Do or Die escrita por LadyThyssa, Dr Hannibal Lecter


Capítulo 4
Capítulo 4 - O Dia que Eu Botei Fogo em um Manicômio!


Notas iniciais do capítulo

Olá povo o/
Pediram a continuação e aqui esta.
Tenham um boa leitura!



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Sofrimento é uma palavra que define bem o meu momento, depois de ver coisas horrendas e viver elas também, meu corpo entrava cada vez mais em uma tristeza inconsolável. Tudo começou quando fiquei trancado em uma sala com gritos ensurdecedores e luzes psicodélicas, quase me levando a uma intensa loucura. Depois conheci Jason, Cold, Michael e Theo, parecia um bom grupo até chegarem aquelas malditas seringas. Jason virou um horrendo monstro que só de lembrar de sua face já me arrepio todo, Cold fugiu quando isso aconteceu, Michael foi dilacerado pelo monstro enquanto gritava por minha ajuda e Theo chora desesperadamente do meu lado enquanto corremos. Sem dizer da misteriosa voz que falou em minha mente enquanto estava inconsciente e o fato de estar sem memória, exceto pelo rosto triste de minha mãe, minha unica lembrança e ela sufoca meu peito quando vem em direção a minha mente.

– Voraz eu não aguento mais - Theo parou bruscamente em minha frente e quase trombamos, ele colocou a mão no joelho e, arfando, me encarou com o rosto cheio de lagrimas. Naquele momento me senti um monstro, Michael acabou de morrer pedindo por minha ajuda e eu não derramei uma unica lagrima por isso - E se aquele for nosso destino? E se nosso destino é sermos mortos por monstros? Eu não quero viver aqui, o que eu fiz para merecer esse lugar? Eu nem sei quem eu sou direito e como vim parar aqui.

– Calma Theo, um dia vai dar tudo certo - Eu falava isso da boca para fora, porque por dentro tinha quase toda certeza que eu teria uma lamentável morte.

– Eu não aguento mais, eu não aguento mais esse lugar. Eu quero minha casa! - Neste momento Theo chorou, chorou muito. Por um longo momento ficamos sentados naquele estranho manicômio. Enquanto Theo se desabava em lagrimas eu fiquei calado, apenas observando. Aquele curto momento de paz durou pouco, o barulho dos soluços de Theo foram irrompidos por bruscas passadas, passadas pesada de seres pesados. Theo se levantou rapidamente enxugando o rosto, eu levantei logo em seguida e naquele momento meu coração já disparou pois sabia que teríamos de correr mais para sobreviver.

Sabe aqueles momentos que você acha que nada pode ficar pior, porém fica? Então aconteceu exatamente isso comigo, enquanto Theo se recuperava de seu intenso choro uma enorme sombra surgiu no corredor. Arripei-me todo, pois sabia que naquele lugar nada vinha para te salvar ou te ajudar, era tudo com um único propósito: Te destruir. Naquele exato momento senti um ar quente em minha nuca, viro e a pouco metros de distancia duas estranhas criaturas nos observam. Essas duas criaturas tinham formatos diferentes, o que estava na frente era gordo,baixo, tinha uma cara emburrada e andava enfurecidamente com passos pesados,carregava um lampião na mão direita e varias camisas de força na esquerda. Atras dele tinha outra criatura exatamente o oposto, era magro, alto, tinha uma cara fria e tinha uma bolsa branca com uma cruz vermelha no ombro.

Eu não sei bem o que eles eram, pois seus olhares eram vagos, seus movimentos eram robotizados, emitiam um ar quente e metálico, sua superfície não era de pele e nem metal, parecia mais uma pintura com volume e vida. Eles não cabiam um do lado do outro, andavam em fila, pois os corredores são estreitos e o de trás andava encurvado por conta do baixo teto. Fiquei encostado na parede e mentalmente desejava muito que eles não me achassem, porém o lugar era um longo corredor, com brancas parede, era simplesmente impossível se esconder ali, ainda mais com minha grande sorte, com toda certeza eles iriam me achar e acharam.

Theo não precisou de muito para entender que era hora de fugir novamente, simplesmente começamos a correr por aquele enorme lugar. As enormes criaturas nos perseguiam ferozmente, o mais gordo pegou uma camisa de força do monte que carregava, olhou em nossa direção e arremessou a camisa, que veio como um míssil, Theo abaixou e a camisa voou pelo enorme corredor. Camisas passavam a nossa frente, ao nosso lado e uma quase me acertou. A criatura gorda soltou um estranho ruido de frustração, amassando até um pedaço de seu lampião com raiva.O magro sacou da sua bolsa seringas e começou a arremessar, abaixei minha cabeça e continuei correndo. Seringas passavam zunindo do meu lado, as criaturas estavam ganhando velocidade e se aproximando muito. Furiosos por não acertarem nada começaram a jogar camisas de força e seringas juntos.Cada minuto se tornava mais difícil correr naqueles corredores e as criaturas melhoravam cada vez mais a mira.

