Another Hogwarts escrita por Sorrow Queen, Ciba, Rafeullas, brubs


Capítulo 15
A necessidade de um brigadeiro


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOE. Aqui vos fala a Ciba, a mais diva de todas u.u
Eae, pimpoios?
Bem, esse capitulo tá meio triste pq eu tô carente esses dias, mas não liguem. PORÉM TEM UMA PERSONAGEM NOVA! UHUUU
Espero que gostem



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POV Anne Green

Sabe aquele momento em que você acorda e sente seus olhos queimarem por causa da luz? Se não, sinta-se uma pessoa de sorte, pois acordar com a luz do Sol batendo fortemente em seu rosto e, por cima, estar com ressaca, não é nada bom. Comecei a me dar mentalmente auto conselhos para poder continuar nessa vida de estudante e levantei lentamente. Katie estava arrumando os cabelos e Mione havia acabado de sair do banheiro.

–Oh, vejo que a bela adormecida acordou da ressaca. –disse Mione sorrindo para mim e indo em direção a sua cama. É lógico que ela teve que desviar de um sapato assassino, que eu achei embaixo da minha cama.

–Você fala isso porque é uma santa e só bebeu água. –retruquei, mostrando a língua para ela e coçando meu olho.

–Querida, eu não bebi água, eu bebi refrigerante diet. –Mione deu uma piscadela e teve sua hora de revanche ao atacar o meu sapato de volta. Como uma pessoa sortuda, eu não consegui desviar e o chinelo acertou bem na minha testa. Eu caí novamente na cama e comecei a me remexer, como se estivesse tendo uma convulsão. Ouvi Katie gritar e vir até mim.

–Merlin! Anne, Anne, quantos dedos tem aqui? –ela levantou minha cabeça e fez o número três com os dedos.

–Katie, eu levei um chinelada na cabeça, isso não quer dizer que eu esteja cega. –falei e ela me soltou de volta na cama, resmungando.

–Ok, agora vai se arrumar porque tá parecendo um zumbi daqueles seriados trouxas. –Katie apontou ameaçadora sua escova de cabelo para mim. Tive que me render e fui até o banheiro. Ao entrar lá, fixei meu olhar no espelho e consegui conter um palavrão. Eu ainda estava com a roupa da festa. Vasculhei minha mente e adivinha o que eu me lembro da festa? Haha, nada!

Com muita preguiça, eu me troquei rapidamente. Joguei meu material do dia dentro da mochila enquanto colocava minha saia. Sim, isso não deu muito certo e eu caí de cara no chão. E, dessa vez, não tinha nenhuma Katie para me acudir e perguntar se ainda consigo enxergar. Quando finalmente consegui me colocar em ordem, sai do dormitório e dei de cara com Ginny.

–Olá, pessoa enrolada. –a ruiva abriu um sorriso e seus olhos brilharam. –Eu mal te vi na festa ontem, menina. –ela disse “menina” que nem uma bicha louca.

–Hm, acho que estava ocupada demais dando uns pega no Potter. –dei uma cotovelada na barriga dela enquanto descíamos as escadas e Ginny me deu um tapa na nuca. Amizade linda, eu sei.

–Não, eu estou namorando o Simas. –ela replicou e empinou o nariz. Eu me limitei em deixar minha boca entreaberta antes de começar a pular.

–OH, MERLIN, GAROTA, TU NÃO PERDE TEMPO, HEIN? – Ginny ficou vermelha, pois já estávamos na sala comunal e as pessoas ali me olharam como se eu tivesse algum problema. Fiz uma careta para eles.

–Cala a boca, Anne. –resmungou Ginny e saiu andando pelo quadro da Mulher Gorda. Corri atrás dela e, ao passar pelo portal, esbarrei em alguém, como sempre.

Resmunguei e olhei por trás do cabelo palha-loiro do Malfoy. Ginny já estava sem vista. Revirei os olhos e fiz menção de continuar a andar. Mas o gentil em forma de trasgo, vulgo, Malfoy, me empurrou contra a parede, ficando sobre mim, com o rosto a centímetros do meu. Não pude evitar soltar uma gargalhada.

–O que foi Draco? –falei em meio às risadas e ele me fulminou com o olhar. –Se quer me beijar, não precisa ser bruto. –ele revirou os olhos e voltou a me encarar. –O gato comeu a língua, Malfoy? Ou sua educação resolveu evaporar de vez.

