The Demigod Game escrita por kaochi, White Rabbit


Capítulo 6
Tudo Por Meus Irmãos


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, eu sei que demoramos um século para poder postar este capítulo, mas a vida nem sempre de um escritor nem sempre é um mar de rosas. Como prometido, este capítulo é dos filhos de Deméter.



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Alysson Martínez

Sua irmã chorava como se uma tragédia tivesse acontecido.Alysson correu até ela empurrando todos os outros semideuses que porventura se colocaram em seu caminho.Em poucos segundos ela já estava com a irmã nos braços.

– O que aconteceu Cleo?-ela acariciava os cabelos da irmã mais nova.

– O Juan, ele quebrou minha boneca de porcelana!

Alysson revirou os olhos, era necessária muita paciência pra se lidar com crianças, ainda mais quando ela tinha de ser a mãe e o pai delas.Cleo não era a criança mais calma do mundo, por qualquer motivo abria um berreiro que até os deuses no Olimpo podiam escutar.Juan adorava provocar sua irmã gêmea dando sumiço em tudo que ela possuía.

Apesar disso Alysson era a única coisa que eles tinham, no chalé de Deméter, era conhecida como "mãe", já que todos os problemas eram levados a ela.Era sem dúvida a pessoa mais sensata e responsável dentre o chalé 4.

– Vamos fazer assim, você vai fazer umas armadilhas e pegar uns passarinhos bem bonitos pra mim.Eu consigo outra boneca pra você e falo com o Juan.Fechado?

– Sim-a garotinha deu um beijo em seu rosto-você é mesmo uma mãe!

Alysson sorriu enquanto sua irmã saltitava por entre as pessoas em direção ao bosque.Ela sentou-se em uma rocha próxima ao chalé, aproveitando os segundos de descanso que não durariam muito.E como que por trapaça da deusa do destino, uma flecha passou bem em frente a sua face, não a acertando por questão de milímetros.

Ela virou-se irritada para a direção de a flecha havia partido, diante dela estava um garoto trêmulo que mal sabia segurar o arco:

– O que você está pensando?Por acaso tem um alvo na minha cabeça?

– D-desculpe, é que eu....

– É demente só pode!

– Eu cheguei a pouco tempo.

Foi então que ela se lembrou, era o seu mais novo meio-irmão que havia chegado a menos de uma semana e estava em fase de adaptação, ela o reconheceu pelo sotaque francês.

– Desculpe, não sabia que você era o menino novo.

– Eu sou péssimo em arco e flecha, acho que devo tentar as adagas.

– Eu sou boa em arco e flecha, posso te ajudar se você quiser.

Ele sorriu, devia ter cerca de treze ou doze anos.Pelo visto sua mãe estava fabricando muitos filhos nas últimas décadas, trinta e seis pra ser mais exato.

– Hoje a noite, no bosque-ela falou com o tom mais grosso que podia fazer-não se atrase, a propósito se tiver qualquer problema, basta me chamar, serei sua nova mamãe.

O garoto piscou várias vezes como se não houvesse entendido, mas mesmo assim sorriu e entrou sorridente no chalé decorado de parreiras e plantas de várias espécies.

–Novatos-Alysson riu consigo mesma enquanto pegava o arco que o garoto havia jogado.

Ela procurou pela flecha, rezava para que não tivesse atingido ninguém.Procurou pelas proximidades e sem perceber entrou no bosque, afastando-se cada vez mais do acampamento a procura da flecha, foi quando finalmente a achou fincada em uma árvore.

Como aquela flecha havia ido parar ali ninguém sabia, mas o fato é que ela havia passado por todas as árvores e se fincado justo naquela.Alysson aproximou-se da árvore, ouviu uns sussurros esquisitos.Tinha de se apressar, ela pegou na flecha e puxou-a de uma vez, e qual não foi sua surpresa ao ver que sangue brotava da árvore.

Ela caiu para trás e uma estranha mutação ocorreu diante dela.As raízes da "árvore" saíram do solo como se fossem pés humanos, os galhos sacudiram até que todas as flores caíssem revelando dois braços, a casca da árvore sumiu diante de seus olhos.Não era mais uma árvore, era uma mulher de pele clara, cabelos esverdeados e olhos docemente azuis.

A única coisa que naquele momento estragava sua beleza, era um pequeno corte em sua cintura.Alysson achava que a mulher iria matá-la ali mesmo, mas ela apenas sorriu e passou as mãos pelo corte que desapareceu:

– Olá menina?Qual seu nome?

– A-Alysson.

– Olá A-Alysson, sou Drika!Protetora das árvores,druida dos elementos,senhora das flores campestres,resumindo sou uma dríade.

– Desculpe pela flecha.

– Tudo bem,já estou acostumada, não é a primeira e nem será a última que isso vai acontecer-disse ela enquanto levantava a garota-mas no entanto, adoraria que Chiron dissesse que existiam dríades na floresta.

– Você vive aqui a muito tempo?

