Diário de Nick e Charlie-como sobreviver no CHB escrita por Luh Love Percabeth


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Sei que foi rápido,mas é que...na verdade, eu já tinha feito o 2° cap. quando postei,então,provavelmente demorarei mais nos próximos. Aqui está o 2° capítulo,Charlie versão Sadie (um pouco menos esquentada,talvez.). Muito feliz! no dia seguinte da minha 1ª postagem e já favoritaram!!(Obrigada, Laureane Oliver Di Ângelo )



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Diário de Nick Charlie.

Capítulo II

Ok, ser atacada pelo professor de esgrima? Não estava nos meus planos.

Oh, sim. Onde meu irmão parou? Ah, claro. ”Eu sou seu pior pesadelo”. Sinceramente, essa é a frase de vilão mais batida que existe. Continuando, Sir Léon foi crescendo, até que nós víamos a nossa frente um leão do tamanho de uma picape grande, com garras prateadas e um pelo dourado brilhante.

– O que é isso?

–O Leão de Nemeia!–respondi. Eu não tinha ideia de como sabia disso, mas, como Nick disse, eu era boa em mitologia. Por instinto, pegamos as espadas. Não sei por que fizemos isso, já que sabíamos, tipo, quatro movimentos com a espada. Tentei descobrir seus pontos fracos. O pelo parecia ser duro, e lembrei que, no mito, a pele era impermeável. Claro que o burro do Nick atacou sem nem ao menos ter um plano, furando-o no pé. Obviamente, não funcionou, e só deixou “Sir Léon” mais bravo (sério? Léon/ Leão?).

–Seu imbecil! Os pelos dele são impermeáveis!

–Podia ter avisado antes!

Se o pelo era impermeável, a fraqueza seria algum lugar onde não havia pelos. Tive então uma ideia brilhante! Mas precisaria de mais precisão. Não conseguiria com a espada. Corri para a entrada da escola. Se me lembrava bem, havia outro clube lá no dia. E era exatamente o que precisava.

–Nick!–chamei. Se fosse lá fora buscar o “acessório” (com sorte) essencial e o deixasse lá,quando voltasse,não haveria nem resto dele para contar a história.

Ao chegar lá, me deparei com o que eu precisava: o Cdaf!Uh, foi mal. O Clube de arco-e-flecha! O leão já teria nos alcançado, se a porta não fosse pequena demais para ele. Pela primeira e última vez, dei valor ao sistema de arquitetura do Hunter College. Agarrei o primeiro arco e a flecha que parecia mais dolorosa. Três flechas, na verdade.

Atiraria todas juntas, sabendo, de algum modo, que as três só se separariam dentro da boca dele, de modo que fizessem três furos lá dentro, mas só funcionaria se eu lançasse do jeito certo, na hora certa. Mas qual seria o jeito certo, eu não sabia.

Estava certa de que morreria assim. Segurando um arco que não sabia usar, tentando matar um monstro invencível, sem saber como ganhar essa luta sem machucar ninguém (além do leão).

Minha vida inteira passou diante de meus olhos. Lembrei-me do primeiro dia de escola, quando a professora me mandava sempre à diretoria, por achar que eu simplesmente não queria fazer nada, do dia em que descobriram que eu tinha TDAH e dislexia, do dia em que fui expulsa de minha primeira escola, do dia em que fomos à Disney, do dia em que eu e Nick tentávamos montar sozinhos a Árvore de Natal, de quando entramos no Hunter College...

Mas minha lembrança mais marcante foi quando estávamos abrindo os presentes de natal, há seis anos.

*** Flashback ***

Minha mãe e eu abriríamos o último presente, quando a campainha tocou.

“Deixe que eu atendo, querida.” Disse minha mãe. Depois voltou com uma embalagem em suas mãos.

“O que é isso, mamãe?” Perguntou Nick.

“Um presente.” Respondeu ela. “um presente de seu pai.”

Na caixa havia dois colares, um com um arco e flecha martelados em ouro e bronze, e outro com uma espada, além de um curto bilhete:

***

Depois daquilo, muitas vezes me perguntei o que significava isso. Minha mãe havia me dado o bilhete, e eu o guardava na parte de baixo da minha gaveta da cômoda. Sempre que não me sentia confortável, abria a gaveta, pegava o bilhete e o levava para o antigo play do prédio, onde ficava horas pensando em meu pai. Ou ao menos tentando imaginá-lo. Os colares eu e Nick nunca tirávamos. Era tudo o que podíamos relacionar a nosso pai.

