CAP 2- Medo do novo

POV. Bree.

Eles eram todos absolutamente lindos, não que isso me surpreendesse, mas eles tinham algo mais, algum tipo de bondade ou amor, coisas que eu nunca conheci na minha vida humana que só recebi, muito rapidamente, de Diego nesta nova vida... A Diego, como eu queria que você estivesse aqui, ouvindo tudo isso e recebendo uma nova chance, de repente fui tirada dos meus devaneios por Rose.

– Bree, você esta com uma carinha triste, Carlisle esta com pressa, mas de acordo com Alice, ainda temos 12 minutos antes de vocês saírem, quer conversar?

– a Rose, eu quero muito conversar... Mas vamos fazer assim, vou juntar toda a vontade de conhecer vocês e transformar em pensamento positivo pra que eu poça voltar e tenhamos toda a eternidade pra conversar. O que acha?

Eu forcei um sorriso, por que essa ideia me fazia feliz mas ainda doida pensar que Diego não estivesse aqui quando eu voltasse, se eu voltasse.

– bom, você que sabe, vamos descer por que Carlisle esta ficando impaciente, meu pai é muito calmo, mas odeia se atrasar.

Ela riu, coisa que eu vira tão pouco na vida, mas que ali, pra ela e pra todos aqueles não mais tão estranhos dos olhos amarelos, era algo natural.

Desci as escadas, me despedi rapidamente deles, meus salvadores, e fomos em direção ao aeroporto, quando chegamos, senti minha garganta queimar por causa da proximidade com os humanos, mas Carlisle me abraçou, para os humanos poderia se um abraço comum, mas pra mim tinha a força de correntes de aço, e mantive a calma, uma vez no avião, Carlisle começou a conversar comigo.

– bom preciso te explicar umas coisas...

– sim, pode falar, acho que depois da conversa com esme, não conseguirá me pegar desprevenida.

Ri baixo e ele também.

– bom, se é assim, então ouça com atenção, esse clã que vamos visitar, é o mais próximo que nosso mundo tem de Realeza, eles são os responsáveis por nos, não passarmos de lendas para os humanos, e é de suma importância que seja assim, não vai adiantar você mentir para Aro, com um único toque ele pode ouvir todos os pensamentos que você já teve na vida.

Eu tenho certeza que estava com os olhos arregalados, ele contava tudo em uma voz tão baixa e tão rápido que seria impossível pra um humano ouvir, os únicos que poderiam ouvir, eram os quatro Volturis que estavam algumas poltronas atrás de nós. Eu engoli em seco, e neste momento já nem me importava mais com minha sede, com nada, olhei para Carlisle, depois do que pareceu uma eternidade.

–Bom, então o que me resta é torcer pra que ele esteja de bom humor?

Ele riu e relaxou a postura, isso me deixou confusa, eu estava apavorada e ele rindo?

– não Bree, Aro é civilizado, se ele ver em sua mente que você é capaz de aprender a não nos expor como fez em Seattle, e atendendo a um pedido pessoal meu, acredito fortemente que você ira voltar pra casa, claro que o fato de Alice ter visto você voltando também me ajuda a ter certeza.

Agora sim eu entendi o porquê do riso, e ri também, então me senti no dever de esclarecer tudo.

– bom Carlisle, sabe aquelas manchetes do jornal? Então eu não tenho nada a ver com elas, nunca matei um humano que alguém fosse sentir falta, e nunca deixei um corpo que pudesse ser encontrado, nunca deixei testemunhas... Aprendi a ser discreta com o melhor de todos...

O olhar dele transmitia esperança.

– agora entendo por que Alice estava tão certa que você vá voltar, mas quem foi que te ensinou a ser discreta, hein pequena Tanner?

Eu ri do apelido, mas a dor por me lembrar de Diego me acertou em cheio.

– foi com o primeiro amigo q tive nessa vida, Diego, ele era alguns meses mais velho que eu, e odiava problemas, tanto quanto eu.

Ele viu a dor nos meus olhos e se limitou a assentir, dai pra frente ele começou a contar a historia da sua família, e eu já conseguia me imaginar tendo os olhos amarelos e fazendo parte desta grande família.