–Ahh, fique calada, sua traidora de sangue. –ele grunhiu o que fez a situação engraçada. Porém, eu não demonstrei e tentei me livrar das mãos dele, que estavam segurando com força meu pulso, mas ele não cedeu.

–Qual é, Draco? Nós poderíamos estar numa boa, cada um seguindo seu caminho, sem ter que aguentar presença um do outro e você me vem com essa historinha de fazer meu pulso perder a circulação? –falei rapidamente e ele relaxou um pouco as mãos, mas não soltou e eu não fiz questão de tentar sair, queria ver até onde essa brincadeirinha ia. Arrependi-me logo em seguida. Draco Malfoy me beijou a força e logo depois se afastou do meu rosto incrédulo. Ele fez um careta e disse:

–É, não gostei desse beijo. –ele deu de ombros. Que garoto ousado.

–Não aprovou o gosto de traidora, Malfoy? –então, o rosto pálido do loiro já estava vermelho pelo tapa que eu dei nele. Saí andando a passos firmes enquanto ele se recuperava. Era só o que me faltava. Não tem jeito melhor de que começar o dia (oh ironia, você apareceu cedo).

Cheguei no Salão Principal e avistei Ginny e Jace na mesa da Grifinória.

–Que cara é essa, Anne? –perguntou a ruiva, bebericando seu suco. Jace me olhou estranho, mas não soube identificar nada em sua expressão. Será que ele é um oclumente da FBI bruxa? Enfim, eu dei de ombro, mas resolvi contar a ele o péssimo ocorrido do dia.

–Draco Filhinho de Papai Malfoy acabou de me beijar. - Ginny prendeu a respiração, chocada (ui.) e Jace me olhou pasmo, depois ele me fuzilou com o olhar (acho que é porque ele não tinha uma arma) e saiu andando sem dizer uma palavra. –Mas o que de nele? –perguntei na maior inocência do mundo.

–Você ainda pergunta? –a ruiva ergueu uma sobrancelha para mim e eu revirei os olhos antes de sair correndo atrás de Jace.

Jace não é uma pessoa tão rápida, por isso o encontrei segundos depois.

–Olá, Jace. Você está com raiva. Nos conte porque. –falei quando o alcancei, passando um braço no ombro dele, que se afastou um pouco, mas ninguém foge do meu abraço, queridos.

–Ah, Anne, me larga, criatura. –em outras situações nós estaríamos rindo das nossas desgraças, mas Jace estava com uma cara tão emburrada que Merlin me ajude.

–O que aconteceu, Jace? –perguntei, parando em sua frente, impedindo que ele continuasse. –Era para você estar rindo da minha cara e não me deixar sozinha nesse momento em que vermes de Malfoy correm em minha boca.

Ele fez uma careta e olhou para os lados. Provavelmente tenha ficado aliviado por não ter ninguém no corredor por enquanto, mas quando ele me olhou, sua expressão estava séria.

–Por que você beijou ele?

–Ah, Jace, que pergunta idiota. –falei sarcástica. –É claro que eu o beijei porque ele o maior gostosão. –ele arqueou uma sobrancelha e eu dei um tapa no braço dele. –Ele me beijou a força e ainda falou que meu beijo é ruim.

Os olhos de Jace ficaram agitados e ele mudou a expressão no rosto, como se lembrasse de alguma coisa que o agradasse e eu fiquei curiosa em saber o que era. Mas ele voltou a olhar para mim, os olhos dele ficaram frios.

–Sabe Anne, eu te acho uma idiota.

Limitei-me a boquiabrir, perplexa. Meu cérebro estava absorvendo o que Jace acabara de me falar. O tom dele não era de brincadeira e aquilo me deixou mal.

–Como? Por quê? O que diabos ‘tá acontecendo com você, homem? –questionei, passando o peso do corpo de um pé para outro.

–Anne, você está parecendo uma, ahn, semi-putinha.

Controlei a vontade de dar um tapa naquele rosto, mas alguma parte de mim disse que, talvez, ele tenha razão. Ainda prefiro a parte que me diz “dê um tapa nele.”.

–Me diga o porquê dessas suas opiniões. –falei, com a voz trêmula.

–Deve ser por que você me beijou ontem, do nada! –a expressão dele ficou vazia.

