Another Hogwarts escrita por Sorrow Queen, Ciba, Rafeullas, brubs


Capítulo 23
Macumba de Merlin


Notas iniciais do capítulo

Hei hei, aqui estou eu com um novo capitulo para vocês. Genti, esse cap. ficou enorme heuheueheu
Ignorem as partes melancólicas, ok? Mas a Anne tá passando por um momento difícil u.u
Dedicado ao mais novo leitor, Crazy boy



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POV Anne Green

Graças à Thalia, eu sonhei que era abduzida por alienígenas. Ok, isso é estranho, mas fazer o que? A vida é feita de sonhos para de sonhos a gente viver. Nossa, eu andei fumando umas?

–Alguém viu meu tênis? –eu perguntei meio sonolenta enquanto abotoava minha blusa, andando em volta da minha cama, procurando o par do meu maldito tênis.

–Ahn, Anne, cuida... –Parvati tentou me avisar, mas eu acabei tropeçando no meu calçado. A sorte do momento foi que eu consegui segurar na cama antes de dar um encontrão no chão, meu admirador.

–Por que as coisas resolvem ficar na minha frente? –indaguei para ninguém especifico, calçando meu tênis.

–Deve ser porque você as deixa jogadas por ai? –uma Hermione sarcástica falou e me limitei eu fuzila-la com o olhar. Ok respira porque da última vez que eu joguei um sapato nela, fui eu quem ficou com uma marca de chinelo na testa.

–Acho melhor eu descer antes que sapatos comessem a voar por aqui. –resmunguei pegando minha mochila e saindo do quarto, rumo à Sala Comunal. Lá, passei meu olhar pela sala e encontrei, num canto, Ginny, Miranda e Simas. Quer dizer, a pobre Miri estava segurando vela do casalzinho desentupidor de bocas. –Ah, então é assim? Ninguém ficava com a pobre Miri, ai ela se torna minha amiga e você resolve roubar ela, Weasley? –falei, forçando a voz indignada, fazendo Ginny e Simas se separarem dos beijos o ofegantes. Miranda corou levemente e se levantou ajeitando a saia.

–Anne, se fecha, eu sei que você me ama, mas me economize, ok? –a ruiva falou, deitando a cabeça no ombro de Simas.

–Me economize? –Simas perguntou, inclinando a cabeça para o lado.

–É. Tipo “me poupe”. –Ginny explicou, revirando os olhos.

–Bem, vamos, Anne? Acabei com meu cargo de portadora da tocha olímpica. –Miranda praticamente me empurrou para fora da Sala Comunal, deixando os pombinhos para trás. –Querida, adivinha o que eu consegui? –ela começou a revirar sua bolsa enquanto caminhávamos até o Salão Principal e da bolsa ela tirou um pacote de:

–BRIGADEIRO! –eu comecei a pular, fazendo meus lindos e divos cabelos baterem no rosto de algumas pessoas no corredor.

–Não apenas um brigadeiro. É o brigadeiro dos elfos. –Miranda e eu começamos uma dancinha.

–Vou deixar para mais tarde. Aqui tem pessoas gulosas. –olhando em volta, os “olho grande” ficavam esticando o pescoço para my precious.

–Ok, mas hoje eu não vou tomar café porque me esqueci de pegar um livro na biblioteca e eu não posso me atrasar para a aula de Transfiguração. –ela falou rapidamente me deixando desconfiada.

–Está bem, só não me apareça desmaiada de fome por ai.

–Até mais, baby.

Olhei para o Salão Principal e fiz um careta, pois não sabia com quem me sentar. Então, se opção porque eu não sou uma pessoa que trata os outros como segunda opção, eu fui até a mesa da lufa-lufa.

–Olá, Thalia do meu coração! –falei com a voz mais doce do mundo, me sentando ao lado dela.

–O que você quer? Por que está invadindo a nossa mesa? –ela retrucou, mastigando uma torrada.

–Primeiro: é feio falar de boa cheia. Segundo: eu sou um amor de pessoa, por isso vim compartilhar meu amor com você. –sorri e peguei um suco de abóbora.

–Hehe, olha lá a Lena e o Jason. Aposto que vão dar uns pega. Vamos tesourar eles? –Thalia engoliu a torrada e pontou para a porta do Salão, aonde Jason ia logo atrás de Lena para o lado fora. Eu ia concordar com ela, mas o Raymond resolveu surgir do além.

