What Is Love ? escrita por Beija Flor


Capítulo 41
"Antes de tudo desmoronar ..."


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas. Tudo bem ? Mil desculpas pela demora, eu realmente não fazia ideia de como continuar com a estória agora que está na reta final. O que eu podia fazer para dar mais emoção ? Para que fizesse vocês quererem continuar lendo ?? Então está aí, uma ideia que veio dos anjos mesmo! Não sei o que vão achar, até porque tudo nesse capítulo está bem escondido e misterioso, mas espero que pelo menos seja agradável :)



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Antes de tudo desmoronar ...

Pov. Ally

Você acreditaria se eu dissesse que estava realmente mais preocupada com minha irmã do que minha mãe ? Claro que Penny quem estava mal, mas o escandâlo foi todo da Lindsay. E você não faz ideia do quanto ela gritou, chorou e esperneou no hospital. Até mesmo depois de nos dizerem que mamãe estava bem. Que tinha sido apenas um susto terrível, mas que ela estava bem.

Nosso Natal estava sendo incrível. Comendo sanduíches secos e amargos de uma máquina do lugar, sentadas em bancos frios e doloridos. Mas minha mãe estava bem, só precisava ficar em repouso aqui. E não teria ninguém que pudesse tirar minha irmã e eu dali. Acredite, até mesmo a mulher da recepção tentou:

– Garotas, é Natal, a mãe de vocês está bem. - As palavras dela eram gentis, mas seus olhos e sua expressão eram de total tédio e desprezo. Ela só queria se livrar da gente porque fazíamos muito barulho e a incomodávamos quando ela ia comer aqueles salgadinhos cheios de gordura trans que ela parecia adorar. - Por que não vão pra casa ?

Lind a respondeu com ainda mais desprezo e tédio:

– Não existe uma lei pra isso. Assim como não existe uma contra você comer esse veneno empacotado que sinceramente, não está lhe fazendo bem, amor. - O rosto da mulher me dava vontade de rir, gargalhar, na verdade. Havia assumido uma cor vermelha que eu não sabia se era de raiva ou de vergonha, talvez um pouco chocada com o que minha irmã me disse também.

– Então tá. Eu vou embora. - Ela falou. - Não preciso trabalhar no Natal.

Ela arrumou as coisas rápido, na verdade, não era quase nada, e tudo já estava sendo jogado dentro de sua bolsa vermelha e gigante que não parecia que ia caber embaixo do seu braço.

– Que rebelde você - Lind caçoou -,vai comprar mais salgadinho na saída ? - A mulher nem sequer a respondeu. Apenas virou as costas e foi embora. - Bom, parece que nos livramos dela, isso não é ótimo ?

A olhei com meu olhar de repreensão, o que era estranho já que ela que era a mais velha e não eu. Mas não aguentei segurar por muito tempo, não olhando para sua cara quase inocente. Acabei rindo, rindo muito. Estava aqui a quase dois dias, sentada no mesmo banco com ela e devo admitir que era divertido. Agora que toda a tensão e preocupação tinha acabado.

– O que era tão engraçado ? - O loiro perguntou, andando pelo corredor vazio até chegar a nós.

Não pude responder sua pergunta sem antes lhe fazer outra:

– O que está fazendo aqui ? - Eu tinha o dito que estava bem, que ele podia passar o Natal em paz com a família, e ele havia sido teimoso se recusando a me deixar no hospital. E depois de muitas discussões, eu achei mesmo que tinha conseguido o convencer, - meus argumentos eram melhores mesmo - mas agora ele estava aqui. Sorrindo como sempre, me fazendo me sentir como uma tola por amar tanto aquele sorriso.

– Não achou mesmo que eu ia passar o Natal feliz em casa sendo que a minha garota está nesse lugar, não é ? - Ele trazia uma cesta de piquenique na mão. - Como nenhumas das duas quer sair daqui ...

– Não vamos antes de nos deixarem ver nossa mãe. - Lind o interrompeu. - Eu acabei de expulsar a recepcionista daqui, loiro, passa logo a cesta e não implica. - Acho que nunca mencionei como ela ficava quando estava com fome. Aqueles sanduíches não eram mesmo bons.

