Another Hogwarts escrita por Sorrow Queen, Ciba, Rafeullas, brubs


Capítulo 45
Um balde?


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoinhas!
Como vão?
Eu vou dedicar esse cap a Kety Granger por que ela é uma pessoa maravilhosa e comentou nossa fic.
ELA NÃO DEIXOU O RODOLFO MORRER!
Agora aproveitem o cap!
- Bruna DiAngelo.



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Pov Emily

Baixei a tampa do vaso e respirei fundo. Água, eu preciso de água. Levanto devagar, com medo de que mais alguma parte do meu jantar queira sair. Abro a torneira e encho as mãos em concha, levando a boca e tirando aquele horrível gosto de bile da boca.

Não vai demorar muito pra alguém descobrir que aquela porcaria de poção da Elena não funcionou, e que eu ainda estou grávida do ruivinho. Até o Raimundo, que é mais lerdo que uma lesma, está ligando os pontinhos. Minha falta de fome, as recentes idas a enfermaria, quase a noite inteira no banheiro...

– Emily? Você está aí dentro?

Que susto! Fecho a torneira e limpo a boca. Destranco a porta e vejo Luna, de pijama com os cabelos loiros presos num rabo de cavalo e uma camisola amarela. Ela coça os olhos e me olha confusa.

– O que estava fazendo no banheiro? – Pergunta.

– Eu... Tive uma dor de barriga. Mas já estou melhor, boa noite Luna.

– O que? Não, não, não... – Ela disse segurando meu braço quando passei por ela. – Vem, vou te levar até a Madame Ponfrey.

– Não, Luna, não precisa...

– Precisa sim! Coloque sua capa por cima do pijama e vamos logo.

Reviro os olhos, mas obedeço. Luna me espera na porta e nós duas descemos até o Salão Comunal. Silas, Raimundo, Logan e Zach estão lá. Madrugadeiros!

– Ei, onde pensam que vão? – Pergunta Zach.

– Emily está passando mal, vou leva-la até a Madame Ponfrey.

– O que você tem, Emília? – Pergunta Ray.

– Não me chame de Emília, idiota. – Resmungo passando por eles rapidamente. – Eu só estou com dor de barriga. Não é necessário, Luna.

– É sim! Vocês vão ficar aí?

– Pode deixar, Luna. Nós a levamos pra enfermaria, volte a dormir. – Diz Silas levantando junto com Raimundo.

– Obrigado, Silas. Melhoras, Em! – Luna diz e volta para as escadas.

– Vamos lá, Emília. – Ray pega meu braço e me puxa pra fora do Salão Comunal, com Silas atrás de nós.

– Então... O que você está sentindo? – Pergunta Silas.

– Enjoou, e um pouco de tontura. – Digo prestando atenção no caminho. Tentando não manter contato visual com Raymond.

– Emily, você não acho isso muito estranho? – Ray pergunta. – Você desmaiou três vezes só essa semana, e agora está vomitando e tendo tonturas, você não acha que está...

– Não, Ray. – Digo rapidamente. – Provavelmente é só uma virose qualquer.

– Entendo... – Ele murmura pensativo.

– Emily? – Chama Silas, que agora estava ao meu lado.

– O que?

– Você, por acaso, não colocou silicone, colocou?

– QUE MERDA DE PERGUNTA É ESSA AGORA? – Grito.

Porcaria de sintomas de grávidas! Com tantas partes no corpo, eles tinham que ficar maiores?!

– Desculpa, não me bate! – Ele diz com as mãos pra cima, se rendendo. – É só que... Deu pra perceber!

– Nunca. Mais. Me. Diga. Isso. – Falo pausadamente pra ver se a cria de Deus entende.

– Sem problemas!

Nós três andamos o resto do caminho em silêncio até a enfermaria.

Quando chegamos, Madame Ponfrey está lá, cuidando do... Jason? Jura?

– Por Merlin! Vocês gostam de vir pra cá, não é? – Ela reclama quando me vê.

– Não é por vontade própria! – Resmungo olhando significativamente para os dois guarda-costas que Luna me arrumou.

– O que ouve? – Madame Ponfrey pergunta.

– Ela anda meio enjoada, e com tonturas, não vou nem falar dos desmaios. – Diz Ray.

Só assinto e Madame Ponfrey começa a me examinar.

– Sente-se um pouco, Srta. Carter. Vou trazer alguma coisa pra te ajudar. Quanto aos dois, podem voltar para seus dormitórios.

– Tudo bem. Fique bem, Emily. – Diz Silas beijando minha bochecha.

– Até, Emília. – Raymond diz me olhando sério. – Se cuida!

– Eu vou. – Respondo também séria.

Ele dá meia volta e sai, seguindo Silas.

– Pode se sentar aqui. – Madame Ponfrey aponta pra maca na frente da de Jason.

Sento-me e o grifinório me olha de canto.

– O que faz aqui, loirinho? Outro caso com uma comensal que a cobrinha verde descobriu?

Ele me olha irritado, mas desvia rapidamente para sua mão, vermelha e toda arranhada.