–Quê?!

–Sim, ontem você me puxou para fora da festa e me beijou, simples assim, depois você desmaiou e eu fiz o favor de te levar para o dormitório.

–E o que te deixa tão estressadinho?

–O motivo de você ter beijado o Malfoy. –ele retrucou como se fosse a coisa mais óbvia e encolheu os ombros, contraindo o maxilar.

–Eu já te disse que foi ele quem me beijou e não ao contrário. E por que você se importaria com o que eu faço ou deixo de fazer? –fiquei na ponta dos pés, na intenção de ficar cara a cara com ele, porém ele era bem maios que eu, ou seja, não deu certo, mas eu não cedi e cerrei os punhos, o encarando.

–Você é minha melhor amiga. É lógico que eu vou me importar se você sai beijando quem quiser. –ele olhou para os pés e murmurou, achando que eu não iria ouvir: -Deixando quem realmente gosta de você desapontado.

Respirei fundo, começando a ficar com mais raiva e cruzei os braços, ainda com os punhos cerrados.

–Jace, eu estava bêbada. –eu falei, entredentes. –Não me lembro de nada. Você também deveria esquecer isso. Eu não fiz aquilo porque eu quis.

Eu me arrependi de ter falado aquilo. Jace me olhou com tristeza. Eu nunca o vira chorar e ele parecia a beira de fazê-lo.

–Talvez você tenha razão, Green. –ele disse meu sobrenome com frieza. –Eu tenho que esquecer o ocorrido. Você não passava de uma bêbada. Acho melhor fazer alguma coisa bem melhor: esquecer que Anne Green foi uma ótima amiga.

Aquilo foi à gota d’água. Senti meus olhos arderem e lágrimas escorrerem, mas fiz o favor de secá-las rapidamente com as costas da mão.

–Por que, Jace? –indaguei com a voz rouca.

–Porque você não me compreende. –ele respondeu prontamente e eu olhei para ele confusa. –Você não entende que eu gosto de você. Mais do que uma amiga. –acho que recebi um Avada Kedavra na alma. Jace me encarou mais uma vez, como se arrependesse de ter se confessado e, depois, saiu para a direção contrária a minha, fazendo o favor de bate no meu ombro. Infantil!

Mas eu sou uma pessoa forte (mentira, mas pensem que sim). Eu sai do corredor quando a sineta tocou. Aula de Feitiços com a Corvinal. Suspirei e segui em direção à aula do Professor Flitwick.

–Oi, Anne. Como vai? –Thalia chegou ao meu lado e ia fazer dupla comigo. Mas, provavelmente, não estava de corpo e alma em mim, seu olhar estava distante. Na distância chamada Raymond. Pigarreei e retomei minha postura de amiga irritante. Talvez Thalia me ajudasse a esquecer Jace, por ora.

–Então, minha querida, como vai seu romance de conto de fadas?

–HAN? –ela virou para mim, captando a minha mensagem. Depois revirou os olhos, sorrindo. –Eu o beijei. –Haha, ela fez uma dancinha da vitória bem no momento em que Flitwick entrou na sala e lhe lançou um olhar confuso. Ri da cara que Thalia fez e aula começou.

–Eba! Mais um casal. Lena com Jason. Tu com Ray. Eita, eu e Emily estamos na pior.

Sou ótima em feitiços. Minha aula preferida depois de DCAT. Mas o que é bom, dura pouco. A sineta tocou novamente. Olhei em volta e encontrei Jace conversando com Jason. Me contive na decisão de ir até lá.

Eu teria uma aula livre agora. Eu sei, isso é uma pessoa com sorte. Segunda aula livre. Já estava a caminho dos jardins, pensando nas palavras-adagas de Jace contra mim. No lago, vi uma cabeleira conhecida perto árvore por ali. Sorri. Emily era a melhor pessoa para conversar naquele momento.

–Hey Emily. –me sentei ao lado dela, escorando-me na árvore. Ela me lançou um sorriso triste e voltou a olhar para o lago. -Fred? –perguntei, cautelosa. Ela assentiu levemente com a cabeça. Cheguei mais perto dela e a abracei. Emily retribui o abraço e pude ouvir soluços. –Ei, calma. Sim, nós estamos na pior, mas somos divas demais para chorar. –passei a mão nos cabelos dela.

