Another Hogwarts escrita por Sorrow Queen, Ciba, Rafeullas, brubs


Capítulo 51
Seja meu Imperius, pois eu quero lhe usar


Notas iniciais do capítulo

OLAAÁ. Diva Ciba aqui u.u
Tudo bem com vocês? Meus agradecimentos para as pessoas que alimentaram o Rodolfo. Falando no Rodolfo, ele mandou eu fazer carinha feia para os fantasmas por aqui.
Enfim, espero que gostem :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/430726/chapter/51

POV Anne Green

Depois da treta entre Jace e Isaac, na qual eu desmaiei e fui levada de novo e novamente para a Madame Pompom, os dois levaram um detenção para cumprir juntos. Eu realmente não sei o que o Snape, professor que os repreendeu logo depois da treta terminar porque a princesinha aqui foi atingida, tem na cabeça. É sério, eu não sei, talvez tenha titica de hipogrifo no lugar do cérebro para fazê-los trabalharem juntos. Enfim, os dois terão que arrumar a Ala Hospitalar. Sim, o lugar onde pessoas vomitam, pessoas cospem remédios ruins, aonde a maioria das pessoas vão depois de ficarem com diarréia. Ou seja, eu não garanto horas de diversão arrumando aquele lugar, ainda mais quando se tratas desses indivíduos. Porém, eu não faria o mesmo que o Snape se fosse eu a aplicar a detenção. Eu os faria nadarem nus no Lago Negro, correr a Floresta Proibida inteira ou, quem sabe, trabalharem de garçons no Salão Principal. Ah, quando eu tenho esses pensamentos obscuros, as pessoa pensam “nossa Anne, como você é má”, pois bem, logo depois de ser atingida por aquele maldito feitiço, ganhei uma semana de dores na cabeça por causa daqueles caras.

E foi assim que eu acordei naquela manhã, com minha cabeça quase explodindo. Como de costume, Hermione bancou o despertador, me acordando cedo, o que já me causa estresse em um dia normal.

–Anne, vamos logo, mulher. Nossa primeira aula é com Minerva. –dizia Mione no meu ouvido.

Fui forçada a me levantar, afinal. Após meu banho de beleza, arrumei-me e saí me arrastando do dormitório. Para ter uma ideia da minha situação, eu nem me importei com Ginny sendo engolida por seu namorado àquela hora. E só percebi a companhia de Miranda quando ela abriu a matraca.

–Meu Deus, você está com uma cara horrível, amiga. Olha isso! –ela parou na minha frente, com a mão no meu rosto, analisando-o. –Não dormiu bem? Acho que é isso que meu pai quer dizer quando fala que eu preciso crescer mais um pouco para namorar. Você deve ter ficado a noite toda pensando nas coisas que fez com Isaac na noite do último sábado e nem dormiu direito. Agora fica com essa cara de zumbi e com um péssimo hu...

–Miranda, cala a boca. –falei, fazendo-a parar de tagarelar e olhei em volta. –Menina, não se deve falar coisas como “coisas que fez na noite de sábado” em público.

Ela riu e entrelaçou nossos braços enquanto entravámos no Salão.

–Então fala logo o que está lhe deixando com insônia.

–Dor de cabeça. –eu me sentei entre Katie e Demelza.

–De novo, Anne? Você não acha que deveria ir à enfermaria? –perguntou Katie, passando manteiga no pão.

–Da última vez que fui, a Madame Pomfrey me deu chá e eu acho que o chá não resolveu muita coisa. –murmurei, mexendo meu suco.

–E o remédio que ela passou? –indagou Miranda, sentando-se na minha frente. –Fala sério, Anne, você não está tomando os remédios, não é?

Fiz uma careta para ela.

–Olha, se aqueles negócios com gosto de caca de duende realmente funcionassem, eu não estaria reclamando hoje. Eu estaria por aí pulando feito uma gazela como sempre fiz.

