Coisas do Acaso escrita por Quézia Martins, Tia Ay, Aylla
Notas iniciais do capítulo
Eu sei, eu sei. Tô atrasada. Sorry, mas aqui está mais um capítulo bombástico. Joguem fora as facas e me amem, ta? I loveiu's
Boa leitura!
Saí sem rumo pelo jardim. Encontrei Meg sentada num banco de madeira perto do lago. Ela atirava pedras e parecia estar com a cabeça bem longe.
– Meg? - Chamei tirando-a de alguma espécie de transe.
– Oi Bia. - Ela falou forçando um sorriso.
– Eu gosto da sinceridade com a qual você sorri. - Falei sentando ao lado dela. - Então, não force um sorriso pra mim. - Completei sem olhá-la.
– Desculpe, é que...
– Se tornou costume? - Rebati encarando-a. Meg assentiu com a cabeça e olhou o horizonte. - Sei como é. - Dei um sorriso de canto e mordi involuntariamente o lábio inferior. - Quer falar sobre?
– Eu amo ele. - Ela murmurou. - E por amá-lo permiti ser tratada como um objeto. Fui fácil demais.- Não entendi. Tinha um garoto na vida dela?
– Quem é?
– Simon. - Ela falou desviando o olhar. Fiquei sem reação. Ela amava o mesmo garoto que eu?
– O meu irmão?
– Sim. - Ela sorriu fraco e balançou a cabeça. - E qual o seu problema?
– Eu também amo um garoto. - Disse sendo sincera.
– E eu o conheço?
– Acho que até demais. - Eu resmunguei encarando-a firmemente.
– Meg? Beatriz? - Ouvimos Rosie chamar. Salva pelo gongo senhorita Margarida! - Achei vocês!
– Oi mãe. Nós estávamos conversando né, Bia? - Ela perguntou. Acenei a cabeça sem abrir a boca.
– Bom, temo que tenham que adiar o papo! Reunião na sala de estar. - Ela nos informou. Meg levantou batendo as mãos no bumbum no intuito de limpá-lo.
– Então o Simon já chegou? - Ela perguntou. Aff! Vou arrancar os cabelos dela. Um a um.
– Não. Por isso, a reunião.
– Isso é exclusão social. - Falei antes de me retirar. De fato era.
– Você vem? – Rosie perguntou um pouco depois de Meg sair.
– Eu preciso? – Perguntei olhando-a.
– Não. Mas, seria legal. Acho que seu pai gostaria.
– Já eu acho que não faria diferença. – Murmurei sentando no banquinho de madeira onde Meg estava anteriormente.
– Você quem sabe. – Dito isto, ela saiu.
Fiquei um tempo ali pensando e repensando coisas da minha vida. Nada estava fácil ultimamente. Estar ao lado do Simon e ter que ignorá-lo era tão... Tão... Ouvi barulho de folhas serem esmagadas sob pés.
– Pai, eu não quero ir...
– Na reunião? – Fui interrompida por uma voz que nem de longe se parecia com a de meu pai. Estremeci. Não podia ser... – Oi maninha. – Ele me cumprimentou cínico enquanto me empurrava para se sentar ao meu lado no estreito banco. Suspirei pensando na forma mais fácil e rápida de fugir dali.
– Sabe da reunião? – Perguntei passando o olhar mais uma vez ao redor.
– Sei sim. Cheguei mais cedo e os vi reunidos. – Murmurei algo inaudível e olhei para o lago que refletia a lua imensa do céu. – Por que não está lá?
– Não gosto de reuniões. Pouco me importa saber o que estão discutindo lá. Desde que não falem de mim.
– E como garante que não estão falando de você? – Eu o olhei apreensiva.
– Não garanto. Mas, se eu não souber, não terei com o quê me preocupar, então... – Torci levemente os lábios e me surpreendi com um sorriso de canto da parte dele. – Tá rindo de que?
– Saudade de estar assim com você. – Ele passou a mão no meu rosto. Engoli em seco.
– Você sabe que isso não muda as coisas. Um momento não vai mudar nada, Simon. – Argumentei afastando a mão gorda dele do meu rosto.
– Pra você as suas verdades são imutáveis né? - Ele ironizou.
– Não, Simon. Elas não são. Mas, tipo, é o que eu tenho pra mim.
– Você só tem mentiras. – Acusou me lançando um olhar furioso.
– O que? Vai dizer que não me deixou depois de ser o primeiro na minha vida? – Sentenciei pegando-o de surpresa.
– Deixe-me explicar. Contar como as coisas aconteceram. – Pediu. Os olhos suplicantes.
– Eu sei... – Controlei a voz. – Como as coisas aconteceram. Eu vivi um inferno Simon. Eu sei como ninguém, o que aconteceu. – Ele se pôs em pé enroscando os dedos nos cabelos desalinhados.
– Você sabe do que? – Ele parou para me olhar. Tentei ficar em pé, mas desisti.
– Eu sei que você me tratou como uma dama numa festa, recusou-se a me beijar, estava todo cauteloso, mas depois se rendeu e aceitou ir ao meu apartamento, conversamos, rimos, nos beijamos, transamos. Como eu queria acordar no dia seguinte? Deitada sobre o teu peito. Como acordei? Sozinha. Sem nenhum bilhete, uma mensagem de texto, nada. Achei que algo tivesse acontecido e que você voltaria me procurar. Mas não. Nenhuma notícia sua. E depois as coisas só pioraram. Não tem noção do quanto sofri e as humilhações que passei. – Ele me interrompeu.
– Realmente não tenho noção. Mas, se você me contasse tudo... Sem tanta amargura na voz, tanta mágoa. – Eu funguei me pondo em pé e procurando me controlar para não bater naquele ser de olhos verdes a minha frente.
– Eu não sei o que você quer que eu conte. – Falei por fim.
– Posso dizer o que aconteceu? Será que posso contar minha versão da história? – Ele pediu se aproximando de mim. – Foi a noite mais perfeita da minha vida, Beatriz. Foi a minha melhor transa. Ok, que não foi a primeira, mas foi a melhor, com certeza. E depois? Depois da noite incrível... Eu quis ficar deitado te admirando e mexendo no seu cabelo – Ele falou colocando a mão nos meus fios despenteados. – Mas recebi uma ligação dizendo que nossa mãe tinha se acidentado. Lembra disso? – Ele perguntou. Concordei com a cabeça.´- Eu até pensei m te acordar, mas ponderei a idéia de te procurar a noite e quem sabe, repetir a dose. E então, nosso amado pai apareceu na casa da nossa queridíssima mãe dizendo que fui aprovado na faculdade e que teria que voltar pra casa com ele imediatamente pois as aulas iniciariam no dia seguinte e, se eu perdesse o primeiro dia, perderia a bolsa.
– Então optou pela faculdade? – Perguntei cruzando os braços sob os seios e unindo s lábios.
– Eu investi muito nisso. Eu quis voltar, mas a faculdade ocupava todo o meu tempo. Olha, me perdoa ta? Eu sei que deveria ter ligado, mas perdi contato com todos e a quando por obra do acaso encontrei a Katney ela disse que você estava com outro e estava feliz. E depois fiquei sabendo que você estava grávida... Achei melhor te esquecer... Mas, não tive sucesso. – Eu deixei meu corpo cair no banco outra vez. Sem me preocupar com a postura.
– Mas o filho era seu Simon.
[...]
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E então? Próximo capítulo é da Aylla. Quero só ver kkkkkkk Bom, agradecimentos especias a todos, principalmente a Beatriz Grey, uma nova leitora. Obrigada flor