Coisas do Acaso escrita por Quézia Martins, Tia Ay, Aylla


Capítulo 5
Flash Back da Vida parte 3


Notas iniciais do capítulo

Ei, estávamos ansiosas para dar esse capítulo a vocês e estamos torcendo pra que mudem de opinião.
Boa leitura fofos!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/430806/chapter/5

POV Simon

Por que de tantas meninas, justo ela tinha que ser aquela que eu, de maneira alguma, conseguia fazer sair dos meus pensamentos? Por que logo elaaquela que eu tanto desejo que seja minha? Por que ela tinha que ser minha irmã?

Sim, minha irmã. Imagina o meu susto ao descobrir isso. Descobrir que a menina por quem eu me vi encantado, não, melhor dizendo, me vi completamente fascinado desde o primeiro momento, era nada menos, que a minha irmã. A mesma irmã que eu tanto detestava quando pequeno. Aquela mesma criança, era agora a garota por quem eu estava loucamente apaixonado.



Flash back on

Fazia dois dias que eu havia chegado ao Rio de Janeiro. Tinha vindo visitar a minha mãe, mas hoje era o aniversário da minha irmã chatinha e minha mãe não estava na cidade, porque suas amigas a arrastaram para um barzinho. E eu ficaria sozinho na primeira casa da minha mãe (não que eu conhecesse a segunda). Por isso, quando Katney ligou me chamando para ir a uma boate, eu não pensei duas vezes antes de aceitar. Só não poderia imaginar que a minha ida até aquela boate, poderia fazer muitas coisas acontecerem.

Logo que cheguei a boate, avistei Katney de costas e, quando ela virou e me viu, pude perceber que ela continuava a mesma de sempre. Tinha um sorriso enorme no rosto, seus cabelos eram pretos com belos cachos, seus olhos de um castanho chocolate, e sua boca estava com um batom vermelho, o que a tornava muito grande e carnuda.

– Estava morrendo de saudade, Simon – disse me abraçando.

– Também estava com saudade Kat – cumprimentei-a correspondendo ao abraço.

– Bem, é melhor entrarmos. Vou te apresentar aos meus amigos – ela disse me puxando pela mão, para um canto que era tipo uma boate, só que era menor.

Dentro da boate (menor) a música estava bem alta, e muitas pessoas estavam praticamente se esfregando uma nas outras (e dizem que isso é dança).

Quando de repente uma menina que aparentava estar mais pra lá do que para cá, acabou esbarrando em mim e molhando minha camisa branca de vinho. O engraçado foi, que a única coisa que a ela fez, foi olhar e falar "foi mal" (o quê, para quem não sabe, não é pedir desculpas), e depois saiu meio rebolando e tropicando.

Quando enfim chegamos aos amigos da Kat, que pelos meus cálculos eram quatro pessoas, minha camisa já estava em um estado que não teria mais jeito.

– Oi gente – Kat falou a todos.

– O que foi que aconteceu com sua camisa gato? - perguntou uma menina de olhos estreitos, cabelos meio coloridos, estilo punk e baixa.

– Alguma idiota entornou vinho nele - Kat respondeu por mim. Odiava isso nela.

Todos se apresentaram para mim. Tânia (que é a menina punk) disse que seria melhor eu tirar a blusa, já que a mesma estava suja. Até pensei em não tirar, mas já que estava ali para me divertir, que mal teria né?

Depois de uns vinte minutos conversando com os amigos da Kat, uma menina eufórica chegou.

– Oi gente...

– Oi – todos respondemos juntos. Logo em seguida ela apresentou a sua amiga, Bia...

Quando eu olhei para ela (a amiga), não sei ao certo o que aconteceu, mas ela parecia tão meiga e inocente. Seus lábios estavam meio rosados e eles eram muito convidativos. Quando dei por mim todos já tinham se apresentado, e como sempre a Kat se apresentou por mim,e não gostei nada disso.