–Como é que você sabe o gosto de caca de duende? Já provou? –falou Demelza em meio a risadinhas, acompanhada por Katie.

Eu abri a boca para retrucar, mas, vindo da entrada do Salão, houve um som de explosão e logo um fedor começou a subir. Tive ânsia de vômito na hora e olhei para a direção que veio o barulho. Uma fumaça verde rodeava o Malfoy. Então, tive vontade de rir. Alguém jogou bombas de bosta na cobrinha histérica. Quando a fumaça abaixou, Draco saiu correndo atrás de duas pessoas e Lena apareceu ali, levando bronca de Minerva. Ao olhar para a professora, percebi que já era de ir andando para a aula dela. Me despedi de Demelza e Miranda e segui com Katie. Quando atravessamos as portas do Salão, Lena já havia corrido dali para seu namorado e logo o meu namorado apareceu do meu lado.

–Olá! –falei depois de trocarmos um beijo.

–Oi amor. Tudo bem? –pergunta ele, vejo Katie ficar inquieta do meu lado, meio sem graça.

–Para falar a verdade, não. Parece que tem alguém batucando na minha cabeça. –Isaac me olha preocupado. –Não faz essa cara. Você sabe que foi por causa daquela treta, que agora eu estou assim.

Ele ri, sabendo que eu já briguei o suficiente com ele por ter baixado o nível.

–Acho que é por isso que estou indo para Ala Hospitalar agora, cumprir minha detenção com a lacraia do Jace. -reviro os olhos e dou um tapa no braço dele.

–Ei, por que o Snape deu uma detenção para vocês em horário de aula?

–Eu vou saber? –Isaac dá de ombros. –Acho que aquele cara não bate muito bem da cabeça. –depois, ele volta a sorrir. –Mas não vou conseguir me concentrar no trabalho sabendo que você está com a cabeça prestes a estourar.

É impossível não sorrir com isso.

–Acho que um beijinho deve sarar. –fiz beicinho enquanto falava

Isaac se aproxima e dá um beijo, primeiro na minha testa, depois no meu nariz e, por fim, na minha boca.

–Boa aula. –fala, vendo-me corar e rindo. Então, ele se virou e seguiu seu caminho para a enfermaria.

–Merlin, vocês dois são tão fofos! –disse Katie, me fazendo sobressaltar, já que eu havia me esquecido da presença dela.

Eu sorrio e nós vamos para a aula de Transfiguração. Nossa aula de hoje é com a Lufa-lufa e Sonsetina, ou seja, Thalia e Lena vêm na área. Entrando na sala, vejo que Minerva ainda não chegou e procuro por Thalia e Lena; não vejo Lena, mas vejo a lufana conversando com aquele mino bonito, o Mason, e sigo para lá, me sentando com Katie na carteira em frente da de Thalia. Os dois estão conversando animados e percebo que Thalia não para de sorrir, que uma das mãos dela está pousada no ombro de Mason e, o principal de tudo, ela não percebeu a minha presença. Como alguém não percebe o brilho em pessoa por perto?

–Ahn, Thalia? –digo, limpando a garganta.

Ela finalmente me olha, ainda sorrindo, sua mão desce lentamente do braço de Mason quando finalmente se volta para mim.

–Oi, Anne. Há quanto tempo. –Thalia se debruça em cima da mesa e aponta para seu amigo. –Conhece o Mason?

Olho para o sujeito. Cabelo bom. Confere. Olhos bonitos. Confere. Rosto angelical. Confere. Então, a ficha cai. Volto a olhar para Thalia, que ainda me encara. Será que ela não se esqueceu de me contar alguma coisa? Uma informação importante está faltando ai. Mas, como eu sou uma pessoa discreta, apenas falo:

–Conheço, sim. Quer dizer, só de vista. –Mason sorri para mim e eu levanto o polegar para ele. –Você viu o Ray, Thalia? –pergunto, fingindo-me estar desinteressada na resposta dela.