–Olá, Thalia. –ele sussurrou malicioso no ouvido dela e eu fiz uma careta para eles.

–Eu vou ir flagrar o Jason e a Lena enquanto vocês ficam enfiando as línguas na garganta um do outro.

–Cara, isso foi nojento. –falou Thalia, mas do mesmo jeito beijou Raymond.

Saí dali com uma torrada na mão e caminhei pelos corredores. “Se eu fosse a Lena, onde eu ficaria para comer meu namorado?” pensei comigo mesma. Continuei a andar, espiando salas vazias e cantarolando uma música trouxa, mas, de repente, alguém esbarra em mim e eu reconheço a cabeleira escura de Lena. Eu segurei o pulso dela e vi que ela estava chorando. Questionei o porquê, mas ela começou a gritar que queria ficar sozinha, se livrou da minha mão e saiu correndo novamente. Fiquei em choque por um momento, mas logo depois já estava empurrando meio mundo nos corredores atrás de Lena. Parei derrapando no sétimo e pude ver Lena virando um corredor. “A Sala Precisa” cogitei essa ideia enquanto corria mais, a tempo de ver Elena entrando na sala. Dessa vez, eu caminhei devagar até chegar na sala, que ainda não havia desaparecido, e entrei lentamente no momento em que um abajur batia na porta e se espatilhava no chão. Dentro da sala, Lena soltava vários palavreados que eu não irei comentar porque eu sou santa. Ela parou de xingar e se sentou no chão, murmurando coisas incompreensíveis, chorosa. Fui até ela e me sentei ao seu lado, Lena pareceu não perceber minha presença, então toquei o ombro dela de leve. Ela se virou com os olhos vermelhos.

–ANNE! EU FALEI QUE QUERO FICAR SOZINHA! –ela gritou se desvencilhando de mim.

–Mas isso não quer dizer que eu vá obedecer. –retruquei e ela revirou os olhos, mas não falou nada. Passaram-se alguns segundos em silêncio e eu resolvi falar. –Que tal me falar o que aconteceu, Lena? Talvez eu possa ajudar.

Lena pareceu hesitar por um momento, mas se virou para mim e chegou mais perto, deitando a cabeça no meu ombro, recomeçando a chorar.

–É o Ja-Jason e uma co-corvina mal comida... –ela gaguejou enquanto eu acariciava seus cabelos.

–Pelos xingamentos que eu ouvi, deu para perceber que essa corvina não é uma pessoa legal.

–Eles estavam se beijando no meio do corredor. –Lena ignorou meu comentário e começou a soluçar em meio às palavras.

–Quê! –me espantei e fiz ela olhar para mim. –Não, não. O Jason não faria isso.

–MAS ELE FEZ! ELE DISSE QUE ME AMACA. ELE ME BEIJOU ANTES DE IR SE AGARRAR COM AQUELAZINHA. –Lena agarrou meus ombros e começou a me balançar.

–Lena, você já tentou ouvir a versão de Jason? –perguntei quando ela parou o ataque de nervos.

–Ele vai mentir. Ou você acha que ele vai chegar e falar: “Ah, oi Lena, me desculpe por estar comendo outra menina às suas costas.”.

Soltei um riso baixo ao ouvir Lena fazer uma imitação barata da voz de Jason.

–Ok, se você diz... Mas, olha, se precisar dar uns tabefe na cara da piranha, saiba que eu estou aqui. –sorri para ela e Lena conseguiu dar um mínimo sorriso. –Vamos. Nós temos aula de Poções agora com as outras casas. –me levantei e estendi a mão para Lena, qual ela apertou e se levantou também.

Nós caminhamos em silencio até as masmorras. Lena limpava algumas lágrimas e logo depois estava com uma expressão determinada. Chegamos à sala de Poções no mesmo momento que Slughorn entrava, mas ele é uma cara legal e não se importou. Como estávamos um pouquinho atrasadas, havia poucos lugares disponíveis. Olhei em volta e vi a mesa de Jace, onde daria para eu me sentar junto a Lena.

–Vamos nos juntar a eles. –Lena apontou para a maldita mesa de Jace, onde estavam ele, a VacaTori e Raymond. –Você precisa conversar com ele. –Lena me puxou até a mesa e nós nos sentamos.

–Ei, eu estava guardando esse lugar para a Thalia. –reclamou Raymond quando Lena se sentou ao lado dele.

