Incandescente escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 24
23. O que está oculto aos olhos, revela-se no coração.


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO: ESSE CAPÍTULO CONTÉM FORTES CENAS. CUIDADO.



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23 – O que está oculto aos olhos, revela-se no coração.

POV 3ª pessoa.

Ela limpou suas lágrimas outra vez antes de socar as duas peças de roupas que tinha dentro da pequena mala de mão. A cabeça estava martelando pelos últimos acontecimentos e ninguém estava realmente preocupado com seu bem estar no momento. Principalmente Pablo.

Frankie verificou o celular pela última vez antes de puxar o zíper de sua bota. Sentia-se muito melhor, bem disposta. Mas sonsa como era ensaiou feições murchas e cansadas em seu rosto, se tudo ocorresse como esperava iria ficar muito bem. Lembrou-se de seus pais e de como haviam sido uteis até então, se não fosse por eles agora ela não teria um terço do que tem, ou acha que tem. Sorriu maliciosa, em sua cabeça tudo estava se encaixando como planejou... A visita de Felipa, a chegada inesperada de Pablo... A briga entre seu “amigo” e a esposa. Até um possível divorcio. Tudo tomava seu rumo com excelência. Mas ela não podia deixar de lamentar não ter Nicholas, com ele Pablo chegaria aos seus pés com menos esforço e, talvez, por vontade própria.

— Srta. Martin? — A voz delicada a acordou. Frankie fechou os olhos com força e os revirou a seguir, em segundos depois se virou para a médica que acabara de adentrar seu quarto hospitalar. Deixou seus olhos ficarem cabisbaixos, lábios franzidos e testa enrugada. E claro, sem maquiagem, choro forçado e uma bela noite mal dormida.

— Eu estava mesmo esperando pela senhora, doutora. Soube que só preciso de uma avaliação sua para assinar minha alta, certo?

— Certo, como se sente hoje? Animada para ir para casa? Parece bem disposta. Onde está seu companheiro? — Frankie deu de ombros e sorriu entre lábios para a médica.

— A caminho, provavelmente. — Mentiu. — Eu me sinto bem. Tomei banho sozinha, arrumei minhas coisas e estou ansiosa para estar em casa.

— Você quer dizer alguma coisa? Sobre tudo o que aconteceu em tão pouco tempo... Perder um filho é muito difícil.

— A senhora já perdeu algum filho? — Revidou Frankie e a médica não pareceu surpresa com a resposta.

— Não. Mas eu já lidei com muitas mães que perderam, inclusive a minha. Eu entendo a sua dor, Srta. Martin. Ela não me é indiferente. — Frankie respirou fundo e olhou para qualquer outra direção. Odiava quando alguém dizia que entendia sua dor, só ela mesma entendia. Automaticamente tocou sua barriga vazia, um pouco inchada. Ajeitou a blusa larga e suspendeu mais a calça legging. Só queria ir para casa.

— Eu ainda poderei ser mãe. — Disse séria — Eu entendo que Nicholas será único e nenhum outro bebê poderá substitui-lo, quando for à hora eu tentarei novamente. No entanto, apenas estou aceitando. É a vida... — Tentou ser o mais indiferente possível, sorriu quando a médica assentiu e começou a escrever rapidamente em sua prancheta.

— Você pode voltar quando quiser. É sempre bom dizer o que sente, diga para sua mãe, seu namorado? Ou marido, me desculpe à intromissão... — Ao pensar na hipótese os olhos de Frankie brilharam e ela riu — Apenas desabafe, tudo bem? Você está liberada. Alguém está vindo buscar você, não é?

— É claro, não se preocupe. — A médica assentiu.

— Eu vou deixar a porta aberta porque seu médico logo virá para acompanhar você. Seja feliz, Srta. Martin. — E se foi.

Francine permitiu-se socar a bolsa e chutar a cama. O barulho não pareceu ser notado por ninguém, ela se controlou. Prendeu o cabelo em um coque e mais uma vez discou o número de Pablo, a mensagem a seguir era clara: “o número chamado encontra-se desligado ou fora da área de cobertura”. Resolveu guarda-lo na bolsa. Olhou o chaveiro que estava no bolso menos e segurou as chaves do flete. Sorriu outra vez.

