Herança escrita por Janus


Capítulo 70
Capítulo 70




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     Sabia que seria maçante, que seria chato, que seria um tédio.
     - Aquele ali é azul – dizia a sailor Miranda apontando para outro pássaro.
     Mas não imaginava que poderia ser irritante com a venusiana junto com ela.
     - Estou vendo – murmurou em resposta – que tal localizarmos o youma?
     - Estou procurando ele – disse ela mal lhe prestando atenção – nenhum dos que passaram no quarteirão é ele.
     - Como sabe? Não te vi usando a engenhoca do Orion para isso.
     - Eu sei – disse ela ainda olhando para o céu – mas os alunos ainda não saíram da escola, por isso não adianta usar ele agora.
     Maya a olhou com uma expressão irritada. Ela podia ter dito aquilo antes.
     - E quando eles vão sair?
     - Em mais quinze minutos – ela apontou para a escola defronte ao prédio em que estavam – só olhar o relógio ali.
     Observou o relógio e viu que eram cinco e quinze. Devia ter pensado naquilo antes. Era até interessante a sailor Miranda parecer tão despreocupada assim, como se possuísse uma grande experiência em esperar a hora certa de agir. Mas sabia que a verdade era outra. Ela simplesmente estava distraída.
     Vendo que não podia fazer nada até os alunos começarem a sair, sentou-se no peitoril do prédio e ficou observando o sol se pondo além das montanhas distantes. Vinda de uma região onde o poente era rápido, ela estava maravilhada ao ver como o céu ficava alaranjado e vermelho por horas enquanto o sol avançava encerrando o dia. Na verdade ficou tão absorta na observação que não percebeu o tempo passar.
     - Ei! – chamou Miranda balançando o seu ombro.
     - O que? – Virou-se surpresa para ela – o que foi?
     - Os alunos estão saindo – ela sorria – não quer mais achar o youma?
     - S-sim!
     Sentiu-se corar levemente. Não tinha percebido o tempo passar enquanto observava o por do sol. Notou então que ela já estava usando o aparelho de Orion, que mais se parecia com um tipo de aparelho de leitura de código de barras.
     - Foi por aqui que você achou o youma da primeira vez? – perguntou Maya tentando se recompor da gafe de ter ficado distraída.
     - Não... foi há uns dois ou três quarteirões daqui.
     - E porque estamos aqui então? Não seria mais obvio que o youma passasse onde você o achou primeiro?
     - Eu acho que ele está aqui – ela sorria – e estuda naquela escola.
     Maya cruzou os braços e ficou um pouco emburrada. Só faltava ela, como Ishtar, poder sentir a aura das pessoas. Se fosse então ela devia senti-lo por ali mesmo.
     - Algum motivo para achar isso? – instigou ela.
     - Não... apenas acho que ele está aqui – ela pressionava os botões na seqüência que Orion tinha dito em direção a cada aluno que via saindo – mas não sei bem o porque...
     Que maravilha! Estava começando a achar que sua empolgação para participar de uma ação em conjunto com as sailors tinha sido prematura. Além de ser uma missão tediosa, essa sailor Miranda não estava agindo propriamente com critério. Não havia nenhum motivo lógico para ela acreditar que o youma estudava ali, naquela escola. Era mais racional irem procurar primeiro nas imediações onde ele foi visto pela ultima vez. Até todos os alunos saírem e serem analisados pelo aparelho iria se passar um bom tempo, e perderiam a chance de poder achá-lo ainda naquele dia.
     - Olha, ainda acho que seria melhor...
     - ACHEI! – gritou ela deixando Maya muda e encabulada. Vamos lá.
     Sem esperar resposta ela correu para a beira do prédio e deu um saldo, abrindo os braços e fazendo uma pirueta, como se fosse uma mergulhadora olímpica. Havia um belo sorriso em seus lábios, como se adorasse dar um salto no meio do vazio do alto de um prédio de seis andares.
     Talvez gostasse. Depois de observar ela começar a cair, saltou atrás da mesma, usando seus poderes elétricos para gerar um campo eletromagnético e assim orientar sua queda de forma a acompanhá-la. As crianças que as vissem aterrissando iriam sem duvida ficar assustadas. Deviam ter pensado um pouco melhor em como se aproximar sem fazer alarde.
