Uma escolha escrita por hollandttinson


Capítulo 36
Marca.


Notas iniciais do capítulo

"Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que o pra sempre sempre acaba. Mas nada vai conseguir mudar o que ficou, quando penso em alguém só penso em você, e aí então estamos bem. Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está, nem desistir, nem tentar, agora tanto faz. Estamos indo de volta pra casa."



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POV: ASTORIA.

O beco diagonal estava ainda mais cheio hoje, talvez fosse só porque eu queria que esse dia demorasse menos e eu pudesse comprar tudo mais rápido para poder voltar para casa, ou porque todo mundo decidiu comprar tudo no mesmo dia que eu, não importa.

Scorpius estava agarrado á minha mão, sua cabeça virava o tempo todo, ele estava extasiado! Draco parecia estar em uma crise de nervos, ele odeia ficar perto de tantas pessoas quando está com Scorpius, sempre acha que nosso filho ou eu vamos nos machucar, o que é bem louco. Ele é muito protetor, afinal de contas.

– Mamãe o que nós vamos comprar primeiro?- Ele perguntou quando Draco nos arrastou para um lugar mais afastado das pessoas. Eu tirei a lista de compras da bolsa, mesmo que eu já soubesse ela de cor e salteado por causa da minha época de escola.

– Acho melhor nós nos dividirmos.- Olhei para Draco e ele suspirou aliviado.- Seu pai parece estar um pouco agoniado com a multidão de pessoas.

– Mas ele trabalha com isso!- Disse Scorpius olhando para Draco e revirando os olhos, coisa que eu fazia sempre. Draco balançou a cabeça.

– Você não vai querer que eu tenha uma crise de nervos aqui agora, vai? Então acho melhor obedecer a sua mãe.- Disse Draco apontando para a lista, depois enfiando as mãos nos bolsos. Scorpius deu de ombros e olhou para mim.

– Draco pode ir para a livraria, depois nos encontra na loja de varinhas.- Eu disse lembrando que Draco devia querer ver o filho comprando a primeira varinha. Meu marido concordou com a cabeça e pegou a lista na minha mão, afinal ele precisava dos nomes dos livros.

– E vocês vão se virar com as vestes e os outros objetos?- Ele perguntou erguendo uma sobrancelha, eu concordei com a cabeça e ele colocou a mão no ombro de Scorpius.- Nos vemos mais tarde.

– Certo! Papai, por favor não esqueça de nenhum livro!- Scorpius disse colocando toda a intensidade de suas palavras nos seus olhos. Eu e Draco rimos.

– Vai dar tudo certo.- Eu disse, dando um beijo na bochecha de Draco e me afastando com Scorpius.

A loja de roupas está sempre mais cheia do que consegue suportar, então eu não fiquei surpresa em ter que esperar, então me sentei com as outras mães enquanto Scorpius ia para a fila. Uma mulher morena de cabelos cacheados estava do meu lado e me analisava de perto, a situação estava um pouco constrangedora e ela corou, baixando a cabeça. Quando me virei para ver quem era, percebi que era Hermione Granger, agora Weasley. Procurei a sua filha ao redor e vi uma garota muito ruiva conversando com um garoto moreno. Scorpius estava observando os dois também.

– Aquela é a sua filha?- Eu perguntei apontando para a garota. Hermione sorriu.

– É sim. E eu imagino que aquela cabeleira loira pertença ao pequeno Malfoy.- Disse Hermione sorrindo para mim, ela parecia aliviada por eu ter puxado assunto antes dela. Eu concordei com a cabeça, sorrindo de volta.

– Os seus filhos também estão no primeiro ano?- Perguntei olhando para o moreno.

– Aquele não é meu filho, é o de Harry. Mas os dois estão no primeiro ano.- Ela disse e eu concordei com a cabeça, é claro que aqueles olhos verdes eram familiares.

– Mas que sorte! Estarão no mesmo ano.- Eu disse sorrindo. Hermione concordou com a cabeça suspirando e se encostando nas costas da cadeira.

– Não sei, acho que eles vão acabar esquecendo dos estudos para procurarem aventuras. São muito inquietos.- Disse Hermione balançando a cabeça, eu dei uma risadinha.

– Então deve ser um mal natural. Tenho certeza que a filha de Hermione Granger não vai decepcionar a sua mãe.- Eu disse me lembrando do quanto a outra era inteligente nos tempos de escola. Hermione concordou com a cabeça, sorrindo.

