Uma escolha escrita por hollandttinson


Capítulo 21
Forte e Independente.


Notas iniciais do capítulo

Darleyde encheu tanto o saco que decidi postar o capítulo novo mais rápido, espero que gostem!



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POV: ASTORIA.

Acordei sozinha na manhã seguinte, eu devia ter dormido muito para Draco já estar fora da Cabana, ou talvez ele tivesse algum trabalho importante pra fazer, esperava que fosse apenas isso. Troquei de roupa e saí, muita gente estava reclamando de dor de cabeça e todo mundo sabia o motivo, tive medo que o Ministro brigasse com Draco por ele ter dado uma festa ou coisa do tipo, mas recebi a notícia de que o Ministro tinha dado sua própria festa particular e também não estava bem em termos de ressaca. Eu ri quando ouvi esse tipo de coisa, não é coisa que se ande falando do Ministro.

– Bom dia, quase tarde, Astoria. Como está se sentindo hoje?- Caleb me perguntou quando eu entrei em sua cabana. Dafne estava numa poltrona dando a mamadeira á Liam que jogou alguma coisa na minha direção quando eu me aproximei e riu, Dafne apenas revirou os olhos.

– Muito bem, devo ser uma das únicas que não estou morrendo de dor de cabeça e essas coisas.- Eu disse, dando de ombros. Me aproximei de Dafne e Liam e me virei para falar com Caleb.- Se você encontrar Draco por aí, diga á ele que estou aqui.

– Pode deixar, vou para o treino agora e sei que ele vai estar lá.- Ele disse sorrindo e saiu.

– O que foi, acordou sem o maridinho hoje foi? Um dia acostuma.- Ela disse com um sorriso ridículo no rosto. Eu bufei.

– Na verdade, eu tenho um marido muito ocupado, eu não sei se você percebeu mas ele quem está organizando tudo isso aqui, você não viu ele falando ontem? Um homem importante é isso que ele é.- Eu disse e ela deu de ombros se virando para Liam que resmungou sem querer tomar da mamadeira. Eu sorri.- Quando que esse moleque lindo vai aprender á falar?- Perguntei quando Dafne colocou ele no chão e ele começou á tentar andar.

– Eu não sei, Caleb disse que é normal, que garotos amadurecem mais devagar, eu acho que está tudo errado. Já tem mais de 1 ano, não tem? Devia estar falando e andando por aí... Não estou reclamando nem nada, fico feliz por ele não falar ainda, imagina que tagarela!- Ela disse tirando um vaso de mármore das mãos dele e colocando em cima da cama.

– Caleb deve ter razão, eu devo ter ouvido em algum lugar que os garotos são mais lentos... Que o Draco não me escute!- Eu disse, sorrindo. Dafne revirou os olhos e voltou para sentar do meu lado.

– É um grande machista não é? Um grande macho. Caleb não é tão assim.- Ela disse, fazendo uma careta e eu revirei os olhos. Me lembrei de Blásio e sua mania de ser escrotamente machista.

– Você viu Thamyris?- Perguntei.

– Eu não saí muito daqui, eu tenho um filho agora e Caleb está muito ocupado me contando sobre tudo que acontece, não posso ter visto ela. Porque? Ela anda machista?- Dafne fez uma careta.

– Na verdade, muito feminista.- Eu disse fazendo uma careta, feminina o suficiente para estar grávida.- Acho que vou na cabana dela, se o Caleb ou o Draco aparecerem, diga á eles.

– Eu não sou uma coruja, mas como eu não tenho nada de mais legal pra fazer, posso me contentar com isso. Vá lá.- Disse Dafne dando de ombro e se levantando para depois se ajoelhar ao lado de Liam. Eu sorri para a cena. Nunca pensei que Dafne fosse se tornar a mãe coruja que estava parecendo ser, dizem mesmo que filhos mudam as pessoas.

– Não sei como faz pra parar de vomitar, acordei á menos de 1 hora e é a única coisa que eu faço.- Disse Thamyris balançando a cabeça. Ela estava deitada de bruços com um pacote de gelo na cabeça, sua voz saía abafada.- Eu não sabia que ficar grávida dava tanto trabalho!

– Imagina quando nascer! Imagina você sendo uma Dafne da vida!- Eu brinquei e ela se levantou, ajoelhada na cama e de olhos arregalados.

– Será que eu vou me tornar chata quando eu virar mãe? Ai, Astoria, eu não quero ser assim não!- Eu ri descontroladamente de Thamyris que mostrou a língua pra mim e voltou á deitar.

– Mas sério, como você está se sentindo psicologicamente?- Perguntei. Ela se levantou e se sentou, jogando a bolsa de gelo do lado e suspirando.

