O mistério da Ilha escrita por JuuhLS


Capítulo 10
A questão é: Podemos confiar em você?


Notas iniciais do capítulo

E aí, como estão?
Bom, vamos lá então...
Boa Leitura Cahill!



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Pov´s Dan

Já estava escurecendo e nenhum sinal de Amy Cahill e nem de Nellie Gomes. E pra terminar de lascar, eu ainda estou com aqueles esnobes na minha cola. Os Cobra. Argh! Mesmo assim eu não iria parar até ter a Amy e a Nellie de volta, mesmo que eu tenha que passar horas ao lado daqueles inúteis, mesmo que já esteja escurecendo e mesmo que eu não saiba o que fazer.

Amy! Maninha, por que você tem que desparecer nas piores horas.

Até que eu ouvi gritos. E risadas. E vozes. E... Amy!

Eu avistei a menina ruiva que eu tanto procurava. Ela desviou os olhos de onde olhava até os meus e um sorriso se abriu em seu rosto.

– DAN! – Amy gritou

– AMY! – eu gritei de volta

Ela veio correndo ao meu encontro e quando chegou dei um pulo e a abracei com força. Eu nem liguei por estar abraçando ela na frente de todo mundo.

Eu havia encontrado minha irmã, e era isso que importava.

Pov´s Amy

O Dan me surpreendeu. Ele mesmo me abraçou e nem ligou pra ninguém ali presente. Ele estava crescendo. E isso me dava orgulho.

– Ainda bem que eu te encontrei – eu disse e me ajoelhei para ficar na sua altura, ou um pouco mais baixo que ele – estava preocupada.

– eu também estava – ele disse – e ainda tive que aguentar eles.

Ele apontou para as pessoas atrás dele. Eu até iria virar e ver quem quer que seja as pessoas atrás deles, mas, me dei conta do que estava acontecendo. Nellie! Eu tinha a esperança de que ela estivesse com o Dan, mas ela não estava. Ela estava por ai, sozinha!

Meu semblante mudou, de aliviada por ter achado o Dan, para super preocupada por não está vendo a louca Nellie Gomes, a melhor Au Pair do Mundo com seus fones de ouvido no volume máximo. Parece que Dan pensou a mesma coisa, pois seu semblante ficou igual ao meu.

Nellie! – dissemos em uníssono

– eu achava que ela estava com você – eu disse

– e eu achava que ela estava com você – ele disse - e agora?

– bom, não podemos procurar ela agora – eu comecei – temos que esperar e procurar amanhã de manhã. Certo?

– Tudo bem – ele respondeu.

Levantei e passei a mão pelos seus cabelos castanhos em um gesto de carinho e o abracei em um gesto de proteção. Ele não reclamou.

Depois disso pude ver quem era que estava atrás do meu irmão, e de quem ele havia reclamado.

Os Kabra!

Meus olhos se encontraram com outros, cor de Âmbar. Eles estavam brilhando. Um brilho diferente. Eram os olhos de Ian Kabra. Ele conseguia sorrir com os olhos, o que poucos conseguem fazer. Mais ai a lembrança daquele dia na caverna voltou a minha cabeça. A lembrança de que ele e a irmã haviam nos deixado para morrer. O dono daqueles olhos brilhantes havia mentido para mim descaradamente. Então cortei o contato visual imediatamente.

– tem alguma ideia do que podemos fazer em relação a estarmos em uma ilha ou como podemos sair dela? – perguntei baixo para que ninguém ouvisse

– nenhuma, dessa vez não – ele disse – eu vi todas as possibilidades, fiz e refiz teorias, e nada inclui uma queda de avião misteriosa sem deixar rastros e nem passageiros e nem destroços – ele terminou – e essa ilha fica aparentemente... É, deixa eu pensar... A é, no meio do nada!

– tudo bem – eu disse por fim.

Pov´s Dan

Olhei em volta e então percebi que Amy não estava sozinha. Reagan, Madison, Hamilton, Sinead, Ted e Ned estavam atrás dela. Vi Amy indo cumprimentar Natalie Kabra.

Por favor, que ela não fale com o Ian! Por favor!

E ela passou direto por ele deixando-o no vácuo.

Há! Essa é minha irmã!

Hamilton, Ned e Ted vieram em minha direção e nos demos aquele aperto de mão masculino bem maneiro.

Depois eu sorri de canto para as gêmeas Holt e elas sorriram de volta acenando. Fiz o mesmo com Sinead.

