Herança escrita por Janus


Capítulo 63
Capítulo 63




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     Quando se é criança, a vida costuma se resumir a ações diretas. Quando se esta com fome pede-se comida, se quer brincar inventa qualquer coisa que a imaginação permite, quando se está triste basta chorar – ou fazer manha – quando quer algo ou fica pedindo ou tenta fazer chantagem para conseguir, até birra vale.
     Mas quando se esta apavorado, não há muito a fazer exceto chamar a mãe, ou pai ou, como o menino fazia, ficar sentado no chão e chorar em desespero e agonia.
     Era só o que podia fazer naquele momento. Seus amigos saíram correndo de medo das criaturas de sombras que soltavam aquela fumaça que parecia fazer tudo sumir. Mesmo os adultos corriam desesperados. Ele até que tentou correr, mas ficou estático, completamente paralisado de medo. Só podia mesmo chorar e chorar, acionando seu mecanismo que a natureza lhe deu para conseguir ajuda de sua tribo, pais, amigos, ou até de um desconhecido que sentisse pena dele.
     Um grande brilho o cegou por alguns instantes o deixando mudo de surpresa. Quando começou a enxergar novamente procurou pelas coisas que estavam por ali, mas não viu nada. Exceto a perna de uma mulher alta – qualquer adulto é alto para uma criança – emoldurada por uma bota branca com detalhes avermelhados.
     Quando olhou para cima seu medo e desespero desapareceram de vez. Ele conhecia aquela mulher de noticias que seus pais viam na holovisão e até de bonecas que suas amigas tinham.
     - Tudo bem com você, menino?
     - To sim – ele esfregou as lágrimas dos olhos com a manga da jaqueta e tentava até arrumar sua roupa melhor no corpo. Queria dar uma boa impressão para aquela mulher. Como muitas outras crianças, era diferente ver seu ídolo ao vivo e diante de si. Só achava que ela era mais velha do que tinha visto em imagens antes, mas não importava.
     - Vem – ela abriu os braços indicando que queria carregá-lo no colo – vou te levar para um lugar onde seus pais podem te achar.
     - OBA, OBA, OBA!
     Ele pulou no colo dela e aproveitou para pegar nas suas asas, para ver se eram de penas mesmo. Mas se eram pareciam ser penas muito grandes. Não conseguia arrancar nenhuma.
     - Se arrancar minhas asas eu não vou poder voar – disse ela de uma forma doce – e ai você vai ter que andar o caminho todo.
     - Desculpa...
     - Vamos...
     Ele sentiu um frio na barriga no começo, se agarrando com força no colinho quente dela – até parecia o da sua mãe – arriscando olhar para baixo as vezes. As vezes um brilho lhe chamava a atenção. Vinha da outra mão dela, como seu estivesse disparando alguma coisa.
     - Chegamos – disse ela pousando suavemente e o pondo no chão – essas pessoas vão cuidar de você e procurar sua mãe ou seu pai, tudo bem?
     - Eu.. – ele olhou para a policial feminina fardada que lhe sorriu e com um pouco de medo segurou na mão dela estendida – ta.
     A sailor observou a criança até ela entrar no posto policial. Ia voar em seguida para socorrer mais pessoas quando sentiu uma presença familiar e querida. Quando olhou para o alto viu uma sailor de saias rosas carregando uma criança descendo com velocidade.
     Sailor Miranda.
     Quando ela pousou, a menina que carregava se remexeu toda e pulou de seus braços indo direto para a sailor de saias multicoloridas e asas nas costas.
     - Mamãe! – gritou a pequena chibi-Moon pulando em seu colo.
     - Majestade?
     - Oi Rita. Já me falaram o que houve com suas amigas. E obrigada por proteger minha filha.
     - Eu... eu.. hã... eu...
     - Algum problema?
     - É que... sua roupa... eu...
     - Eu nunca me aposentei, se é o que quer saber. Ainda sou a Sailor Moon. Mas prefiro deixar minha filha assumir. Só que hoje todos precisamos ajudar. Não vou ficar no castelo para ser protegida e deixar os outros sofrerem por mim.
     - Hã...
     - E exatamente por isso, não pedirei o mesmo para vocês. Filha – ela afagou seus cabelos negros – entre no posto policial que a mamãe e sailor Miranda têm que ajudar mais pessoas.
     - Mas eu quero ajudar...
     - Pode ajudar cuidando das pessoas que estão vindo para cá – disse ela docemente – tem algumas crianças ai que estão com medo e sentem a falta da mãe. Você pode ajudar elas dizendo que tudo vi dar certo.
     - E vai dar?
     Ela a olhou com um sorriso doce e tranqüilo.
     - Vai dar sim.
     Ela hesitou um pouco, mas logo em seguida desceu de seu colo e foi para o posto policial.
     - Majestade... – começou Miranda um pouco em dúvida de como agir naquela situação.
     - Sou Sailor Moon agora – disse ela de forma direta e firme – você pode procurar por sua mãe ou ajudar acabando com essas criaturas que ainda estão pela cidade.
     - Minha mãe?
     - Perdemos contato com ela – respondeu tentando ocultar uma preocupação – não sabemos se é grave ou não.
     - Eu vou. Eu.. hã... – ela se curvou rapidamente e pulou para o prédio mais próximo. A adulta Sailor Moon apenas apertou os lábios.
     Ela não podia fazer nada agora para evitar que as crianças se envolvessem. Precisava da ajuda de todos agora. Pelo menos até se livrarem daquelas coisas. Depois decidiriam o que fazer.
    

