E mais do que depressa era manhã de segunda feira, na noite passada nós nos reunimos aqui para decidir algumas coisas relacionadas à permanência do Diego e do Fred, e ninguém foi embora depois disso, passamos a noite toda na sala conversando, isso significa, não tive nenhum minutinho de privacidade com o Diego.

As seis da manha, Alice nos expulsou, isso mesmo, ela mandou todo mundo para casa, pois na concepção dela vampiros precisam de 2 horas para se arrumar, nem adiantou argumentar, ela nos colocou pra correr mesmo assim. Dei um beijo no Diego e subi as escadas para o meu quarto, lá no andar de baixo Esme ficou com os meninos, eles estavam falando algo sobre construir quartos e coisas assim, entrei no chuveiro e deixei a água morna equilibrar a temperatura da minha pele sempre fria, deixei meus pensamentos voarem, me deixei reviver cada minuto desde o momento que soube que o Diego estava vivo, o medo, a angustia, o impacto do reencontro, a felicidade e agora a total e completa satisfação de telo aqui ao meu lado.

Depois de meia hora no chuveiro, me enrolei em uma toalha e sai do banheiro. Em cima da minha cama havia 3 caixas de tamanhos crescentes e um bilhete que dizia o seguinte:

“Piralha,

Para tornar esse dia único e especial preparei uns presentinhos pra você!

Espero que goste... Haha é obvio que você vai gostar, eu vi...

Alice.”

Dei risada do bilhete nada convencido de Alice, e abri a caixa menor, nela havia um incrível par de botas de cano curto preta com arrebites prata em alguns lugares, perfeita para o frio que estava fazendo, na caixa media havia uma calça leguin preta de um tecido que parecia bastante resistente ao frio e uma babylook branca com uma estampa bastante imatura, algo ideal para uma adolescente de 15 anos, e na caixa maior um sobretudo de moletom cinza com uma estampa rosa da D&G nas costas e uma mochila preta simples da TH.

– valeu paranormal – eu falei em um tom de voz normal, mas tinha certeza que ela tinha ouvido, por que ouvi o rosnado dela ao ouvir o apelido que ela detesta

– não foi nada micro anã de jardim.

Dei uma enorme gargalhada e me vesti, quando terminei me sentei na frente da penteadeira, antes de me tornar uma cullen eu não tinha muitos motivos ou condições para ter vaidade, coisa que, fora Bella, todas as minhas irmãs me ensinaram a ter. Prendi o cabelo em um rabo alto sem deixar nenhuma parte solta, passei um pouco de blush para parecer humana, um rímel leve e só, por que de acordo com bella, garotas de 15 anos não aparecem na escola parecendo top models, terminada essa parte eu soltei o cabelo e joguei para o lado.

Olhei no relógio e eram apenas 7:00, estúpida super velocidade, me arrumei rápido demais, agora teria tempo de sobra para ficar ansiosa. Se fossemos humanos estaríamos tomando café agora, sendo vampira essa possibilidade para passar o tempo também não estava disponível. Então por fim vesti minha cara de corajosa e desci. Eu realmente devia ser a vampira menos perceptiva da terra, pois, todos já estavam em casa, lindos (não que isso seja novidade) mas estavam parecendo humanos. Nessie estava tomando café animadamente na sala, com todos babando ao seu redor. Como o crescimento dela ainda era muito acelerado, Ed e Bells decidiram que ela só iria à escola quando seu crescimento fosse mais "humano". É claro que isso a aborreceu muito, ela tentou argumentar mas de nada valeu, eles foram irredutíveis, então ela passaria os dias com esme enquanto eles estivessem na faculdade e no trabalho. Falando em faculdade, eu achei muito engraçado o dia que eles decidiram o que iam cursar.

Flash back on

Estávamos em Forks ainda, havia uma semana que havíamos decidido nosso próximo destino, então jasper havia ido falar com o Senhor J. Jenkisn para providenciar nossas novas identidades.