Até que eu não odiava tanto assim os Cahill (tirando os Cobra é claro), e eles também não me odiavam, na verdade eles me adoram. Até por que, quem resiste à tentação de Daniel Arthur Cahill? Ninguém né! Tirando a Natalie...

– Pessoal – era Sinead falando – precisamos correr – ela continuou – todos devem saber que é bastante provável não sairmos daqui até amanhã, então vamos fazer uma fogueira e nos ajeitar, que já está ficando escuro.

Todos fizeram o combinado. A maioria iria pegar lenha o suficiente para fazer uma fogueira e iria ajeitar para que todos dormissem, e Amy foi pegar algo dentro da floresta. Talvez água.

Quando ela saiu da minha vista, entrando completamente dentro da floresta, outra pessoa entrou na minha vista e logo após na floresta também.

Era Ian Kabra.

E ele estava indo atrás da Amy.

Mas eu não podia ir atrás, agora era por conta dela se afastar dele, ou não?

Pov´s Amy.

Eles são os Cobra. Mas mesmo assim eu fui falar com a Natalie. Ela estava bem diferente de antes. Está bem mais crescida. Eu sei que você deve estar se perguntando, por que eu fui falar com a Natalie se eu odiava os Kabra. Eu não odeio eles, eu só odeio o Ian. Perdoei os dois por ter tentado nos matar, não que eu não tivesse raiva deles por conta disso, mas os perdoei, na última etapa da busca onde todos os Cahill se uniram contra Isabel. Eu os perdoei por tentar nos matar, mas não perdoei o Ian por ter mentido para mim, por ter brincado com meus sentimentos. Ao entrar na floresta ainda pouco iluminada pela luz do sol, ouvi passos atrás de mim. Achei que fosse o Dan. Mas não era ele, era o Ian.

– Oi Amy – ele disse

– oi – respondi monótona

– tudo bem? – ele disse

– tudo – eu falei

Ele não falou nada e eu também não, e eu não olhava no rosto dele. Eu estava ignorando-o e ele percebeu.

– olha só Amy, eu sei que você e o Dan têm todos os motivos para me odiar e odiar a Natalie – ele começou – mas olha, eu queria que você me perdoasse.

– o quê? – eu me virei bruscamente na direção dele e o olhei perplexa – eu perdoar você? Acha mesmo que depois tudo que você fez, eu vou te perdoar?

– Por favor – ele disse – olha só eu...

– a questão é – eu comecei – podemos confiar em você? – eu disse sombria

Ele não falou nada, apenas me olhou em silêncio.

– podemos confiar em um Lucian – eu disse – podemos confiar em um Kabra? Podemos confiar em você? – friamente eu neguei com a cabeça – não, não podemos.

Eu virei o rosto e pisquei rapidamente, tentando impedir que uma lágrima teimosa escorresse pelo meu rosto.

– Não podemos confiar em você – eu falei – não podemos confiar em você – eu repeti – por que vocês nunca mudam!

Eu ouvi passos, cada vez ficando mais longe. Ele havia ido.

Continuei andando em direção ao riacho que a Natalie havia visto.

Eu tinha esquecido Ian Kabra. Completamente? Não sei, mas eu havia esquecido. E agora ele voltou para me atormentar. Para me fazer lembrar de tudo. Da Coréia. Da Jamaica. Da China. De tudo. Mas eu vou esquecer Ian Kabra.

Eu juro!

Pov´s Ian

Ela me deu o fora. Mas o que eu estava pensando. Ela não vai me perdoar.

Voltei pelo mesmo caminho e cheguei aos outros. Já haviam feito á fogueira e agora o céu estava escuro. Me sentei ao lado da Natalie. Depois de alguns minutos ela voltou com uma garrafa cheia de água e depois se deitou perto de Dan. Nas “camas” que os Starling haviam projetado. A noite havia chegado, as palavras dela ainda ressoavam em meus ouvidos:

– Podemos confiar em você? Podemos confiar em um Lucian, em um Kabra? Não, não podemos... Porque vocês nunca mudam!

Aquelas palavras tiveram um efeito sobre mim inimaginável. Ela havia dito isso com uma frieza que eu nunca havia visto em Amy Cahill. E o pior nem era esse. O pior é saber que talvez ela possa ter razão.

Será que eles podem confiar em mim? Será que qualquer um pode confiar em mim? Será que alguém, algum dia, poderá confiar em Ian Kabra?


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Notas finais do capítulo

Pergunta: Você confiaria em Ian Kabra?
Comentem sua resposta e diga o que você faria se estivesse no lugar da nossa amada Amy Cahill.
Beijos, Juuh



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