– Blásio apareceu aqui hoje, eu não sei exatamente o que ele fez, eu estava no auge da ressaca, toda tonta, não me lembro do que ele falou, mas eu lembro de ele ter sorrido... E não era nenhum sorriso sarcástico ou irônico, ele sorria de verdade!- Disse Thamyris e eu notei o brilho no seu olhar, provavelmente ela estava com alguma esperança idiota de que Blásio tivesse mudado e ia aceitar seu filho.

– E você acha que isso é uma coisa boa? Sinceramente, depois de tudo o que ele fez... O que você é? Uma masoquista? Deixe ele de lado, você é uma mulher forte e independente, completamente capaz de conseguir criar essa criança sozinha, sem falar no montão de homem que quer você e provavelmente vai se jogar aos seus pés pra criar ele com você.- Eu disse tentando parecer o mais convincente possível, ela tinha que sair dessa de Blásio.

– Mas Astoria... Ele é o pai da criança, nunca vai ser a mesma coisa. Eu nunca me imaginei criando um filho sozinha, sempre me imaginei casada e...

– Quem disse que vai criá-lo sozinha? Não ouviu o que eu disse? Vários caras iriam querer ter você e criar seu filho, dê um novo pai á ele, um que mereça essa nomenclatura.- Eu disse, colocando a mão no seu ombro.- Você é uma mulher forte e independente.- Eu repeti. Ela concordou com a cabeça e suspirou.

– É, nesse exato momento a mulher forte e independente aqui vai tirar um cochilo e esquecer um pouco das coisas.- Disse Thamyris deitando de novo. Revirei os olhos.

– Tudo bem, volto aqui antes do Jogo pra a gente ir junta.- Eu disse, sorrindo. Eu vi ela balançar a cabeça em concordância. Revirei os olhos antes de sair da Cabana. Quando entrei na minha cabana encontrei uma cena que eu queria ter a capacidade de apagar da minha memória.

– Olá.- Pansy Parkinson sorriu pra mim. Ela segurava um copo de Whinsky de fogo e usava um vestido curto, preto e decotado, ele tinha no máximo 1 palmo de comprimento na saia. Eu engoli em seco e olhei para Draco que estava com os olhos arregalados segurando um outro copo.

– Eu estou perdendo alguma coisa?- Perguntei cruzando os braços. Parkinson sorriu.

– Perdeu muitas gargalhadas, pode apostar! Eu e Draco estávamos lembrando de quando ele era solteiro e nos encontrávamos, dos tempo de escola, bons tempos...- Parkinson suspirou dramaticamente. Draco engoliu em seco. Eu olhei para ele com a sobrancelha erguida.

– Então eu sinto muito por ter acabado com o momento de recordações de vocês. Eu volto mais tarde...

– Não precisa, você já acabou com tudo. Eu volto depois pra a gente beber mais e... Relembrar mais o passado.- Parkinson piscou para Draco e saiu do quarto.

– Eu...

– Você nada. Cala a porra da sua boca e guarda essa merda de whinsky.- Eu disse, jogando o copo dela no chão, ele espatifou e sujou, a minha raiva era tão grande que eu podia fazer tudo isso pegar fogo.

– Calma, nós não estávamos fazendo nada demais.- Ele disse, colocando o copo numa mesinha de centro e erguendo as mãos enquanto se aproximava de mim, eu recuei dele.

– Ainda não é? O que aconteceria se eu não tivesse chegado? Se vocês ficassem bêbados? Talvez a nossa cama não tivesse mais tão arrumada do jeito que eu deixei, porque a idiota aqui tá sempre se esforçando pra deixar tudo bonito pra você enquanto você se embebeda com qualquer puta, a pior delas, francamente Draco, não seria mais simples pagar uma prostituta?- Eu perguntei, cruzando os braços. A raiva estava fazendo meus olhos lacrimejarem mas eu não ia chorar na frente dele, Draco nunca mais me verias chorar por ele, era uma promessa. Ele bufou irritado.

– Na verdade, eu não sei se gastaria meu dinheiro com uma prostituta qualquer quando eu posso ter Pansy tão fácil, você realmente fez uma grande merda chegando agora. Porque não fica mais um tempo na cabana de Dafne e me deixa ter uma merda de prazerzinho com a primeira putinha que eu vi?- Ele perguntou, irritado. Eu dei um passo para trás, eu sei que ele estava apenas respondendo ás minhas grosserias, mas as palavras dele doeram em mim.

– Sabe, Draco Malfoy, você não deve se preocupar com muita coisa, você é tecnicamente livre? O que seria pra você uma simples traição? Nem seria traição, seria? Estamos casados por um contrato, uma merda de contrato entre nossas famílias. Durma com Pansy ou com a próxima puta que encontrar, eu vou para a cabana de Dafne e não te atrapalhar mais. Não finja se preocupar comigo, eu vou estar melhor longe de um cara que traz mulheres ao próprio quarto.- Eu disse.

