Recriação escrita por The Usurper


Capítulo 1
Prólogo




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"Fuja, eles logo estarão aqui. Eles não podem te pegar." Essas foras as últimas palavras de Alice. Corri como se não houve amanhã. Todas as portas que normalmente estavam fechadas, agora estavam abertas para minha fuga. Parecia que eles iriam me deixar fugir para continuar a viver.

Tentei trazer Alice comigo, mas foi impossível, ela apenas sorrira tristemente. "Tenho mais algumas coisas para fazer." E saiu correndo, apenas o sorriso que ela me deu naquela hora tinha quebrado o meu coração.

Corri para fora da instalação na qual estava trancafiado fazia um bom tempo, 3 anos, creio eu. 3 anos sendo tratado como uma cobaia para uma experiência que me deixou assim... agora não sou humano, não completamente. Agora tenho habilidades de peixe, mas a forma do corpo não muda quando vou para água, apenas ganho guelras, algumas barbatanas, e outras coisas.

Continuei a seguir o corredor que Alice tinha me indicado. Fui em frente e derrepente parei, vibrações eram sentidas por todo o lado, muitas pessoas estavam chegando, me escondi em uma porta ali perto. Não ascendi a luz, mal respirava. Podia sentir as vibrações do solo. Não era o gurpo que estava "cuidando" de mim. Esses passos eram fortes e pesados. Algo que médicos evitam. Não esses eram militares.

Após alguns minutos a vibração diminuiu até a quase desaparecer, verifiquei rapidamente a porta em que estava. Ninguém a vista, voltei a correr pelo corredor.

Cheguei a porta, e 2 sentinelas estavam ali, esperando e vigiando tudo, não podia parar. Usei toda minha velocidade para passar por eles, mas não passei despercebido, e eles pareciam saber quem eu era. A compreensão crusava o rostos deles no momento em que eu estava frente a frente com os guardas.

O quadrado de vidro estava aberto, o vento entrava e o cheiro da água rapidamente veio até mim. Atravessei o pátio e subi o muro de 2 metros que estava a minha frente, o portão estava fechado. Os guardas tinham se recuperado do susto e já estavam preparando as armas. Não fiquei muito tempo esperando, pois ali em baixo, algo melhor me esperava. A liberdade. Um rio estava logo abaixo de mim, uns 5 metros, mais ou menos. Assim que pulei, ouvi os tiros das armas, ambos os tiros erraram, e cai na água. Nadei o mais rápido e fundo que pude para fugir. Finalmente livre. Um sorriso apareceu no meu rosto.

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Fui libertá-lo, todos da pesquisa estavam de acordo, ninguém queria que ele fosse preso pelos militares.

O soltei e disse para ele ir, mas ele perguntou se eu iria com ele. Quase sedi, mas lembrei de algo que tinha que ajudar a fazer e respondi com um sorriso triste. "Tenho mais algumas coisas para fazer." E voltei para a sala que estavamos. Todos os cientistas e nós, os estagiários, estavam terminando de mandar um arquivo para um lugar que somente nossas pessoas poderiam entrar. A pesquisa que realizamos com Will.

Após alguns minutos todo o arquivo estava em nosso servidor privado, e o projeto agora estava sendo deletado de todo o lugar, não podemos deixar que cai nas mãos erradas. Todo o tempo de trabalho finalmente deu resultado, e Will agora foi curado. Descobriram que ele tinha uma doença assim que realizaram uns testes e ela não tinha cura. Ele teria apenas alguns anos de vida, mas como a pesquisa sobre doenças terminais estava avançando rapidamente. E logo descobriram dois métodos para a cura.

