Criminal Love escrita por Nay Guedes


Capítulo 2
Vincent Keller


Notas iniciais do capítulo

Booom dia, novo cap pra vcs!



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- Você é ele - minha voz não é mais do que um sussurro, mas sai alta o suficiente para ele me ouvir.

Ele olha em minha direção e a surpresa está estampada em seu rosto.

***

Ele larga o corpo do homem inerte no chão e anda em minha direção com a postura perigosa. Céus, ele é tão lindo. 1,85cm de altura, os musculos definidos aparentes pela camisa preta justa, os cabelos castanhos escuros ondulados na altura do queixo, olhos verdes intensos, lábios cheios e rosados naturalmente, uma barba ralinha cobrindo os entornos de seus lábios e as laterais de seu rosto. Uma cicatriz percorre de seu supercílio direito até a altura de sua boca. A camiseta preta é coberta por uma jaqueta da mesma cor, uma calça jeans escura pende de seus quadris e um coturno preto cobre seus pés. Acho que nunca vi tamanha beleza em minha frente.

- O que foi que você disse? - Ele pergunta ríspido.

- V-você é ele - gaguejo, limpo a garganta e minha voz sai mais clara. - Você é o Justiceiro.

- O que? Só por que eu impedi esse porco - ele aponta para trás dele, onde está o corpo desanimado do homem - de te estuprar eu sou um maníaco assassino? - Ele pergunta com a voz divertida.

- Uma menina te viu hoje, ela descreveu essa cicatriz em seu rosto - eu falo, minha voz sai mais firme do que realmente me sinto. - Como a conseguiu?

- Isso não é da sua conta - sua voz sai tão fria quanto uma geleira do Alasca. - E se sabe quem eu sou por que ainda não me prendeu?

Ok, isso me deixou sem resposta.

- Eu... bom... er -tento, falhamente, arranjar uma desculpa para ainda não ter colocado as algemas em suas mãos. - Você acabou de me salvar, te devo esssa. - Ele ergue uma sobrancelha, de um jeito que dá a enteder que ele não está acreditando em mim. - Mas da próxima vez não terá moleza.

- Não vai ter uma próxima vez Detetive Chandler - ele diz com escárnio. - Não vou ser tão idiota novamente.

- Ei, o que você estava fazendo aqui? - Pergunto, só agora essa questão aparece em minha mente. - Porque eu tenho certeza que nunca te vi por aqui antes.

- É que...

- Você tava me seguindo? - Pergunto assustada, com os olhos arregalados.

- Não, claro que não - ele diz rápido demais. - Eu estava andando por aqui quando escutei seus gritos.

- Mas eu não gritei.

- Não, você grunhiu - ele dá de ombros. - Já que a donzela está a salvo eu vou para minha humilde residência. Adeus Catherine. - Ele diz já de costas para mim.

- Ei espera - peço. Não entendo o porque, mas não quero que ele vá embora.

Ele vira para mim com uma sobrancelha levantada.

- O que?

- Me diz pelo menos seu nome - peço, ele solta uma risada sem humor.

- Você acha que eu sou o que? Idiota? - Ele olha para mim como se eu fosse retardada. - Você quer que eu diga meu nome para você me achar rapidinho junto com um milhão de viaturas?

- Não vou fazer isso - digo sinceramente. - Só quero saber seu nome. Você sabe o meu, eu tenho direito de saber o seu.

Ele se vira e continua andando, penso que ele não vai me responder quando o escuto dizer. - Vincent Keller.

*Pov Vince*

Eu sou muito estúpido! Eu disse meu nome para ela, tenho certeza que amanhã de manhã - no máximo - a porta da minha casa vai estar cheia de viaturas. Eu de começo nem deveria ter chegado perto dela. Mas quando eu vi aquele homem em cima dela não dando a mínima chance para ela, o sangue me subiu a cabeça. Eu achei que ela conseguiria ganhar a luta, já que ela é uma ótima lutadora. Mas ela não ganhou, óbvio.

A verdade é que eu venho seguindo Catherine desde a primeira vez que a vi, algo em seus olhos verde-esmeralda, seus cabelos castanhos, suas bochechas rosadas, seus lábios avermelhados, sua postura impetuosa, sua voz doce. Eu não sei. Algo em Catherine Chandler chamou minha atenção e despertou meu lado obsessivo. Faz um ano que a vi pela primeira vez e, um ano desde que eu me tornei o Justiceiro Assassino.

O que me fez tomar essa identidade foi o assassinato de minha irmã de dezesseis anos. Ela foi sequestrada, torturada e assassinada por um louco. Nunca o encontraram. Ele é o cara mais procurado dos EUA e da Alemanha. Alexander Miles. Então, enquanto eu não encontro ele resolvi fazer a justiça do meu jeito. Desconto todo o meu ódio nesses bandidos e assassinos que encontro por aí.

Chego em frente a minha casa e entro, o silêncio é quase perturbador. Vou direto para meu quarto e pego uma mochila embaixo da cama. Pego algumas roupas básicas e objetos de higiêne e guardo dentro da mesma. Tenho que ir embora o mais rápido possível, não posso ser preso. Pego uma foto minha e de minha irmã que fica na cabeceira da minha cama e uma dor profunda atinge meu peito. Ela era tão nova, tinha um futuro inteiro pela frente e, nós sempre fomos muito ligados um ao outro. Vanessa era a pessoa mais importante da minha vida e a que eu mais amava. Não quero que outra família passe pelo mesmo sofrimento que a minha. Minha mãe entrou em depressão e agora vive em um sanatório. Sim, ela enlouqueceu. Meu pai se mudou para a França depois de pedir o divórcio á minha mãe. E eu, bom, saí de casa e comecei a fazer o que faço. Caçar animais e matá-los sem dó.

Após colocar tudo o que preciso dentro da mochila, vou até a garagem, pego minha moto, uma Kawasaki Ninja 300 preta. Essa moto é meu chodó, acho que é a coisa que mais amo nesse mundo. Monto nela e saio pilotando pela cidade, em direção a fábrica de tecidos abandonada nos confins da cidade.


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Notas finais do capítulo

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