Another Hogwarts escrita por Sorrow Queen, Ciba, Rafeullas, brubs
Notas iniciais do capítulo
Hey, pessoinhas!
Como vão?
Eu vou dedicar esse cap a Kety Granger por que ela é uma pessoa maravilhosa e comentou nossa fic.
ELA NÃO DEIXOU O RODOLFO MORRER!
Agora aproveitem o cap!
- Bruna DiAngelo.
Pov Emily
Baixei a tampa do vaso e respirei fundo. Água, eu preciso de água. Levanto devagar, com medo de que mais alguma parte do meu jantar queira sair. Abro a torneira e encho as mãos em concha, levando a boca e tirando aquele horrível gosto de bile da boca.
Não vai demorar muito pra alguém descobrir que aquela porcaria de poção da Elena não funcionou, e que eu ainda estou grávida do ruivinho. Até o Raimundo, que é mais lerdo que uma lesma, está ligando os pontinhos. Minha falta de fome, as recentes idas a enfermaria, quase a noite inteira no banheiro...
– Emily? Você está aí dentro?
Que susto! Fecho a torneira e limpo a boca. Destranco a porta e vejo Luna, de pijama com os cabelos loiros presos num rabo de cavalo e uma camisola amarela. Ela coça os olhos e me olha confusa.
– O que estava fazendo no banheiro? – Pergunta.
– Eu... Tive uma dor de barriga. Mas já estou melhor, boa noite Luna.
– O que? Não, não, não... – Ela disse segurando meu braço quando passei por ela. – Vem, vou te levar até a Madame Ponfrey.
– Não, Luna, não precisa...
– Precisa sim! Coloque sua capa por cima do pijama e vamos logo.
Reviro os olhos, mas obedeço. Luna me espera na porta e nós duas descemos até o Salão Comunal. Silas, Raimundo, Logan e Zach estão lá. Madrugadeiros!
– Ei, onde pensam que vão? – Pergunta Zach.
– Emily está passando mal, vou leva-la até a Madame Ponfrey.
– O que você tem, Emília? – Pergunta Ray.
– Não me chame de Emília, idiota. – Resmungo passando por eles rapidamente. – Eu só estou com dor de barriga. Não é necessário, Luna.
– É sim! Vocês vão ficar aí?
– Pode deixar, Luna. Nós a levamos pra enfermaria, volte a dormir. – Diz Silas levantando junto com Raimundo.
– Obrigado, Silas. Melhoras, Em! – Luna diz e volta para as escadas.
– Vamos lá, Emília. – Ray pega meu braço e me puxa pra fora do Salão Comunal, com Silas atrás de nós.
– Então... O que você está sentindo? – Pergunta Silas.
– Enjoou, e um pouco de tontura. – Digo prestando atenção no caminho. Tentando não manter contato visual com Raymond.
– Emily, você não acho isso muito estranho? – Ray pergunta. – Você desmaiou três vezes só essa semana, e agora está vomitando e tendo tonturas, você não acha que está...
– Não, Ray. – Digo rapidamente. – Provavelmente é só uma virose qualquer.
– Entendo... – Ele murmura pensativo.
– Emily? – Chama Silas, que agora estava ao meu lado.
– O que?
– Você, por acaso, não colocou silicone, colocou?
– QUE MERDA DE PERGUNTA É ESSA AGORA? – Grito.
Porcaria de sintomas de grávidas! Com tantas partes no corpo, eles tinham que ficar maiores?!
– Desculpa, não me bate! – Ele diz com as mãos pra cima, se rendendo. – É só que... Deu pra perceber!
– Nunca. Mais. Me. Diga. Isso. – Falo pausadamente pra ver se a cria de Deus entende.
– Sem problemas!
Nós três andamos o resto do caminho em silêncio até a enfermaria.
Quando chegamos, Madame Ponfrey está lá, cuidando do... Jason? Jura?
– Por Merlin! Vocês gostam de vir pra cá, não é? – Ela reclama quando me vê.
– Não é por vontade própria! – Resmungo olhando significativamente para os dois guarda-costas que Luna me arrumou.
– O que ouve? – Madame Ponfrey pergunta.
– Ela anda meio enjoada, e com tonturas, não vou nem falar dos desmaios. – Diz Ray.
Só assinto e Madame Ponfrey começa a me examinar.
– Sente-se um pouco, Srta. Carter. Vou trazer alguma coisa pra te ajudar. Quanto aos dois, podem voltar para seus dormitórios.
– Tudo bem. Fique bem, Emily. – Diz Silas beijando minha bochecha.
– Até, Emília. – Raymond diz me olhando sério. – Se cuida!
– Eu vou. – Respondo também séria.
Ele dá meia volta e sai, seguindo Silas.
– Pode se sentar aqui. – Madame Ponfrey aponta pra maca na frente da de Jason.
Sento-me e o grifinório me olha de canto.
– O que faz aqui, loirinho? Outro caso com uma comensal que a cobrinha verde descobriu?
Ele me olha irritado, mas desvia rapidamente para sua mão, vermelha e toda arranhada.