Austin riu.

– Seja mais gentil, Lind. - Falou.

– Cala a boca - ela resmungou, puxando a cesta de sua mão. Austin fingiu estar chocado, colocando uma mão em cima do coração e revirou os olhos antes de se sentar ao meu lado.

– Sinto muito por ela - falei. - Olha como parece um animal comendo.

Lind resmungou alguma coisa com a boca cheia, nos fazendo rir de suas caretas, e nossas risadas ainda a deixavam brava o que nos dava mais motivos para rir ...

Depois de alguns minutos, minha irmã parecia bem mais feliz. Agora estava preocupada em arrumar a roupa e o cabelo do que com a comida que restava dentro da cesta. Saiu apressada em direção ao banheiro resmungando alguma coisa. Aproveitei então para comer um pedaço da lasanha que estava sendo devorado por ela antes.

– Não acredito que sua mãe fez tudo isso - falei para Austin, realmente impressionada. - Ela não precisava.

– Mas ela quis - ele disse, - assim como eu queria vir aqui te ver. - Eu comecei a comer devagar, estava com o estômago embrulhado desde a notícia e só estava comendo mesmo para não desidratar ou algo assim. - Você está mesmo bem ?

Acho que no fundo, ele temia que eu desmoronasse de novo e o trancasse mais uma vez. Levantar aqueles famosos muros fortes e indestrutíves. Bom, acho que nunca foram tão indestrutíveis assim, já que ele tinha os derrubado.

– Acho que estou - falei. - Não sei, - sorri, me sentindo estranha por estar bem - quer dizer, é como se eu tivesse aonde me segurar, sabe ? Não me sinto sozinha.

– E você não está. - Sorri para ele.

Eu também estava me sentindo completa. Acho que a pior parte de tudo isso já tinha passado, eu me sentia uma outra pessoa e me sentia bem com isso. Nos aproximamos mais até nossos lábios se tocarem. Tudo estava bem. Eu tinha ele. Eu me sentia protegida, não precisava lutar por nada sozinha.

– Vocês não vão mesmo fazer isso aqui, não é ? - Lindsay perguntou, "reaparecendo" a nossa frente, com uma expressão enojada.

– Acho que não mais - falei, suspirando. Me afastei do loiro relutante assim como ele, nossos lábios mal tinham se tocado ...

Lind se sentou novamente com um sorriso no rosto, parecendo satisfeita tanto por não estar mais faminta quanto por ter nos atrapalhado.

– Então, - ela disse, percebendo nossos olhares mortais em sua direção. - Feliz Natal ?

( ... )

Penny finalmente foi liberada. Justamente no último dia do ano. Eles a manteram no hospital bem mais tempo para finalizar alguns exames e ter certeza de que ela estava mesmo bem. E é, acho que agora ela estava. Reclamou o dia todo sobre como nós a estávamos tratando como uma incapacitada. Lind rolou os olhos e a respondeu falando que ela era mesmo uma, pelo menos agora. Acho que o que minha mãe mais teria agora seria atenção. Até mesmo irá passar as próximas semanas conosco no apartamento do meu pai. Estranho, não ? Mas Lind insistiu e eu a apoiei, ela estava certa de qualquer maneira.

E agora já deveria ser quase meia-noite. Um novo ano iria começar e ele não me deixava exatamente empolgada. Quer dizer, sabe se lá o que pode acontecer. E assim que desse 00:00 eu seria a mesma que sou agora então, não precisava de muitos preparativos.

Mas esse ano também teria a formatura, a faculdade ... Parecia tão distante ... Mas todas as opções estavam bem claras e me encaravam agora, como se me questionassem.

– Você parece pensativa - Austin comentou. Estávamos no farol, perto da praia. Tínhamos realmente entrado nele, subimos pelas escadas enferrujadas e estrondosas até o que me parecia o mais alto, aonde tinha uma pequena janela da onde podia se enxergar quase toda a cidade. Era extramente bonito. E o que me deixava ainda mais feliz, era que estávamos sozinhos. E sempre era melhor assim, não havia nenhuma pressão.