–Ray, não chateia. –murmurou Lena, pegando seu livro. Olhei para Jace e vi que ele pegou a mão da namorada (bléh), tive a leve impressão de que ele fez isso para me irritar. Dei de ombros e prestei atenção no que o Slughorn falava.

–... E hoje, eu tive uma ideia de fazer um ótimo trabalho com vocês, para testar suas capacidades. Enfim, o trabalho será em trio. –sabe aquele momento em que o professor fala que vai ter trabalho em grupo e todo mundo solta gritinhos de animação? Pois bem, a sala começou a murmurar animada, já formando possíveis grupos quando Slughorn solta a bomba: -... trios que eu mesmo irei sortear. –primeiramente, a sala ficou em choque, depois todo mundo começou a protestar. Eu ouvi um “sua morsa desgraçada” e tive que dar muita risada. –SILÊNCIO, CLASSE. –o professor gritou e aos poucos, a sala se aquietou. –Os trios serão sorteados e o trabalho de vocês será criar uma poção nova. A nota será dada conforme a criatividade vocês. –ele se virou e pegou um pergaminho em cima de sua mesa. –Agora, ouçam os grupos que eu sorteei. –a aula daquele dia era entre todas as casas, por isso ele ficou falando e falando por um tempo. Emily e Thalia, as sortudas, ficaram juntas com Raymond. Run, que marmelada. Slughorn continuou a falar. –Oitavo grupo: Elena Mikaelson, Jason Salvatore e Jace Lourrel. –Lena ficou reta na cadeira e começou a balançar a cabeça, descrente. Eu ri dela, mas logo minha diversão acabou quando Slughorn falou: - Decimo grupo: Tori Legen, Anne Green e Mattew Rumer. –ok, respira, se acalma. Não dê piti, Anne. –Décimo primei...

–O QUE? NÃO, NÃO E NÃO. PROFESSOR TEM TANTA GENTE PARA VOCÊ SORTEAR. TEM ATÉ UM MENDIGO DA ESQUINA E O SENHOR ME COLOCA JUSTO COM ELES? –eu apontei para Tori, que já definia meu sofrimento e também porque eu não avistei Mattew na sala. –ISSO É O QUE? MACUMBA QUE MERLIN JOGOU EM CIMA DE MIM? –ouvi Lena e Ray dar uma risada, repetindo minha última frase.

–Senhorita Green! Se acalme e tente aprender a trabalhar em grupo. –Slughorn me cortou e continuou a citar os grupos como se nada tivesse acontecido. Minha vontade era de lançar uma maldição da tortura em cima do amável professor, mas eu me controlei porque eu imagino que Azkaban não é bem uma colônia de férias. Então, peguei um pergaminho, escrevi “Slughorn, Tori, Mattew e Merlin” e comecei a rasgar o pergaminho até a sineta do final da aula tocar. –O trabalho é para a próxima aula em conjunto, ou seja, na próxima terça-feira. Podem ir, classe. –Lena foi a primeira a sair da sala às pressas. Já eu, enrolei mais um pouco e saí da sala. Andei pelo corredor da masmorra e vi Jace e Tori logo a frente, eles pareciam conversar sobre algo sério, mas eu não sou uma pessoa que ouve conversas dos outros. Mentira, é por que eu resolvi conversar com o Jace. Cheguei mais perto dele e falei:

–Oi, Jace. Ahn, a gente pode conversar. –ele e Tori pararam subitamente de falar, assustados, quando ouviram minha voz. Franzi o cenho, mas nada falei.

–Ok, Jace, vejo você depois. –Tori sorriu docemente para Jace e eu tive náuseas. –E, Anne, nós nos encontramos depois para fazer o trabalho, certo? –Para tudo! Ela foi gentil comigo? Eu fiquei paralisada e simplesmente murmurei um “a-hã” e ela saiu dali.

–O que você quer? –Jace se virou para mim e arqueou uma sobrancelha, sem animo alguma.

Suspirei fundo e encostei-me à parede.

–Jace, eu sinto falta da sua amizade. Eu fico muito mal por não estar falando com você. –olhei para ele e pude jurar ter visto um brilho anormal em seus olhos. –Eu sei que errei, mas, poxa, nós somos amigos há anos.

–Ou seja, eu aguento você pisando na bola comigo há anos.

Segurei a vontade de chorar e cerrei os punhos.

–O que eu quero dizer é: me perdoe só mais uma Jace. Eu errei sim, mas é muito ruim ver você me ignorando.

