Round and Round escrita por LudmilaH


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Dedicada à  mais que minha beta Hidden M., que me incentiva todos os dias a escrever, mesmo que a minha vida esteja uma bagunça e minha inspiração se recuse a dar as caras com frequência. Dedicada também a Rain, que me inspirou a dar vida as minhas palavras no universo fantástico de The Host através das histórias magní­ficas dela. Dedicada ainda (calma, já tá acabando!) a todos do grupo no facebook, que de um jeito ou de outro, acabaram me incentivando também.

Espero que gostem.



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Round and Round

– por Ludmila H

~~

Saí correndo da instalação de cura para evitar socar um dos catres de Doc. Caminhei pelo túnel escuro e deserto, lugar que as pessoas em geral já evitavam estar, ainda mais nessas ocasiões. Corpos destroçados, lacraias prateadas espalhadas em todos os cantos nas paredes de pedra. O cheiro de sangue ainda impregnava minha camisa encardida.

Não diminui o ritmo forte das passadas marcadas no silêncio das cavernas até chegar à bem iluminada praça central. As pessoas trabalhavam no cultivo das cenouras para a próxima colheita, enquanto viveríamos de pão e do que tínhamos roubado até o dia em que saíssemos em incursão outra vez. Passei a mão pelos cabelos, bufando enquanto me sentava nos degraus junto à poeira arroxeada das cavernas no deserto. Eu falhara. Outra vez.

Já era a quinta alma presa em corpo humano que eu trazia para as cavernas. Havia poucos meses que eu tinha chegado aqui com Jamie e Sharon. As pessoas diziam que eu tinha mudado as suas vidas, e que sem mim, metade delas estaria morta dois meses antes. Mas eu não tinha mudado nada. Nada tinha mudado desde que tudo mudara.

Era o fim do mundo. Não havia nenhum lugar seguro pra nós, ainda humanos, ainda selvagens. A vida era muito simples e sintética: roubar comida, esconder o jipe, comer escondido, dormir um pouco, fugir. E de novo no outro dia. E de novo. E de novo. E foi num dos roubos que eu dei a maior sorte da minha vida, e tentei estrangular Melanie Stryder. Por causa dela eu não precisava mais dormir como um animal açoitado, encolhido e escondido no jipe; não precisava mais viver desoladamente sozinho, sabendo que provavelmente eu era o único restante. Mas eu não era. E foi também por causa de Melanie que eu encontrei as cavernas. Era por causa dela que eu tinha um lugar como este pra viver.

Eu jamais teria chegado às cavernas sem uma Stryder, e as cavernas tinham mudado tudo. E eu tinha deixado Mel ir embora. Agora, era novamente sempre a mesma coisa. Plantar, comer, colher, sair, roubar, voltar, dormir. E depois, mais uma vez. E mais uma. E mais uma.

Eu não tinha o poder de mudar nada. Não enquanto eu fosse menos do que um refugiado no deserto, roubando pra sobreviver. Matando pra tentar voltar à vida. Eu não achava o que eu tentava fazer algo certo. Mas também não estava errado; eles eram os parasitas usurpadores de corpos e mentes, nós não éramos os vilões. Éramos todos vítimas daquela maldita invasão que nos tinha levado pais, parentes, amigos, liberdade e tudo o que podíamos fazer para sair daquela situação era... nada. Nós não tínhamos mais saída a não ser nos esconder. Não tínhamos como salvar as pessoas; já tínhamos a nossa pele com que nos preocupar.

Eu não sentia vergonha de todas as vidas que já tínhamos tirado; estávamos apenas tentando salvá-las. O que, na verdade, não diminuía a magnitude do que eu fizera. Aquilo em minha camisa era sangue. E suas cores vermelha e prateada não mudariam pelos objetivos que eu jamais conseguiria alcançar.

We are all living the same way, the same way

We are all escaping the same way, the same way

Circuling

We are all part of the same play, the same play

We think we’re making our own way, our own way

Circuling

De repente, eu ainda com as mãos sustentando a cabeça, os dedos quase desesperadamente enrolados nos cabelos grossos, me assustei com uma mão que pousou de leve em meu ombro. Olhei em volta e percebi Jeb me observando. Seu olhar beirava à piedade. Me levantei, era mais alto do que ele. Minha expressão ainda era dura como as rochas daquela caverna.

– Jared, filho – ele começou. – Não é sua culpa.

– Então de quem seria? – devolvi. – Doc só o faz porque pedimos.

– Doc também quer ter nosso povo de volta, Jared. Ninguém aqui está sendo obrigado a nada, sabemos perfeitamente o risco que corremos quando-

– Quando trazemos pessoas inocentes pra uma caverna no meio do deserto e estripamos seu corpo até que nenhuma das duas vidas que havia lá dentro nos responda?