– Já pensou em tudo o que aconteceu nesse ano ? - Perguntei-lhe. Desde que chegamos aqui, ele parecia preocupado, apreensivo. Quis perguntar qual era o motivo, mas ele não parecia a vontade com alguma coisa e eu não queria precisar perguntar. Eu confiava nele. - E o pior: Tudo o que pode acontecer ano que vem ?

Ele sorriu fraco. Caminhou míseros dois passos até se enconstar na janelinha, e me olhou. Eu já estava começando a ficar seriamente preocupada. O que seria tão ruim para apagar seu sorriso enorme e radiante ? Ele sempre tinha sido o cara despreocupado que distribuía sorrisos. Eu gostava disso. Eu amava isso.

– Pode me prometer uma coisa ? - O loiro perguntou, seus olhos baixos e até mesmo sua voz parecia diferente. Me aproximei dele, apoiando minha mão na janela também. - Não importa o que acontecer, você ainda vai confiar em mim, está bem ? - Franzi a testa, nada daquilo fazia sentido.

– O quê ... Por que ? - Foram as únicas coisas que consegui dizer. Sua mão foi até meu rosto, acariciando-o suavemente.

– Eu te amo - ele disse. - Só preciso que confie em mim. - Sua voz parecia engasgada e tenho quase certeza que se eu falasse algo agora, estaria do mesmo jeito. - Você confia ?

Podia sentir meu coração acelerando. Tanto por nossa proximidade, tanto pelo nervosismo que suas palavras me fizeram e o estado de fim de ano. Eu confiava nele mas não estava entendendo isso. Mesmo assim, sussurrei que sim, fazendo o mesmo suspirar de alívio. Ele encostou nossas testas e então tudo parecia bem. Sejá lá o que for. Uma de suas mãos desceram delicadamente pela lateral do meu corpo até a minha cintura, aonde ele apertou, o que me transmitia segurança também.

Ouvi o barulho das pessoas comemorando a véspera de Ano Novo na praia, praticamente em baixo de nós. Um calafrio percorreu meu corpo porque todo aquele momento parecia como o último e isso me assustava.

10 ... A contagem regressiva começava. 9 ... 8 ... 7 ... 6 ... 5 ... 4 ... 3 ... 2 ... 1.

Os fogos começam. Vejo pouco pelo canto do olho, mas ainda sim pareciam lindos. E muitos. Explodiam sem parar e ainda podia se ouvir a gritaria de todo mundo na praia. Eles refletiam no mar, nos dando uma visão mais bonita ainda. Era quase ... mágico.

Então meus lábios foram de encontro aos de Austin. Parecia como o primeiro e o último. Nos movíamos lentamente, sua mão ainda apertando minha cintura, minhas mãos em volta da sua nuca, brincando com seus cabelos e até mesmo o arranhando um pouco. Ele puxou meu lábio inferior devagar, dando sabor ao beijo antes de o aprofundar. Tudo em nós se movia junto, em sincronia, como verdadeiros imãs. Os segundos foram passando, os fogos continuavam e eu ainda estava perdida naquele beijo que parecia significar tanta coisa.

Quando nos separamos, nossas testas continuaram coladas. Os dois um pouco ofegantes e desejando repetir aquilo mais uma vez.

– Feliz Ano Novo, Ally. - Austin sussurrou, próximo ao meu ouvido, me causando arrepios mas sorri com isso.

E tudo estava bem. Antes de tudo desmoronar.


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Notas finais do capítulo

Antes de tudo desmoronar ... O que acharam disso ?? O que acham que vai acontecer para fazer tudo "desmoronar" ? Vamos ver se alguém tem alguma ideia, me falem nos reviews. As coisas vão ficar mais dramáticas agora povo, espero que curtam essa fase. Ahn, sabe o que eu percebi ?? Que com apenas mais 20 reviews já chegamos aos 500 YAAAAAY!! Será que conseguimos aqui ? Dedos cruzados *-* Venham dizer um "oi" ...

Mil beijos, até o próximo :D

P.S.: A S4 DE A&A COMEÇOU E EU MORRI NO PRIMEIRO EPISÓDIO GENTE, IMAGINA NO RESTO ...



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