Quando estava com o Simon era como se não existisse céu ou inferno.

Existia apenas um lugar, e era sempre nesse lugar que eu queria estar: Nos seus braços.

Olhei para ele e percebi que seu membro estava cada vez maior, o que só fazia com que eu ficasse com água na boca e a vontade de ter ele dentro de mim só aumentava.

– Muito dominadora você está, não é mesmo? - indagou com uma cara safada.

– Eu? Imagina - fiz cara de inocente, coisa que naquele momento eu já não tinha mais.

– Que bom porque eu estou louco para te dominar – disse me virando e logo em seguida estava sobre mim, me beijando... Seus lábios percorriam por todo o meu corpo ou pelo menos as partes que dava. A cada novo toque era como se eu estivesse sendo preenchida de volta e aquela sensação de vazio que eu sentia quando estava longe dele, simplesmente sumiu.

– Você deveria saber que odeio ser dominada – sussurrei enquanto o beijava com paixão, mas não era aquela paixão de momento, que depois do ato acabaria, era algo como... Sentir o corpo todo pegando fogo, as mãos formigando como se tivesse sido colocada em cima de uma brasa, a respiração rápida e as pernas tremendo igual vara verde. Era algo que não acabaria depois de alguns minutos ou horas, era algo que duraria por toda vida, e era isso que tornava esse momento com ele tão especial.

– Você está muita calada – Ele quebrou o silêncio com seus lábios ainda em cima dos meus.

– Deve ser porquê estou ocupada com os seus lábios - Sugeri sorrindo sapeca.

– É esse com certeza é um motivo e tanto para você ficar quieta – Respondeu me sentando no seu colo e beijando meu pescoço, mandíbula, queixo , colo ...

Rapidamente suas mãos tiraram minha blusa, deixando a mostra meu sutiã preto de renda, sorte que decidi colocar um sutiã novo. Como se quisesse me torturar, ele desceu devagar a alça do sutiã, seus olhos focado em cada minúsculo detalhe, enquanto os meus olhos olhavam cada pequeno detalhe seu. Talvez uma forma de nunca esquecer o seu rosto... Não que eu ache isso possível, já que eu nunca o esqueceria.

Simon

Será que alguma vez seria capaz de dizer não à ela?

Com certeza não existe nada melhor do que ver a pessoa que você mais ama, totalmente entregue a você, e era assim que ela estava alguns minutos atrás, totalmente entregue a mim.

Meus lábios procuraram pelos dela, como um bêbado procuraria por sua bebida preferida. Minhas mãos tocaram os seus seios, eles eram de um tamanho médios e o bico bem vermelhinho o que me deu uma vontade imensa de tocar e chupar. Mas não acho que ela estava com muita paciência, já que reclamou pela minha demora, por isso não perdi tempo e a amei como daquela vez na cabana.

“Não , não irei escrever em um caderno o que eu fiz com ela, até por que nunca fui muito bom com as palavras e correr o risco de alguém um dia ler isso seria muita burrice mas gostaria de correr esse risco. Tipo, eu gostaria de colocar aqui como me senti extasiado ao ouvir os gemidos descompassados que ela soltava de tempo em tempo. Era um arrepio atrás do outro quando eu a sentia se contorcer sob mim. Fiz a mudar de posições várias vezes, mas jamais saberei exatamente o por quê daquela pequena garota marrenta gemer tanto e se mexer tanto. Eu acho que seria indelicado perguntar, ou desnecessário. Parte de mim alega ser desnecessário já que eu poderia muito bem fazer uma música com os suspiros incessantes da loura mais chata que já conheci. Me senti satisfeito. De alguma maneira, fazer amor com ela era sempre novo. Não no sentido literal, mas percorrer o corpo dela e poder tocar naquela maciez toda, me deixava louco.
Posso admitir que precisarei disso para o resto da vida. Posso admitir que sexo não é apenas sexo quando tem amor e posso admitir, com convicção, que amo essa menina. E que morreria por ela.”

Terceira Pessoa

– Tem certeza que quer fazer isso? – pergunta uma das meninas mais nova para a mais velha.

– Claro que eu tenho né - respondeu a outra mal humorada, enquanto mexia freneticamente com os papéis na sua mão.

– Eu não consigo entender porque você está fazendo isso. - a menina declarou por fim, ao perceber que sua “amiga” não ia desistir daquela ideia absurda.