– Desculpa, piadinha de mau gosto. O que aconteceu com sua mão?
– Eu soquei a parede. – Ele responde indiferente ainda encarando a mão.
– Por quê?
Ele levanta o olhar e me encara. Seus olhos verdes assumindo uma expressão de raiva e tristeza.
– Assuntos pessoais. Eu não... Não quero falar sobre isso.
– Tudo bem. Não precisa.
Ele sorri de um modo grato e a Madame Ponfrey volta.
– Esse é pra você beber, - Ela me entrega um copo com um líquido transparente. – e quando terminar segure isso perto de você. - Um balde? Não captei a mensagem. – E esse é seu Sr. Salvatore.
Ela enfaixa a mão do grifinório e volta pra seu quartinho no canto da enfermaria.
– Não vai tomar? – Ele pergunta apontando para o copo.
– Não sei. Não quero.
– Mas... É pra você melhorar. Vai passar os enjoos, as tonturas e os desmaios.
Jason, Jason, Jason... Adoraria que fosse tão fácil!
Sorri de canto e tomei o líquido. Abacaxi, xarope pra tosse, menta, gengibre, feijão, alho e um leve toque de canela. Esse era o gosto do líquido.
– Bom? – Jason perguntou.
– Nem um pouco. – Respondo fazendo uma careta.
– Veja pelo lado bom, vai passar o enjoou e...
Ele não terminou. Senti o remédio subir com tudo o que tinha no meu estômago. Agora entendi do por que do balde! Acho que o enchi até a boca.
– Já? Estranho. – Diz Madame Ponfrey, surgindo do além. – Geralmente demora meia hora para fazer efeito. De qualquer forma, fique aqui esta noite. Caso ocorra algum “acidente”. – Ela fez aspas no acidente.
Assenti e me ajeitei na maca.
– Boa noite, Emily. – Jason disse se levantando para ir embora.
– Boa noite, Jason.
Não demorou muito até eu fechar os olhos e vagar pelo mundo dos sonhos.
(...)
– Fique longe dela, Harris!
– Fique você, Weasley! Não vê como ela sofre por você estar aqui? Emily quer distância de você.
– Não, ela quer distância de VOCÊ!
Ai, meu santinho amado! Nem na enfermaria eu tenho uma boa noite de sono? Abri os olhos lentamente, por conta da luz e do sono. Ao lado da minha maca, duas figuras estavam em pé, frente a frente. Ambas eram altas, uma era loira e a outra ruiva.
– Vocês podem, por favor, fazer silên... – A frase morreu quando eu foquei meu olhar na figura ruiva. Era Fred! – cio.
– Emily... – Fred disse sustentando meu olhar. – Eu...
– Ei, Em. Você acordou!
A figura loira apareceu a minha frente, tapando minha visão de Fred.
– Ian? – Chamei. Minha voz saiu rouca e sonolenta.
– É. – Ele disse sorrindo, mas logo o mesmo deixou seu rosto. – Você está melhor? Raymond contou sobre ontem anoite.
– Estou, - Parei para levantar e me encostar na cabeceira. – Estou melhor. Obrigado.
Ele sorriu e se afastou um pouco. Fred apareceu em meu campo de visão. Com o semblante preocupado, mas seus olhos verdes brilhavam de uma forma alegre.
– Oi. – Falei pra ele.
– Oi. – Ele respondeu. – Nós podemos... Conversar?
– Claro.
– Em particular. – Ele acenou para Ian.
– Oh. Ian, você poderia nos deixar sozinhos, só uns minutinhos?
– Mas... – Ele parou e adquiriu uma expressão triste. – Sim, Emily.
Deu-me um aperto no coração manda-lo embora assim.
Ian saiu e nos deixou sozinhos na enfermaria. O ruivo me fitou com a mesma expressão. E isso já estava me irritando.
– Então... Sobre o que quer conversar? – Pergunto quebrando o gelo.
– Eu não quero você com ele.
– O que?
– Eu. Não. Quero. Você. Com. Ele. – Fred disse pausadamente, como se eu fosse uma criança burra.
– Está falando do Ian?
– Sim. Ele não é uma pessoa legal, Emily. Não vai fazer bem pra você.
– Você não o conhece! – Falei alterada. – Ian é uma pessoa legal, gentil e engraçada. Ele nunca me faria mal!
– ELE É MAL, EMILY!
– Por que está dizendo isso? O que ele te fez?
– Não posso contar o motivo real.
– E COMO QUER QUE EU ACREDITE EM VOCÊ, WEASLEY?!
– Não peço que acredite. – Ele disse se sentando na beirada da cama, ficando de frente para mim. – Só quero que perceba o que ele esta fazendo?
– E O QUE É?!
– ELE ESTA TE TIRANDO DE MIM, EMILY!
Parei e o encarei. A raiva que me consumia a pouco, sumiu. Fred deu um longo suspiro e desviou o olhar. Pare se levantar da cama e ir embora.
Deitei-me na cama de novo e comecei a chorar. Chorar muito. Até que peguei no sono de novo.
(...)