O olhar de Jeb ainda era de quem consola. O meu era de quem fere.

– Não podemos simplesmente deixá-los tomar o controle do planeta, filho, você sabe disso.

Sabe melhor do que ninguém. Você chegou aqui com uma sede que eu logo vi que nos faria alçar vôos muito maiores do que os que estávamos acostumados. Olhe o quanto você fez por nós. E mesmo que não seja o suficiente sobreviver em silêncio no deserto, o que você tenta fazer trazendo essas pessoas pra cá é nada mais do que tentar trazer seu mundo de volta. Quem quer viver como um bicho enjaulado pra sempre, Jared?

Eu concordava com a última parte. Era como viver numa jaula, as cavernas. A diferença é que não havia ninguém para nos alimentar.

– E o que é eu fiz por vocês, Jeb? Arranjei um jeito de roubar com mais eficiência? Nada disso está certo. Nós passamos por cima de coisas demais pra ter o mínimo do que eles têm. Por quê, Jeb? Qual o propósito?

– Nós não temos escolha, filho, ou vivemos assim, ou-

– Não é como, Jeb. Pra quê vivemos assim?

You don’t have to hold your head up!

Round and round

I won't run away this time

'till you show me what this life is for

Round and round

I’m not gonna let you change my mind

‘till you show me what this life is for

– Jared, observe aqui – pediu Jeb, levando-me até a plantação de cenouras no centro da praça. Suas folhas muito verdes erguiam-se sobre a terra e se balançavam preguiçosamente ao mínimo movimento de alguém por perto. – Vê essas folhas?

Balancei a cabeça, concordando.

– Quando eu plantava morangos – continuou ele. – pulgões eram uma praga pra mim. Então eu resolvi criar joaninhas, e elas me ajudaram a controlar a população de pulgões pra que eles não destruíssem os pés de morango. Agora, reflita. Imagine se uma das joaninhas se desse conta do que estava fazendo. Ela ia virar pra mim, me dar um tapa e dizer “Seu monstro!” – eu ri com a encenação. – “Eles também têm direito de comer as folhas, e você nos usa pra matá-los!” Eu provavelmente ficaria muito vermelho e responderia “Mil desculpas, dona joaninha, eu não pretendia ofendê-la”. E então, essa joaninha viraria as costas, pegaria sua malinha e sairia voando pela janela, não sem antes tentar convencer as outras joaninhas, é claro. Jared, você acha que alguma das outras joaninhas a acompanharia?

Não perdi o sorriso enquanto pensava no assunto.

– Não acho que quereriam. A joaninha sindicalista poderia até ir embora, mas acabaria comendo pulgões em outro lugar, se quisesse sobreviver.

O sorriso que Jeb me devolveu era o maior que eu já o vira dar.

– Exatamente, meu jovem, exatamente. Se quisesse sobreviver, a pobre joaninha teria que se dobrar às vontades do mundo onde vive. – De repente, sua expressão se tornou séria, tangenciando o sombrio. – Aqui, nós somos as joaninhas, Jared. Assim como os pulgões têm o direito de comer as folhas, nós também temos o direito de sobreviver. A vida é um milagre imensurável, e a consciência disso, uma dádiva. Mas nós fazemos escolhas todos os dias. Assim como escolhemos nos levantar da cama esta manhã, temos escolhido lutar por nosso povo. Nosso povo que não está perdido, não está ameaçado, está apenas adormecido. Temos que guardá-los, Jared, para que não se percam. Porque, para que se achem, é apenas uma questão de tempo.

Jeb sorriu pra mim, enquanto se afastava de costas. Depois virou-se, apontando um dedo pra cima, ainda se dirigindo a mim.

– A paciência é uma virtude, meu rapaz! E você já pode voltar ao trabalho agora!

Sorri ao observá-lo se afastar. Não é que a lógica daquele velho maluco fazia sentido?

We are afflicted by fiction, my fiction

Building a case for eviction, eviction

Circuling

Guarding a tower of ancients, of ancients

Shooting down arrows of patience and patiently

Circuling

Voltei ao hospital de Doc, sem correr. Apesar de ter aceitado que aquilo não era afinal barbárie de nossa parte, eu não estava nem um pouco ansioso para rever aquele cômodo que cheirava à morte que eu ainda causara.

– Ah, que bom que voltou – exclamou Doc assim que me viu surgir pela porta. – Você está se sentindo bem? Nunca tinha percebido que não ficava confortável com sangue.

Kyle, limpando as paredes no fundo da sala, olhou pra mim com um sorriso debochado no rosto, provavelmente rindo da minha “sensibilidade”. Levantei as sobrancelhas, lamentando profundamente sua imbecilidade.

– Estou bem, Doc, não se preocupe comigo. Desculpe por ter fugido da faxina.