–O que você tem? –ela perguntou, voltando a se levantar.

–Briguei com Jace.

Emily me olhou, pasma.

–Qual seria o motivo?

–Coisas aconteceram na festa ontem. –murmurei, olhando para a grama. Ah, como aquela grama estava interessante.

–Entendo. –disse Emily, me lançando um olhar consolador. –Vocês são muito amigos.

Concordei. Acho melhor aquela menina parar, minhas lágrimas já estavam na reserva.

–Eu quero brigadeiro. Faz brigadeiro pra mim? –perguntei manhosa. Emily riu.

–Você é folgada demais, mas... - Emily olhou para trás de nós e franziu o cenho.

–Anne, eu vou indo. Melhora, viu? Depressão deixa a pele velha. –e saiu correndo de volta ao castelo para se sabe lá onde.

Soltei um muxoxo e resolvi sair dali também. Caminhei por volta do enorme castelo, sem rumo. Havia coisas por ali que nunca havia reparado direito. Fui chutando pedrinhas pelo caminho até ouvir uma exclamação. Levantei o olhar e vi uma menina loira, com olhos de mel, massageando a testa, fazendo um careta.

–Epa. Cuidado com essas pedras. –murmurou a menina, mas mesmo assim sorria. Ela voltou a concentração para um pergaminho em mãos.

–Han, desculpe. –falei, fazendo menção de andar, mas aquela menina me era curiosa. –Acho que nunca te vi aqui no castelo. –ela não tinha cara de quem entrara aqui esse ano. Era média (um pouco maior que eu, ok). Os cabelos loiros e lisos iam até pouco abaixo dos ombros e ela usava uma tiara vermelha. Os olhos delas, sob os óculos com armação enfeitada, me encaram.

–Suspeitaria se me conhecesse. –ela disse com a voz calma. –Sou Miranda Klein. –ela deu um tapinha ao seu lado, me convidando a sentar ali. Dei de ombro e fui até ela.

–Sou Anne Green. –estendi a mão e ela apertou. –Por que nunca te vi aqui?

–Ah bem. Eu sou uma pessoa muito ocupada. Meu pai pega muito no meu pé. Então, vivo estudando. Não sou muito, ahn, social. –ela riu, fazendo um gesto com desdém.

–Em que ano você está?

–Quinto ano. Grifinória.

–Oh. Isso é muito estranho. –falei, olhando para frente, onde se tinha uma vista da Floresta Proibida. Acho que estava com uma cara muito mal, porque Miranda me olhou, cautelosa.

–Aconteceu alguma coisa? –ela perguntou e eu a encarei. –Desculpe. Eu não devia ter perguntado, quer dizer, nós mal nos conhecemos.

Dei um sorriso singelo.

–É assim que se começa uma vida social. As pessoas não vão te morder, a não ser que peça. –ela piscou com força e eu dei mais uma risada. Miranda voltou a me olhar, esperando a minha resposta. Suspirei e falei. –Eu e meu melhor amigo, Jace Lourrel, brigamos hoje. Ele disse que quer me esquecer e tudo mais. –falei me segurando, novamente, as lágrimas.

–Ele é apaixonado por você. –ela disse, mandando uma piscadela. –Até eu percebi isso, nesse pouco tempo em que observo as coisas pela Torre da Grifinória. –olhei para ela, espantada. Eu sou tão burra assim? Então é assim? Todos sabiam do abismo que Jace tem por mim e nunca falaram nada? Olha, isso tá indo da mal a pior.

Olhei para os pergaminhos de Miranda.

–Você sabe fazer brigadeiro?

Miranda me olhou com a testa franzida, mas depois suavizou a expressão.

–Eu não, mas tenho amizade com os elfos.

Bati palmas pela noticia da visita à cozinha.

Preciso anotar em meu caderninho de “Coisa boas que aconteceram em dias que tudo estava mal”: Miranda é uma ótima pessoa para se fazer amizade. E eu ganhei brigadeiro dos elfos.


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Notas finais do capítulo

EAE, OQ ACHARAM?
Miranda pode ser representada pela nossa querida Ashley Tisdale: http://data.whicdn.com/images/25378784/tumblr_loji5jCBK11qajqi4o1_1280_large.png
bjokas. O próximo cap. é da Uvinha uhu
reviews?