Ela não esperou médico ou coisa parecia. Levou em suas mãos a pequena mala e saiu aparentemente sem ser notada por ninguém. Estava mais do que claro que ninguém viria busca-la, tão poucos seus pais que estavam mais do que felizes com o novo trato deles: dando algum dinheiro para Frankie envergonha-los bem longe de suas vistas, enquanto ela dizia para Pablo que estava sendo expulsa de casa. E muito menos Felipa, a amiga que ela traiu mais que demais e agora só sentia repulsa da mesma. Frankie não tinha nada, nem a caridade de ninguém, mas ainda assim ela pensava que podia ter tudo. Quanto custa a ambição?

xXx

Do outro lado da cidade Molly andava rapidamente pelos becos escuros do subúrbio de Seattle, um bairro chamado Nansievillie. Tentava encontrar a casa de um velho amigo que fizera com ela alguns semestres de direito antes que ela desistisse da carreira, ela sabia muito bem o que o amigo fazia para custodiar sua vida farta. Vivia entre a elite de Seattle e andava como todos os seus amigos “riquinhos”, porém vivia no subúrbio, no escuro, mas ainda assim tinha todo o apresso de Molly. Fora ele que lhe apresentara o primeiro cigarro de maconha pessoalmente, é claro que ela sempre ouviu falar. E sempre esteve presente nas festas entre seus amigos, ela odiava o cheiro. Mas então em um dia de chuva e época de eleição ela fumou pela primeira vez. Lembrava muito bem seus motivos, a pressão de seu pai, o ciúme incontrolável de Pablo, até então seu namorado e primeiro amor de infância; a cobrança das amigas que diziam e intimavam a ter um corpo perfeito. Toda a pressão da sociedade que convivia, mas principalmente por estar cansada de ser a menina certinha em tudo. Ela se lembrava com carinho dessas suas fases, consciente que a mesma teria sido a pior fase da sua vida e como tudo ocorreu tão rápido... Das drogas naturais como: maconha, nicotina, cafeína, cogumelos alucinógenos, as mais pesadas sintéticas: ecstasy, LSD, metanfetamina. E claro, as semissintéticas, a qual a levou para sete semanas de reabilitação: heroína, cocaína e crack. Ser amiga do próprio traficante tinha suas vantagens então.

Molly fungou e secou suas lágrimas, deixando manchas borradas de maquiagem escura pelo rosto. A sombra, lápis de olho, rímel, delineador, tudo fazia um borrão negro que em contraste com sua pele branca ficava visível. Ela parou de andar quando encontrou a porta que queria, subiu três degraus e confiante apertou a campainha. Não se importou se era só mais um capricho a ser realizado, nem se diriam que ela só queria chamar atenção. Sentia um ódio correr por suas vezes, um ódio que deixava seu sangue quente. Um ódio que a fazia ter vontade de matar o único homem que amou e a vadia que estava tentando tirá-lo dela. Não importava o quanto Pablo dissesse que era inocente, enquanto Molly o declarasse culpado, ele então seria.

Ao perceber que não seria atendida pela campainha ela bateu. A esperança gritou mais alta e riu ao pensar que talvez ele nem residisse mais ali. E muito improvável lembrar-se do código que tinham. Mas as três batidas pausadas foram, e em seguida mais três; não precisou passar um minuto para que a porta se abrisse para Molly.

— Tony... — Ele estava tão diferente do quanto ela lembrava. Não era mais o rapaz bonito, tinha uma cicatriz grande em seu rosto, desde a linha dos olhos até seus lábios. Era grossa e bem visível. Ele estava com os cabelos bem ralo e bem aparado. Os olhos vermelhos e intenso, e muito, muito magro.