Estávamos eu, Alice, rose e bella sentadas no chão brincando com nessie, Edward e emmett assistiam a um jogo de futebol e esme estava sentada na poltrona nos observando e rindo sem parar da nossa evidente infantilidade. No meio da tarde jasper e Carlisle chegaram juntos, só que jasper estava animado demais para ser jasper, todos nos dizíamos que ele era meio emo. Ele se sentou atrás de Alice e ela se apoiou em suas pernas, ele estava inquieto demais para um vampiro, e de uma maneira estranha todos estávamos ficando inquieto, ele estava involuntariamente nos influenciando a sentir isso por causa do seu dom.

– Para com isso inferno – todos olharam para emmett – jazz fala logo o que você tem antes que eu fique mais ansioso e te arranque um braço.

Estranhamente ninguém riu, todos queriam saber.

– bom, me desculpem, mas é que ontem eu estive conversando com a Alice, e devido ao meu atual controle, eu decidi que vou pra faculdade, vou estudar historia assim que chegarmos ao Canadá.

– e só por isso vc nos deixa aflitos assim? – essa era bela sendo fofa – jazz era só dizer... Eu também já estava pensando em ir pra universidade – todos exceto Edward e carlisle olharam pra ela- decidi estudar medicina... Já que quase todos aqui já estudaram isso – todos rimos e a olhamos orgulhosos.

– bom já aparentemente ta todo mundo nessa, acho que posso estudar mecânica novamente –essa era rose – saber sobre carros nunca é demais – ela olhou para emmett – amor você podia estudar engenharia, você gosta tanto, e é melhor que ficar em casa.

– vc ta certa amor, e ai Ed, topa? Imagina nos dois em engenharia...- ele gesticulava como se todo mundo além do edward pudesse ver a imagem q estava na sua cabeça, tive q segurar a risada- Poderíamos nos divertir muito – Edward sorriu

–pode ser emm. Não havia pensado em nada desse tipo, mas vc tem razão, pode ser interessante – ele disse isso mas de um modo que deu a entender que respondia a alguma colocação mental de bela, esses dois viviam a reclamar do emmett e da rose, mas estavam bem salientes.

Flash back off

–bom dia família – eu entrei na sala e sorri pra todos – vocês estão tão humanos hoje, mas por que ta todo mundo aqui, até onde me lembro vocês tem casa, não tem?

Comecei a gargalhar e ganhei uma almofada na cara, cortesia da Rose.

– anã, é um ritual muito antigo – todos riram – carlisle gosta de nos reunir antes do 1º dia para repassar a historia, para ter certeza que todo mundo lembra que não somos vampiros

Nos todos caímos na gargalhada, mas eu estava olhando a sala procurando o Diego.

– ele esta na garagem te esperando, vai lá, larga sua família – Edward disse isso com um tom dramático mas tinha um enorme sorriso.

Sai da casa e fui ate a garagem, e ele estava lá encostado no meu carro, quando ouviu meus passos, ele se virou na minha direção e abriu os braços e eu corri humanamente na sua direção e o abracei, sim é realmente muito bom ter alguém que te ama.

–Diego, senti sua falta... Por que está sozinho aqui fora?

–queria ter alguns minutos a sós com você, antes de você ir à escola.

Eu soltei o abraço e o olhei nos olhos... Aqueles lindos olhos cor de caramelo... Pela primeira vez notei nossa diferença de altura e comecei a rir.

– o que foi bree? Qual a piada? - ele estava rindo da minha cara

–é só que, eu sou tão pequena que vc sempre vai parecer meu irmão mais velho ou um corruptor de menores – eu disparei a rir –você não acha que pode ser perigoso? –eu não consegui mais controlar o riso.

– meu amor – eu morreria adorando ouvir isso- não me importo com o perigo, se o sempre que vc disse estiver envolvido.

Diga-me, como não amar?

POV Diego

Faz três dias que eu vi todo o rumo da minha vida, ou melhor, da minha existência mudar. Há um ano eu achava que tudo estava perdido para sempre, que eu nunca seria completo, tentei me matar, mas não fui suficientemente corajoso e nem competente a ponto de conseguir, cheguei à conclusão que sim eu era um monstro e minha existência desafiava todas as leis da natureza.

