Terrible Love escrita por Isabella Cullen


Capítulo 37
Estarem aqui


Notas iniciais do capítulo

Amores da minha vida eu escrevi na quinta, foi revisado na sexta e estou postando. Hoje não conseguirei escrever mais nada porque vou fazer uma coisas fora de casa e não sei meu estado quando chegar, mas domingo eu escrevo, já tenho o capítulo e algumas ideias concretas para ele. Me perguntaram quando a fic acaba? Bom, eu já tenho ideia do final do Carlisle, sei como eu quero que as coisas aconteçam.. os capítulos talvez sejam maiores daqui por diante porque eu ainda tenho uma ou duas coisas que gostaria que acontecessem antes, mas não se encaixavam, agora parece o momento perfeito para que elas aconteçam.
Mais uma vez obrigada pela confiança e por estarem aqui meus amores. Bom final de semana!



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– Estarei aqui quando terminar querida. – Sue disse quando saí do carro.

Voltar a Harvard depois de tanto tempo era algo que parecia irreal. Todos estavam conversando e animados, mas eu estava desanimada. Os hormônios da gravidez me faziam sorrir e chorar no mesmo instante e Sue sempre estava lá com alguma palavra de ânimo ou me contando as suas próprias histórias e experiências. O hospital havia me mandado uma linda cesta me desejando boa sorte na prova de avaliação final. Eu sairia uma médica caso passasse.

– Bella!

Olhei para trás e vi Jacob com seu sorriso largo vindo até mim. George se posicionou ao meu lado, ele é claro estranhou já que George sempre mantinha uma distância maior.

– O que está acontecendo? – perguntou preocupado.

– Estou bem, não se preocupe.

– Sua aparência está péssima.

Eu revirei os olhos, eu já tinha ouvido isso de mais dois colegas de turma e iria repetir o que tinha falado anteriormente.

– É a tensão da prova. – deu os ombros.

– Tem certeza? Você não parece bem...

– Estou tomando vitaminas e dormindo um pouco melhor, acho que depois de hoje dormirei o sono daqueles que são embalados por Morfeu.

– Claro! Mas não sei porque se preocupa, acabei de encontrar Jane, aquela aluna de Biomedicina e ela está aos prantos porque suas notas não a classificaram para esta prova, ou seja, mais um período em Harvard.

– Isso é péssimo, ela deve estar arrasada mesmo.

– Senhora Cullen, precisa ir para sua sala.

George gentilmente me avisou olhando para o relógio. Eu estava com um atestado médico que Sue gentilmente me lembrou que seria necessário caso eu passasse mal e precisasse ser retirada da sala. Isso me garantiria o direito de fazer uma segunda prova em uma outra oportunidade. Me despedi de Jacob que estava travando uma luta de olhares com George e fui até a sala designada no papel que estava nas minhas mãos. Era a sala que eu tinha feito química orgânica, o Professor Banes estava em pé com mais duas de suas assistentes e sorriu assim que me viu.

– É um prazer ter a melhor aluna de Harvard em minha sala. – eu corei quando todos começaram a me olhar e depois comentarem entre si.

Eu me sentei na primeira fileira onde eu costumava sentar sala, depois de alguns minutos a prova foi distribuída e eu comecei a fazer ela sem muitas dificuldades. Eu tive tempo de estudar cada tópico que sentia dificuldade pelo menos duas vezes e revisei mais duas vezes. Eu só estudava e não parava a não ser quando Sue me interrompia ou me mandava dormir. Só que agora fazendo a prova e respondendo perguntas sobre cardiologia infantil eu pensava que no que iria fazer quando essa prova terminasse, eu pensava olhando o coração de um feto na imagem da prova que meu coração estava destroçado com essa distancia imposta por Edward e de como as coisas agora eram diferentes de quando nos distanciamos a primeira vez. Eu o amo, ele me ama e nós teremos um filho. Seja quem fosse o maldito que está atrás de mim ou dele não poderia me roubar a alegria de passar isso com ele. Eu queria o que Kate teve e me parecia injusto ter menos que isso. Eu sonhava com Edward com as mãos em minha barriga, o bebê chutando quando ele falava ou até mesmo ele no parto me dando força.

Como eu poderia aceitar menos que isso? Eu teria que marcar alguma consulta com algum obstetra especializado em gravidez de risco e eu queria tomar essa decisão com meu marido e pai do meu filho. Eu já tinha perdido meu pai, tinha perdido quatro malditos anos com aquela loucura e culpa e não estava disposta a dar mais um segundo para ninguém de algo que eu sonhei. Todos os dias eu sonhei estar com Edward e eu tinha que mostrar a ele que isso era absurdo e insano. Juntos éramos fortes. Foi juntos que superamos coisas que em quatro anos não conseguimos e foi juntos quer fizemos a coisa mais linda que crescia em meu ventre.