— Eu não acreditei que poderia ser você, garota. — Molly empurrou seus cabelos vermelhos para trás da orelha e deu um passo para entrar quando ele lhe deu passagem. Ao menos o lugar não estava tão diferente do quanto lembrava, ainda havia colchões espalhados por todos os lados, alguns corpos inconscientes e cheiro de álcool, fumaça e mofo.

— Você está diferente... — Disse então, ouviu a risada sarcástica a seguir.

— Não é todo mundo que nasce com a sorte de ser a filha do vice-prefeito. Seu pai continua tão ladrão quanto há alguns anos atrás? — Molly pensou que não era possível corar, mas encontrava-se da cor de seus cabelos e suas sardas, ela não respondeu.

— Você... Ainda vende? — O estado dele dizia claramente que não, mas ele assentiu.

— Os negócios começam a fracassar quando você se vicia. Eu sempre dizia...

— É um erro viciar-se no trabalho... — Ela completou sua frase, os dois riram.

— O que você quer hoje? Eu pensei que não tivesse mais motivos para isso, ruiva. — Deu de ombros, ele fez o mesmo.

— Eu quero uma dose de “esquecimento” com um pouco de “felicidade” e muita, muita, muita “ilusão”. Quero apagar. Tem como?

— Ousada, como antes... — O entoou, havia orgulho em sua voz — Eu te confesso que não pensei que sete semanas pudesse dar um jeito em você, estava tão ligada em ficar off. — Ela respirou fundo. Sete infernais semanas... Nada podia fazê-la querer se lembrar de todos os momentos que viveu. Saber que podia perder Pablo lhe deu toda a força para nunca mais pensar em usar drogas.

— Maconha vai te desligar de tudo, mas não é o que você procura... Nós temos álcool também. Eu não quero ver você naquela bad novamente. Eu me lembro de todo aquele inferno... Tenho marcas permanentes por isso... — Ela encarou sua cicatriz, mordeu os lábios e abaixou a cabeça. Deu de ombros por fim, abriu sua bolsa e pegou o maço de dinheiro separado para a ocasião.

— Ecstasy, maconha, eu soube que agora a onda é misturar com crack, certo? Eu também o quero. Cocaína, por favor, muita. Acho que metanfetamina para terminar ficaria ótimo. E, claro, você vende uísque?

— Molly...! — Exclamou ele negando — Natasha.

— Essa vodca é a pior do mundo! — Grunhiu e riu, ele concordou — Mas tudo bem... Eu posso lidar com o pior do mundo agora. Manda ver.

— Eu vou buscar... É melhor você ficar por aqui, pode ser? — Ela negou, Tony fechou os olhos com calma e pareceu pensar.

Ela esperou por ele por longos minutos, interminável. Quando voltou pareceu estar eufórica. A adrenalina correu por suas veias, gostaria de sentir todo o prazer em estar fora de orbita por algum tempo. Tirou a sacola da mão dele e conferiu sua encomenda, havia um pouco de tudo que pediu. Retirou da sacola um papelote de cocaína, mínimo... Tony a encarou. Havia uma bancada ali, foi o que ela usou para espalhar a droga. Algum segundo depois estava segurando sua narina e inalando todo o conteúdo do mal. Fechou os olhos e esperou então, não aconteceu nada além da horrível sensação que já conhecia, porém não conseguia abandoná-la. Fungou o nariz e abriu a vodca barata. Um gole grande e tossiu quando o liquido transparente queimou em sua garganta.

— Obrigada pelos cigarros... — Tony assentiu. — São aqueles que eu disse?

— Sem o crack... Você ficou péssima depois dele, você lembra? — Ela olhou o cigarro de maconha e respirou fundo, fungou outra vez. A paranoia estava começando a bater e um calor absurdo surgir. Tony lhe estendeu o isqueiro, ela acendeu um dos cigarros e procurou o comprido pequenino.

— Molly! Não! — Ele tomou de sua mão — Seja lá o motivo, beber álcool e tomar isso é uma péssima combinação. Eu te devolvo o dinheiro, mas você não vai leva-los.

— Fique com eles... Obrigada, Tony.

