Estúpido Cupido escrita por Gabhi


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oooi de novo gente *-*
Bom, o capítulo aqui tem um pouco de ciúme >.
Espero que gostem do capítulo *-*



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–Acorda, acorda, querido. Passarinho não deve nada a ninguém e já está de pé. – Me sentei em cima de Damon enquanto batia de leve em seus ombros. Ele resmungou algo que preferi não escutar.-- vamos ver o belo nascer do sol... vamos.

–-Vai pro inferno!-- colocou o travesseiro na cara.

–-cinco horas da manhã e você já está de mal humor?

– Vai dormir garota.

– Vamos ver o sol glorioso nascer,

– Vai sozinha.

–-Não posso deixar que você perca essa beleza!

– Vou te jogar pela janela.

– Vamos, vamos. – mordi o ombro nu dele, e antes que fosse morta, sai dali para terminar de me arrumar.

De mal gosto, ele se arrumou. Falando algo em seu quarto, alto para que eu ouvisse, mas baixo para que eu não entendesse.

(…)

Damon bocejou mais uma vez, tive vontade de lhe costurar os lábios

– Eu to com fome. – ele me olhou com a cara de sono. Seus olhos estavam vermelhos do tanto que coçava e seus cabelos bagunçados do tanto que passava a mão tentando se espreguiçar e empurrar o sono de seu corpo.

O sol já tinha nascido, o vento gélido era uma delícia num sol quente e claro como estava. Poucos carros na avenida, um silencio preenchido por motores distintos e tranquilos.

Para mim, isso era o paraíso.

– Vou buscar pão.

– Argh. – resmunguei e sai caminhando, Damon não me deixava aproveitar o meu paraíso em paz, por que raios fui chamá-lo mesmo?

Ele riu atrás de mim, fomos até a padaria e compramos muita besteira para um café da manhã, depois disso, fui correr pelo condomínio, parando para acariciar uns gatos e cachorros, e cuidar de uma criança caída no estacionamento.

Quando voltei para casa, após tomar um banho gelado e comer uma fruta, fui para meu quarto usar o notebook. Damon entrou minutos depois e se jogou na cama.

– O que vamos fazer hoje? – perguntou olhando para o que eu fazia.

– Não faço a mínima ideia...

– Podemos ir ao cinema...

– Ou podemos assistir um filme em casa... pedir uma pizza e dormir! – Desliguei o notebook, ele sorriu, colocou meu bebê no chão e foi se deitando em cima de mim.

– E não sair da cama por um tempinho antes...

Antes que ele conseguisse me beijar, eu o empurrei e fiquei de pé.

– Quero sair para beber.

– Merda!resmungou no travesseiro. – Pode ser amanhã...

– Não, eu quero hoje. Vou me trocar, cai fora.

– Aff. – ele se levantou e saiu bufando, sorri e fui vestir uma roupa melhor para qualquer lugar que pudesse beber até cair. Ás vezes, isso é divertido...

Ás vezes.

(…)

Dias depois.

Quando queremos que o tempo se arraste lentamente para aproveitarmos mais, o maldito se acelera e quando dei por mim, faltavam dois dias para embarcar para casa, e voltar a minha rotina, agora transformada por causa da faculdade que começaria, e a busca por um emprego.

Minhas coisas já estavam guardadas, tinha tanta coisa para levar que me surpreendi no final. O clima entre mim e Damon esfriou quando Rose ligou perguntando que horário eu estaria no aeroporto para me buscar. Desde então, mal nos falávamos.

Não queria realmente assumir o laço que havia criado com Damon, sabia que embora levasse tudo meu que usava na casa dele, deixaria meu maldito coração emocional pois eu estava apaixonada por ele. Mas diversos países nos afastariam e eu não admitiria primeiro que estava apaixonada, nem abriria mão da minha vida social em meu país para ficar com ele.

Sabia que ele também não.

Então o jeito era acabar com tudo antes que tudo acabasse conosco.

Em muito pouco tempo, eu consegui me acostumar com a maldita voz dele, e o jeito que fazia careta com a comida, até mesmo a forma que ele andava. Me acostumei com o perfume dele e adorava sentir sua mão em mim. Os olhos dele tinham a cor mais bela do mundo, e eu adorava abraçá-lo, sentia que tudo ficaria bem, que tudo estava bem.