-x-

 

     Escuridão. Seu maior inimigo.
     Sempre foi, e sempre seria.
     Só que desta vez não foi causada por um combate ou por ter sido posta a nocaute.
     Bom... foi quase.
     Na verdade foi por agir em prol de outros. Poderia tentar salvar o máximo possível. Talvez se não estivesse conversando com Netuno na hora teria prestado mais atenção ao estado do prédio.
     Seja como for, as colunas deste estavam muito corroídas por aquelas criaturas. Não havia como deter o desabamento. Só se Júpiter estivesse ali para segurar alguns pilares com as mãos, ou seu marido com seu poder telecinético.
     Mas não ela... não sailor Vênus.
     Ela tinha que entrar, jogar as duas pessoas que estavam ali pela janela e tentar escapar.
     Acreditava ter salvado aqueles homens, mas não conseguiu sair a tempo. Correu em direção a janela quando começou o desabamento, mas só conseguiu mesmo um canto para evitar de ser esmagada. E agora seu visor não funcionava.
     Talvez a resposta fosse a dor na sua cabeça. Devia ter sido atingida pela laje do teto com força e o visor se quebrou. Sem dúvida sua cabeça dura lhe salvou a vida.
     Só que agora não conseguia se mover. Alguns milímetros para a frente e para trás, mas era só. Estava confinada como em um caixão, e um caixão bem poeirento, diga-se de passagem.
     Por várias vezes tossiu engasgada pela poeira do prédio que desabou. Sentia odores estranhos, desde o cheiro de esgoto até de carne assada. Dependia de como o ar circulava pelos destroços.
     Quanto tempo estava ali? Uma? Duas horas?
     Sem o visor não sabia quanto tempo se passara. Tentou usar um raio de luz para cortar caminho para a saída, mas a ameaça daquela laje esmagá-la a fez mudar de idéia.
     Ia ter que esperar. E detestava fazer isso!
     Como estariam as crianças? A última informação que teve não foi nada animadora. Netuno disse que estavam a beira da morte! Como ela não conseguiu chegar, esperava que sua amiga e soberana tivesse ido como tinha prometido. Ela poderia salvar a vida das crianças.
     De qualquer forma era tarde demais para ela fazer algo. Se ninguém foi em seu lugar elas podem ter morrido – ela não queria aceitar esta possibilidade, mas não costumava negar o inevitável. A decisão foi tirada dela pelo destino e agora teria que viver com as conseqüências.
     Mas ela sentia que as crianças estavam bem. Talvez por isso não estava em desespero ou chorando feito criança. Enquanto estivesse presa ali sem contato com o mundo havia a esperança de que algo ou alguém as salvou. Só quando a tirassem dali é que esta esperança – ou desespero – seria fato consumado. Ai sim ela saberia o que houve.
     Pensou em sua filha. Sua doce criança que parecia ser tão distraída. Imaginava o que ela estaria fazendo agora. Se tivesse sobrevivido – claro que estava viva, ela saberia se ela morresse - talvez estivesse na cidade ajudando as pessoas. Ou talvez fosse atrás dos generais em busca de vingança.
     Não...
     Ela não faria isso. A vingança nunca moveria sua filha, não importasse o quanto a fizessem sofrer.
     Ela era uma guerreira de Vênus. Uma guerreira da luz! Seria movida por compaixão, fraternidade, amizade. Nunca por ódio ou vingança.
     Nunca.
     Há alguns dias tinha escapado por milagre da morte – segundo Amy – e sentiu que sua filha teve algo a ver com aquilo. E agora da mesma forma...
     Espere...
     Esse barulho...
     Os destroços estão se acomodando. Estava ouvindo as diversas lajes que deviam estar empilhadas uma sobre as outras se movendo. Faziam um ruído estridente como se fossem unhas sobre um quadro negro. Tão forte que estava lhe dando arrepios.
     Será que os fantasmas tinham voltado?
     Estariam corroendo os destroços para terem a certeza de que ela não sobreviveria?
     Que droga! Ela detestava a escuridão. Não queria morrer ali no escuro.
     Ela faz uma bola de luz surgir em sua mão e observa o espaço apertado em que estava. Haviam folhas de papel embaixo dela. Na verdade era um menu de um restaurante. Aquele prédio devia ser um mini shopping próximo a periferia, isso explicava o cheiro de comida sendo feita que sentia as vezes.
     Um estalo forte agora, bem acima de sua cabeça. Muita poeira caiu da laje acima dela irritando seus olhos e narinas.
     Na verdade, sentiu mesmo a laje tremer.
     Parece que seu fim estava chegando mesmo... e nem iria dizer a sua filha o quanto a amava.
     Bom, tinha dito isto de manhã cedo. Ela saberia.
     Porque estava tão bem humorada? Era porque sabia que fez tudo o que era possível? Porque encontraria o seu fim fazendo o que tinha se disposta a fazer a vida inteira? Proteger os outros? Ajudá-los?
     Seria...