Uh, sobre o play? Ah, o prédio onde eu moro é antigo, e tinha um play em que dava para ver o rio East, mas foi fechado porque os brinquedos eram de madeira, e próximo ao rio, a madeira estava difícil de manter. O proprietário da época mandou passar na madeira um produto que tirava o mofo, mas logo as crianças pararam de brincar lá, porque aquele produto cheirava a rato morto. O proprietário desistiu de preservar o play e construiu outro, com todos os brinquedos de plástico. Eu era pequena quando isso aconteceu, mas minha mãe me disse que eu e Nick sempre parecíamos mais felizes lá. O play novo não tinha graça nenhuma, porque era tudo feito por uma empresa que parecia pensar assim: “não há nada que nos diferencie de outras companhias, então vamos transformar nossos brinquedos numa droga e dizer: segurança em primeiro lugar.”

*** Flashback 2 ***

Eu estava sentada na portaria olhando o bilhete, quando o papel saiu voando. Saí correndo atrás dele e vi quando ele entrou em uma brecha do muro. Pensei: “não vou perder a única lembrança que já tive de meu pai.” Ao chegar mais perto, percebi que não era uma brecha, e sim uma porta coberta por hera e tinta fosca muito disfarçativa (essa palavra existe? Acabei de inventar então.).

Empurrei a porta. Trancada, claro. Mas não seja por isso. A chave estava caída na grama alta, quase invisível. Era uma chave meio... Brilhante? Não. Devia ter sido apenas impressão. Por um minuto pareceu que a chave brilhava como purpurina azul.

Enfiei a chave na fechadura. Servia. Ao abrir a porta, me deparei com um play em péssimas condições. O balanço e a gangorra estavam envoltos em heras e trepadeiras, o banco de pedra estava sujo e quebrado em alguns pedaços, e o rio East começava a invadir o pequeno parque, formando um minilago. O lugar estava horrível, mas mesmo assim eu me sentia bem. Não só por ter achado o bilhete, mas aquele lugar me fazia sentir melhor, mais feliz.

Foi então que eu me toquei. O play antigo. O rio. O balanço. Minha mãe estava certa, eu realmente adorava o lugar. Decidi que aquele lugar seria MEU. Eu levaria para lá tudo o que mais gostasse e não revelaria para ninguém, nem mesmo minha mãe ou Nick.

***

Ok, meu flashback foi apenas o primeiro. Mas achei que precisavam saber disso. De qualquer modo, Nick e eu sempre usávamos os colares. Então aproveitei que o bicho estava preso na porta e falei com o colar. Eu sei que é bobo. Mas vamos lá, eu estava prestes a morrer. Fiz o que veio na cabeça.

–Muito bem, pai. Estou em perigo. Como isso me ajudaria? –despejei toda minha raiva e apreensão por meu pai nunca ter nem ao menos mandado um postal. Odiava ser ignorada (o que, basicamente significa que eu odeio essa escola. As únicas pessoas que falam comigo são o Nick e o diretor.) e, se seu próprio pai te ignora por sua vida toda, então a coisa tá feia. O que, pelo jeito, resume minha vida em quatro palavras: a coisa tá feia.

Preparei-me para atirar as flechas quando percebi: eu não estava segurando mais o arco que havia pegado no Cdaf. Eu segurava um arco maior, porém mais fácil de manusear, de bronze e detalhes em ouro, além das flechas, metade bronze metade prata. Percebi que meu colar havia sumido.

–Nick! O colar! O colar!– gritei, como uma maluca.

–O quê?– então ele viu o arco e as flechas em minhas mãos. –De onde veio isso?

–O colar! Vai!– ele olhou para o pingente e fechou os olhos. O colar brilhou por um segundo e de repente o florete havia se transformado em uma daquelas espadas de 3000 anos atrás, de bronze, uns 90 centímetros, cruelmente afiada. Mesmo assim, sabia que aquela espada não feriria o leão.

Juntei as flechas. Claro que estava curiosa sobre o colar e o arco, mas o Leão começava a se soltar. Se pensasse muito, estaria morta em menos de um minuto. Atirei. Por um breve minuto, não ousei olhar.

Abri os olhos. O leão havia desaparecido. Eu segurava um arco comum. Nick ainda segurava o florete da aula de esgrima. Começava a achar que a comida da cantina tinha me feito ter uma alucinação quando vi: acima da porta havia rachaduras imensas, se espalhando por toda a estrutura do Hunter College. Não era preciso ser gênio para adivinhar que aquilo iria desabar.

–Nick...

–Eu sei. Corra.

Corremos. Não havia tempo para tentar descobrir se fora ou não uma alucinação. Pouco antes de chegarmos à saída, a parede desabou.


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Notas finais do capítulo

se alguem não conseguir ver a imagem,o link é esse:
http://www.polyvore.com/fanfic_bilhete/set?id=101520107&lid=3030840



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