Scorpius estava observando a dupla, que parecia totalmente aversa á observação do meu filho. Depois de um tempo Scorpius deu de ombros e olhou para mim, revirando os olhos. Fui até ele.

– O que foi?

– Temos mesmo que esperar tanto? E se o papai chegar antes da gente?- Perguntou ele, olhando através das janelas empoeiradas, provavelmente procurando o pai.

– Pode ter certeza que o seu pai vai demorar muito, a livraria está sempre cheia e são muitos livros para comprar. Fique calmo quanto á isso. E a fila é precisa, vai encontrar por qualquer lugar onde for.- Eu disse, começando á achar uma má ideia ter ido morar no meio do nada. Ele cruzou os braços concordando com a cabeça.

– Tudo bem então.

– Vou voltar á me sentar, qualquer coisa é só chamar.- Eu disse, me aproximando e dando um beijo na sua testa. Quando me sentei de novo, olhei para ele que estava olhando para a janela, e foi para lá que ele ficou olhando o tempo todo até a costureira se aproximar.

Suas vestes ficaram prontas logo e ele ergueu a sacola com orgulho, sorrindo para mim. Saímos da loja e eu olhei ao redor, tinha esperanças de que Draco estivesse por ali, mas não estava.

Compramos todas as outras coisas que incluíam pergaminhos, tintas, penas e caldeirões. Scorpius já estava impaciente quando saímos daquela loja calorenta. Na verdade, ele estava impaciente desde que viu Draco se afastar. Não sei o que ele vai fazer quando não ver o pai por 1 ano. Quando chegamos na loja, Draco estava na porta batendo o pé no chão, segurando uma sacola enorme.

– Sabiam que eu estou morrendo de fome, e estava com vontade de ir almoçar e deixar vocês aqui esperando? Eu estou aqui á séculos.- Disse Draco, jogando a mão vazia para o ar. Scorpius olhou pra mim com uma sobrancelha erguida, claramente dizendo algo como "eu avisei". Revirei os olhos.

– Nós também não estamos muito satisfeitos, sabia? Enfrentamos várias filas, se quer saber.- Eu disse, cruzando os braços irritada. Porque ele tinha a mania de achar que só ele ficava com a parte ruim da coisa toda? Ele deu de ombros.

– Na verdade, eu não quero saber. Vamos entrar logo e comprar a porcaria da varinha dele.- Disse Draco, segurando o ombro de Scorpius e o meu braço, nos guiando com a maior delicadeza que podia em meio á sua irritação repentina. Scorpius balançou a cabeça e os ombros, parando de andar.

– Papai, você ficou nervoso quando foi escolhido pela varinha?- A mão de Draco já estava na maçaneta quando Scorpius perguntou. Draco virou a cabeça para mim, e sorriu olhando para o nosso menino.

– Não, eu fiquei muito orgulho, para ser sincero. É uma coisa especial sabe? Vai estar pra sempre com você, á menos que algo de ruim aconteça. Mas você precisa cuidar bem dela, nenhuma outra vai ser tão boa quanto a primeira.- Disse Draco abrindo a porta.

Um sininho muito familiar nos saudou a nossa chegada. Scorpius sorriu pequeno para o som, enquanto analisava o lugar. Ainda era velho como eu me lembrava, apesar de terem ocorrido muitas mudanças desde a batalha, já que a loja do Sr. Olivaras tinha sido parcialmente destruídas pelos Comensais da Morte. Olhei para Draco, devia ser ruim entrar aqui e lembrar-se daquela época, mas ele devia estar feliz por poder enterrar isso tudo com o nosso pequeno, que na verdade é muito grande.

Apesar das estatisticas dizerem o contrário, o Sr. Olivaras ainda estava vivo e saiu de trás do balcão quando ouviu nossa chegada, sorriu para o nosso filho que retribuiu o aceno com a cabeça.

– Pequeno Malfoy!- Disse ele, estendendo a mão parao nosso menino, que apertou a mão do senhor, provavelmente se perguntando porque ele era tão gentil.

Apesar de Draco já ter provado milhões de vezes que não era o mesmo de anos atrás, algumas pessoas ainda o tratavam mal por onde passava, e Scorpius estava acostumado com a rejeição de alguns, coisa que irritava Draco fervorosamente.

– Bom dia, senhor.- Disse Scorpius se aproximando do balcão comigo e Draco em seu encalce.

– Eu tenho as varinhas certas para você, pequeno Malfoy.- Disse o Sr. Olivaras voltando para trás do seu balcão empoeirado, procurava caixas em meio á outras milhares.