– Voraz eu tive uma ideia - Theo disse, com uma voz calma, coisa complicada de se ter em uma situação como aquela- Lembra da sala das seringas? Duas doses sem efeito, duas de tortura e uma de fuga? As duas sem efeito foram pegas por Cold e Michael, uma de tortura foi pega por Jason, isso quer dizer que uma de tortura e uma de fuga esta com a gente - Acho que ja entendi o que Theo quer fazer e torço para que eu esteja errado - Isso indica que tenho 50% de chance de sair daqui e 50% de chance de ser torturado até a morte, sinceramente Voraz - Theo começou chorar novamente e infelizmente eu estava certo - Eu prefiro ser torturada até a morte, do que viver eternamente neste inferno, sinto muito - Theo levantou sua seringa e injetou no próprio braço, mesmo assim continuamos correndo.

De principio tudo pareceu normal, até que viramos um corredor e Theo simplesmente parou. Ele caiu no chão e suas pernas estavam petrificadas, ele tentou mechelas sem sucesso, até que a pele da perna direita se soltou e começou a procurar a pele da esquerda, as duas peles começaram a se unir constituindo um único tecido, as duas peles se uniram transformando as duas pernas em uma só. Theo urrava e se rolava no chão de dor, enquanto sua unica perna começava a se apertar cada vez mais confesso que isso me deu uma aflição imensa. Eu não poderia continuar correndo, simplesmente parei e tentei ajudar ele.

– Continue seu caminho - Theo falava com muita dificuldade - Deixe-me para trás e tente... - Neste momento uma camisa de força o laçou e a estranha criatura gorda estava parado, me encarando, bem atras dele. Uma camisa de força voou em minha direção e eu pulei para o lado, um pavor indescritível surgiu dentro de mim. Um fato era certo eu não iria conseguir ficar esquivando de camisas de força daquela enorme criatura, eu não poderia simplesmente abandonar Theo, neste momento tudo pesou em minha mente, eu queria tanto fugir de la e não queria abandonar meu amigo, só tinha uma solução: Enfrentar aquilo pessoalmente.

Comecei correr em direção a enorme criatura gorda, ele me encarou surpreso, então pegou uma camisa e mandou bem em minha direção. A camisa veio exatamente de encontro comigo, dei um enorme salto e a camisa passou raspando pelo meu pé, senti um ar gelado que me arrepiou por inteiro, eu tinha escapado por pouco. Após isso eu e o monstro ficamos cara a cara, sem pensar duas vezes chutei seu lampião em seu próprio peito e o que antes era uma criatura horripilante, agora é uma criatura horripilante em chamas. Por incrível que pareça, aquela gorda criatura começou a derreter, sua pele começou a derreter, seu rosto frio e seus estranhos olhos escorriam pelo seu corpo, o fogo o consumia e ele virou uma estranha poça no chão. "Aquelas criaturas são de cera".

Um ponto positivo de ter derretido aquela criatura de cera? Quando ele derreteu no meio da poça apareceu um pote com uma chave e um mapa sobre como sair daquele lugar, você não tem noção do tamanho da minha felicidade quando vi aquilo. Um ponto negativo? Não foi só ele que pegou fogo, toda a parede de espuma pegou fogo também! O teto era uma labareda de fogo, as paredes eram labaredas de fogo, a unica coisa que não pegou fogo foi o chão. Para piorar as coisas ainda mais as coisas o amigo da criatura gorda que eu tinha acabado de derreter, me encarou por de trás das chamas, com uma frieza no olhar e lançou uma seringa. Em câmera lenta assisti a seringa voando, plainando no ar feito uma flecha, ela vindo furiosamente em minha direção, passando pelo meio do fogo e cravando em minha nuca, o desespero me dominou.

Correr naquele lugar já era difícil, correr naquele lugar pegando fogo e ainda com Theo em meus ombros era pior ainda. Eu não podia simplesmente abandonar Theo então carreguei ele comigo, ele estava desacordado e murmurava algumas coisas sobre unicórnios e miojo. As chamas cresciam cada vez mais e tomavam proporções gigantes, meus pulmões clamavam por ar. Uma fumaça preta e densa era exalada das paredes, o lugar estava tão quente quanto um verdadeiro forno. Enquanto o cansaço me destruía por fora, o ar carregado me destruía por dentro. Eu estava respirando com dificuldade, correndo com dificuldade e a cada lugar que eu me dirigia só existia fogo. O teto estralava dominado pelas chamas e o medo me invadia, eu não lutei tanto para morrer queimado. As vezes passava em minha mente de sentar e esperar o fogo me consumir por completo, porém eu mal sabia que o verdadeiro inferno só tinha começado, a seringa ainda não tinha feito efeito e eu ainda não tinha vivido um dos piores momentos da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, a fase já esta acabando e a fic esta em chamas (literalmente). Como já pedi uma vez, e vou pedir de novo, se você leu da um "alô" nos comentários ou faça uma critica. Isso é muito importante para nós :)



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