– Desculpa, piadinha de mau gosto. O que aconteceu com sua mão?

– Eu soquei a parede. – Ele responde indiferente ainda encarando a mão.

– Por quê?

Ele levanta o olhar e me encara. Seus olhos verdes assumindo uma expressão de raiva e tristeza.

– Assuntos pessoais. Eu não... Não quero falar sobre isso.

– Tudo bem. Não precisa.

Ele sorri de um modo grato e a Madame Ponfrey volta.

– Esse é pra você beber, - Ela me entrega um copo com um líquido transparente. – e quando terminar segure isso perto de você. - Um balde? Não captei a mensagem. – E esse é seu Sr. Salvatore.

Ela enfaixa a mão do grifinório e volta pra seu quartinho no canto da enfermaria.

– Não vai tomar? – Ele pergunta apontando para o copo.

– Não sei. Não quero.

– Mas... É pra você melhorar. Vai passar os enjoos, as tonturas e os desmaios.

Jason, Jason, Jason... Adoraria que fosse tão fácil!

Sorri de canto e tomei o líquido. Abacaxi, xarope pra tosse, menta, gengibre, feijão, alho e um leve toque de canela. Esse era o gosto do líquido.

– Bom? – Jason perguntou.

– Nem um pouco. – Respondo fazendo uma careta.

– Veja pelo lado bom, vai passar o enjoou e...

Ele não terminou. Senti o remédio subir com tudo o que tinha no meu estômago. Agora entendi do por que do balde! Acho que o enchi até a boca.

– Já? Estranho. – Diz Madame Ponfrey, surgindo do além. – Geralmente demora meia hora para fazer efeito. De qualquer forma, fique aqui esta noite. Caso ocorra algum “acidente”. – Ela fez aspas no acidente.

Assenti e me ajeitei na maca.

– Boa noite, Emily. – Jason disse se levantando para ir embora.

– Boa noite, Jason.

Não demorou muito até eu fechar os olhos e vagar pelo mundo dos sonhos.

(...)

– Fique longe dela, Harris!

– Fique você, Weasley! Não vê como ela sofre por você estar aqui? Emily quer distância de você.

– Não, ela quer distância de VOCÊ!

Ai, meu santinho amado! Nem na enfermaria eu tenho uma boa noite de sono? Abri os olhos lentamente, por conta da luz e do sono. Ao lado da minha maca, duas figuras estavam em pé, frente a frente. Ambas eram altas, uma era loira e a outra ruiva.

– Vocês podem, por favor, fazer silên... – A frase morreu quando eu foquei meu olhar na figura ruiva. Era Fred! – cio.

– Emily... – Fred disse sustentando meu olhar. – Eu...

– Ei, Em. Você acordou!

A figura loira apareceu a minha frente, tapando minha visão de Fred.

– Ian? – Chamei. Minha voz saiu rouca e sonolenta.

– É. – Ele disse sorrindo, mas logo o mesmo deixou seu rosto. – Você está melhor? Raymond contou sobre ontem anoite.

– Estou, - Parei para levantar e me encostar na cabeceira. – Estou melhor. Obrigado.

Ele sorriu e se afastou um pouco. Fred apareceu em meu campo de visão. Com o semblante preocupado, mas seus olhos verdes brilhavam de uma forma alegre.

– Oi. – Falei pra ele.

– Oi. – Ele respondeu. – Nós podemos... Conversar?

– Claro.

– Em particular. – Ele acenou para Ian.

– Oh. Ian, você poderia nos deixar sozinhos, só uns minutinhos?

– Mas... – Ele parou e adquiriu uma expressão triste. – Sim, Emily.

Deu-me um aperto no coração manda-lo embora assim.

Ian saiu e nos deixou sozinhos na enfermaria. O ruivo me fitou com a mesma expressão. E isso já estava me irritando.

– Então... Sobre o que quer conversar? – Pergunto quebrando o gelo.

– Eu não quero você com ele.

– O que?

– Eu. Não. Quero. Você. Com. Ele. – Fred disse pausadamente, como se eu fosse uma criança burra.

– Está falando do Ian?

– Sim. Ele não é uma pessoa legal, Emily. Não vai fazer bem pra você.

– Você não o conhece! – Falei alterada. – Ian é uma pessoa legal, gentil e engraçada. Ele nunca me faria mal!

– ELE É MAL, EMILY!

– Por que está dizendo isso? O que ele te fez?

– Não posso contar o motivo real.

– E COMO QUER QUE EU ACREDITE EM VOCÊ, WEASLEY?!

– Não peço que acredite. – Ele disse se sentando na beirada da cama, ficando de frente para mim. – Só quero que perceba o que ele esta fazendo?

– E O QUE É?!

– ELE ESTA TE TIRANDO DE MIM, EMILY!

Parei e o encarei. A raiva que me consumia a pouco, sumiu. Fred deu um longo suspiro e desviou o olhar. Pare se levantar da cama e ir embora.

Deitei-me na cama de novo e comecei a chorar. Chorar muito. Até que peguei no sono de novo.

(...)