– Ah claro!Desde que eu era um brotinho na árvore-mãe.Você sabe o que é árvore-mãe não é?

– Acho que não.

– Uma pena, mas apareça qualquer dia no bosque eu posso te ensinar tudo sobre dríades, você é filha de Deméter não é?

– Sim, como sabe.

– Sinto sua aura, Deméter é quase nossa mãe, digo quase por que nossa mãe é a deusa titã Téia.É claro que muitos se confundem, porque as duas tem a ver com natureza, cuidam da floresta... Não estou falando de mais estou?

– Não, claro que não.Mas eu tenho que ir, hoje é dia de colheita.

– A, os jogos, quase esqueci deles, todos os anos perco bons amigos.

– Adeus Drika.

– Adeus, A-Alysson, se você não for pros jogos me procure.

–Claro-ela se afastou o mais rápido que podia do local onde havia encontrado a dríade-tenho de me lembrar, nunca bata papo com uma dríade.

Assim que saiu do bosque percebeu que os semideuses já se reuniam para a colheita, a hora mais chata do ano estava próxima.

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Oscar Benevour (Obs:Pronuncia-se Benêvuá,sim ele é francês)

Desde que havia sido levado para aquele bendito acampamento, sua vida havia se transformado naquilo que ele mais temia, uma vida dura.Pra quem vivia em Paris, rodeado de luxo, comendo croissant no café, escargots no almoço e ratatouille no jantar, as comidas oferecidas ali eram pra lá de esquisitas.

Oscar sempre foi filho único, seu pai contava pra ele que sua mãe havia morrido num acidente.Essa historinha pra boi dormir colou até uma semana atrás, quando criaturas atacaram a mansão onde ele morava e seu pai teve de contar toda a verdade e mandá-lo as pressas para o acampamento.

Até onde ele sabia seu pai estava morto, e ele estava ali naquele acampamento, rodeado de gente que não o amava e que o tratava esquisito apenas por ele ter um sotaque francês.Ele não conhecia as criaturas que o atacaram, sabia apenas que Chiron as chamou de "Crias do Tártaro", ou algo parecido.

Oscar foi um terror em quase todas as modalidades, arco e flecha, lança, espada, armadilhas, a única coisa com a qual ele se identificou foram as adagas.Ele era rápido e mortífero com elas, não sabia porque.Também descobriu que podia conversar com os espíritos que ficavam dentro das árvores, espíritos que existiam desde os primórdios do tempo e que eram chamados de hamadríades.

Pelo menos agora ele tinha uma amiga, a menina que ele quase havia matado a cerca de trinta minutos atrás e agora tentava ensiná-lo a como atirar uma flecha corretamente, mas mesmo com a maior paciência de todas, ele era um fracasso.

– Você tem de se concentrar, não precisa de pressa, sempre passe um pouco do alvo antes de atirar, e nunca coloque seu dedo na ponta da flecha,os dedos servem apenas como apoio, mas quando for soltar a flecha, solte os dedos.Tudo bem?

– Acho que sim.

– Pronto, agora é com você.Temos de ser rápidos, faltam quinze minutos pra colheita.

Ele pôs a flecha no arco e puxou o fio até ele estar esticado o suficiente.Ele respirou fundo e passou um pouco do alvo, como sua instrutora havia mandado.Ele soltou a flecha.... Que passou longe do alvo e entrou no bosque.

– Sou um fracasso...

– Você chegou aqui a uma semana, tente relaxar, aliás você é ótimo com adagas.

– Pelo menos eu sirvo pra alguma coisa.

– Não se coloque pra baixo, você vai conseguir achar seu potencial.Vamos está na hora da colheita.

Todos os filhos de Deméter se reuniram na sala do chalé, a responsável pelo sorteio pôs-se no meio das duas urnas temerosa pelos nomes que estava a ser anunciados.Sem falar qualquer palavra, ela retirou um papel da urna feminina.

– Cleo Martínez.

A garotinha empalideceu e começou a chorar copiosamente, mas sem que ninguém esperasse Alysson deu um passo a frente:

– Eu me ofereço-ela colocou-se ao lado da instrutora que com lágrimas nos olhos pegou o nome do azarado.

–Oscar Benevour.

O garoto sentiu seu corpo inteiro tremer como galhos podres em dia de tempestade.Ele com passos lentos colocou-se ao lado de Alysson, a menina riu para ela enxugando as lágrimas que caíam dos olhos do garoto:

– Vou te proteger-ela sussurrou.

– Mas só um volta!

– Sou sua mãe lembra, e uma mãe faz tudo pelos seus filhos.

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Alysson Martinez

http://www.seventeen.com/cm/seventeen/images/t7/sev-shailene-woodley-cover-outtakes12-mdn.jpg

Oscar Benevour

http://epimenta.files.wordpress.com/2012/02/zoe-heran.jpg


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, o próximo será o chalé de Ares, prometo não demorar muito.Beijos!!!



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