     Um novo estrondo e a laje que estava a centímetros de sua testa se rachou, revelando um rasgo de luz que passava por esta. Não deveria faltar muito para esmagá-la agora.
     Espere um pouco.. rasgo de luz?
     Ela olha incrédula para a rachadura e apaga a bola de luz. Era um fresta realmente, e a luz do dia entrava por esta. Não estava enterrada sob toneladas de entulho afinal. Com um pouco de sorte...
     Ela arregalou os olhos quando a fresta se abriu um pouco mais e um punho atravessou uma parte desta. Logo depois outro punho apareceu do lado deste, jogando pedaços da laje sobre seu corpo com força, machucando-a um pouco. Mais alguns segundos e uma grande abertura estava lá, onde ela podia ver o céu ainda azul com algumas nuvens, e uma bota de sailor acima da laje.
     Encontraram ela!
     Ela se contorce e consegue colocar seu rosto no buraco aberto da laje bem a tempo de ver um punho parar a um centímetro de seu nariz. Ela não devia ter se precipitado.
     - Sailor Terra – murmurou ela surpresa.
     - Oi Vênus – disse ela – proteja o seu rosto que Titã e eu vamos terminar de abrir este buraco.
     Ela se afastou o mais que pode e cobriu os olhos. Logo ouviu muitos impactos e estalos sendo feitos por aqueles potentes braços das meninas. Pelo menos já tinha sua resposta.
     Titã tinha sobrevivido e estava em perfeitas condições – ou estava se arrebentando ao quebrar aquela laje estando com os braços quebrados.
     - Acho que já dá – disse Titã para ela – tente sair agora.
     Ela se moveu para o buraco e se contorceu um pouco para passar por ele. Ainda bem que nenhuma delas falou para fazer um regime.
     - Obrigada – disse ela assim que se viu fora daquele buraco e percebeu como estava abafado o local em que ficou confinada ao sentir a brisa do ar fresco – vocês... as outras estão bem?
     - Sim – disse Titã de forma seca – se me der licença...
     Sem esperar resposta ela saiu correndo pela rua e tomou impulso, saltando para o topo de um prédio em seguida.
     - O que deu nela?
     - Vênus – começou Terra – a mãe dela foi seqüestrada. E temos um monte de sombrios, fantasmas... sei lá que nome vamos dar a eles pela cidade. Os focos principais já foram debelados mas há alguns esporádicos por ai. E... Afonso também está desaparecido.
     - Afonso.. – murmurou involuntariamente.
     - Sim. Acho que Titã não quer pensar no assunto e por isso esta caçando os fantasmas negros. Mas já faz um tempo que não achamos nenhum.
     - Entendo... alguém está procurando por Afonso?
     - Sumire – disse ela distraída.
     - Quem?
     - Prima de Anne – explicou ela – pelo menos foi o que ela me disse enquanto vínhamos para a cidade. Parece que é filha da rainha do reino do Norte.
     - E é – disse Vênus pensativa – eu a vi no palácio quando vocês pediram ajuda. Não gosto quando ela e os outros interferem, mas... desta vez estou feliz por estarem aqui. E o seu primo? Viu ele?
     - Arashi? – ela sorriu levemente – vi. Ele nos contou que sabiam sobre nós – ela fez uma expressão um pouco magoada.
     - Resolva isso com seus pais, não comigo – tornou ela – estou preocupada com Afonso. Mas como Sumire o está procurando... eu.. – ela tentava se concentrar, tentando sentir seu marido, suas emoções, seus medos, receios, qualquer coisa! Com certeza não estava morto.
     Ela saberia se isto tivesse ocorrido. Estava ligada emotivamente a sua filha e ao seu marido. Poderia sentir se algo muito grave ocorresse com um dos dois.
     - Antes de irmos... como me acharam?
     - Anne te sentiu. A sailor Moon mãe nos avisou que algo tinha te acontecido.
     - Sailor Moon... – franziu o cenho e ergueu o lábio direito – mãe? – terminou lentamente.
     - A rainha – disse ela sem pudores – se transformou e esta ajudando. E um monte de youmas também, bem como outros com poderes... nem sei porque estamos fazendo tanto segredo com tantos outros por ai. Bom, me desculpe capitã das sailors, mas não quero mais perder tempo. Tenho um dever a cumprir que abracei de vez faz uns dois anos...
     Dito isso ela faz suas asas transparentes de borboleta surgirem e alça vôo. Sailor Vênus a observou por algum tempo e depois de ponderar por alguns instantes seguiu em direção a uma loja próxima para conseguir um visor e poder se orientar melhor onde poderia ser mais necessária.
     Mas ela tinha decido. As crianças foram esmagadas por um inimigo formidável – segundo Netuno – e mal acabaram de se recuperar e estavam na cidade tentando ajudar as pessoas, fazendo o que se propuseram a fazer.
     Serem senshi.
     Nunca mais iria chamar sua filha de júnior novamente. Nunca mais chamaria nenhuma delas de juniores.
     Eram Lunar Senshi. Agora e para sempre!