– Então por que não deixa a gente morar aqui na enfermaria, torna tudo mais fácil!

Carambolas! Será que esse povo não dorme? Eu mal parei de chorar e já tem gente me enchendo!

Levantei e espiei a entrada da enfermaria. As três irmãs estavam dando barraco. Elena discutia alguma coisa com a Madame PomPom e Thalia e Anne cochichavam em um cantinho. A enfermeira deixou aquelas doentes mentais entrarem e vieram pulando que nem coelhinhos fofinhos até mim.

– Emily, me conta direito essa estória de vomitar a dor que eu não entendi nada, Elena, sua babaca, explica as coisas direito. – Thalia dá seu show de entrada.

– Vomitar a dor? – Pergunto mais confusa que o Ray no Corujal atrás da sua coruja. – Elena?

– Ai, eu estava nervosa! – Elena exclama balançando os braços.

– Eu só passei mal suas loucas! – Menti.

– Thalia, você já entregou o bilhete? – Elena perguntou.

– Bilhete? – Pergunto e nós três encaramos Thalia.

– Ahn, o que? – Thalia da uma de songa monga.

– O bilhete do Fr... – Ele se interrompe e tapa a boca me encarando.

Quase pulo da maca.

– Fred? Que bilhete é esse Thalia?

– Não é um bilhete é... – A loira começa.

– Não era um bilhete? O que era então? – Interrompe Elena.

– Era só...

– Só o que? PARA DE MOSCAR E DIZ LOGO! – Grita Elena.

– SE VOCÊ CALAR A MATRACA EU FALO! – Thalia berra para a sonserina.

– Menos barraco vocês duas! – Se pronuncia Anne. – A PomPom vai nos expulsar.

Thalia e Elena se entreolham e me encaram.

– Me explica isso direito, por favor. – Peço.

– Eu vou. – Prometi Thalia. – Mas depois. Agora vamos sair daqui. Não gosto de hospitais, eles me dão arrepios. Viu? Os arrepios estão se arrepiando!

– Eu preciso me trocar. Ainda estou de pijama. – Falo apontando para a calça e a blusa roxas.

– EMILY, VOCÊ POEM SILICONE E NEM NOS CONTA! – Grita Anne. – NOSSA AMIZADE É BASIADA EM MENTIRAS? O QUE MAIS VOCÊ FEZ MOCINHA? PÔS UM PIERCING NO UMBIGO?

– ANNE, SUA BICHA BURRA! – Gritei com ela. – Eu não pus silicone!

– Então por que estão maiores? – Ela indaga.

Pensa, pensa, pensa...

– Puberdade?

Burra, só homem tem puberdade! Mais é uma anta mesmo!

– Puberdade? PUBERDADE? – Repeti Thalia. – QUE DESCULPA RUIM, MIGA!

– PAREM DE GRITAR! – Grita Elena.

Reviro os olhos e suspiro.

– Vamos sair daqui antes de sermos expulsas! – Falo empurrando as Marias Bonitas pra fora da enfermaria.

(...)

– Mas o que é isso? – Diz Logan. – Invasão de domicilio?

– É, vamos saquear seus pandas de pelúcia. É melhor subir e escondê-los, por que nós vamos achar!

O corvinal me olha assustado e sobe correndo as escadas do dormitório masculino.

Eu, Thalia, Elena e Anne caímos na gargalhada e subimos as escadas pro dormitório feminino. Empurro-as para meu quarto, que, graças a Merlin, estava vazio.

– Sentem aí. Vou me trocar.

Entro no banheiro com o uniforme da corvinal nas mãos e me troco rapidamente. Ajeito o cabelo e saio.

– Vamos um assunto de cada vez. – Diz Anne. – Primeiro a Srta. – Ela aponta para mim. – Por que estava passando mal?

– A PomPom disse que eu peguei uma virose. Mais algumas semanas tomando Vick com xarope para tosse, feijão e alho e eu vou estar novinha em folha.

As três me olharam com caretas de nojo e eu ri.

– Próximo assunto: o bilhete. – Digo olhando diretamente para Thalia.

– Não era exatamente um bilhete. Ele só me perguntou umas coisas.

– Sobre o Ian? – Perguntei já sabendo a resposta.

Ela hesitou um pouco, mas respondeu rapidamente.

– É! Sobre o Ian!

Suspirei e me sentei no chão.

Lembrei-me da minha discussão com Fred e do que ouve na enfermaria. Meus pensamentos voaram para quando vi Jason com as mãos avermelhadas.

– Ah, Elena, controle seu peguete. – Falei olhando pra ela. – Ontem anoite ele estava na enfermaria, disse que tinha socado as paredes.

– Por quê? – Ela perguntou confusa.

– “Assuntos pessoais” e não quis contar.

– Estranho. Vou falar com ele.

Ficamos alguns segundos em silêncio até a Green dar um pulo.

– Esqueci de contar! – Ela diz.

– Fale. – Falamos eu, Elena e Thalia juntas.

– Isaac me pediu em namoro!

– ELE O QUE?! – Grito junto com Elena.


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Notas finais do capítulo

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