     Elas pousaram diante um grupo de cinco alunos que estavam conversando distraidamente. Assim que as viram pelo menos quatro deles deram um pulo de susto para trás, o quinto parecia estático e mudo. Maya imaginou que ele devia ter ficado paralisado de medo e apostou que seria o youma que procuravam.
     - Oi Demetrio, tudo bem? – disse Miranda acenando para ele – Espero que você não tenha tido aula de geografia política. Eu detesto esta matéria.
     O garoto ainda estava mudo, apesar de seus lábios tremerem levemente. Era evidente que a surpresa tinha sido muito grande. E Maya sorriu ao ver que seus instintos estavam certos, ele era o youma em questão.
     - Al-al-algum problema, senhora sailor? – perguntou um dos garotos que ainda tentavam entender o que estava acontecendo.
     - Sou senhorita! – Miranda disse um pouco nervosa – agora, se você tiver um irmão mais velho e tipo assim, ele for bonitão, estiver livre e de cristal polido esta noite, quem sabe?
     - Hã? – disse o rapaz em resposta.
     - É.. se rolar tudo direito, talvez daqui a uns anos você possa me chamar de senhora.. ou de cunhada... não sei bem.. melhor cunhada. Isso de senhora me faz parecer mais velha e...
     - Vamos voltar a nossa missão, Miranda? – chamou Maya não acreditando na velocidade com que ela conseguia se distrair.
     - Missão? Não era uma busca?
     - Missão de busca – bufou ela apertando os punhos e inconscientemente fazendo raios surgirem nestes e seguirem por seus braços até perto dos ombros, assustando um pouco as crianças que se aproximavam para ver porque uma sailor estava ali na saída da escola.
     - É... – disse a sailor com o dedo na boca – acho que dá para falar assim. Bem Demetrio, ainda não me respondeu. Eu falei "oi".
     - O-o-o-o-oi! – disse o garoto piscando os olhos e ainda assustado e confuso – como... como... como sabe que sou eu?
     - Ué? – ela parecia surpresa – nós nos encontramos ontem, lembra? Você ficou falando que eu sou cor de laranja e ficou rindo de mim.
     - É mas.. ontem eu ... estava diferente...
     Maya se aproximou e cochichou no ouvido da sailor:
     - Ele quer saber como você o reconheceu agora que ele esta com um holograma disfarçando a sua real aparência.
     - Ah! – fez ela entendendo – bom, me deram um aparelho que.. hã.. opa! Acho que esqueci ele la em cima – ela olhou em direção ao prédio em que estavam antes.
     - Vamos deixar isso para lá – interveio Maya. Se aquilo continuasse ela iria começar a gritar – Demetrio... – olhou bem para ele e procurou demonstrar uma atitude calma e não ameaçadora – nós precisamos conversar – e olhou ao redor – a sós. É.. sobre um assunto importante. Bom... pessoal! – gritou ela vendo que estavam sendo cercados por vários alunos curiosos – não é nenhuma emergência. Só queremos entrevistar o rapaz aqui sobre um assunto particular.
     - Vamos dar um emprego para ele? – questionou Miranda.
     - O que? – Maya arregalou os olhos. De onde ela tirou aquela idéia?
     - Disse que íamos entrevistar ele...
     - Meu Deus – murmurou – Miranda, entrevista quer dizer fazer algumas perguntas. Mas não é o mesmo que um interrogatório – e depois aproximou-se de Demetrio e murmurou no seu ouvido – rapazinho, você causou uma grande confusão e deixou os seus pais morrendo de preocupação. Só queremos conversar, mais nada.
     Demetrio engoliu em seco. Agora ele devia saber muito bem o que elas estavam fazendo ali.
     - Só conversar? – murmurou de volta.
     - Não sou policial, nem emigração, nem mais nada. Apenas sou uma amiga da princesa Sumire. Sabia que ela veio até Tóquio de Cristal só para tentar localizá-lo?
     Ele arregalou os olhos. Sua surpresa foi tão grande que suas mãos relaxaram e seu material escolar caiu no chão.
     - Eu.. eu...