– Eu sei me apresentar. – Acabei sendo grosso com a Kat, e logo em seguida olhei para a Bia sorrindo, comecei me apresentando de novo para ela, mas acho que ela não estava prestando muito atenção no que eu estava dizendo. Provavelmente porque estava olhando pro meu tanquinho, assim acabei finalizando falando um ok.

– Desculpe. Não ouvi nada. – Falou e percebi suas bochechas ganhar um tom de rosa, o que a fez a ficar ainda mais linda.

– Costumo causar isso mesmo. – Falei sendo sincero. - Eu só disse que meu nome é Simon e você é linda. – Emendei dizendo o que eu queria falar desde a hora em que a vi.

– Obrigado – ela diz, mas não acabou passando de um sussurro.

– Simon, ela tá te querendo. – Kate, a garota eufórica diz.

– Então estamos querendo as mesmas coisas. Isso é um bom sinal. – Digo dando um sorriso safado.

Com certeza queremos. – Fiquei surpreso. Logo Kate entrou na boate com Léo.

Quando entramos na boate principal, a Katy já tinha ido para um canto qualquer com o Léo, e a Bia não se desgrudou de mim ( o que eu estava achando muito bom).

Em um dado momento ela me pediu um beijo, e tudo que eu mais queria era dar o que ela me pediu, mas será que seria certo? Ela não parecia ter mais de quinze anos, e isso ia contra o que eu achava certo. Mas, depois que ela disse que seria capaz de fazer qualquer coisa, eu não tive mais como recusar.

Resolvemos ir para casa dela, na verdade era um apartamento, que de modesto não tinha nada. Era muito grande e bem arrumado.

– Que grande esse apartamento! Você tem muitos irmãos? – pergunto mexendo em algumas coisas.

– Só um pelo que me consta. Mas, faz tempo que não vejo aquele traste. Moro só com a minha mãe. – acabei fazendo uma cara feia, ao perceber que assim como eu, ela não parecia ter um bom relacionamento com o irmão dela.

– Nossa que amor você tem pelo seu irmão, né - Zombei- Bom, acho que estou te devendo uma coisa.

– Com certeza

Coloco minhas mãos na cintura dela, a puxando contra mim. Logo em seguida meus lábios vão a procura dos dela, com uma força inexplicável. Era como se tudo já tivesse predestinado para acontecer dessa forma. Quando o clima começou a ficar praticamente insuportável, ela me puxou escada acima até o quarto dela.

– Sua mãe não tá? – perguntei estranhando isso.

– Não. Viagem. – responde ela tranquilamente

– Tem camisinha aí?- digo me lembrando desse detalhe.

– Precisa mesmo? – ela pergunta enquanto sentava no meu colo e começava a tirar a minha blusa. Antes que ela continuasse, eu a segurei pela cintura a obrigando a parar.

– É sua primeira vez, não é? – perguntei com certeza

– Como você... – antes que ela terminasse interrompi.

– Você não tem cara que se rende pra qualquer um. - digo voltando a beijá-la e quando dei por mim, já estávamos sem uma única peça de roupa. Seu corpo era maravilhoso, nem tinha palavras certas para descrevê-lo. Era magra, mas não como essas modelos que parecem mais esqueléticas, seios de um tamanho médio e que cabiam perfeitamente na minha mão, tudo nela era perfeito e só o fato de pensar em estar dentro dela, fazia meu membro ficar totalmente ereto. Depois do ato de amor, e de gozarmos juntos, eu poderia afirmar que esse foi o meu melhor estado de êxtase.

Tentei olhar para ela discretamente, mas ela já me fitava.

– Eu te machuquei? - perguntei temendo que sim.

– Não – sussurrou.

– Melhor você dormir – disse a puxando de encontro ao meu peito e ninando ela ali mesmo. Minutos depois que ela dormiu, eu também acabei pegando no sono.

TRIM TRIMM TRIMMM...

Acabei acordando pelo barulho irritante do meu celular, e depois de atender a chamada, simplesmente fiquei apavorado. Minha mãe tinha se acidentando. Recolhi minhas roupas do chão e olhei para Bia. Ela dormia tão suave que resolvi não acordá-la e sim, voltar mais tarde.