–Ah, hoje ainda não. –ela dá de ombros.

Penso em falar alguma coisa, mas Minerva entra bem nesse momento, pedindo silêncio para a turma e começando a falar sobre metamorfomagia. A minha conclusão sobre o assunto foi: os metamorfomagos são pessoas felizes por terem o cabelo que quiser, não terem espinhas no rosto, a não ser que queiram. Mas eles isso é de herança e eu não posso tomar uma poção para me tornar uma. Essa é a vida.

Quando a aula acaba, me viro para falar com Thalia, mas ela já estava na porta, falando com Mason. Tem alguma coisa nesses dois. Levanto-me e, olhando para o canto da sala, avisto Lena, de cabeça baixa e arrumando sem ânimo alguma seu material. Falo para Katie que depois encontro com ela e vou em direção de Lena.

–Isso tudo é por causa da detenção que Minerva lhe deu? –pergunto, pegando o pergaminho que ela deixou cair. Ela me olhou e revira os olhos.

–É só que... você sabe, não tenho dormido bem. –ela responde e eu sinto dó da Lena, sabendo o quanto ela está enfrentando com os pesadelos. Depois que ela se levanta, eu dou um abraço nela e nós seguimos para nossa próxima aula, que é mais uma com Grifinória e Sonserina, feitiços.

Andamos tranquilamente pelos corredores, conversando sobre coisas banais até que vemos Emily correndo em direção oposta a nossa, entrando rapidamente no banheiro, com a mão na barriga. Troco um olhar com Lena e corremos atrás dela. Emily estava debruçada sobre a privada, sem nem sequer fechar a porta. Corro e me ajoelho ao seu lado, segurando seus cabelos para trás e evitando olhar para o café da manhã de Emily que saia de seu estômago frágil, pois, se eu olhar, tenho certeza de que Elena teria que segurar os dois cabelos. Por outro lado, Lena fica parada atrás da gente, olhando com a testa franzida para Emily. Quando ela termina de botar tudo para fora, começa a ofegar e cai sentada para o lado, ainda com a mão na barriga.

–Merlin, Emily! A comida estava tão ruim assim? –minha mãe diz que sempre é bom tentar fazer piada com alguma coisa ruim, apenas sigo conselhos. Emily me olha torto e tenta se levantar, mas tem uma nova crise de vômito.

–Sinto informar, mas você está parecendo uma égua prenha. –diz Elena enquanto Emily termina de vomitar alguma coisa que sobrou dentro dela.

–Cala a boca. –resmunga Emily e eu e Elena a ajudamos a levantar.

–Vamos para a enfermaria. –falo, sem rodeios, pegando no braço dela e a guiando para fora do banheiro, porém ela fica rígida, tornando mais difícil conseguir arrastá-la.

–Não! Nem vem. Eu não vou para lá! –protesta, tentando se soltar das nossas mãos.

–Pelo amor de Deus! Use a cabeça, troll. Você ‘tá ai toda molenga, vai ser fácil de arrastar. Se for preciso, a gente te dá um nocaute, mas você vai, sim. –Elena recebe um olhar feio.

–Ela tem razão, Em. A Madame Pompom vai saber o que fazer. Talvez você esteja com uma infecção ou coisa assim. –digo, sacando a varinha. –Você sabe que vai ser moleza fazer você desmaiar.

Emily revira os olhos, mas deixa a gente leva-la. Os corredores estão um pouco movimentados com a troca de aulas, o que ocasiona em eu ter que chutar as bundas de algumas pessoas para saírem da frente que atrás vem gente e gritar no ouvido dos indefesos. Finalmente, chegamos à Ala Hospitalar, dando de cara com Isaac e Jace que já estavam de saída.

–Você ‘tá bem? –questiona Isaac a me ver aparecendo na porta.

–Minha cabeça ainda não explo...

–Ah me poupe, você não ‘tá vendo que estou quase morrendo aqui? –berra Emily, cerrando os punhos. –Saiam da frente. –Merlin, essa menina é bipolar!