No meio da sede eu encontrei uma maneira alternativa de voltar a sobreviver, sim sobreviver, porque não considero um momento sequer que eu tenha ficado sem a Bree ao meu lado uma vida, me alimentar de sangue de animais me faz sentir menos monstro ou mais humano sei lá, e no meio dessa nova descoberta eu encontrei com o Fred, juro que tentei convencer ele a me matar, mas é obvio que ele não o fez e dou graças aos céus por isso. Desde então estamos caminhando por ai sem rumo, ate o momento em que aquele bando de italianos sujos, a policia dos vampiros como a bree disse um vez, nos encontrou e me deu a noticia que nos trouxe ate esse momento.

Flash back on

Estávamos em um beco muito escuro e silencioso, mesmo no meio da Califórnia, Fred e eu de joelhos, eu sentia dores lancinantes, como se toda a minha pele de mármore estivesse queimando, eu olhava para o meu corpo e sabia que aquelas chamas não estavam lá, mas sim nos poderes daquele mini demônio loiro, que eu ouvi Aro chamar de Jane.

Eles ainda não haviam feito pergunta alguma, mas mesmo assim eles sabiam que de algum modo Fred acabaria com eles se não estivesse sendo torturado, então depois de segundos de dor lancinante que mais pareceram uma eternidade, aro olhou para Jane e com um aceno pediu que ela parasse, eu me senti exausto, não que o cansaço existisse para os vampiros, mas era como se toda a minha força tivesse sido drenada de mim.

–caros amigos, há muito tempo eu espero por esse encontro – delicadamente ele pegou a mão de Fred que ainda estava estirado no chão – fascinante – os olhos dele brilhavam- caríssimo amigo, você tem um dom incrível, não acho que você deveria reprimi-lo dessa forma.

Ele soltou a mão do Fred e veio em minha direção, fiz menção a tentar levantar, e senti chamas sobre minha pele. Aro se virou

– Jane querida, ele não vai a lugar algum, vai Diego? – fiz que não com a cabeça, e imediatamente a sensação parou, aro se aproximou, pegou delicadamente mas com um aperto de aço na minha mão e fez uma expressão, que eu só saberia chamar de curiosa – não meu caro amigo Diego – ele soltou da minha mão – a sua pequena Breethany está viva.

A partir deste momento tudo ao meu redor parou, eu não sabia mais como havia ido parar ali, só sabia que a bree estava viva, e que eu reviraria cada maldita pedra desta terra até encontrá-la.

Flash back off

–bom bree, eu vou levar você e Alice pra escola hoje. Carlisle não acha bom, vcs saírem com essas caras de criança por ai em um camaro ou um porsche, ele acha que vcs podem ter problemas com a patrulha escolar- eu a agarrei mais apertado pela cintura e a mantive pressionada no meu corpo depositei um beijo no seu pescoço e a vi se encolher, e mesmo sabendo que os irmão dela estavam a uma curta distancia auditiva de nós e que um deles, para o meu azar, podia ler meus pensamentos, eu me arrisquei a falar- Ai eu aproveito q mostro pros marmanjos cheio de hormônios do seu colégio, que você é muito bem comprometida.

Ela riu lindamente, olhando no fundo dos meus olhos.

– meu lindo, não se preocupe, somos vampiros, a ordem natural de qualquer humano que não seja a Bella, é fugir de nós – gargalhamos – eu não teria alguém me paquerando nem se eu quisesse.

Fiz uma falsa cara feia e depois rimos muito, como pode eu, um vampiro, ter todo o meu mundo preso nos meus braços.

POV BREE

Eu estava adorando a sensação de estar tão próxima do Diego, mas com menos de cinco minutos que estávamos lá fora, o bando cullen saiu. Edward olhava meio inquisidor para o diego, eu não sei o que ele estava pensando, mas seja o que for Ed não gostou muito, Bella estava de mão dada com a nessie, que veio em minha direção e me abraçou.

–tia, é verdade que até vc vai à escola?

Eu não entendi bem o que ela quis dizer com “até você” mas...

