hai!

 

* Na cozinha do salão...

 

-         Oi. Eu sou o garçom que contrataram pra festa.

-         Não contratamos ninguém. Nossa equipe esta completa.

-         Tem certeza? Aqui não é a festa dos Kages? Eu vim para trabalhar de garçom

-         Eu tenho certeza que não temos mais vagas. E se você não for embora agora eu vou chamar a ANBU pra te prender pois você esta sendo inconveniente.

 

-         Me desculpe... mas se é assim eu vou partir para o plano B.

-         Akamaru! Pega ele!

-         O que? Socor....

-         Agora é só vestir essa roupa ridícula de garçom, entrar, e me vingar! E você Akamaru, leva esse mané pra fora do prédio, pois se ele acordar não vai me dedurar.

 

Kankurou: Me diga de você Yamanaka. Porque uma garota tão linda esta sozinha?

Ino: AH! Sabe como é né... os verdadeiros gênios sempre são incompreendidos!

 

Kankurou: Nossa quanta confiança.

Ino: E você? Sua irmã esta casada, seu irmão mais novo esta noivo e você não vai juntar as escovas com ninguém não?

 

Kankurou: Sei lá... eu não tenho tantas responsabilidades como o Gaara pra ter que constituir uma afamilia tão cedo e ainda não encontrei a minha “outra metade” como a minha irmã.

Então, eu vou levando... quando aparecer... eu acho que eu vou saber que é a “minha metade”...

 

Ino: E você acha que a gente tem como saber quem é realmente a nossa outra metade?

 

Kankurou: Bom... eu tenho exemplos meio loucos... meu pai salvou minha mãe de uma tempestade do deserto, se apaixonou por ela naquele instante, e não demorou muito para pedi la em casamento. O Gaara era o sensei da Matsuri, não podia ter envolvimento sentimental com ela, mas quando ele se deu conta era tarde demais, estava caidinho por ela ... Já a Tema com o preguiçoso foi amor a primeira vista. Desde aquela luta do exame chuunin... então eu acho que a gente acaba descobrindo sim. A pessoa certa aparece quando a gente menos espera e marca presença na nossa vida a ponto de jamais ser esquecida. Você entendeu?

Ino: Nossa... ficou pensando quando será a minha vez...

Kankurou: Quem sabe não seja...

 

(aproximando o rosto ao de Ino...e...)

 

(Barulho) BUM!!!!

 

Ino: O que foi isso? Porque acabou a luz? Logo agora???

Kankurou: Ino. Não saiba daqui! Eu preciso achar o Gaara! Isso pode ser um ataque e eu tenho que fazer a segurança dele.

Ino: Hai!

 

       Kankurou saiu no meio daquela escuridão a procura de Gaara enquanto Ino ficava estatelada no meio do salão a espera do shinobi das marionetes.

Passado mais de dez minutos, Kankurou ainda não tinha retornado e Ino sentiu uma mão puxando o seu braço.

 

-        Senhorita Yamanaka?

-        Sim?

-        Queira por favor me acompanhar.

-        Pra onde? Quem é você?

-        Eu sou um dos seguranças do Kazekage-sama. Eu estou a mando de Kankurou-sama para lhe transportar com segurança até a sala onde eles estão.

-        E porque ele não veio me buscar?

-        É porque ele é obrigado a ficar ao lado do senhor Kazekage.

-        Ta me convenceu, vamos.

 

      O tal segurança levou Ino para uma sala. Porém ela não fazia nenhuma diferença do salão, pois também estava um breu que não se podia enchergar um palmo diante do nariz.

 

-        Ei! Não sinto a presença de ninguém nessa sala. Onde esta o Kankurou?

-        Acalme-se senhorita. O senhor no Sabaku disse para a senhora o aguardar nesta sala pois ele já esta vindo para terminar o assunto que esta pendente entre vocês

-        Assunto? Ah !!! Lembrei!!!

-        Tá! Tá! Pode ir! Eu espero sozinha. Vaza!

 

(Ino pov´s será que ele vai terminar aquela história de achar a pessoa certa!!! Bendita a hora que a luz acabou!!! Agora eu vou ter a chance de ficar sozinha com ele!!!)

 

       O tal guarda fecha a porta.

 

-        E ai? Ela caiu?

-        Au! O clone deu certo! E a caixa de luz do prédio? Au! Você quebrou mesmo?

-        Ah sei lá! Puxei um monte de fio. Vai dar um certo trabalho pra eles.

-        Au! Eu vou sair daqui! Vê se não faz merda! AU! É só dar um susto nela! Depois pula fora daqui. Au Au! Se a ANBU ou o irmão do Kazekage te acharem você é um cara morto!

-        Tá Akamaru! Deixa comigo! Agora eu encurralei a gata!

 

Entrando na sala...

 

- Kankurou... você demorou...

- ...

-         Vai ficar mudo?

-         ...

-         Que coisa chata! Fala alguma coisa!

 

      Ino sente uma quentura subindo pelo pescoso. Uma respiração forte inspirando todo o seu perfume e transmitindo uma onda de calor misturada com luxúria, pra ela aquilo parecia ser muito bom, era a mesma onda que havia sentido com Kiba na noite anterior. Kiba. Inuzuka Kiba. Ela havia pensado que não iria encontrar um outro homem capaz de transmitir tamanha onda de calor misturada com tesão na fase da terra. Mas ela estava enganada. Kankurou estava lhe passando uma onda 1000 vezes melhor que a da noite passada. Essa tinha um gosto de desejo. Por isso preferiu não se mover, deixou ser imobilizada,  parecia até submissa aos carinhos que lhe eram feitos. Sentiu seu kimono ser aberto, sua pele ser analisada com toques, mordidas e mais inspirações de seu perfume. Derrepente ela sentiu uma leve mordiscada em sua orelha e um sussurro;

-        Hoje Yamanaka Ino você vai sentir o que é o instinto selvagem de um cão.

-        Você???

 

Fim do capitulo 04.