– Scorpius.- Meu filho realmente odiava ser chamado pelo sobrenome, afinal de contas tinham muitos Malfoys por aí(na verdade só 5), mas apenas um Scorpius. O vendedor de varinhas sorriu gentil para o meu filho e colocou 2 caixas sobre o balcão, apontando para elas.

– Escolha uma das duas, Scorpius.- Scorpius pegou a primeira caixa e abriu, a varinha se parecia com a minha, mas era um pouco maior e parecia ser muito flexível.- Teste-a!

A primeira varinha não obteve sucesso, na verdade ela pegou fogo sobre os nossos olhos, fazendo Scorpius resmungar e olhar para o meu marido, Draco disse que isso era normal e o Sr. Olivaras concordou. Não me lembrava de histórias onde a varinha se rebela e decide pegar fogo por conta própria, mas okay.

– Olhe só o tanto de varinhas que existe aqui, deve ter alguma que lhe sirva!- Eu disse quando a 5ª varinha também não obteve sucesso e Scorpius já estava começando á se irritar.

– Será mesmo? Porque pelo que parece, não há esperanças!- Disse Scorpius, cruzando os braços enquanto esperávamos o Sr. Olivaras voltar com mais uma tentativa. Draco bufou e enfiou as mãos nos bolsos.

– Sempre há esperanças, não quero te ouvir falando isso novamente, certo? Ficaremos aqui o dia todo, mas você vai comprar a sua varinha.- Disse Draco. No mesmo instante o idoso se aproximou com uma caixa.

– Tenho certeza de que essa lhe servirá.- Disse Olivaras, sorrindo. Scorpius bufou.

– Como as outras 5?- Perguntou, pegando a varinha com desprezo e apontando para um vaso de flores ao nosso lado. A água do vaso sumiu e eu sorri.

– Parabéns pela sua primeira varinha, meu filho!- Eu disse apertando os seus braços. Ele olhou para o objeto de madeira. Não parecia grande coisa, apesar de ter uns detalhes artesanais que pareciam estrelas, já que eram mais claros do que a madeira da varinha.

– É bonita.- Ele disse.

– Sim, e combina muito com o seu nome. É uma das últimas que foram fabricadas por esses criadores de varinhas. Espero que vocês se entendam.- Disse Sr. Olivaras colocando a varinha na caixa e embrulhando.

– É só isso? Tirar a água de um vaso?- Perguntou olhando para o vaso vazio. Draco riu.

– E o que esperava? Por Merlin, já fez uma varinha pegar fogo, chega de magias exageradas por hoje!- Disse Draco, pagando a varinha e acenando para o Sr. Olivaras enquanto deixávamos a loja.

– Além disso, vai ter tempo pra praticar muitas outras coisas em Hogwarts.- Eu disse, sorrindo. Scorpius concordou com a cabeça.

– Certo.

(…)

Deviam ser nove horas da manhã quando eu entrei no quarto de Scorpius. Ele não estava deitado na cama, como eu esperava que estivesse. Ao invés disso, estava na varanda acariciando os pelos macios de sua gatinha, a Helena. Já estava vestido e o seu malão estava em cima da cama.

– Alguém já está mais do que pronto para a viagem de hoje.- Observei. Ele virou e me encarou, sorrindo depois de alguns segundos.

– Não vejo a hora de ir para Hogwarts!

– Não vê a hora de nos abandonar, isso sim.- Eu já tinha me conformado com o fato de que ele ia ficar longe e a probabilidade de morrer de saudade depois de alguns dias, mesmo assim eu não cansava de dramatizar sobre isso.

– Ah, mamãe! Você sabe que eu te amo muito, não é? Vou escrever para vocês o tempo todo, eu prometo!- Disse ele, saindo da varanda e me abraçando.

Ele já era quase do meu tamanho, só alguns 20 centímetros á menos. Seus cabelos eram meio longos e espetados, mas ele jogava para trás e para cima, e eu juro que se tivesse 11 anos estaria babando por ele. Seu corpo não era magro, mas também não era gordo, apenas mediano. Seus olhos ficavam mais claro á cada dia que se passava, e os olhos que antes eram safiras, agora se transformaram num azul céu. Mas continuavam sendo lindos e absolutamente expressivos. Seu rosto não era tão pálido como o de Draco(que apesar de viver na praia e no sol, mantinha a pele alva de sempre), nem tão morena. Era de uma cor de areia, nada muito impressionante, apesar de eu achar tudo nele impressionante.