 

-x-

 

     - EU POSSO SABER O QUE ESTAVAM FAZENDO NA RUA COM TODOS FALANDO PARA FICAR EM CASA?
     Os dois se encolheram. A mãe deles falou para ficarem em casa e não saírem dali. O pai deles disse o mesmo. Só que nunca os deixaram sozinhos antes. Alguma coisa estava ligar para seus amigos mas ninguém atendeu. Foram até os vizinhos mas estes não abriram a porta ou não estavam em casa. No fim acharam melhor ir para o palácio pois ouviam gritos distantes e ficaram com medo.
     E agora, a meio caminho do palácio vinha aquela sailor dar uma bronca?
     - Você não é nossa mãe! – gritou Nathan fazendo bico e uma pose de desafio. A sailor não se impressionou muito, apenas cruzou os braços e os encarou.
     - Sou pior que ela – respondeu a jovem sailor os encarando.
     Por alguns instantes ela brilhou diante deles, e logo depois a boca de ambos se abriu totalmente.
     - Suzette? – disseram ambos não acreditando.
     - Isso mesmo. Sou a irmã de vocês, suas pestes! E sou uma sailor que vai lhes dar a maior surra de suas vidas se não me responderem.
     Ela estava nervosa, e eles sabiam disto. Conheciam bem a irmã e como esta podia de repente agir como mãe para cima deles. Mas não sabiam que ela era uma sailor.
     E como iam saber?
     - A gente.. eu...
     Ela continuou encarando eles esperando uma resposta.
     - A gente estava com medo! – gritou Sume a abraçando e começando a chorar.
     Ela olhou para o outro menino e este fechava os olhos. Fungava um pouco tentando segurar o choro, mas era evidente que estava também com medo.
     - Deixaram a gente sozinho... tinha gente gritando...
     - Calma – ela afagou seus cabelos – desculpe... eu não sabia... desculpe...
     Ela o abraçou com um braço e esticou o outro para pegar o outro irmão. Ele hesitou um pouco mas a abraçou também. Ela devia ter imaginado isso. Sua mãe não deve ter tido tempo para pensar em nada, só para falar para ficarem em casa e sair em desespero atrás dela.
     Ainda bem que não viu como ela ficou. Cheia de sangue e ferimentos abertos no corpo feitos por aquela general. Que bom que pensou em mergulhar no lago para tirar a maior parte do sangue de sua roupa.
     - Vamos meninos, vou levá-los para o palácio. Lá eles cuidam de vocês.
     - Onde está a mamãe?
     - Ela... está ocupada – disse Suzette pensativa. Revelou-se para eles por ter imaginado que iriam fugir por uma sailor estar gritando com os mesmos. Não se importava que eles contassem para seus amigos ou outras pessoas. Ela não iria permitir que seu segredo pudesse arriscar sua família.
     Especialmente aqueles dois. Ela adorava aquelas pestes.
     - O que é isso? – Sume apontou espantado para o seu pingente que tinha acabado se surgir na mão.
     - Segredo – disse ela – Pelo poder da lua Ariel, transformação!
     Os dois ficaram mudos quando viram ela se transformar. E um pouco com medo quando ela os pegou no colo e começou a dar pulos enormes pelos prédios em direção ao palácio.
     Só que em poucos segundos começaram a achar aquilo divertido.
     Crianças...


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