Um usava o DNA de outras criaturas, e outro, nanomáquinas. Nenhum havia sido testado antes, mas o rumo da pesquisa por meio ecológico estava muito mais adiantada e como ele era o único com a doença desconhecida, ele foi submetido a esse tratamento. Foi inumano o que fizeram, mas assim que entrei aqui, a um ano, vi como ele estava sendo tratado. Não tinha muito contato com os médicos, mas ele ainda sorria. Parecia feliz quando tinha alguém a sua volta, mas assim que todos saiam, sua expressão mudava e logo ele estava triste. Podiamos ver todas as suas reações pelas câmeras, não pude deixar de me comover com isso. No dia seguindo fui me apresentar. Entrei no quarto após bater e esperar alguns segundos e entrei, ele estava com os olhos vermelhos, mas ainda assim sorriu para mim e disse. "Bom dia. Nunca te vi antes, é nova aqui?"

"Sim sou uma estagiária, e vim apenas conversar um pouco com você." respondi de forma sincera, queria saber mais sobre ele.

"Não tenho sobre o que conversar, fico preso nesse quarto o dia todo. E se saio tem alguma coisa esperando por mim. No primeiro dia que vim aqui... me desculpe, não lembro do que tinha acontecido naquele dia. Faz um bom tempo que estou aqui."

Nesse momento a doutora Misty entrou no quarto. "Vamos Will, está na hora." E deu a mão para o jovem. O sorriso de Will oscilou, mas rapidamente este voltou a ser como era.

"Realmente temos que ir? Mais uma vez?" Ele perguntou com uma certa tristesa.

"Sim, tem que ir. Não adianta tentar fugir, estamos de olho em você." Ela repreendeu-o com a voz.

"Eu vou, mas ela pode ir também?" Will perguntara, ele parecia ter algum interesse em mim.

"Ela vai, pode confiar." Ela estava falando com ele e se virou para mim. "Alice, de sua mão para ele. Will não gosta muito das minhas." Ela disse sinceramente.

Peguei as mão trêmulas dele, pude sentir que estava nervoso...

Em meio as minhas mémorias um grande barulo fez-se ouvir, e soubemos que estavamos sem tempo, eles já haviam quebrado a porta da sala anterior a essa. Os arquivos já estavam quase totalmente deletados quando fomos rendidos. E os arquivos parados, mas a maior parte das nossas pesquisas não estavam mais aqui.

Um homem com 25 anos, mais ou menos, se aproximou e parou o processo e nos perguntou com uma voz sonora, rouca e sombria. "Onde está o resto desses arquivos?" Uma única emoção cruzou seu rosto. Raiva.

"Não estão mais aqui. E agora, ninguém mais pode pegar." Dr. Misty respondeu. "A pesquisa foi perdida e não pode mais ser recuperada. Apenas façam as suas." Continuou e derrepente um tiro atingiu a cabeça dela. E uma voz fria se fez ouvir.

"Me desculpe meu dedo escorregou." Disse enquanto voltava a por a arma no coldre. "Agora, quem é que vai me levar até onde o X00 está? Se eu o tiver, consiguirei ter tudo o que quero." Disse o homem. "Você me leve até ele." Apontou para o homem ao meu lado.

"Não sei onde ele está, nunca..." E suas palavras morreram ai mesmo. O homem tinha matado mais uma pessoa.

"Jovem garota cabelos de fogo. Me diga, onde está o X00?" Ele perguntou para mim. Assim que abri a boca para responder um som chega ao nossos ouvidos.

"Senhor. Um garoto de aproximadamente 20 anos acabou de pular do muro que leva ao rio, achamos que é o X00. Ele tinha 1,80m de altura, cabelos castanho-escuro, pele branca. Não consegui ver os seus olhos, mas tenho certeza que era ele. Estrava usando roupas muito simples para ser um médico..." Reportou a voz do outro lado do aparelho.

"IMBECIL. Temos que capturá-lo vivo! Agora ele está a solta." Jogou o aparelho longe e se virou para nós. "Quem o soltou?" Perguntou friamente com a arma em punho.

Como ninguém respondeu ele a descarregou em nós. Mas quando chegou a minha vez. Um sorriso diabólico cruzou seu rosto. "Para você, eu tenho um outro plano." E com um estalar de dedos eu tinha sido capturada.


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