– Eu também dizia isso quando era mais nova, mas eu tinha muita preguiça.- Eu disse, dando um beijo na bochecha dele e indo até a janela, fechá-la. Não haviam motivos para deixar ela aberta, ele iria embora hoje.

– Mas eu não sou preguiçoso, sou? Além disso, sempre que eu olhar para a Helena vou me lembrar dessa promessa, e que eu nunca quebro promessas.- Disse Scorpius, sorrindo triunfante. Eu sorri para ele.

– Tudo bem, querido. Eu só quero que você se divirta e seja muito, muito feliz e Hogwarts.- Eu disse sorrindo. Ele suspirou.

– Pode deixar comigo. Sobre ser feliz, eu sei.

(…)

Nós tomamos o café da manhã mais silencioso de nossas vidas. O ar sobre as nossas cabeças tinha o peso de uma saudade que nem existia ainda, mas que já parecia querer nos consumir aos poucos. Draco parecia estar deprimido enquanto via Scorpius fazer movimentos ensaiados, movimentos esses que nós demoraríamos 3 meses para ver novamente, isso se Scorpius não fizer uma amizade grandiosa que o faça desistir de querer ficar conosco no natal. Existe sempre a possibilidade.

– Meu Deus, porque vocês estão com essas caras de enterro? Eu não estou morrendo, só estou indo viajar por 3 meses. Eu volto no natal e vou escrever o tempo todo.- Disse Scorpius quando colocou a mala na lancha que nos levaria á cidade.

– Sabe que não é a mesma coisa.- Eu disse cruzando os braços. Draco balançou a cabeça.

– Veremos se você vai mesmo.- Disse e Scorpius suspirou.

– Eu não podia ficar no colo de vocês pra sempre, podia? Eu cresci, desculpa.- Disse Scorpius. Eu olhei para ele.

– Não há o que desculpar, não pôde controlar. Nós só estamos nos despedindo do jeito que a gente sabe: com os sofrimentos escondidos aflorando.- Eu disse, suspirando. Scorpius revirou os olhos.

– Nossa, quanto drama! Será que eu tenho que começar á fazer drama também para ir para a Sonserina?- Perguntou sorrindo. Eu bufei.

– Na verdade, á visar pela sua frieza diante aos nossos sentimentos feridos, você já tem um lugar exclusivo naquela casa.- Eu disse irritada. Scorpius riu.

– Ah, que bom porque eu estava começando á ficar com medo.- Ele disse, sentando-se em uma das cadeiras da lancha. Draco deu a partida.- Mamãe, você sabe que eu te amo, e que viajar não vai fazer com que eu te ame menos, não sabe? São só alguns meses. Vão passar rápido.

– Pra você vai, pra mim não.- Eu disse, fechando a cara. Draco deixou a lancha no automático e veio se sentar ao meu lado.

– Por Merlin, Astoria! Não pressione tanto o garoto, ele não vai desistir de ir para Hogwarts e eu nunca deixaria ele fazê-lo. Ele precisa viver, e eu juro que estou torcendo para que ele esqueça de escrever algum dia, porque vai significar que ele estava se divertindo demais para perder tempo com pergaminhos. E é isso que ele tem que fazer: se divertir.- Disse Draco, me abraçando pelos ombros. Eu suspirei, meu marido tinha razão. Sorri para o meu filho.

– Se divirta muito, okay? Vou sentir saudades.

(…)

A estação de trem estava mais lotada do que eu me lembrava, afinal quanto tempo fazia que eu não vinha aqui? Crianças gritavam por todos os lados, e o vapor começava á fazer meus olhos lacrimejarem. O cheiro não era um dos melhores do mundo, mas apesar de tudo isso, eu estava feliz. Meu coração estava aquecido. Eu me sentia em casa, apesar de nunca ter vivido em uma estação de trem.

Na minha época de adolescência, estar aqui era estar em paz. Eu me sentia bem quando sabia que estava indo para Hogwarts, eu finalmente estava no meu lugar. Eu pensava que não havia outro lugar para viver, então eu encontrei Draco e descobri que o melhor lar que se pode ter, é dentro de um amor. Um amor de verdade, daqueles que te faz querer viver pela pessoa. Eu vivo por ele e por Scorpius, e agora meu filho iria para Hogwarts, meu filho teria sua própria paz em meio á aquele mundo de magia que me foi proporcionado á anos atrás.