Determinada com esses pensamentos eu fiz minha prova e apesar de saber muito eu fui uma das últimas a entregar a prova, o professor me sorriu e desejou boa sorte. Eu não via a hora do resultado sair e comemorar junto com todos. Eu pretendia fazer uma festa como Edward nunca viu e dançar com ele a noite toda até meus pés pedirem descanso. Não merecíamos menos que isso. Sue estava me esperando na porta do carro enquanto George me acompanhava para mais perto.

– Como foi? – ela perguntou animada.

– Muito bem. Eu acho que consegui.

– Tenho certeza que sim querida. Como você está? Sentiu alguma coisa?

– Não, só estou com fome.

– Para onde senhora Cullen?

– Para minha casa ao lado de Edward George.

Ele sorriu largamente e Sue quase bateu palmas de tão feliz. Eu não queria passar em lugar nenhum, só queria ir para casa e comi no caminho. George ia tranquilo parando mais do que o necessário. Só por isso nós demoramos um dia e meio já que ele fez questão de parar em um hotel da estrada para que eu pudesse dormir em uma cama e não sacrificar Sue. Eu agradeci a ele o cuidado depois que dormi o sono mais tranquilo que já tive nesses últimos dias. Eu estava bem quando chegamos a Seattle, meu coração batia a mil na expectativa de ver Esme ou Edward e se Carlisle estivesse lá ele que fosse embora. Minha casa e minhas regras e ele que fosse para o espaço com sua arrogância.

– Bella! – Esme gritou assim que saí do carro. Ela estava na porta falando com algum empregado e me sorriu assim que me viu. Ela me abraçou apertado como se a saudade que ela sentiu de mim fosse muito grande. – Como você está?

– Onde está Edward?

Perguntei e ela apenas sorriu.

– No escritório com o pai.

Ótimo. Eu entrei pela casa sem cumprimentar ninguém, eu não bati na porta, eu a abri e por sorte ela estava aberta. Eu pretendia mandar esse pai de Edward para algum lugar muito distante de nós na mesma hora que o visse, mas eu não consegui. Os olhos verdes de Edward me fisgaram e isso me deixou hipnotizada depois de tanto tempo sem nos vermos, ele parecia um pouco mais abatido, mas ainda tinha uma pose muito grande. Eu via a luta que ele estava travando, ele queria correr até mim, mas quando olhou para o pai por apenas alguns segundos eu vi que isso seria um problema.

– Saia da minha casa. – olhei para Carlisle e ele se surpreendeu com isso.

– Isabella... – ele ia começar a soltar seu veneno.

– Saia Carlisle.

Eu então olhei para o corredor e uma empregada passava.

– O senhor Cullen, pai de meu marido está de saída, pela a George para se preparar e leva-lo para onde ele desejar e arrume suas coisas imediatamente, ele está com muita pressa.

Ela prontamente correu para obedecer as ordens e eu cruzei os braços esperando. Ele se levantou e Edward levantou junto assustado.

– Não pode falar comigo assim.

– Não posso? Essa é minha casa e eu não o quero um segundo aqui. Acabou.

– O que acabou sua insolente?

– Sua festa! Meu marido! Minha casa! Minha família. Esme é bem vinda e o senhor não.

Ele olhou para Edward indignado.

– Vai deixar essa assassina falar assim comigo? – então ele me olhou- É isso que você é Isabella Cullen, uma assassina que conseguiu um casamento a base de uma morte de uma criança e de uma esposa querida.

Eu me aproximei dele lentamente e vi o medo em Edward.

– Era para me fazer chorar que disse isso? Vou te contar uma coisa, não vou. Kate e o bebê morreram, isso foi há quase cinco anos agora e eu não vou viver minha vida baseada nisso. Nessa culpa ou nessas palavras cheias de veneno. – eu olhei para Edward – NÃO VOU VIVER! ACABA AQUI ISSO!

Ele com certeza entendeu perfeitamente e suspirou cansado. Eu sabia que ele tinha perdido a luta do “ vamos nos manter longe”.

– Saia da minha casa seu infeliz antes que eu mesma te expulse.

– Você já me expulsou sua assassina. Sua casa? Até onde eu sei isso tudo é do meu filho.

– Pai, preciso conversar com ela. – Edward falou firme.

– Isso mesmo, coloque essa mulher em seu lugar. Eu nunca dei liberdade a Esme para isso! O que virou essa casa?

– Não fale assim com Isabella, ela não o quer e isso tudo é dela.

Ele olhou para Edward assustado.

– O que é dela?

– Minha casa, minha vida, meu coração. Tudo que eu tenho é ela.

