Amor e Luxúria escrita por Queen of Kansou


Capítulo 6
Noite sem luar


Notas iniciais do capítulo

Heeeey, desculpem a demora para postar o capitulo, mas agora sim eu tenho tempo para escrever. FÉRIASS



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Erza estava exausta, antes mesmo de cair Rogue a pegou nos braços e seguiu para o calabouço onde Bisca e Kagura estavam presas. Seus olhos estavam embaçados demais para conseguir enxergar o que estava acontecendo em sua volta, mas ela ouviu a voz com clareza, fria e arrogante tomada por uma convicção absoluta. Só cinco palavras foram pronunciadas.

– Fique longe do meu marido!

Demorou alguns instantes para Erza notar que estava sozinha em um lugar repugnante juntamente com Kagura. O olhar da mulher de cabelos negros era tão forte que Erza mal conseguia encará-los. Apenas uma pergunta passou por sua cabeça, “porque Kagura havia lhe dito isso?”. A ruiva voltou a fechar seus olhos, mas algo estava a incomodando. Suas feridas ardiam com mais intensidade.

Do outro lado do castelo Rogue estava junto a Bisca, eles atravessaram todo o castelo ate chegarem ao cômodo, onde armas e munições estavam alojadas. Bisca pegou armas de fogo e ajustou sua mira. Ela estava visivelmente feliz por poder ajudar na guerra onde estava apenas começando.

– Prepare-se Rogue... O verdadeiro inimigo está se aproximando. – Resmungou Bisca.

Ele olhou para a mulher e abriu um meio sorriso, seus pensamentos estavam a mil, mas a incógnita de quem seria o verdadeiro inimigo estava dominando. Ele soltou um suspiro pesado e logo saiu correndo dando de cara com o pai de Erza. A face dele era dura e sombria, como se ele estivesse com medo do que iria acontecer. Em seu peito havia uma pequena mancha de sangue, era um ferimento recente.

– O senhor está bem? – Bisca perguntou

– Onde está minha filha? – disse ele com frieza

– Ela está com a Kagura recebendo os primeiros socorros. – Rogue deu um passo atrás. – Ela se machucou muito em uma luta contra um dos mandantes do ataque inimigo.

– Escuta aqui, se minha filha morrer por sua culpa... eu juro que te mato!

– Fique calmo, Erza é forte, ela ficará bem! – Bisca falou com voz calma e aproximou-se do homem que continuava imóvel.

– Bisca, você sabe exatamente como perdi minha mulher e meu filho. Erza foi tudo o que me restou.

– Sim eu sei, mas tudo ficará bem! Acredite em mim. – Continuou Bisca. – Rogue, vá! Eu cuido dele. – Ela voltou seu olhar – Venha, vou lhe fazer um curativo.

Rogue saiu correndo pelo castelo em direção a saída principal, chegando lá alguém estava a sua espera.

Era um rapaz de aproximadamente de sua idade, com cabelos negros e olhar gélido. O tom de sua pele era um tanto pálida como se nunca estivesse saído ao sol. Rogue recuou um passo para trás, sua mente girava. O sol começava a nascer e era impossível saber se a névoa escondia um sol brilhante ou um dia nublado.

– Você deve ser Rogue! – Disse o homem aproximando lentamente – Meu nome é Gray e Juvia é a minha esposa. – A mulher estava logo atrás acompanhada por guardas enormes, o rosto estava coberto por um véu azul claro, provavelmente por causa dos hematomas da surra que Erza havia lhe dado. – Confesso que foi um erro ter deixado uma mulher tomar as primeiras iniciativas. Mas agora, aqui estou para resolver os negócios pessoalmente.

– Tss, tem certeza que quer continuar com isso? – Rogue abriu os braços. – Digo, é inútil lutarmos por terras. Você tem as suas terras e eu tenho as minhas, assim todos vivemos felizes para sempre.

– HAHAHAHA, nunca escutei algo tão engraçado em toda a minha vida. Será que você está com medo, Rogue? – Gray sorriu.

– Medo? Isso é o que você irá sentir logo após ser derrotado por mim!

– Isso é o que veremos! – Gray falou em tom desafiante. Ele olhou de um lado para o outro e falou com decisão, destacando cada palavra. – Não preciso de nenhum de vocês. Não quero vocês comigo, e não quero que me sigam. Vocês só irão estragar a minha estratégia. Quem se atrever a me seguir, eu matarei.