Mesmo quando saí de Hogwarts, aquele lugar nunca me deixou. Está sempre na minha lembrança e eu sei que nunca vou me esquecer dos anos que passei ali, de todas as alegrias e aventuras que me seguiram por 7 anos completos. Sei que Scorpius será tão feliz, se não mais feliz do que eu fui. E assim como foi comigo, a magia nunca o deixará. Porque afinal de contas, somos bruxos e para nós, a magia nunca envelhece.

O abraço de Scorpius era apertado e cheio de amor, era como se eu pudesse tocar o amor ao redor de mim, mas eu não podia. Ele abraçou Draco depois, e o meu marido colocou a mão no seu ombro, enquanto a outra estava na minha cintura.

– Algum conselho antes do embarque?- Perguntou Scorpius sorrindo.

– Só seja feliz.- Eu disse, abraçando Draco. Scorpius concordou com a cabeça e olhou para Draco, com expectativa. Meu marido sorriu para ele.

– Quer que Hogwarts valha a pena?

– Claro!- Disse Scorpius sorrindo.

– Então faça amizade com pessoas boas e não se importe com o que os outros vão pensar, seja você mesmo.- Disse Draco, desviando o olhos. Olhando para onde ele encarava e os Potter/Weasley estavam ali, e a ruiva filha de Hermione Granger estava olhando para o meu filho. Quando nos viu encarando, ela corou e virou-se assustada.

– Aquela não é a garota da loja de vestes?- Perguntou Scorpius olhando para mim.

– O nome dela é Rose Weasley. E se quer mesmo que as coisas valham á pena, faça amizade com pessoas como o Potter e o Weasley. Pronto. Agora embarque.- Disse Draco apontando para o trem. Scorpius concordou com a cabeça, me deu um último abraço e correu para o trem.

Draco me abraçou com força e nós ficamos esperando Scorpius aparecer em alguma janela. Quando finalmente uma cabeleira loira se pôs para fora e acenou, eu respirei fundo aliviada. Agora ia ficar tudo bem, agora não tinha mais com o que se preocupar, ele estava seguro, ele estava em hogwarts.

(…)

Oi, mamãe e papai. Acabei de chegar em Hogwarts e já corri para escrever. Papai, pode escrever para o vovô e dizer que o neto dele está na Sonserina, pra ser sincero o Chapéu Seletor não teve muito tempo para pensar, ele me colocou lá rapidinho. O filho dos Potter, Alvo, está na mesma casa que eu e ele é um cara legal, acho que eu estou fazendo “amizade” com alguém como os Potter, na verdade com o próprio Potter. Está satisfeito, papai? E mamãe, eu comi um bolo aqui hoje que não se compara ao que a senhora faz, eu juro. Amo vocês e já estou com saudade. Beijos.

S. Malfoy.

Eu sorri para a carta.

– Sabia que ele ia ser da Sonserina.- Eu disse, abraçando Draco enquanto ele esticava o braço para abrir a gaveta da cabeceira e colocar a carta lá.

– Eu também... Quando a gente terminar aqui, eu escrevo para ele e para o papai.- Ele disse, me beijando.

– Eu te amo, sabia?

– Sabia.

– Metido.

– Linda.- Ele disse antes de subir a minha camisola por completo e começar á beijar o meu corpo.

E essa foi mais uma noite das outras milhares noites perfeitas que tivemos ao decorrer da minha vida, das nossas vidas. E eu sei que ainda vamos enfrentar muitas barras por aí, como por exemplo ter de receber a primeira namorada do Scorpius em nossa casa, o que eu espero que demore muito porque não sei se aguentarei ver meu filho tão crescido. E depois viria seu casamento, e os meus netos. E eu serei mais completa do que já sou, se isso é mesmo possível.

Um dia eu direi adeus á esse mundo, assim como todas as outras pessoas, e eu estou feliz. Porque sei que eu mudei um homem, eu fiz de Draco o melhor homem do mundo, eu fiz de Scorpius a melhor pessoa do mundo, e eu estou feliz por ter marcado esse mundo com a minha presença. Mesmo que pequena seja a minha marca, ela existe.

(...)


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Notas finais do capítulo

Amei passar todo esse tempo com você, mesmo em meio ás dificuldades causadas pela escola, pelas mudanças no site e todo o resto de coisas que aconteceram no decorrer da história, foi uma época feliz que eu vou levar pra sempre comigo. Essa fanfic me trouxe muita alegria, e vocês são o resultado de tudo isso. Obrigada por tudo o que vocês mandaram pra mim, vocês me inspiram á escrever mais e mais, e eu sou muito grata. Vocês são um máximo, os melhores do mundo mesmo. Obrigada por tudo. Até mais.



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