–PELO AMOR DE MERLIN, NÃO VOMITA NESSE CHÃO. –grita Jace, erguendo as mãos, todos arregalam os olhos para Jace, menos Isaac.

Madame Pompom aparece de sua antessala e olha para Emily, percebo que a enfermeira pretende falar alguma coisa, mas depois de uma troca de olhares com Emily, ela só pede para a deixarmos numa maca e nos manda embora dali.

Somos obrigados a ir direto para a aula de Feitiços. No caminho vou conversando com Isaac sobre sua detenção. Ele disse que chegou uma menina do segundo ano e começou a vomitar nos chão que ela havia acabado de limpar, o que o fez ficar com vontade de jogar a menina pela janela. Entramos na sala de Flitwick no mesmo momento que ele. Acho que as viagens dele devem ser mais difíceis com aquelas perninhas miudinhas. Temos nossa aula teórica com feitiços-escudos e Flitwick pede para fazermos um relatório de duas páginas sobre o assunto com o auxilio dos livros da biblioteca para a próxima aula.

Após sermos dispensados pelo professor, Lena saí rapidamente da aula, com a cabeça baixa novamente. Eu saio com Isaac em direção à Torre da Grifinória porque preciso pegar uns bangue para a próxima aula, mas não vamos com muita pressa porque temos uma aula vaga agora. Conto para ele o problema da Lena com o sono. Ele fia preocupado, porém não fala nada.

–Ah, Anne. Me empresta suas anotações de Transfiguração da aula de hoje? –pede ele, coçando a nuca quando chegamos à minha sala comunal.

–Claro. –falo, pegando meu caderno e entregando para ele. –Minerva passou uma redação para sexta-feira, 30 cm, beleza?

–Okay. –Isaac responde, me dando um beijo na bochecha. –Te vejo no almoço?

–Até lá. –dou um sorriso e entro na sala comunal depois de Isaac seguir para a sua.

Vou para meu quarto, pego o material para a próxima aula e logo desço de novo porque não tem ninguém no dormitório para fofocar. Entretanto, ao descer, encontro um dos Weasley sentado em uma das poltronas perto da lareira apagada. Eu não sou um gênio, então não sei se é Fred ou George, mas mesmo assim me sento na poltrona de frente para ele.

–Eu acho que você deveria fazer um risco na bochecha com caneta permanente, sabe? Assim fica mais fácil saber qual dos gêmeos você é. –eu falo, pegando uma revista dentro da bolsa, abrindo-a numa página de teste para saber qual jogador de quadribol combina mais com você. O teste deu Vasili Dimitrov, da seleção da Bulgária, procuro a foto dele na revista para saber se devo fazer o teste de novo para ter um resultado mais bonitinho, porém vejo que Vasili é um bom partido. Ops, já tenho namorada e não sou maria-goles. Volto a olhar para Fred ou George. –Enfim, vai me falar quem você é?

Ele abriu um sorriso abatido e diz:

–Fred. Feliz?

–Ah, sim. Facilita muito a minha vida. –pegou uma caneta dentro da bolsa. –Agora, vem vá, me deixa escrever “Fred” na sua testa para que essa cena não se repita.

–Você tem problema mental, Anne? –ele ri, afastando o meu braço, mas depois sua expressão fica séria. –Eu queria saber uma coisa...

–Não, a Emily não colocou silicone, se é isso que você quer saber. Na verdade, eu acho que ela ‘tá com alguma coisa no estômago, ai os remédios causam um crescimento repentino nas mamas, o que a faz ficar com duas melancias no lugar dos pei...

–Eu não quero saber sobre os seios da Emily, Anne. –me interrompe Fred e eu olho para ele com uma sobrancelha arqueada, dando sinal para ele falar o que quer. –Eu só quero saber... ahn, tipo... okay, eu quero saber porque você e a Elena, acho, estavam carregando uma Emily molenga no corredor hoje. –ele me olha com ansiedade.