     - Calma ai – ela pos as mãos nos ombros dele e levemente fez uma massagem – não fique tenso. Vamos – começou a conduzi-lo para fora daquela roda de crianças que estava começando a ficar cada vez maior – vamos conversar com mais calma e tranqüilidade.
     Causando alguns gritos de susto entre as crianças, o material escolar que tinha caído ao chão começou a flutuar em direção a Maya. Ela o pegou com a mão esquerda e entregou para o garoto. Miranda os acompanhava alguns passos atrás.
     Andaram até o outro lado da rua. Ao ver que as crianças não as seguiram, Maya sorriu. Não queria ir muito longe. Apenas queria conversar com ele calmamente. Ele tinha fugido de casa por um motivo obscuro, e seus pais acreditavam que alguém deveria ter enchido a cabeça dele com histórias para ele fazer isso.
     Bom, seja como for tinham achado o youma fujão. Maya sorriu com a idéia de que Sumire iria ficar possessa por dias devido a isto.
     - Aqui está bom – disse ela soltando o rapaz e ficando em frente a ele, mantendo um leve sorriso. Não queria que ele ficasse apavorado e saísse correndo, ainda mais que ela era uma completa desconhecida para ele. Bem, Demetrio... você sabe porque estamos aqui?
     Ele olhou para ela e de lado para a sailor Miranda, que tinha ficado um pouco afastada próxima as vitrines das lojas daquele lado da rua. Se estava tentando disfarçar, deveria se lembrar que não era nada comum uma sailor ficar vendo vitrines de lojas. Na verdade, nem era comum ver uma sailor andando pela cidade sem um motivo – alguma catástrofe ou coisa similar – ocorrendo. Logo em seguida observou Maya novamente, deixando os lábios tremerem um pouco.
     Ele devia ter por volta de doze anos, talvez onze, pela sua estatura. Bom, o youma que procuravam tinha por volta de oito anos, mas era alto comparado a um humano.
     - Estão me procurando... – seu rosto começou a se desmanchar para uma cara de choro – vão me levar de volta. Eu não quero! Não quero ser um youma! Não quero!
     Aquilo não era o que esperava ouvir. Talvez um "quero ficar sozinho", um "me deixa em paz". Mas não querer ser um youma? Pelo visto ela iria precisar de um psicólogo por ali.
     - Não vim levar ninguém para lugar algum – respondeu ela suavemente – minha missão era descobrir onde você estava. Mas que história é essa de não querer ser um youma? Se você não fosse um, não teria ajudado seus amigos ontem.
     - Não quero ser youma. Têm humanos que podem fazer muitas coisas. Quero ser um deles. Não quero o nome youma para mim! Não gosto do frio. Não quero viver no Norte – ele falava como se fizesse bico com os lábios, como uma criança emburrada tentando segurar o choro – Mamãe disse que youma vive no Norte e acabou. Não quero ser youma!
     Então era isso? Simples assim? Não queria ser youma porque youmas só podem viver no Norte?
     - Youmas podem viver em qualquer lugar, Demetrio – ela tentava manter o sorriso doce e a voz macia para ele – no Norte eles não precisam de disfarce, só isso. Mas podem viver em qualquer lugar.
     - Não foi o que minha mãe disse – ele cruzou os braços e finalmente ficou emburrado de vez.
     - Nossos pais as vezes inventam coisas quando não sabem o que falar para parar com uma discussão. Com certeza ela disse isso porque não queria que você fosse embora sozinho, mas não sabia mais o que dizer.
     Ele olhou para ela de forma curiosa.
     - Demetrio, entenda, até você ter uma certa idade, seus pais precisam cuidar de você. Ou pelo menos alguém mais velho precisa. Com certeza você não está sozinho aqui na cidade, certo? Como teria conseguido uma escola, um lugar para morar e um projetor de holograma sozinho? E ainda mais sendo uma criança?
     Ele ficou em silencio e olhou para baixo.
     - Sei como é ter pressa para crescer – continuou ela – mas isso é uma fase. Acaba passando. Ou vai me dizer que não sente saudade de seus pais? Não sente saudade da festa do raiar do dia?
     - Sinto – disse com voz de choro.