– Ah, nem se importe – disse Ian, jogando um pano limpo sobre mim. – Ainda não terminamos.

Apanhei o pano e o umedeci com uma garrafa de água ali perto. Olhei a volta e vi que ainda faltava realmente muita coisa a ser feita. Com o corpo já devidamente limpo e coberto ocupando outro catre, comecei pelo da cirurgia.

Aquilo era o perfeito retrato do caos. O sangue vermelho ainda manchava a maca, misturando- se aos restos prateados da alma partida por acidente. Lembrei-me da cirurgia. Aquelas ligações eram difíceis demais de romper. Ligações demais, nervos demais, força demais. Cortá-las havia sido desastroso, a hemorragia ficara fora de controle, e, no fim, não havia mais batimentos cardíacos. A lacraia prateada estava mutilada e murcha, mas ainda presa ao corpo humano. E isso era tudo. Morte.

O cômodo ainda cheirava à substância pegajosa que eu tirava aos poucos da maca. Os panos que usávamos na faxina, como das outras vezes, teriam que ser descartados depois do uso. E, depois de limpo, tivemos que desinfetar o ambiente. O cheiro do produto de limpeza, nauseantemente perfumado – eu teria que me lembrar de roubar outro tipo de desinfetante da próxima vez – impregnava agora o chão e as paredes do hospital de Doc. Finalmente, a pequena parte da caverna que cabia à ala estava novamente em cores de pedra e branco misturados, com o desagradável perfume do produto de limpeza e o peso de mais uma morte.

Todo o tédio, mesmice e tristeza que aquilo pudesse trazer não me tirava da cabeça que Jeb talvez pudesse mesmo ter razão. A população humana estava ali, pronta para reviver e retomar seu planeta, seu território, seu direito à vida. Toda aquela situação era péssima, e eu com certeza não queria ter que ver outras vidas se esvaindo nas minhas mãos. Mas era meu direito tentar viver. E, provavelmente, qualquer questão de consciência estava fora de cogitação num mundo invadido por alienígenas onde éramos menos que os restantes.

You don’t have to hold your head up!

Round and round

I won't run away this time

'till you show what this life is for

Round and round

I'm not gonna let you change my mind

'till you show me what this life is for

Os dias passaram lentamente depois do trágico episódio com a alma que não conseguimos extrair. A rotina continuava a mesma. Nós vivíamos do pão que era amassado na cozinha, da sopa rala feita com as cenouras e os poucos vegetais que tínhamos, com alguns dos temperos que ainda restavam da última incursão. Acordar, trabalhar, comer, comentar sobre o tempo, dormir outra vez. E novamente no outro dia. E de novo depois. E mais uma vez.

Quando chegou novamente a época de sair em incursão, eu não conseguia tirar da cabeça tudo o que acontecera. Nós éramos sobreviventes, restantes de uma multidão que fora massacrada em tão pouco tempo. Inferiores em tecnologia de cura e combate a doenças, inferiores em técnicas de inserção e extração. Mas ainda era o nosso planeta. Tínhamos que lutar por ele. Tínhamos que lutar por nós.

Esse era o propósito que me levava a pensar tanto em capturar outra Alma e levá-la para as cavernas. Eu não queria mais sangue nas minhas mãos. Mas havia muito mais sangue nas deles, muito mais vidas usurpadas e interrompidas. Eu sabia que seria difícil prosseguir sem força. Eu sabia que seria difícil prosseguir, de qualquer forma. Porém, se eu não tivesse a cabeça no lugar para ver que o que estava ao meu alcance era muito menos do que eu poderia fazer, eu jamais conseguiria.

Viajávamos em um furgão Andy e eu. O outro estava bem a frente na estrada, com Kyle ao volante e Ian ao seu lado. O Sol castigava o asfalto quente e poroso, perfeitamente pintado e sinalizado. O deserto estendia-se no horizonte, para onde quer que olhássemos. Chegaríamos à próxima cidade antes da meia-noite. Estaríamos fora dela antes que amanhecesse.

Como de costume, em todas as incursões em que eu já fora. Roubar, se esconder, comer um pouco, dormir um pouco, dar o fora. Isso por alguns dias e teríamos provisões suficientes para dois ou três meses no mínimo. E então, todos juntos, decidimos não tentar dessa vez.

O trauma não era só meu. Todos se faziam de durões, mas ninguém ali lidava muito bem com a morte. Não quando já tínhamos tido de enfrentá-la de tantos lados, de tantas maneiras. A vida como a conhecíamos tinha morrido quando da invasão. E estávamos ainda matando nossos corpos que podia voltar à sua vida a qualquer momento.

Não era tão fácil superar uma quinta perda. Talvez uma primeira ou segunda fosse razoável, mas cinco tentativas não eram coisa pra se ignorar. No fim, todos já estavam com a mesma dúvida que eu. Valeria à pena sacrificar todas aquelas vida para, no fim, dar em... nada?