– Ah, pelo amor de Deus, deixe de ser ridícula!

– Ah, então agora eu sou ridícula também?- Eu perguntei cruzando os braços em pura irritação. Ele concordou com a cabeça.

– Altamente! Eu e ela só estávamos bebendo um pouco...

– Francamente, Malfoy!- Eu joguei as mãos para o alto irritada.- Não me chame de idiota, eu vi o jeito que ela estava não vestida!

– Agora a culpa é minha se ela não veste vestidos até os pés?- Ele perguntou, colocando as mãos na cintura, ele estava nervoso, péssimo sinal.

– Ela vive dando em cima de você descaradamente e o que você faz? Merda nenhuma, então não venha me dizer que se importa com o que chama de "nosso casamento" porque não se importa, homem de verdade quando se importa de verdade não deixa nenhuma mulherzinha qualquer estragar o momento de paz, não se deixa levar e muito menos deixa ela ficar se esfregando nele.- Eu disse, apontando para o peito dele, á cada palavra eu me aproximava mais e quando percebi, minha unha furava o tecido da camisa preta.

– O que você quis dizer com isso? Você se chamou de menos homem?- A raiva no olho azul dele não me assustou, apenas me irritou mais, fazendo junção com suas palavras eu estava irada.

– VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO COMIGO!- Eu gritei, batendo no peito dele com raiva, ele deu um passo para trás assustado.

– Do que você...

– NÃO SE IMPORTA, VOCÊ NÃO SE IMPORTA COM A GENTE NÃO É SEU VIADO?! EU SABIA QUE O ENCANTO IA ACABAR QUANDO VOCÊ ME JOGASSE NA PORRA DA SUA CAMA! EU ODEIO VOCÊ DRACO MALFOY, COM TODAS AS MINHAS FORÇAS! SABE QUANDO EU VOU VOLTAR Á DORMIR COM VOCÊ? NUNCA! PROCURE PANSY PARKINSON OU OUTRA PRA...

– Astoria, pare de gritar, você está sendo absurda. Eu não disse isso! É claro que eu me importo, eu amo você e...

– Enfie a droga do seu amor no ouvido, pra mim chega! Eu não aguento mais isso! Eu não aguento mais viver desse jeito! Eu não aguento mais você e as suas falas rudes, não aguento mais você e todas essas vadias, não é a primeira vez que você deixa que qualquer uma toque em você, você devia ser só meu, Draco! É isso que a aliança e o casamento deviam representar, mas não, você decidiu que seria como todos os outros: odiáveis.

– Você não me odeia.

– Você não está contribuindo pra o contrário.

– Você me ama.

– Fala isso pra o espelho porque dessa aqui você não vai mais ouvir isso.- Eu disse antes de sair da cabana, eu corri diretamente para a cabana de Thamyris, me joguei na cama o lado dela e chorei desesperadamente, Thamyris não me perguntou o que tinha acontecido, apenas ficou lá passando a mão na minha cabeça.

– Todo mundo ouviu.- Ela sussurrou no meu ouvido quando o soluço sessou. Eu dei de ombros.

– Ótimo, agora ele vai ser um idiota e humilhado de novo, como sempre foi, como era antes de mim e então eu vou esquecer de tudo que fiz pra a vida de Draco Malfoy e ele pode esquecer da minha, fim de papo.

– Eu acho que não, pelo menos não quando você está esperando o seu primeiro filho, parabéns Astoria.- Disse Thamyris, suspirando. Ela estava sendo sarcástica não me desejava os parabéns de verdade.

– Está brincando comigo.- Eu implorei. Ela negou com a cabeça.

– Eu sou enfermeira e eu fui encarregada de te dar a notícia... Eu... Eu sinto muito.- Eu limpei o rosto e sem o pingo de emoção passei a mão na barriga, lamentando por essa criança ter vindo na pior hora possível.

– Eu sou uma mulher forte e independente. Eu não preciso dele.- Thamyris ergueu uma sobrancelha.

– Você precisa...

– Não eu não...

– Olha para você! Tudo em você grita por Draco Malfoy, é tão óbvio quanto a sua gravidez!

– Minha gravidez não é óbvia.- Eu disse e ela sorriu.

– Asty, foi a Sra. Malfoy quem me disse antes do exame que você estava grávida.- Eu suspirei.

– Eu preciso dele.- Eu disse, esquecendo de todo o resto.

– Eu sei, eu sei...

A gente não tem tudo o que precisa e temos de nos conformar com isso. Eu disse á mim mesma até pegar no sono.

(...)


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Notas finais do capítulo

MAIS BOMBA PRA VOCÊS.