Ele pareceu pensar por um momento e uma esperança se formou dentro de mim, mas ele simplesmente falou:

–Você sabe que nada mais será como antes. –eu sabia muito bem o que ele queria dizer. Todos esses anos eu não percebi o tombo que ele tinha por mim. Eu reuni coragem e comecei a dizer:

–Jace, você pode não acreditar, mas, durante esses dias, eu percebi que... –é incrível, eu reúno toda coragem de me declarar e um projeto de capeta resolve atrapalhar. Bem, quando estava prestes a falar tudo o que eu sinto, ouço alguém me chamar “Anne, Anne”, me viro e vejo Mattew correndo até mim. Fiz uma cara de tédio e ignorei o encéfalo que continuava a gritar. Me virei novamente para Jace e ele tinha um pequeno. Tive certeza de que ele, por dentro, estava rindo do meu carma. –Enfim, eu percebi que eu... –mas não consegui completar porque a mão de Mattew tocou o meu ombro.

–Olá, Anne. –Mattew falou jogando o cabelo para trás. Quer dizer, parte dele, porque a outra parte ainda estava faltando graças ao meu feitiço

–Eu vou indo. –Jace falou sem emoção e se virou na direção oposta.

–AH, JACE. –gritei, mas ele não se virou. Percebi que Mattew ainda tinha a mão no meu ombro e eu recuei, longe das mãos asquerosas dele. –O que você quer, infelicidade que Merlin colocou na minha vida?

–Eu quero um beijo. –ele fiz biquinho e eu saquei minha varinha, colocando-a no queixo dele. –Ok, ok. Só quero saber quando vamos fazer o trabalho.

–Quanto mais cedo começarmos, mais cedo iremos terminar. Então, hoje à noite na biblioteca.

Saí de lá antes que ele falasse qualquer outra merda. Invejem-me porque agora era aula vaga. É que assim, como eu quero ser uma auror, eu tenho certas matérias para seguir, então, o meu horário tem alguns tempos vagos. Por isso, fui caminhando por ai até chegar aos jardins de Hogwarts. Olhei para o Lago Negro e vi Emily e Thalia lá, jogando snap explosivo. Andei até elas e me sentei, escorada na árvore.

–Tudo bem, Anne? –Emily parou de jogar e olhou para, curiosa e preocupa.

–Eu sonhei com E.T’s –falei, tentando parecer sombria. Thalia me encarou e começou a rir.

–Tenho inveja dos seus sonhos. –riu Thalia, recolhendo as cartas do chão.

–Thalia, cala a boca. –Emily falou “gentilmente”. –Anne, nos conte o que lhe incomoda.

Pensei em milhões de coisas que me perturbavam naquele momento. Me remexi desconfortável e Emily veio se sentar ao meu lado, começando a brincar com meu cabelo.

–Jace. –suspirei, sentindo meus olhos arderem de lágrimas. Emily me abraçou e nada falou, mas eu sabia que aquilo era uma ótima maneira dela me consolar. Já a Thalia, ela tem maneiras diferentes de consolar:

–Olha, você é uma diva. E divas não choram por bocós.

–Mas... mas eu gosto muito do Jace.

–Então chega nele, joga o cabelo para o lado like a boss e fala “sou toda sua, garanhão”.

Ok, é impossível não dar risada quando a Thalia começa a falar besteira. Em meios as risadas, eu lembrei uma coisa: meu pacote de brigadeiro. Alcancei minha bolsa e peguei o doce que Miranda me deu.

–Epa! Eu quero. –Emily tomou o pacote da minha mão e pegou um brigadeiro. A Thalia nem se manifestou, ela pulou em cima de Emily e pegou seu precioso.

Nós já estávamos quase terminando com os brigadeiros, eu já estava quase esquecendo os meus problemas quando alguém resolve, novamente, torrar minha paciência.

–ANNE! –fechei os olhos e respirei fundo antes de me virar. Era o Harry. Esperei ele chegar mais perto para me levantar.

–Fala. –pedi sem emoção enquanto colocava outro brigadeiro na boca.

–Treino. Agora. –ele disse, sorrindo amarelo.

–Mas a gente treinou ontem. E embaixo de chuva. –reclamei, jogando a cabeça para trás.

–Sim, mas nós temos jogo no sábado contra a Sonserina. E eles têm horário para treino amanhã. Vamos logo antes que chova de novo. –ele falou e já ia se virando para voltar à sua vida de eleito quando eu comecei a gritar.