Tragando seu cigarro ela refez seu caminho para a saída, não ouviu um adeus ou até logo, mas algo lhe dizia que logo estaria de volta. Talvez no mesmo dia. Virou a garrafa outra vez na boca e engasgou-se com a quantidade, o gosto era horrível. Parecia combustível. Algum sinal de fogo e então ela explodiria. Era isso que queria. Fez todo o caminho do beco molhado e escuro, fedorento e longe de qualquer movimentação. Seu carro estava parado a esquina, assim que entrou no veiculo sentiu-se queimar. Bebeu mais, tragou outra vez. Dormente, logo ela estaria dormente. E mais rápido ainda se foi o primeiro cigarro. Não foi difícil encontrar outro isqueiro na bolsa. E então a onda da cocaína já havia partido... O painel do carro foi o suporte da droga. Após inalar mais uma vez ela fechou os olhos e riu sozinha, embriaga. Mas a sensação era reconfortante, não passava nada por sua cabeça.

Ligou o carro e buzinou para o nada, riu mais uma vez.

Acendeu outro cigarro de maconha, jogou a cabeça no volante, o riso misturou-se com lágrimas salgadas e mais outro e outro gole de vodca. Acelerou com tudo, o carro arrancou e desligou com a pressão. Ela xingou ao voltar a ligar. Mal conseguia segurar o volante, estava mais preocupada em não deixar seu cigarro cair e não tirar de modo algum a garrafa de bebida da mão.

Quando já estava na cidade tentou se lembrar do nome do hospital que Frankie estava, talvez uma visitinha agora que tinha mais coragem poderia fazê-la bem. Mas não conseguia se recordar, acabou por fazer sem saber o motivo o caminho da casa de Christopher, buzinou tantas vezes que o segurança deu-se por vencido ao abrir o portão, ela contornou a entrada principal derrubando alguns vasos de plantas decorativas e então freou bruscamente batendo a cabeça no volante com o impacto, isso a fez gargalhar ainda mais.

Contornou o carro assim que o desligou, levou consigo a garrafa de bebida e o cigarro no seu fim, jogou-o no chão e o apagou com o bico de seu scarpin. Ela não precisou socar a porta como planejava, a mesma fora aberta para ela. Cambaleou para dentro, a primeira pessoa que viu fora Alice, pobre Alice tinha feições de um bezerrinho desmamado. George viera logo a seguir.

— Lady Shepard! — Ele declarou completamente assustado com o estado. Molly não conseguiu responder, bebeu outra vez e outra. O liquido escorria pelo seu pescoço quando ela cuspia a quantidade que não conseguia engolir.

Os olhos tronchos e desconexos visualizaram a escada, principalmente o homem loiro que descia rapidamente por ela.

— Molly! — Ele gritou.

— Sra. Shepard! — George a segurou quando ela ameaçou andar e tombou até quase cair. Em seguida era os braços firmes de seu marido que contornavam sua cintura.

— O que aconteceu com você? — Sibilou ele em voz baixa, ela soltou uma gargalhada. Pablo negou em silencio. Ele reparou na forma como ela fungava, em seus olhos vermelhos. Na garrafa em sua mão, porém principalmente no cheiro forte da droga que havia consumido. O cheiro da maconha espalhava-se pelas mãos. Pelo cabelo, pelo casaco grosso... Por todos os lugares.

— Vai... — Ela grunhiu — Se foder, cretino filho da puta! — E cuspiu na cara dele. Pablo cerrou seu punho e fechou a expressão do rosto. Não demorou muito para que ela estivesse sendo arrastada para o andar de cima.

Pablo puxou seus cabelos vermelhos com força, Molly nem se quer reagiu. Ele queria alguma reação dela. Estava cego de ódio, se lembrava bem de quando esse fatigo episodio havia se reproduzido. Alguns anos atrás, foi a fase mais infernal de suas vidas. Ele prometeu a ela que se arrependeria caso voltasse a cometer estes erros.

— Você é uma burra! O que você fez? — A sacudiu de um lado para o outro, a garrafa de vodca escapou das mãos de Molly caindo ao chão e molhando todo o quarto, não quebrou devido a sua embalagem de plástico. Era uma das piores marcas de bebida que existia, mas ela tomava com gosto. Descia amargo como sua vida.