     - Não fique assim Demetrio – ela colocou a mão sobre o seu ombro direito – seus pais só estão preocupados com você. Na verdade quase todo o Reino do Norte esta preocupado. Você conseguiu passar por todos os seguranças de lá e chegou até aqui praticamente sozinho!
     - Vou ficar de castigo?
     - Não sei dizer. Seu sumiço causou uma grande confusão por lá. E quando descobriram onde você teria ido, muita gente levou uma bela bronca por terem deixado uma criança ir para outro país debaixo do nariz de todos os guardas do porto. Mas seus pais te amam. Por mais que eles fiquem bravos e nos proíbam de fazer coisas, eles tentam fazer o que é melhor. Nem sempre acertam, mas tentam. Não é sailor Miranda?
     Ambos olharam para a sailor, mas esta estava meio curvada e observando atentamente a vitrina de uma loja com peças feitas de vidro.
     - Ela é venusiana – disse o garoto – não presta atenção nas coisas. Meu professor disse.
     - Seu professor está certo... MIRANDA!
     - Hã? Maya... olha só. Tem um pequeno vitral aqui de uma sailor. Acho que é a sailor Marte. Será que eles podiam fazer um vitral de mim? Eu ia adorar por no meu quarto e...
     - Mas que coisa! Onde acha que estamos?
     - Oras.. na calçada diante de um monte de lojas.
     - E o que estamos fazendo aqui?
     - Você esta enrolando o Demetrio para ele aceitar voltar para o Reino do Norte e não fugir mais, eu estou apenas olhando as vitrines.
     Maya ia dizer algo mas sua boca ficou apenas aberta levemente.
     - E daqui a pouco vai querer saber onde ele esta morando na cidade, qual o nome do amigo que esta mantendo ele aqui e vai deixá-lo ir depois disto.
     Ela olhou de lado para Demetrio que parecia levemente divertido.
     - Venusianos também são muito sinceros – disse ele.
     - Eu sei... - murmurou ela de volta – e alguns adoram usar as palavras mais diretas possíveis. Não estou "enrolando" você, mas tentando explicar porque no momento seria melhor voltar e resolver o assunto.
     - Vão me deixar preso lá?
     - Eu não sei – ela olhou para baixo – mas sei que quando ficar maior de idade, ninguém poderá segura-lo. Mas... – ela sorriu para ele – nunca se sabe. Depois de tudo o que houve e você estando aqui já faz um bom tempo... não vou mentir. Vai ser difícil. Mas se você não for por bem e o governo decidir levar você de volta a força, ai sim as coisas complicam.
     - Não vão me levar de volta?
     - Ainda não – Maya olhou para as crianças do outro lado da rua que estavam andando para trás, como que se afastando dela – a princesa Sumire só veio aqui para localizá-lo. Ela vai querer falar com você depois... alias... – ela sorriu de uma forma moleca – eu tenho que avisá-la que o encontramos. Bom Miranda... acho que já devíamos avisar a sailor Venus que nossa missão foi um sucesso, não?
     - Hum? – ela se virou para eles e sorriu – sim. Vou fazer agora. Mas ainda quero um vitral de minha pessoa. Vou avisar a mamãe e então vou lá dentro falar com o dono da loja.
     Maya pos a mão no rosto. Se era raro encontrar uma sailor olhando as vitrines, o que dizer de uma que iria entrar em uma loja para pedir um item exclusivo? O dono do estabelecimento iria adorar essa propaganda gratuita!
     Ela acionou o comunicador que tinha e Maya notou que Demetrio estava parecendo inquieto. As crianças do outro lado da rua estavam mais afastadas. Na verdade algumas estavam até correndo para longe. Será que a presença da sailor as assustava tanto assim? Olhou para o alto e viu a escuridão da noite começar a pintar o céu, ao passo que no horizonte ainda podia-se ver muito bem o sol e seu poente avermelhado. Realmente era uma bela visão esta. Devia ter uma holo-camera, mas agora era tarde. Se ficasse por ali mais um dia, ia tirar uma foto do poente para poder por em seu quarto.
     Demetrio deu um passo para trás e a olhou com os olhos arregalados e a boca aberta. Porque será que ele estava ficando assustado com ela logo agora?