E eu voltaria para o frio de Nova Iorque, sem ele.

Embora parecesse os piores clichês do mundo, eu estava apaixonada e minha vida deixara de fazer sentido sem ele. Não queria construir um futuro e ser sozinha, mas eu iria. Não seria a primeira a assumir os sentimentos.



Terminei de ajeitar meu cabelo no espelho do shopping e olhei o relógio. 13H24, o filme logo começaria.

Sai do banheiro e encontrei Damon conversando com uma ruiva, alta, magricela e com um copo do starbucks, eles conversavam animadamente. Me aproximei meio hesitante, sentindo-me pequena no meu 1,61 de altura, jeans escuro, all star de couro preto e antigo e uma blusa sem graça preta, sem efeito especial igual a ruiva artificial.

– Hum... Oi?

– AH, Bella. Essa é Bianca. Essa é a garota que falei. – Damon nos apresentou em português, sorri para ela. 1,70 de altura ou mais? Ela parecia uma girava e eu uma formiga.

– Ela fala português?

– Falo. – sorri de leve. Depois olhei para Damon. – O filme vai começar...

– Vamos indo, Bianca vai assistir conosco.

– Claro. – forcei mais um sorriso.

Por que diabos eu me sentia tão pequena?

O caminho até o cinema foi tenso, ao menos para mim. Damon e Bianca conversavam e ele tomou um pouco do frapuccino de chocolate dela, eles dividiram uma bala ao meio e ela grudou seu braço nu ao dele, dizendo que o ar condicionado a deixava com frio.

EU sabia de todo aquele clima. Quantas vezes não suportei meu irmão fazendo isso enquanto íamos ao shopping? Ou que Rose me deixava toda empolgada para ficar com alguém antes do panaca que namora agora?

Eu odiava, mas odeio ainda mais por me sentir ciumenta em relação ao que não é meu.

Damon já estava voltando a sua rotina de galinha e eu voltava a minha rotina solitária.

O filme foi tão tedioso que se eu pudesse, saltava de uma ponte. Duas horas de filme e eu mal suportava os primeiros doze minutos, ao meu lado, Damon e Bianca soltavam risinhos e eu bufava. Um pote só de pipoca já na metade e eu mal havia comido uma mão cheia.

Quando senti que o primeiro beijo deles rolaria, eu me levantei.

– Vai onde? – Damon olhou atentamente pra mim.

– Buscar pipoca.

– Tem aqui. – ergueu o pote.

– Quero com manteiga.

– Trás um copo de água para mim, por favor? – pediu Bianca me estendendo cinco reais. Depois de meio minuto, eu peguei.

– Claro.

Desci as escadas, apresada. Querendo fingir que não ouvi um elogio de Damon para a piranha. Que nenhum amor nasceria ali, por que era só pegação.

EU me sentia pequena, humilhada, estupidamente idiota. Fui ao banheiro quase vomitando a pipoca que tinha comido e fui buscar a água e outro saco de pipoca com manteiga. Quando voltei, olhei diretamente no fundo para saber a situação antes de subir e me arrepender.

Damon praticamente engolia a garota.

Não estava nem um pouco afim de ficar de vela e ouvir beijos da boca que já beijei, então joguei a água no lixo e sai comendo o resto da pipoca. Sem saber onde ir, sai do shopping e fiquei andando pelas ruas um bom tempo.

Maldito tempo escuro, assim que acabei minha pipoca, peguei um ônibus e me encolhi de frio perto da porta. Rapidamente desci, e só quando estava para entrar no prédio, lembrei da porcaria da chave que estava com Damon.

Bufando, fui caminhar pelo condomínio, com uma vontade de chorar por ser tão estúpida e romântica.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram da Bela com ciume?
Cara, eu descrevi o condomínio da casa da minha tia >.< Eu sou louca por aquele lugar cara, é tipo, um dos melhores lugares do mundo >.
Comentem, por favor. Estou amando os reviews de vocês *-*
(2206 comentários em Sweet Child O'Mine e eu estou quase chorando de felicidade!! kk)