–é sim querida, e ano que vem, se o vovô achar que seu crescimento já estabilizou você também irá, e irá fazer um bando de amigos humanos que vão vir aqui em casa e apavorar o tio Jazz.

Todos começaram a rir menos o jazz, é claro, que rosnou em umas 20 línguas diferentes.

– queridos, ainda é 7:10, entrem que precisamos conversar, antes de vocês irem, o pai de vocês já esta descendo.

Todos voltamos pra dentro de casa, nos sentamos na sala.

– bom dia, - carlisle disse ao entrar, se alguém desse uma xicara de café para ele, ele passaria facilmente por um humano- vamos lá, bree e bella, essa é primeira vez de vocês– ele tinha um tom divertido no rosto – então vou deixar os outros começarem, nessie querida, preste bastante atenção, você também tem q saber essas historias – ela acenou com a cabeça – edward.

–meu nome é edward antony masen cullen, sou casado com a bela a 1 ano, adotamos a filha do meu irmão – ele olhou para a nessie e sorriu- que morreu em um acidente de carro a 3 meses – ele terminou e passou a vez – emmett

– meu nome é emmett culle, sou casado com a rose e blablabla, não adotamos ninguém ainda, sou vampiro, brincadeira, e sou o mais lindo da família – todos vaiaram – rose

– meu nome é rosalie hale withilock cullen, sou casada com essa porta chamada emmet e blablabla – todo mundo ria, e a emmett fazia um falsa cara feia ridícula- jasper

– meu nome é jasper hale withlock, tenho leves tendências a corrupção de menores - a essa altura so a nessie prestava atenção na historia, nos so riamos – namoro com a alice a um tempo, alice.

–meu nome é mary alice cullen, fui adotada pela esme e o carlisle quando pequena, sou irma legitima da bree e do emmet, e irma adotiva do ed, namoro com o jasper e detesto o senso de moda da bella – a bella rosnou, e nos já estávamos perdendo o folego, não que vampiros precisem de folego, é so uma referencia – bella.

– meu nome é isabella mary swan cullen, sou casada com o edward, tenho a monstrinha mais linda desse mundo, vim para nesse hospício por acidente - todo munda dava gargalhadas – bree.

–meu nome é Breethany Cullen – devo confessar que sinto falta do tanner – tenho malditos 15 anos fui adotada pelos cullen e fiquei louca desde então.

Quando eu terminei todos riam e somente nessie estava concentrada.

–o que nessie? – fred perguntou pra ela – por que vc esta com essa carinha concentrada? – ele passava o dedo na testa dela como se tivesse tentando apagar as ruguinhas invisíveis que ela fazia ali.

–sabe tio Fred– todos paramos e prestamos atenção nela, inconscientemente notei que ainda eram 7:30 – o vovô me pediu para prestar atenção, agora preciso guardar aqui - ela apontou pra própria cabeça, que hj estava linda de modo especial, bella havia prendido seu cabelo no topo da cabeça e feito cachos no enorme rabo de cavalo que ela tem – pra eu provar que sou uma mocinha, que sei guardar segredos e que eu posso sim ir a escola – ela cruzou os bracinhos emburrada.

Todos a agarramos em um abraço coletivo e ela ficou um pouco menos brava.

Olhei no relógio da parede, 7:35.

– alice acho melhor nos irmos, nossa aula começa as 8:00 e ainda temos q pegar os horários e ...

–calada bree – todos riram – geralmente adolescentes não ficam tão desesperados para chegar a escola - eu respirei fundo e relaxei, um pouquinho só, mas relaxei – e outra, vamos chegar na hora... não se preocupe.

Depois disso, saímos todos, Diego se recusou a dirigir meu carro, então fomos de porshe...

Em menos de 15 minutos chegamos a escola, sim o Diego dirigia como um louco, até parecia que havia aprendido com o Ed. Respirei fundo, dei um abraço muito apertado no nele.

–Boa sorte meu amor, as 15:00 estarei aqui te esperando.

–brigada – respirei bem fundo, coisa que já tinha virado um habito, vesti minha cara de corajosa e sai do carro.

Sim esse seria um longo dia!