Do or Die escrita por LadyThyssa, Dr Hannibal Lecter


Capítulo 12
Capítulo 12 - O Dia que Eu Cai Pelado do Céu!


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos Leitores, antes que comecem a ler teremos uma nova personagem neste capitulo (Maysa) que tem como arma um par de "sai". Como muitos não conhecem essa arma eu vou colocar uma imagem dela no começo do capítulo.
Tenham uma boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/429574/chapter/12

Chips! Em um momento eu tinha de procurar chips, em outro tinha de achar Theo, em outro ajudar Alaric e em outro assistir o céu vindo em direção ao chão. Tudo neste lugar é o mais estranho possível e o inacreditável as vezes é a solução para essas equações mortíferas. Mais uma fase se termina, o circo acabou e a única coisa que sobrou foram corpos, sangue e vidas destruídas. Meu corpo se arrepia inteiro só de pensar em um nova fase e em uma nova matança.

– Isto fez um grande ferimento! - A menina ruiva estava em pé, ao lado de Alaric e me trouxe de volta a realidade - Como vamos resolver isso? - Ela me encarou

– Eu não... sei - Parecia uma estupida resposta, porém era a verdade eu não sabia como resolver aquilo. O braço de Alaric estava roxo, o ferimento estava com uma mucosa verde e escorria pus.

– Além disso seu amigo esta com as pernas grudadas e elas não parecem estar em um bom estado - Theo continuava desacordado, torço para que ele não esteja morto - Antes de tudo meu nome é Nicolle - A menina disse, com o cabelo ruivo cacheado, sardas no rosto e uma lança na mão. Ela esteve comigo desde que me juntei ao grupo, porém nunca consegui ter um tempo para falar com ela - E o seu é Voraz? - Afirmei com a cabeça - Alaric tinha comentado sobre você, enfim onde achamos remédio nisso? - Continuei olhando para ela, eu nem sabia onde eu estava - Você provavelmente não deve saber, precisamos procurar remédio ou abandonar eles. Não da para ficarmos de guincho e perdendo tempo carregando um por um, além disso nós ficamos muito vulneráveis. Sabe eu acho que as vezes equipe só atrapalha, o individualismo as vezes é muito bom - Eu ficava falando "aham" e enquanto isso ela não parava de falar um minuto - Além disso onde foi parar nossa equipe? Não consegui mais ver a Pan e a Layla, sabe as vezes eu acho que...

– Mas que raios aconteceu? O circo caiu em cima de nós! - O menino gordinho nos encarava totalmente confuso. Nicolle olhou furiosamente com seus cachos ruivos.

– Você sabe que eu odeio que me interrompam! - Ela encarava ele - Enfim, como eu dizia, eu acho que... - O chão começou a tremer, as luzes começaram a piscar, tudo ao meu redor chacoalhava em uma velocidade assustadora. Um pequeno frasco com um liquido verde caiu em minhas mãos escrito: "Poção de cura, só pode ser usado em um jogador". A menina ruiva e o menino se entreolharam, rapidamente ela pegou sua lança e colocou em minha nuca - Nem pense em usar isso em seu amiguinho - Ela falava firme - Salve Alaric agora e sua vida será poupada entendeu?

Uma coisa era certa. Eu não poderia deixar o Theo morrer para salvar a vida de Alaric, os dois permaneciam paralisados um do lado do outro. Eu comecei a suar e Nicolle me espetava cada vez mais, precisava pensar em algo rápido. Parei em frente Alaric, destampei o frasco e o tombei. Antes que a primeira gota caísse sobre seu braço, joguei o frasco em direção a perna de Theo. Saquei minha espada na hora de evitar que a lança enfincasse em meu pescoço. Dei um empurrão nela e ela caiu no chão, o menino veio pra cima de mim com uma faca. Puxei Theo pelo braço e saímos correndo, Theo parecia meio atordoado ainda sem entender nada.

Finalmente consegui ver o lugar, as paredes eram brancas e com janelas que davam para se ver nuvens, tinham varias cadeiras e estava vazio. Eu estava em um gigantesco avião. A ideia de estar em um avião não me agradava nada por não ter para onde fugir e principalmente por olhar para trás e a garota ruiva estar correndo com sua lança na mão em minha direção.

– Quem é ela e onde estamos? - Theo me encarava meio abobado e totalmente confuso.

– Depois eu te explico, agora somente corra e tente sair daqui - Não era uma grande instrução, porém era tudo que eu conseguia falar. Cruzamos uma linha amarela e uma parede surgiu do nada, separando eu de Nicolle, ainda bem.