     - Mãe – disse Miranda – achamos o youma... Ah... foi fácil... é, estamos com ele aqui, e vamos acompanhá-lo até onde esta morando... não, pelo que Maya disse não vieram aqui levá-lo de volta, mas para saber onde estava e se estava bem – ela ficou um longo tempo ouvindo, ao passo que Demetrio mudou a expressão de medo para determinação – em várias partes da cidade? Aqui ainda não... eu...
     Miranda olhou para Maya e com uma velocidade impressionante a agarrou no ombro e a Demetrio no braço, puxando ambos para o meio da rua. Maya logo se colocou de pé, pronta para exigir explicações do porque dela ter feito aquilo, quando reparou que onde estavam um segundo antes uma nuvem ácida se espalhou pela calçada. E a causa estava logo ao lado. Aquelas criaturas de sombras. Dezenas delas estavam ali se aproximando e indo na direção delas e das crianças que estavam mais atrás. A cidade estava sob ataque novamente.
     - Acabaram de aparecer por aqui – disse Miranda ainda no comunicador – um monte. Tem também um tipo de buraco preto na calçada onde estão saindo mais.
     Sem se preocupar mais em prestar atenção na conversa, Maya lançou rajadas elétricas nas criaturas, gritando para as crianças irem embora. Ia dizer o mesmo para Demetrio quando uma forma peluda passou por sobre sua cabeça e começou a rasgar as criaturas com suas garras. Aquela devia ser a verdadeira forma dele.
     - Mas mãe... espera... espera...
     Demetrio rasgou uma criatura e antes que esta se dissolvesse, a usou como trampolim para atingir algumas que estavam mais alto. Maya lançou raios nas mais distantes, detruindo-as. Com isso podia se concentrar nas que saiam do portal no chão. Até que era fácil. Elas mal saiam e já eram destruídas.
     - Mas... mas... mãe... eu sei! Acontece...
     Demetrio pulou para mais alto e rasgou a criatura que tentava entrar no terceiro andar de um prédio. Assim que esta foi destruída ele caiu. Bateu de costas em algumas outras que saiam do portal e... ele simplesmente caiu dentre deste, desaparecendo em seguida.
     - Hã... – Miranda estava com os olhos arregalados – sei que é uma ordem... tá...
     Ela desligou o comunicador e olhou para Maya comum a expressão estranha.
     - O que foi? – disse ela acertando mais criaturas com raios – fala logo e me ajuda. Demetrio caiu dentro do portal.
     - Mamãe disse para pegarmos o youma e irmos para o castelo. A guarda robô esta enviando uma divisão para controlar as coisas aqui.
     - Disse para ela onde está o youma agora? – olhou para ela um pouco confusa.
     - Ela nem quis ouvir... disse para pegarmos ele onde quer que esteja e levá-lo para o castelo.. bom.. ordem é ordem...
     - E como vamos fazer isso?
     Miranda sorriu e deu um salto para cima. Juntou as mãos e lançou raios de luz de seu caleidoscópio diretamente nas criaturas que estavam fora do portal, vaporizando todas. Logo em seguida fazendo piruetas no ar, caiu dentro do portal.
     Maya pensou por alguns segundos e deu um largo sorriso... Ela tinha razão... eram ordens. Sabia que devia avisar Sumire e seu irmão do ocorrido. Mas se o fizesse agora aquele portal se fecharia e não poderia fazer mais nada. Assim deu um salto e também entrou dentro do portal. Alguns segundos depois as crianças viram raios elétricos e alguns de luz saírem daquele buraco negro no chão, junto com pedaços de criaturas sendo vaporizados. Imaginaram que aquelas duas deviam estar destruindo tudo ali dentro. Mais alguns segundos se passaram e o portal simplesmente desapareceu.
     Quando a guarda robô chegou ao local, nada foi detectado, exceto sinais de ozônio na região. Imediamente enviaram um comunicado a central informando que nada estava ocorrendo naquela parte da cidade. Quando sailor Venus recebesse a informação, pensaria que sua filha e Maya teriam destruído todas as criaturas antes de voltarem.
     Mas ela saberia poucos momentos depois que sua filha estava desaparecida.


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