Eu queria chorar com aquela declaração simples. Meus hormônios loucos fazendo festa dentro de mim.

– SAIA! – gritei e George como um lobo atento veio até o escritório. – O senhor Cullen não é bem vindo acompanhe ele até o carro e o coloque no primeiro lixão que o encontrar, esgoto fede!

– Venha senhor Cullen, suas malas serão colocadas no carro junto com o senhor.

Então a máscara de indignação caiu. Ele tinha ódio em mim, ódio de mim. Eu sabia olhando para aquele homem quem poderia ter feito aquilo, a máscara de frieza e indiferença caiu mostrando um monstro capaz de tudo. George pegou no braço de Carlisle e ele não resistiu, tinha uma ameaça no seu olhar. Edward fechou a porta correndo depois disso e então eu suspirei aliviada e cansada.

– Você não deveria ter feito isso! Deus!

– Foi ele não foi? – Edward me olhou e eu entendi tudo. – Era dele que você queria me afastar. Quando descobriu?

– No dia em que Jasper desvendou tudo, eu vim para casa e juntei alguns fatos. Jasper não conhece Carlisle e para ele meu pai nunca seria suspeito de nada.

– Aro sim. – afirmei e ele assentiu. Acha que ele tem alguma coisa haver com isso.

– James era na verdade o filho de uma empregada que trabalhou com Aro há muitos anos, eu acho que seja filho dele.

– Sabe onde ele está?

– James morreu há quatro anos em um acidente de avião enquanto viajava com a namorada.

– Deus! – tapei a boca com o horror da notícia.

– E o que vamos fazer?

– Vamos? – ele se assustou – Você precisa ficar longe de meu pai! Ele tem que acreditar que você...

Eu sorri e ele lembrou das palavras que tinha pronunciado antes.

– Minha vida, minha casa e meu coração Edward. – repeti – É isso, não somos nada separados entenda isso. De uma vez por todas seu plano não irá dar certo. Precisamos um do outro e de todos que nos amam.

Ele veio até mim quase correndo e me abraçou. Eu chorei de saudade e de emoção por estar de volta. O cheiro dele me invadindo e me fazendo querer ficar sozinha com ele em uma ilha deserta longe de tudo.

– Eu te amo tanto... muito. Me perdoa por ser tão estúpido naquele dia. Por deixar você mal... Emmett me contou que não ficou na casa dele, eu estava tão preocupado.

– Eu fui estudar para minhas provas.

– George me contou.

– Você precisa parar de ligar para George e perguntar por mim! Essa não é a função dele. – briguei com Edward e ele sorriu travesso. – O que mais ele te contou?

– Ele não me contou, mas eu sei que Sue estava com você. O que aconteceu?

Meu coração acelerou. Era a hora não?

– Eu estou grávida.

Edward parecia estar naquela hora surpreso e muito assustado. Minhas lágrimas se formaram imediatamente em meu rosto e eu olhei para ele.

–Eu quero te falar uma coisa. É nosso primeiro filho, são nossos primeiros momentos como pais. Eu não quero que ninguém roube isso como me roubou dos braços de meu pai e dos últimos anos que eu tinha com ele. Eu não quero viver pela culpa e deixar essa criança sem um segundo do que teria que ser ou do que eu quero. – Edward chorava agora na minha frente e eu tinha a sensação de que ele iria a qualquer momento cair de joelhos. – Eu preciso que você segure meu cabelo quando eu enjoar, me ampare quando eu ficar tonta e pegue alguma coisa no alto porque eu quero fazer a estupidez de subir em um banco. Eu quero chorar segurando a sua mão quando ouvirmos o batimento cardíaco do bebê e eu quero você, meu marido e homem que eu amo, do meu lado quando esse bebê resolver vir ao mundo.

Edward chorando passou a mão pelos meus cabelos e rosto. Eu fechei os olhos sentindo o carinho desse toque eu sentia tanta falta. Eu o amava tanto. Como ele poderia pensar que conseguiríamos separados? Então ele se ajoelhou. Eu sorri quando ele ficou exatamente com o rosto em minha barriga.

– Eu te amo tanto... eu não pensei que isso fosse ser tão ruim.... me perdoa....

Ele então beijou minha barriga com adoração e passou a mão sobre o pequeno volume que se formou uns dias antes. Eu estava maravilhada com ele e acho que ele também. Ele levantou minha blusa com cuidado e beijou a barriga falando muitas e muitas coisas.

– Obrigada por estarem aqui. – ele sussurrou em meio as lágrimas.

– Obrigada por estar aqui. – falei e ele sorriu voltando a beijar minha barriga.


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Notas finais do capítulo

Obrigada meus amores por estarem aqui