And All These Little Things escrita por gui


Capítulo 19
Capitulo 19


Notas iniciais do capítulo

demorei e ficou ruim eu sei.



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Pov’s Dam

Nick esbarrou no meu braço me fazendo finalmente desviar os olhos dela. Eu tinha certeza de que elas estavam falando sobre mim. Espero que essa Sara não diga nada que deixe Catherine chateada.

– o que você disse? – perguntei a Nick já que não havia ouvido uma palavra sequer.

– eu disse que elas estão falando de você.

– aposto a minha vida que sim. – eu disse e o garçom finalmente nos atendeu.

– uma caipifruta e um refrigerante, por favor. – eu pedi ao garçom.

– não vai beber?

– não, vou ficar de motorista essa noite, então aproveita. – eu disse dando um tapinha no seu ombro e ele sorriu.

– querendo vigiar alguém? – ele fez sinal com a cabeça na direção de Catherine. Eu não diria vigiar, mas sim cuidar.

– um pouco. – e principalmente de você.

– você gosta dela não é?

– muito! – respondi olhando em sua direção enquanto ela conversava animadamente com Sara, como ela gargalhava e mexia em seus cabelos, eu poderia assisti-la durante horas.

– aqui está. – o garçom pôs nossos pedidos na nossa frente. Voltamos para a mesa. Entreguei seu copo me sentando ao lado dela, para sentir seu perfume e seu calor. Abri a lata de refrigerante e ela me olhou.

– não vai beber? – ela perguntou baixo só para eu ouvir enquanto sara e Nick discutiam sobre bebidas quentes ou frias.

– estou dirigindo.

– e eu estou me sentindo a sua mãe. – ela disse e eu sorri virando o rosto dela para o meu com a mão em seu pescoço. Encostei minha boca a dela e a beijei lentamente.

– está se sentindo melhor? – eu perguntei, mas Nick e Sara estavam nos encarando, então tivemos que disfarçar.

A noite passou agradavelmente, a conversa fluía cada vez mais bobagenta já que a bebida começava a desinibir os três. Eu estava segurando a mão de Catherine sobre a minha coxa que ela apertava toda vez que eu cochichava alguma besteira em seu ouvido quando os outros estavam distraídos.

– olha quem está aqui. – ouvi a voz da minha mãe, mas somente pelo seu jeito de falar eu sabia que ela estava bêbada, então não me virei e nem respondi. Catherine apertou minha mão, um claro sinal do que eu deveria fazer. Me virei para ela, confirmando que ela estava completamente bêbada.

– mãe. – eu disse a fuzilando com o olhar, me levantei e dei um beijo em seu rosto.

– não vai me apresentar aos seus amigos. – ela disse lento e distorcido.

– esses são Sara e Nick.

– o bonitão ali eu já conheço. – ela disse e Nick sorriu sem graça, mas divertido piscando para ela.

– boa noite, Sra. Beckman – Catherine a cumprimentou e minha mãe a olhou.

– você ainda está com ela? – ela perguntou como se fosse a pior noticia do mundo. Passei a mão nos cabelos, lá vem barraco.

– qual o problema? – perguntei já irritado.

– bem, ela não é mulher para você. Ela deve ter a minha idade Dam. – ela sussurrou, mas ambos estávamos cientes de que todos na mesa haviam ouvido.

– como você pode dizer se ela é ou não mulher para mim? Duvido que você saiba o nome dela.

– eu sei que ela é mãe daquela garota com quem você dor...

– cala sua boca. – eu a cortei, segurando o braço dela. Ela não podia dizer isso.

– Dam, melhor deixar isso para lá. – Nick disse. Olhei para Catherine que estava com a mão apoiada na testa de cabeça baixa.

– ah não quer que ela saiba. – ela disse em tom provocante e isso fez Catherine levantar seu olhar para ela.

– você nunca me deu mais do que dor de cabeça, não tem o direito de se meter na minha vida. – eu disse com os dentes serrados para me impedir de gritar.

– você é um grande mentiroso como seu pai. Ela tem o direito de saber. – Catherine me olhou interrogativamente. Confesso que se ela não fosse a minha mãe daria um tapa na cara dela.

– saber o que? – Catherine perguntou olhando para minha mãe.

– que ele já dormiu com a sua filha. – ela disse, a raiva que eu sentia era sufocante e me fazia tremer. Catherine me olhou, ela parecia não acreditar.

– Dam? Eu sei que a sua mãe é louca, então eu vou perguntar. Isso é verdade? – ela me encarou tão intensamente que eu não podia mentir. Eu nunca disse a ela, mas era verdade e ela parecia saber por que seu olhar se mudou para pura decepção. Ela balançou a cabeça e se virou saindo a passos rápidos.

– eu odeio você. – eu disse olhando para a pessoa que infelizmente eu tinha que chamar de mãe e sai. Eu nunca mais queria vê-la. Alcancei Catherine no estacionamento e a chamei.

– me deixa. – ela respondeu sem se virar, mas eu corri atrás dela e a segurei pelo braço a virando para mim. Seu olhar triste era o bastante para me fazer cair em pedaços e eu engoli em seco.

– você tem que me ouvir.

– nada do que você disser vai adiantar. Você dormiu com o minha filha e comigo? Meu Deus, eu tenho nojo de você. – ela disse e puxou seu braço entrando no carro e indo embora.


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