– Então por que não deixa a gente morar aqui na enfermaria, torna tudo mais fácil!
Carambolas! Será que esse povo não dorme? Eu mal parei de chorar e já tem gente me enchendo!
Levantei e espiei a entrada da enfermaria. As três irmãs estavam dando barraco. Elena discutia alguma coisa com a Madame PomPom e Thalia e Anne cochichavam em um cantinho. A enfermeira deixou aquelas doentes mentais entrarem e vieram pulando que nem coelhinhos fofinhos até mim.
– Emily, me conta direito essa estória de vomitar a dor que eu não entendi nada, Elena, sua babaca, explica as coisas direito. – Thalia dá seu show de entrada.
– Vomitar a dor? – Pergunto mais confusa que o Ray no Corujal atrás da sua coruja. – Elena?
– Ai, eu estava nervosa! – Elena exclama balançando os braços.
– Eu só passei mal suas loucas! – Menti.
– Thalia, você já entregou o bilhete? – Elena perguntou.
– Bilhete? – Pergunto e nós três encaramos Thalia.
– Ahn, o que? – Thalia da uma de songa monga.
– O bilhete do Fr... – Ele se interrompe e tapa a boca me encarando.
Quase pulo da maca.
– Fred? Que bilhete é esse Thalia?
– Não é um bilhete é... – A loira começa.
– Não era um bilhete? O que era então? – Interrompe Elena.
– Era só...
– Só o que? PARA DE MOSCAR E DIZ LOGO! – Grita Elena.
– SE VOCÊ CALAR A MATRACA EU FALO! – Thalia berra para a sonserina.
– Menos barraco vocês duas! – Se pronuncia Anne. – A PomPom vai nos expulsar.
Thalia e Elena se entreolham e me encaram.
– Me explica isso direito, por favor. – Peço.
– Eu vou. – Prometi Thalia. – Mas depois. Agora vamos sair daqui. Não gosto de hospitais, eles me dão arrepios. Viu? Os arrepios estão se arrepiando!
– Eu preciso me trocar. Ainda estou de pijama. – Falo apontando para a calça e a blusa roxas.
– EMILY, VOCÊ POEM SILICONE E NEM NOS CONTA! – Grita Anne. – NOSSA AMIZADE É BASIADA EM MENTIRAS? O QUE MAIS VOCÊ FEZ MOCINHA? PÔS UM PIERCING NO UMBIGO?
– ANNE, SUA BICHA BURRA! – Gritei com ela. – Eu não pus silicone!
– Então por que estão maiores? – Ela indaga.
Pensa, pensa, pensa...
– Puberdade?
Burra, só homem tem puberdade! Mais é uma anta mesmo!
– Puberdade? PUBERDADE? – Repeti Thalia. – QUE DESCULPA RUIM, MIGA!
– PAREM DE GRITAR! – Grita Elena.
Reviro os olhos e suspiro.
– Vamos sair daqui antes de sermos expulsas! – Falo empurrando as Marias Bonitas pra fora da enfermaria.
(...)
– Mas o que é isso? – Diz Logan. – Invasão de domicilio?
– É, vamos saquear seus pandas de pelúcia. É melhor subir e escondê-los, por que nós vamos achar!
O corvinal me olha assustado e sobe correndo as escadas do dormitório masculino.
Eu, Thalia, Elena e Anne caímos na gargalhada e subimos as escadas pro dormitório feminino. Empurro-as para meu quarto, que, graças a Merlin, estava vazio.
– Sentem aí. Vou me trocar.
Entro no banheiro com o uniforme da corvinal nas mãos e me troco rapidamente. Ajeito o cabelo e saio.
– Vamos um assunto de cada vez. – Diz Anne. – Primeiro a Srta. – Ela aponta para mim. – Por que estava passando mal?
– A PomPom disse que eu peguei uma virose. Mais algumas semanas tomando Vick com xarope para tosse, feijão e alho e eu vou estar novinha em folha.
As três me olharam com caretas de nojo e eu ri.
– Próximo assunto: o bilhete. – Digo olhando diretamente para Thalia.
– Não era exatamente um bilhete. Ele só me perguntou umas coisas.
– Sobre o Ian? – Perguntei já sabendo a resposta.
Ela hesitou um pouco, mas respondeu rapidamente.
– É! Sobre o Ian!
Suspirei e me sentei no chão.
Lembrei-me da minha discussão com Fred e do que ouve na enfermaria. Meus pensamentos voaram para quando vi Jason com as mãos avermelhadas.
– Ah, Elena, controle seu peguete. – Falei olhando pra ela. – Ontem anoite ele estava na enfermaria, disse que tinha socado as paredes.
– Por quê? – Ela perguntou confusa.
– “Assuntos pessoais” e não quis contar.
– Estranho. Vou falar com ele.
Ficamos alguns segundos em silêncio até a Green dar um pulo.
– Esqueci de contar! – Ela diz.
– Fale. – Falamos eu, Elena e Thalia juntas.
– Isaac me pediu em namoro!
– ELE O QUE?! – Grito junto com Elena.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
gostaram?
reviews?