– Porque eu sempre gostei dele, é por isso que estou fazendo isso – falou ríspida – E desde que ela chegou ele simplesmente não desgruda dela.- finaliza com um olhar gélido.

– Isso vai trazer problemas e você sabe disso – alertou novamente a mais nova – Porque você se faz de boazinha quando não é? - A mais nova insistiu ao perceber que a outra menina não ia mesmo desistir do plano.

– Porque as boazinhas sempre conseguem tudo que querem. – finalizou colocando o envelope no correio, com apenas um destino.

Beatriz

– Temos que ir logo para o hospital – disse vendo o Simon escrever em um caderno.

– Agora você pensa no hospital né? - Brincou meu amado irmão ironicamente, enquanto guardava o caderno em um gaveta, trancada com cadeado.

– Claro, agora eu já estou satisfeita – Joguei sorrindo de lado e mordendo o lábio inferior.

– Mas eu não... – Simon assumiu se levantando com uma rapidez incrível e me segurando firmemente nos seus braços.

– Ah é, e o que vai fazer? - perguntei provocadora. Digamos que eu não tenha muito sucesso nisso.

– Se eu fosse você nem ia querer saber – sussurrou em meu ouvido, o que fez com que leves tremores percorressem toda a extensão do meu corpo.

– N-nós t-temos q-que ir no hospital – Tentei dizer entre gaguejo, já que a boca do Simon se encontrava no meu pescoço, beijando e chupando. Com certeza causaria algumas marcas de chupão e resultaria numa Dona Walkíria me fazendo uma pergunta bem previsível (Você passou batom roxo na boca do seu pescoço?". Minha mãe sempre foi bem engraçadinha. Revirei os olhos pensando nisso.

– Dessa vez você vai se escapar, mas da próxima – disse meu anjo ainda beijando meu pescoço - Da próxima vez você vai ser minha até a hora que eu quiser. - argumentou se afastando do nada. E eu? Bem, com certeza fiquei em uma situação que só poderia ser considerada lastimável.

– Idiota – grunhi ao perceber que ele tinha um sorriso besta no rosto.

– Um idiota que você ama não é mesmo? – perguntou arqueando com sucesso uma só sobrancelha com uma humildade de outro mundo.

– Me poupe – disse indo em direção ao banheiro para ver como estava a situação, mas ainda escutei o o idiota rir. Como eu odeio esse garoto.

Walkíria

Enquanto estava na sala de espera do hospital, esperando meus filhos chegarem comecei a ficar inquieta com a demora deles.

– Olá? - me virei e me deparei com uma mulher muito bonita, claro que não se comparava a mim.

– Olá - respondi de volta de forma educada.

– Você deve ser Walkiria certa? - perguntou também da mesma forma educada, percebi que tinha alguns arranhões no rosto.

– Sim por que? - indaguei meio acanhada.

– Prazer, sou Rose, esposa do Lúcio. – disse me olhando e esperando alguma reação minha, eu suponho.

– Ah bom, prazer em conhecê-la – falei amigavelmente.

– Suponho que sim – aquilo era sarcasmo na voz dela? - Bom suponho que você queira o ver certo? - perguntou de repente bastante séria.

– Sim - respondi rapidamente.

– Por favor, me siga – Pediu andando em direção a um corredor e eu a segui.

Por algum motivo naquele momento eu pareci uma adolescente. Minhas mãos estavam suando em antecipação, minhas pernas cambaleou, meu coração bateu mais forte e minha respiração estava acelerada... Todos os sintomas de uma jovem que estava apaixonada, se não fosse o fato de que esse homem já tinha sido meu e eu o perdi, ele já tinha me amado, mas o amor acabou e isso era vida real e não uma modinha lançada por alguma autora norte-americana.

– Esse é o quarto dele. - fui tirada bruscamente dos meus devaneios pela voz de Rose.

– Ok – disse dando um passo a frente - Você não vai entrar ?- perguntei ao ver ela se afastando.

– Acho que vocês irão querer um momento a SÓS - resmungou saindo, e logo em seguida abri a porta e por alguns segundos me lembrei da minha última visita àquele quarto, só que dessa vez existia uma diferença... Ele não parecia uma pedra sem vida, ao contrário disso, dessa vez ele parecia bem vivo.
(...)