–MERDA, POTTER. POR QUE AS PESSOAS RESOLVEM ACABAR COM A POUCA PACIENCIA QUE EU TENHO? EU TENHO POUCO TEMPO PARA PODER RELAXAR E VEM ALGUM PROJETO DE CAPETA PARA ME PERTURBAR. EU ‘TÔ MAL. ESTOU BRIGADA COM MEU MELHOR AMIGO. TENHO QUE FAZER UMA MERDA DE TRABALHO COM DUAS PESSOAS QUE VÃO ACABAR COM A MINHA FELICIDADE, EU ‘TÔ DE TPM. ENTÃO, QUANDO EU CONSIGO UM MINUTO DE PAZ COM MEU BRIGADEIRO, QUE VAI ME DEIXAR OBESA, VOCÊ RESOLVE ACABAR COM TUDO, POTTER? QUEM VOCÊ PENSA QUE É? POIS VOCÊ ATÉ PODE SER UM MERDA DE ELEITO, MAS PELO MENOS VAI ENCHER A PACIENCIA DE OUTRO. –eu esbravejei, com as lágrimas em meus olhos. Ok, isso é uma coisa muito fresca para Anne Green, mas eu não estava aguentando mais. Harry me olhava com cautela, como se quisesse pedir desculpa.

–Isso é um sim? –ele perguntou, chegando mais perto, preocupado. O fuzilei com o olhar por um tempo antes de me agachar e pegar minha mochila.

–Te encontro no campo, Potter. Até mais, meninas.

–Boa sorte, Anne. –Emily e Thalia falaram enquanto eu me afastava.

***

O treino foi muito cansativo. Durou por três horas e quando terminamos, já estava escurecendo. E, agora, eu tinha que ir fazer uma merda de trabalho de Poções com dois energúmenos. Então, reclamando de dor, sono e de qualquer outra coisa que me perturbe, eu deixei minhas pernas me levarem até a biblioteca porque racionar naquele momento era demais para meu cérebro. Quando cheguei ao local, fui procurando Tori e Mattew por entre as estantes. Achei-os quase no fundo da biblioteca. Tori escrevia rapidamente em um pergaminho enquanto Mattew batucava na mesa com sua estúpida varinha.

–Desculpe o atraso. Vida de batedora do time não é fácil. –murmurei me jogando em uma cadeira qualquer. –Eae, vocês adiantaram algum processo? –eles negaram e eu quis jogar pragas em cima deles, mas eu apenas respirei fundo porque dar outro piti seria o fim da minha pouca energia. –Ok, acho melhor começarmos.

Mattew começou a dar uma lista do que poderia ser o efeito da poção, mas eu não me dei o trabalho de captar tudo o que ele falava. Peguei um livro de poções e foleei, vendo o que cada ingrediente poderia causar. Senti alguém se sentando ao meu lado e me virei para ver Tori me olhando.

–Acho que poderíamos fazer uma poção que calasse a boca de idiotas. –ela falou e eu tive que rir. Ok, isso foi engraçado, mas ela continua sendo a pessoa que Jace se agarrava.

–Pois é, seria algo útil. –respondei, mantendo minha voz indiferente. Tori parecia desconfortável com alguma coisa.

–Anne, eu vou te perguntar um coisa. –Tori desembuchou e eu a olhei, dando sinal para que continuasse. –Você gosta do Jace, não é? –fiquei em choque por um momento e depois voltei a olhar para o livro em minhas mãos. –Eu sei que sim. –olhei para Tori de novo e vi que ela estava com expressão de culpa.

–... JÁ SEI! Nós podemos fazer uma poção para forçar a pessoa a dizer a verdade.

Encarei o bocó na minha frente e revirei os olhos, limpando a garganta.

–Isso já existe, Mattew.

–Ok, então deem ideias melhores. –ele resmungou, afundando na cadeira.

–Tá. Peguem os ingredientes de vocês. –falei, me levantando e indo até um caldeirão.

Cada um foi dando a sua ideia e colocando ingredientes que achava certo colocar. Até que a poção se tornou roxeada e eu peguei um frasco, depositando a mais nova poção ali.

–Quem vai experimentar? -Tori perguntou, olhando para a poção.

–O Mattew. –falei, como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

–Por que eu? –indignou-se o outro.

–Essa é a minha vingança por ter me beijado a força.


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Notas finais do capítulo

genti, meu maior cap. de todas as fics u.u
Gostaram?
O próximo é da Uvinha :3



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