– Não precisa me agradecer - Uma garota estava parada ao meu lado - Meu nome é Maysa, espero que você não tente me matar e se tentar seu pescoço não será poupado - Seu cabelo era marrom e ondulado, ela usava uma camisa longa e calças rasgadas, um boné na cabeça, óculos grandes e tinha um pássaro (?) no ombro. Pensando bem até que ela era bonita - Antes que me pergunte isso no meu ombro não é bem um pássaro e sim um robô, uma cacatua só que de metal - O pássaro se mexeu e embaixo de um de suas asas tinha um numero três cravado, detalhe que não sei porque me deixou com um pé atrás - Ganhei por matar quinze jogadores de uma vez em uma fase. Já faz muito tempo que estou aqui, devo ser uma das jogadoras a mais tempo no jogo. Já sobrevivi a tudo que você imaginar e já encontrei jogadores de diversos tipos, vi todos morrerem em minha frente - Sua voz era triste e ela parecia estar conformada com o fato de viver em um lugar que tenta te matar todo momento.

– Fiu,fiu - Theo estava quase babando ao meu lado - A gatinha vem sempre aqui? - Ele murchou a barriga, debruçou na parede e mordeu o lábio. Maysa mostrou um de seus dedos para ele, você já deve estar imaginando qual dedo foi.

– Se bem que eu conheço - Ela disse retomando o assunto - Esse tipo de fase é melhor nos apreçarmos, o avião esta indo diretamente na direção de uma enorme montanha. Ou agimos rápido ou temos uma dolorosa morte - Em minha frente estava o painel de comando e o avião se aproximava cada vez mais de uma gigantesca montanha. Theo saiu correndo e começou a apertar todos os botões, nada aconteceu

– O Painel esta desligado! - Ele me olhava incrédulo - Precisamos fazer algo Voraz! - Ele estava um pouco desesperado e a montanha estava cada vez mais perto.

– Este é a clássica fase que testam nossa rapidez, se analisar tem duas fechaduras no painel - Maysa estava calma, enquanto eu e Theo estávamos visivelmente desesperados - Precisamos das duas chaves para ligar o painel e finalmente parar o avião - Rapidamente comecei a vasculhar todo o lugar, em baixo das cadeiras, nos vãos, no chão, em todo o lugar. O tempo passava e a montanha se aproximava cada vez mais, o desespero começou a me dominar, não sei se conseguiria passar por essa fase. Maysa estava escorada em um cadeira bocejando, ela parecia nem ligar para a situação de vida ou morte. Enquanto Theo já estava chorando e finalmente falou algo que iria salvar nossas vidas.

– As chaves não estão aqui dentro - Foi então que eu percebi, que as chaves realmente não estavam dentro do avião e sim fora. Corri na janela e consegui confirmar minha teoria, a chave estava grudada no final da asa do avião. Uma chave em cada asa.

– Precisamos sair daqui e subir na asa agora se quisermos sobreviver - Maysa pareceu entender e Theo me encarava abismado.

– Theo nos de assistência, nós precisamos da saída de emergência e ela esta do outro lado do avião. Ela esta do lado daquela garota ruiva que tentou te matar, espero que ela seja amigável comigo - A garota da camisa larga usava uma mochila nas costas e da mochila tirou um par de sai, avançamos perto da parede onde ela apertou um botão e fiquei novamente frente a frente com Nicolle.

O menino gordinho avançou em minha direção, peguei minha espada e rapidamente o desarmei. Maysa tirou algo de sua mochila e arremessou em minha direção, era uma corda. Rapidamente amarrei o moleque, olho para trás e vejo Maysa encurralada. A menina ruiva rapidamente joga sua lança, a garota do pássaro no ombro gira para o lado, gruda nas pernas de sua inimiga e a joga no chão. Nicolle gruda nos cabelos de Maysa e bate sua cabeça contra a parede do avião, a menina ficou meio abobada. Nicolle começa então bater a cabeça de sua agressora freneticamente, vi sua visão começar a se perder, seus olhos vagavam cada vez mais a cada batida, a menina começava a desmaiar . Então Theo puxa a ruiva pelas pernas e a amarra.

– Seu traidor! - Nicolle apontava para mim - Era para ter salvo Alaric! Ele é o líder de nosso grupo, você vai pagar por essa traição! - Já não chega Cold querendo me matar, agora Alaric e sua panelinha também querem vingança. Maysa ainda meia abobada, pega um pequeno pedaço de pano de sua mochila, molha com um liquido e coloca na boca de Nicolle. No mesmo instante a menina apagou, torço para que ela não tenha morrido, não quero outra morte pesando em minha consciência.