— Me solta! — Exclamou como um gemido engasgado. Pablo a jogou na cama com força.

Molly não tinha nenhuma consciência do que acontecia, na verdade ela entendia o que estava vivendo, mas as forças para reagir estavam sumindo cada vez mais. Tentou bater nele quando arrancou seu casaco com força exagerada, tentou no máximo olhar dentro dos olhos furiosos de Pablo, seu olhos não lhe obedeciam e a cada instante as peças de roupas esvaiam de seu corpo. Tentou pará-lo, muitas vezes tentou batê-lo.

— Sabe por que isto está acontecendo? — Ele gritava, mas as palavras chegaram aos seus ouvidos e eram distorcida e sussurrada — Por causa dessas malditas porcarias que você usou. Como se sente ao não poder reagir, hein? — Ela tentou empurrar a mão dele dos seus seios, principalmente empurra-lo quando ele sugou seu mamilo com força. Ela chorou. — Você quer mais um pouco? Eu posso conseguir muita cocaína pra você! Quer? — Novamente exclamou e depois mordeu a barriga dela com força.

A seguir ele estava fora do seu corpo, para só então novamente voltar. Dessa vez não havia nenhuma roupa indesejada para separá-los.

— Você luta, mas sabe... Mesmo sendo burra, estupida e totalmente inconsciente está molhada... — Molly apertou os olhos, tudo girava. Era só o efeito da bebida. Ela gritou quando ele a penetrou com força.

— PARA! — As forças surgiram do nada, mas ele não a ouviu.

— Você quer usar mais? Sete semanas na reabilitação parece pouco então! — E a estocou mais uma vez. Com força, as unhas grandes pintadas de esmalte transparente cravaram no peito nu dele. — Metanfetamina é bom! Você quer amor? Eu posso buscar! — E mais uma vez a penetrou. Com força. Ela gritou novamente.

Os lábios urgentes dele encontraram o dela, Molly não conseguia corresponder ao beijo, apesar do ritmo acelerado diminuir, ela estava completamente dividida entre parar ou continuar, entre empurra-lo ou deixa-lo fazer o que quisesse, mesmo sabendo que não tinha nenhuma condição de reagir. Enquanto Pablo possuía seu corpo ela derramou lágrimas e ficou ali, inerte, deixando ser beijada. Marcada com chupões por todo o pescoço e busto; quando ele estava exausto ejaculou dentro dela. Gritando extasiado no clímax do prazer. Ele saiu dela, secou as lágrimas que até então não sentia escorrer, levou suas mãos para a cabeça, virou as costas e andou até o banheiro privativo. Quando retornou vestido, Molly ainda estava na mesma posição, os olhos arregalados fitavam o teto e lágrimas escorriam por eles.

— Nosso casamento realmente acabou... — Declarou ele. — Nós acabamos com ele, mas agora eu sei que você nunca mais irá se drogar novamente. Ao menos fui eu, poderia ser outro, não poderia? — Ele nem soube se ela entenderia ou não. Virou suas costas e saiu do quarto, batendo a porta com força desnecessária.

Os empregados estavam afoitos no andar de baixo; inclusive Christopher, que assim que chegou do trabalho ouviu os relatos de tudo que ocorrera, ele tinha seu rosto escondido nas mãos. Ele olhou o amigo e então olhou o chão e respirou fundo, Pablo tirou do bolso do paletó seu celular. Mais de quinze chamadas perdidas. Todas elas de Frankie.

— Você pode chamar a Felipa para dar um jeito nisso? — Murmurou para Christopher que apenas assentiu. — Eu não voltarei aqui hoje.


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Notas finais do capítulo

Um minuto de silêncio em respeito a Molly... Não me julguem, eu avisei que teria cenas assim u.u
Vou tentar postar outro amanhã a tarde! Beijo amorecos. E COMENTEM, MESMOS SE FOR PRA ME XINGAR! KKKKK



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