–Ahh, é isso? Por que você não me falou desde o inicio? –ele abre a boca, mas eu continuo a falar. –Ela passou mal e estava vomitando, ai eu e Lena a levamos para a enfermaria. Acho que ela ainda está ela, se você quer saber.

Fred se levanta e me agradece, dizendo que vai dar um pulo na biblioteca. Biblioteca, sei. Sei muito bem para onde esse tigrão vai e não é a biblioteca, não.

***

Passaram-se quatro dias e tem uma notícia boa: minha dor de cabeça passou. Agora eu não acordei com tanto mau humor, agora eu estava uma gazela muito feliz pelos corredores. Porém, as pessoas sabem que Anne Green não passa muito tempo sem se meter em encrenca e, bem, lá estava um dia para recomeçar com isso.

Eu estava me alimentando no Salão Principal com Ginny, ela estava me dizendo o quanto ficou pirada quando Snape pediu para fazerem um relatório de cinco páginas para ele avaliar as dificuldades dos alunos para os N.O.M’s. Eu fiz o máximo para não rir do desespero dela e prometi ajuda-la com o dever. Enquanto como meu bolo, corro o olhar pelo Salão e paro para analisar uma situação que acontecia na mesa da lufa-lufa. Ray estava pulando de um lado para o outro com a mão nos bolsos, mas Thalia estava muito ocupada conversando com Mason. Coloquei no meu bloco de notas mental para questiona-la sobre isso depois. Agora vejo Lena correndo para Jason, que segura um potinho. Não, isso não me interessa no momento. O que me interessa é que Isaac percebeu meu olhar e gesticulou para que eu o acompanhasse. Levantei-me, falei para Ginny acalmar a franga e segui Isaac. Nós fomos para os jardins e nos sentamos embaixo de uma árvore perto do lago.

–Anne, aqui está seu caderno. Você é muito organizada, amor. Precisa ser mais... radical. –Isaac fala, pegando meu caderno dentro de sua mochila e colocando em cima do meu colo.

–Ah, falou o meninão que é pura adrenalina. –ironizo, passando meus dedos por seu cabelo, sorrindo.

–Você não sabe tudo sobre mim, não, gatinha. –diz ele, acariciando o meu queixo. –Sabia que eu tomo banho pelado? –jogo a cabeça para trás, tendo um ataque de risos.

–Nossa, eu não sabia que você tinha um lado tão obscuro assim.

–Estou dizendo que sou uma caixinha de surpresa. –Isaac se arrasta para meu lado e passa um braço pela minha cintura e deita, me levando junto com ele enquanto consulta o relógio. –Ainda temos meia hora para nossa primeira aula. Vamos aproveitar?

Viro o rosto, fazendo a ponta de meu nariz ficar com a ponta do dele e assinto, o beijando. Depois de nos afastarmos, Isaac vira uma pouco para o lado e pega a varinha. No tronco da árvore ao nosso lado, ele desenha “A + I” e contorna com um coração.

–Isaac, isso danifica a árvore. –falo, mas estou sorrindo, pego a varinha dele e enfeito o coração.

Nós ficamos ali, observando o céu, por um tempo, até que ele volta a falar:

–A amiga de Lena disse que não tem visto ela com frequência no dormitório.

Franzi os lábios e o cenho.

–Eu tenho duas alternativas: ou ela e o Jason têm dado umas escapadinhas ou, então, ela realmente está tomando alguma coisa para não dormir. –Isaac olha para mim e sorri, revirando os olhos. –Eu fico com a segunda opção porque, bem, olha só para a cara dela! Qualquer que seja os produtos que ela está usando não está funcionando para esconder aquelas olheiras, aposto que ela comprou em um camelô no Beco Diagonal.

Isaac ri do meu lado e me abraça mais forte.

