Era [Fanfic Interativa] escrita por Joker Poker


Capítulo 3
DOIS


Notas iniciais do capítulo

Gentes lindas, me desculpem por dizer pra vocês que no segundo capítulo teria mais personagens. Bem, eu entrei em desespero por ter demorado um século e meio pra postar o segundo capítulo, e eu realmente ia colocar vários personagens legais, eu até tinha um capítulo massa na cabeça, mas que foi por água a baixo por causa da pressa.
Sério, não abandonem a fic por causa disso, eu juro que vou colocar todos os personagens que me aparecerem, JURO, mas nesse capítulo não deu mesmo. Não achei que é furada, não é, SÉRIO NÃO É )))): Eu prometo, PROMETO, que muitos outros irão aparecer no terceiro.



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Era a porta dos fundos da cozinha de um cabaré abandonado, onde os Sencillos costumavam a se reunir. Aleander pertencia a uma gangue latina, apesar de ter um puro sangue inglês. Já Arya não, ela só fora aceita pelos Sencillos quando Aleander passou a ter grande importância para Juan Valdez, o "chefe" dos Sencillos - Que era mais uma máfia do que uma gangue, ou qualquer outra coisa - . O tráfico de drogas já não rendia direito, as drogas estavam mais acessíveis para qualquer um, então tiveram que arcar com o plano B. Sequestros, roubos, e até mesmo o assassinato arranjado.

A porta finalmente fora aberta, mas Aleander simplesmente travou ao ver um Sencillo sobre uma poça de sangue, morto, com um corte profundo em sua jugular.

– Arya, o quê... Me diz disso aqui? - Aleander sussurrou e, com calma, sacou seu revolver calibre 50 do coldre, que abraçava sua cintura e uma parte da coxa esquerda. O rapaz deu dois passos para o lado, dando espaço suficiente para a jovem poder ver o corpo.

A jovem franziu o cenho, engoliu seco e arregalou os olhos, seus batimentos dispararam no mesmo instante. Não era nada que a fizesse perder a cabeça, mas uma enorme interrogação surgia em qualquer um de seus pensamentos. - Céus... - Arya permaneceu estática, com receio de pular sobre o corpo. Era um pouco traumatizante ver o Sencillo se tornando uma parte escassa da cozinha suja e abandonada.

– Verifica ele. - Aleander ordenou, sussurrando com seu revolver em mãos.

– ... O quê?! - Perguntou Arya, virando a cabeça com prontidão para o rapaz.

– Disse pra verificá-lo, olhar de perto, mexer, dar uma coversada lá com ele. Qual é, você entendeu.

– Você tá louco?! Eu não vou... pegar numa pessoa morta! - Arya respondeu levantando um pouco a voz, quase gritando. Um grito era a última coisa que Aleander queria naquele momento.

– Louca é você! Para de falar alto desse jeito, pode ter alguém aqui. E se mataram Jesse provavelmente estão atrás de grana. - Ele sussurrou, mas o suficiente pra que ela pudesse ouvir.

– Me dá uma arma então, pra eu poder vasculhar com você. Eu não quero ficar sozinha junto com um cara morto. - Disse Arya, quase suplicando ao rapaz, sem gritar dessa vez.

– Para de frescura, garota. Eu vou ver lá em cima. - Ainda com

O rapaz não esperou outra resposta de Arya, e caminhou para longe o mais discreto possível. Muito lentamente, chegou até a porta estraçalhada que o permitia entrar no bar sujo e velho do cabaré. Cacos de vidro espalhados pelo chão de madeira suja era o que não faltava ali, o que tornava mais perigoso fazer algum barulho. Já não bastava o ranger da madeira onde pisava. Aleander olhou de canto para as extremidades do palco, dos banheiros com portas arrombadas, e por debaixo das mesas e cadeiras que ainda estavam inteiras, mas acabou deixando de ser o foco de sua busca. Não tinha sinal nenhum ali, mesmo estando em meio em toda aquela escuridão, ele acreditava não ter nada naquele andar. O rapaz deu a volta no balcão, abraçando firme o revolver com ambas as mãos, e do seu lado direito já estava a escada, bem ao lado do palco caindo aos pedaços. A escada era a parte mais segura de todo aquele lugar, ela levava para os quartos onde os antigos clientes pagavam para conseguirem "boas noites" com as dançarinas do cabaré bastante frequentado de Santiago.

Na cozinha, Arya estava quase vomitando tendo que pôr as mãos num homem recém assassinado, parecia um filme de terror. Sua calça de couro preto estava suja por ter ajoelhado na poça de sangue, ficando mais próxima ao corpo. Ela suspendeu os braços do homem, observando com atenção, mas não tinha nada de incomum em ambos. Sua única conclusão concreta era o pescoço desfigurado do indivíduo. - Arya... Não acredito que vai fazer isso... - Lamentou para si mesma antes de abrir o zíper do casaco impermeável que o homem vestia, seu estômago remexeu assim que viu a camiseta laranja se tornando um completo vermelho. Ela ergueu milímetros da roupa do homem com o rosto de lado pra que o cachorro-quente fuleiro, que havia comido minutos atrás, não subisse em sua garganta de uma vez só. Aos poucos, conseguiu afastar a camiseta do morto, o suficiente pra que ela enxergasse um enorme corte circular e desalhinado na barriga do mesmo, era tão profundo quanto sua jugular estraçalhada. A barriga do homem havia sido atravessada de fora à fora num ato doentio, e então vestido com o casaco pelo assassino. - Céus... - Arya ficara traumatizada, porém não deixou de pensar o quão mal pensado teria sido o crime. Um corte circular não faria o menor sentido. - Por que o vestiram com um casaco? Tudo bem que o mundo está em completa falência, mas... A polícia ainda trabalha bem, e iriam descobrir. Somente um doente psicopata faria isso... - Ela comentou para si mesma, suas mão suavam e tremiam quanto mais se encontrava naquela cena. Os olhos da jovem lacrimejaram misturando medo, intriga, e nojo, mas nada se comparou com o desespero de sua alma ao sentir o cano do revolver empurrar sua cabeça para frente e escutar o cão* da arma puxar a bala.

– Talvez, meu amor... Porque ele não é quem estamos procurando. - Uma voz desconhecida soou, suave e doentia atrás de Arya, prestes a puxar o gatilho do revolver.


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Notas finais do capítulo

[Glossário]
Cão - como eu sou uma pessoa que não sabe quase nada sobre armas de fogo, eu fui dar uma olhada maneira no google imagens. O cão é o que puxa a bala pra ficar lá na posição legal pro cara puxar o gatilho e atirar na pessoa.

Sério, eu prometo que no terceiro capítulo vai ter mais personagens, não me coma viva. );