– Você esta bem? - Theo falava calmamente e já passava sua mão por trás do pescoço da menina do óculos grande, ela instantaneamente se afastou.

– Estou bem sim - Ela tinha uma fala calma - Foi só algumas pancadas na cabeça, já passei por coisas bem piores. Enfim as saídas de emergência estão aqui - Ela apontou para as duas portas, cada uma de um lado do avião que davam acesso para a asa - Eu vou na asa da esquerda e Voraz na da direita. Theo tenta pousar o avião - Suas instruções eram rápidas e objetivas - Em baixo de cada asa tem um pequeno buraco, as chaves serão passadas por lá. Assim que a chave cair, pegue elas, coloque no painel e pouse o avião - Theo parece ter entendido as instruções.

– Esta certo que gata tem sete vidas, mas não é por isso que precisa abusar - Maysa mandou Theo ir tomar em um lugar muito feio - Voraz - Ele me encarava enxugando as lagrimas - Tenha muito cuidado, serio.

– Eu terei Theo, eu terei - Neste momento abri a porta, um vento extremamente intenso bateu em minha face, meus olhos quase não conseguiam se abrir. As pessoas que criaram esse jogo ou teste, seja lá o que for isso, não são bobos. Eles não mandariam seus preciosos jogadores em missões suicidas. Do lado da saída tinha uma longa escada que levava até a superfície da asa, respirei fundo e comecei a subir.

O vento me jogava para trás e eu permanecia agarrado com toda minha força na escada, eu escalava vagarosamente. Um escorregão e seria fatal. A escada parecia não acabar mais e eu escalava degrau por degrau. Tentava ficar calmo, mas a tensão era muita. Finalmente consegui chega na asa, que tinha alguns suportes para por as mãos. Olhei para frente e mesmo com o intenso vento destruindo toda minha visão, consegui ver um monumental vulto, a montanha estava cada vez mais perto. Comecei a escalar a asa, me guiando pelo tato e pelo tenebroso barulho da turbina. Depois de alguns segundos, que pareciam eternas horas, finalmente consegui colocar a mão na chave. Comecei a recuar, para passar a chave pelo buraco. Vagarosamente, eu avançava pela asa, até que uma voz me alertou.

– Voraz não temos tempo, venha agora! - Era a voz de Maysa misturada com o som ensurdecedor da turbina, eu tinha me distraído e o avião já quase encostava na montanha. Comecei a avançar rapidamente, enquanto o avião acelerava e a montanha se aproximava. Uma de minhas mãos se desgrudou, soltei um grito e estava pendurado. Rapidamente já me recompus e continuei avançando.. O avião avança cada vez mais rápido, estávamos a poucos quilômetros da montanha, o grande vulto agora estava se materializando. Finalmente consegui jogar a chave pelo buraco, o avião estava quase batendo e então se inclinou, ficando totalmente na vertical.

Naquele momento agarrei com todas as minhas forças nos suportes da asa e desejei com todo meu ser continuar vivo. O vento se tornou um paredão, que passava sobre mim, tentando me levar. Minhas mãos começaram a amolecer e eu comecei a urrar, em desespero. Não deu muito tempo e minhas roupas rasgaram, eu estava nu e o momento parecia não acabar. Meu cabelo começou a ceder ao mortífero paredão de vento, a dor era intensa e constante. Não demorou muito e minha pele começou a se descolar de mim, aos poucos eu perdia meu ser naquela brusca queda. Eu poderia ter certeza que a ceifadora sinistra ria de minha cara e chegava cada vez mais perto da carcaça que se tornou meu corpo. Eu não poderia morrer naquele momento, soltei da asa do avião. Assisti minuciosamente o avião indo em direção ao chão e pousando de maneira brusca, pelo menos Theo tinha sobrevivido. Enquanto a mim, brigava com meu ser para não fechar os olhos. Meu corpo pedia um descanso eterno e eu lutava constantemente, enquanto desabava em direção ao chão. Até que senti um forte peso em meu peito.

– Voraz? - Eu levantei gritando e Theo estava deitado no chão, junto com Maysa. Os dois estavam com a respiração a mil e conseguia ouvir nitidamente a batida de seu coração

– Conseguimos - Maysa estava arfando e toda suada - Pousamos o avião e passamos de fase - Ela falava com um sorriso sincero no rosto, foi então que ela me lançou um estranho olhar. Eu corei e lembrei que estava totalmente nu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por hoje é só pessoal! Espero que tenham gostado e muito obrigado pelos comentários, eles são importantes para nós :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Do or Die" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.