Eu não os forcei na ocasião. Achei que seria melhor chegarem àquela conclusão sozinhos, como eu deveria ter feito. Que lutar por aqueles corpos seria lutar por nós mesmos, para ter nossa liberdade novamente. Mas enquanto aquilo não estivesse incutido em nós, de nada adiantariam nossas tentativas. Apenas resultariam em mais frustração, mais dor e mais trauma.

E mais mortes.

All the emptiness inside you

Is hard enough to fill

Without a sense of purpose

We’re setting up to fail

You don’t have to make it right

Just hold your head up!

Havia algum tempo desde a última incursão. Tempo demais pra que tivessem nos seguido. E, de qualquer forma, Jeb tinha dito que ela parecia desorientada demais pra ter seguido alguém. Tinha andado de um lado pro outro por tantos dias que desabara na areia quente. Eles tinham que verificar se era realmente uma alma ou um de nós precisando de ajuda.

O olhar que Jeb me lançara antes de sair ao Sol quente era um aviso; eu tinha certeza que era. Mas não fazia ideia do que aquele alerta significava. Cuidado, tome conta de todos? Volto logo, mas não baixe a guarda? Estávamos cansados de saber daqueles avisos. O olhar que ele me sustentava era mais que uma simples advertência. Eu estava prestes a receber uma surpresa.

Mas havia uma rotina que seguiríamos afinal, não haveria nada de muito estranho. Se ela fosse humana, seria acolhida e abrigada, e Jeb faria com ela o costumeiro tour que fazia com os novatos. Ela contaria sua história reptidas vezes, até que todos ali dentro soubessem quem era ela, de onde viera e, principalmente, como escapara das lacraias. Porém, se fosse uma alma, teríamos de lidar com ela de um modo completamente não-novo. Ela seria sedada, deitada de bruços numa maca, teria a nuca cortada e as ligações prateadas rompidas de diferentes formas. Talvez desse certo dessa vez. Talvez não fosse a mesma coisa pra sempre.

Mas o mundo certamente dá voltas demais pra que tudo pudesse ser tão previsível. O grupo de apoio demorou um pouco a voltar. E então soubemos que era uma alma, que não poderia ter senso algum de que direção seguir para encontrar as cavernas do ponto onde estava antes – mesmo que ela não tivesse muita noção de onde estava. Assim que os passos foram ouvidos na entrada da caverna, alguém correu pelos túneis avisando de que todos estavam chegando. Lucinda sumiu para os quartos com os pequenos, incluindo Jamie. Sharon observava tudo com uma estranha expressão no rosto, e todos se reuniram na praça principal para esperar que Jeb e os outros voltassem.

De repente, quando eu não estava olhando para a entrada, os murmúrios cessaram completamente. Apesar de não estar vendo, eu sabia exatamente o que veria quando levantasse os olhos. Mas, como eu disse, o mundo dá voltas demais pra que saibamos de tudo.

Eu a reconheci imediatamente. Apesar do rosto queimado e castigado, das roupas sujas e rasgadas, do cabelo radicalmente mais curto, eu reconheceria aquele tom de castanho, aquele rosto em qualquer lugar. Ela levantou os olhos para os pequenos sóis de Jeb, no teto, e a luz refletiu seu brilho em milhões de pedaços nas paredes. E novamente, eu tive vontade de estrangular aquele bonito rosto emoldurado pelo cabelo castanho vibrante.

Avancei na multidão até que ela me visse. Não posso dizer que não foi chocante ver seus olhos se acinzentarem por uma camada prateada que não deveria existir. Aquela não era a minha Melanie. E jamais seria.

Porém, o mais chocante não foi ver que ela tinha sido tomada, que não conseguira seu intento em tentar se matar de qualquer jeito que fosse. O mais chocante foi perceber que eram aqueles olhos prateados que agora me perfuravam, aqueles olhos prateados que tinham percorrido o deserto atrás de mim, e eram aqueles mesmos olhos que se estendiam na minha direção, junto com seus braços.

– Jared! – sua voz maltratada saiu menos que um grasnido.

Aquela não era minha Melanie. E jamais seria. Ela não encostaria em mim. Então, antes que se aproximasse demais e eu me deixasse enganar, dominei meu ímpeto de qualquer outra coisa e pensei em tudo o que aquela maldita raça havia me roubado. Eles haviam me roubado Melanie.

Não medi a força do meu braço quando este se deslocou e as costas da minha mão bateram direto naquele rosto tão bonito.

Round and round

I won’t run away this time

Round and round

‘till you show me what this live is for

I’m not gonna let you change my mind

‘till you show me what this life is for

~

Fim.


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Notas finais do capítulo

Acho que todos já conhecem essa música, ne? Imagine Dragons *-*



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