Cheguei a casa da minha mãe e descobri que um motorista bêbado havia batido no carro onde ela estava com as amigas. Graças a Deus ela não tinha se machucado muito, apenas uns leves arranhões. Depois de garantir que ela estava realmente bem, fui para o meu quarto.

Passei boa parte da tarde conversando com minha mãe, e qual foi a minha surpresa quando o meu pai apareceu lá (muito grande eu posso dizer), e a surpresa ficou ainda maior quando o meu pai expôs o motivo de ter vindo. Eu fui aceito na faculdade de medicina que tinha em Pontes e Lacerda ( uma cidade vizinha de onde eu moro). Eu poderia ter pedido para o meu pai pagar a faculdade para mim, mas o tempo em que eu fiquei com a minha tia, eu aprendi que se queremos algo, temos que correr atrás disso. Por isso não aceitei quando meu disse que iria pagar. Eu realmente fiquei muito feliz por ter passado. Só que para minha tristeza, o meu pai disse que eu teria que ir agora mesmo com ele, para lá, pois as aulas começariam amanhã e se eu perdesse o primeiro dia a minha bolsa ia ser cancelada.

Eu estava ciente que se eu fosse provavelmente não voltaria a ver a menina de olhos verdes que tanto me encantou, mas eu precisava ir, por isso decidi que na próxima vez que eu voltasse no Rio, eu a procuraria.
***

Já tinha se passado três meses desde minha visita na casa da minha mãe. Acabei não voltando no Rio durante esse tempo. A faculdade ocupava todo o meu tempo.

Lembro que precisei fazer um trabalho da faculdade, numa cidade vizinha e encontrei a Kat. Entre conversas e risos, perguntei da Bia e ela ficou meio estranha; Por fim, acabou dizendo que a Bia começou namorar um garoto e que estava super apaixonada e,confesso que isso me decepcionou muito. Bia havia sido marcante pra mim. Foi diferente das outras. Não foi apenas uma transa. Tinha algo mais ali. Teve desde o primeiro instante. Tentei disfarçar minha decepção conversando sobre outras coisas e tentei ao máximo, depois daquele dia, tirar Bia da cabeça e seguir em frente sem sentir que devia explicações a ela.

Flash Back Off

E era isso que eu estava tentando fazer até eu chegar em casa e me deparar com ela. No começo eu não entendi porque ela estava ali, Mas quando eu vi ela desmaiando e meu pai dizendo para acudir a minha irmã, -sim minha irmã.- descobri, no meio de toda aquela confusão que tinha transado com a minha irmã. Sangue do meu sangue. E pior, eu pensava nela até hoje e naquela transa.

Tinha se passado alguns minutos desde que ela desmaiou, e perguntas começaram a surgir. Como minha família reagiria ao saber que eu tinha ficado com minha própria irmã? Ela tinha engravidado? Ouvi rumores que sim. Será que o filho era meu? E a pergunta que eu mais queria a resposta, meu pai tinha dito que ela perdeu um bebê por causa de uma carta que ela recebeu do pai do bebê! Se eu for o pai desse bebê, como poderia ter mandado uma carta se eu ao menos sabia da existência dele?

Eram tantas perguntas que rodeavam minha cabeça, que não aguentei mais a ansiedade e a confusão e fui para o quarto que seria da minha "irmã" no tempo em que ela ficasse aqui.

Bati na porta e depois de alguns segundos a escutei sussurrando para entrar.
Quando eu entrei, ela estava com a cabeça baixa, mas logo que levantou e me olhou teve um misto de surpresa, confusão, mágoa e rancor.

– Precisamos conversar – disse com a voz firme.

[...]


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem! Logo tem capítulo novo. Estou trabalhando nele a mais de uma semana...
Gente eu estou tão feliz com vocês! Cara, eu os amo! Fala sério. É tão gratificante escrever o capítulo, e ficar durante três/quatro dias só respondendo os reviews! É ótimo ver que sempre comentam! Muito obrigada!
P.S : Não esqueçam de dizer o que acharam da nova capa!

~Keel