–Ou, quem sabe, pode ser os dois juntos. Porque o que ela faz com Jason também pode resultar em olheiras, talvez. –ele fala e eu dou um tapinha no braço dele.

–Não seja tão pervertido assim.

Beijo ele novamente e quando voltamos nossas cabeças para cima para encarar o céu, vemos uma cabeça acima de nós. Eu dei um berro e me sentei rapidamente ao identificar Minerva parada ali.

–O que é que os senhores estão fazendo aqui? –pergunta ela com uma voz severa.

–Tia Minnie, ainda falta... –pego o pulso de Isaac e olho as horas. -10 minutos para começar a aula. –murmuro sabendo que minhas palavras serão em vão.

–Pouco importa! Isso não é hora de ficarem namorando nos jardins. Para a aula, já! –fala ela, apontando para o castelo e depois sai andando.

Isaac me ajuda a levantar e nós voltamos para o castelo de mãos dadas.

–Boa aula com o Snape. –fala ele, tocando meu nariz. –Você vai precisar.

–Eu sei. Boa aula com Minerva para você, então. Me encontre nos jardins de novo depois da aula.

Ele manda uma piscadela e, rindo malicioso, me deixa no corredor das masmorras. Andando, percebo que ainda estou com o caderno que havia emprestado para Isaac nas mãos. Ao guardá-lo, um pedaço de pergaminho cai dele. Me agacho para pega-lo e o leio.

“Querida Anne, que tal um passeio pela Floresta? Não se preocupe, irei lhe proteger de qualquer animal que viver ali. Esqueça a aula do Snape e eu irei esquecer a aula de Minerva.

Isaac”

Olho confusa para o papel, estranhando o fato de Isaac ter pedido aquilo, mas virando o papel, vejo que há mais uma coisa escrita, ou melhor, desenhada, é um anel de compromisso desenhado. Arregalo os olhos e olho em minha volta, não há ninguém ali. Então, dou meia-volta e vou correndo para fora dos castelos novamente antes que algum professor me encontre. Os jardins estão completamente vazios e me apresso em alcançar a floresta. Quando me viro para ver se tem alguém me vendo, vejo alguém saindo do castelo e aperto o passo para tentar não ser vista. Entro na floresta sem hesitar e chamo por Isaac. Olho para o chão e vejo que ali há pedacinhos de bolo jogados em fila, formando uma trilha. Começo a segui-la, mas com um pouco de receio, pois aquilo não é de feitio de Isaac.

Já estava começando a pensar em desistir quando a “trilha” acaba. Os pedaços de bolo formaram um círculo e dentro dele há uma cesta de piquenique. Sorrio e me sento ao lado da cesta. Foi nesse momento em que comecei a estranhas os fatos. Ninguém saiu por trás das árvores e, depois de abrir a cesta, vi que não havia comida nenhuma ali, apenas uma garrafa de bebida. Me levanto rapidamente, arrumando minha saia, mas ouço alguém murmurar um feitiço e sou forçada a sentar novamente. Tem um barulho em cima de minha cabeça e percebo que há alguém na árvore.

–Isaac? –chamo com a voz falhando.

As folhas da árvore começam a se remexerem de novo e, antes que eu distinguisse a coisa que estava pendurada nos galhos, a voz ordena para uma varinha:

–Imperius!

Ouço a voz de Lena me chamar, mas ela está muito longe para que possa impedir que aquela maldição imperdoável me atinja. Fico paralisada quando percebo que fui um alvo da maldição. Vejo um vulto loiro se mexer na árvore em minha frente antes de meus olhos virarem em órbitas e eu cair no chão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

EAE? GOSTARAM DO DRAMA? Deixem reviews, pfvr, eu imploro.
Sou mendiga de reviews, sim. Porque é mó broxante fazer um cap. de 3.000 palavras e poucas (mas lindas) pessoas comentarem.
Bjs
Ps.: Não procurem o jogador "Vasili Dimitrov", pois não vai aparecer nenhum jogador gatão no google.