Nas ruas

“Nas ruas de um pais como o Brasil não deveria ter historia ocultas nos rastos de pessoas como das que vi na minha cidade. Sou jornalista e psicóloga ,e estava preparando meu mestrado. Resolvendo “cutucar” uma questão que afeta tanto ao povo como a pessoa em si. Resolvi passear e narrar a historia de uma pessoa, podendo assim mudar seu fim, criticando o governo para que olhassem pelo povo que os elegeram e acreditaram que poderia ser melhor.

Mas a vida me apresenta algo melhor que um simples artigo de psicanálise para um jornal, me uma vida que se tivesse sido bem cuidada teria sido diferente.

Conheci Maxon um jovem de 27 anos. Passou a pedir esmola na esquina do meu prédio tinha poucos dias. Sentei ao seu lado e expliquei meu objetivo com a conversa. Pedi que me fala-se de sua família e o porquê de esta ali.

Ele começou me dizendo que vinha de uma família rica, tradicional, que ele não era daquela cidade e estava ali por decisão do destino veio acabar ali.

Perguntei como o destino agiu em sua vida para cursar uma faculdade de medicina, mas foi levado para um caminho totalmente diferente em uma festa que conheceu pessoas “agradáveis” que o levaram a colocar na cabeça que a vida, e o dinheiro que tinha, era muito grande para se preocupar se algo poderia acontecer.

Maxon me contou que passou quase um ano na rotina de festas, álcool e ate drogas, coisas que não chegaram a virar vícios, que o levou a perder conta to com os pais. Um mês de dar um ano na curtição descobriu que sua conta bancaria estava vazia, e resolveu investiga, descobrindo assim que seus pais já aviam falecidos e a herança ele torrara por intero, já que iria fazer quase 6 messes que o casal avia falado.

Intrigado de como ele demorou em receber a noticia perguntei - Le, por que da demora, e sendo cauteloso me diz que mal passava em casa para ler cartas ou atender telefonemas e como os pais moravam muito distante e só tinha os dois como família ninguém Le procurou pra Le dar a noticia. E como o dinheiro avia acabado restou a ele pedir esmola na esquinas da grande metrópole.

Agradeci a historia, mas muito intrigada com sua vida, voltei para casa pensando como poderia ajudar ou ate mesmo mais pessoas.

Escrevi a historia e aproveitei para fazer uma redação criticando ao governo por não ajudar essas pessoas.

No dia seguinte me via uma solução, que talvez demorasse, mas saísse, de montar uma ONG para abrigar sem tetos fazendo assim mais artigos para os jornais sobre a vida dessas pessoas e como uma sociedade, com uma constituição, que deveria proteger a comunidade, poderiam ajudar a abrigá-las.

Logo pensei em um projeto já para apresentar a idéia para que ela fosse minha principal filial.

O projeto ficou tão bom que a editora nem pensou em recusar as minhas propostas. Pedi também patrocínio a vários grupos de empresários. Compramos um prédio, montamos tudo necessário para poder ajudar as pessoas.

Como sabia que muitas não tinham estudo e o objetivo central do projeto era fazer as pessoas crescerem profissionalmente, procurei voluntários para poder dar os cursos.

O primeiro a ser ajudado foi Maxon que ajudei a ganhar bolsa na faculdade de medicina, já que tinha uma casa, comida e roupa para que pudesse se concentrar os estudos e entrar em uma profissão.

Quando estava empregado e tinha virado diretor de um hospital ajudou a onze dando vaga para outros médicos em seu hospital.

Como Maxon nossa ONG beneficiou mais de um milhão de moradores de rua só no meu município e hoje, após quase vinte anos de funcionamento temos mais de dez abrigos só em minha cidade.

No Brasil passa de cem centros da ONG “Coração Quente”que foi fundada com a idéia de ajudar um jovem de vinte anos, hoje diretor e dono do melhor centro hospitalar do Brasil.”

Artigo escrito em 1993 por América Singer, jornalista e psicóloga de 45 anos, casada com o médico Marcos, diretor do Mount Sinai Hospital.