E com um ultimo e ardente olhar, ele deu meia volta e seguiu em direção a Rogue, que permanecia parado apenas aguardando o inimigo. O rosto de Rogue era duro e sério. Seus olhos negros cintilavam e sua postura não trazia a preguiça ou despreocupação de costume.

Os segundos se arrastaram, depois Rogue soltou um suspiro longo e entrecortado, arrepiando o corpo.

– Quer saber? – Disse ele enquanto jogava de lado uma espada que carregava. – Nunca fui bom com armas, meus estilo de luta é sem armas. – Ele estalou o pescoço e os dedos e sorriu de lado.

Gray o observava e como o adversário ele jogou a arma que carregava para trás.

– Acho que assim é mais justo!

E assim, os dois começaram a lutar. Erza e Kagura chegaram no local e se depararam com a cena, os olhos de Kagura arregalaram-se ao ver que o marido não usava nenhum tipo de arma, apenas suas mãos. Porém Erza a tranquilizou dizendo que o inimigo estava desarmado.

Ainda assim, nos terríveis minutos seguintes, só o que ela pôde fazer foi olhar.

Até agora, Rogue e Gray trocavam golpes com tal violência e precisão. Mas era um embate equilibrado, ou quase isso, Rogue suportava muito bem.

Agora Kagura viu que Rogue golpeou Gray pressionando-o a ficar de joelhos, forçando-o para trás, cada vez mais para trás, como um dançarino de mambo vendo ate que ponto podia se abaixar. E agora Erza pôde ver a expressão de Gray, a boca entreaberta, olhando Gray com o que parecia assombro e medo.

E então, tudo mudou.

Bem no finalzinho da descida, quando Gray se curvara de costas ao máximo, quando parecia que estava prestes a entrar em colapso ou se romper, algo aconteceu.

Gray sorriu.

E começou a empurrar.

Kagura e Erza viam os músculos de Rogue se retesarem, viu os braços ficarem rígidos, tentando resistir. Mas Gray ainda sorrindo como um louco, de olhos arregalados continuava avançando. Desdobrou-se como uma caixa de surpresa pavorosa, só que devagar.

Agora era Rogue que grunhia e se esforçava, os dentes trincados, tentando afastar Gray. Mas Gray forçava Rogue para trás, empurrando-o para o chão.

Ele sorria o tempo todo.

Até que Rogue estava deitado de costas, as mãos largas de Gray apertava seu pescoço com tanta força que ele mal conseguia respirar. Gray o olhou e ficou radiante.

– Estou cansado de brincar, garotinho... – Disse Gray – É hora de morrer!

Kagura gritou, mas a voz não saia. Ela não viu quando seu corpo se movimentou, correndo em direção ao homem que estava matando seu marido. Ela saltou com tanta fúria que o arremessou longe.

– NINGUÉM TENTA MATAR O MEU MARIDO!

E assim, a mulher desembainhou sua misteriosa katana. O sorriso em êxtase do rosto de Gray desmanchou-se ao ser golpeado.

Ele se levantou lentamente e sacudiu sua roupa suja de terra vermelha, manchada por sangue.

– Acho que ninguém ensinou a você, que mulher não deve lutar contra homem. – Gray cuspia as palavras de raiva.

– E ninguém te ensinou que uma mulher pode ser tão forte em uma luta quanto um homem. – Ela apontou a katana e o desafiou com o olhar. – Se quer mata-lo, terá que passar por mim antes.

– Kagura... o que pensa que está fazendo? – Perguntou Rogue com dificuldade.

Erza aproximava-se, ela estava com boa parte do corpo com curativo mas mesmo assim sorria enquanto estendia sua mão para ajudar Rogue. – Não se preocupe com Kagura, ela é uma das melhores guerreiras que já vi.

O olhar de Rogue paralisou no rosto calmo e sorridente de Erza, mesmo cheia de curativos ela continuava linda. Ele apoiou-se na garota e levantou-se andando até a entrada do castelo. Ambos permaneceram lá parados, apenas observando o clima tenso que estava no campo de batalha. Faíscas de fúria saiam pelos olhos de Kagura e Gray mantinha um olhar fixo na oponente. Ele caminhou lentamente e pegou a espada que ele havia jogado fora antes de lutar contra Rogue.

– O que estamos esperando para começar? – Disse Kagura com frieza.

Gray apenas sorriu.

Aquele sorriso provocava náuseas em Kagura, mas ao mesmo tempo a enchia de coragem.

Seria essa a luta decisiva da vida de Kagura?


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