Beijos Letais escrita por WhiteKiller


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 3 aqui para vocês! Estou super animada com esta fic, então eu to ficando inspirada muito fácil então eu acabo escrevendo muito e fico ansiosa para postar, então aqui está! Deixem críticas por favor!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/429286/chapter/4

Antes do baile eu tinha passado na sala de armas e roubado uma boa quantidade de facas de arremessos, três adagas, uma espada longa e cintas para conseguir carregar tudo aquilo por baixo do vestido e agora a mostra por cima de minha roupa preta. Coloquei o cinto que segurava a bainha da espada amarrado em minha cintura e guardei a espada lá, batendo em minha perna, as duas adagas ficaram presa em meus ombros por uma cinta improvisada, seria mais fácil pega-las se fosse preciso, deixei uma das adagas para Julie caso ela precisasse. Chequei tudo, e logo meus pés descalços entraram no longo e escuro corredor.

Meus olhos rapidamente se acostumaram com a escuridão, e o som dos cavalos do lado de fora era alto, o que poderia encobrir os meus passos durante uma curta distancia. Meu quarto ficava longe das portas do salão, eu precisaria subir um extensa escada para chegar lá. Ninguém estaria andando por elas este horário, já era quase 2:30 da manhã. Só deviam restar alguns guardas fazendo suas rondas, e o baile iria durar até o Sol nascer então os mercenários.

Julie era boa de aproveitar festas então ainda deveria estar lá dançando com alguém, provavelmente Jasper. Ele também era bem bonito, pareci muito com Peter, eles poderiam se passar por irmãos. Os dois eram extremamente altos, cabelos louros com olhos azuis, a mesma estrutura física forte e grande, meio magros, é até que que tinham um charme igual. Mas, Jasper era um pouco mais baixo e tinha feições menos angulosas que Peter.

Comecei a andar silenciosamente pelas escadas cada degrau a mais perto eu ficava de encontrar os mercenários novamente. Ouvi passos a distancia, droga não tenho onde me esconder, passei a mão pelos tijolos da parede, daria para escalar. Uma mão depois a outra, apoiei o pé em uma saliência da parede e me impulsionei para cima, enfiei meus dedos entre os tijolos e me puxei, repeti o processo, o pé direito do castelo era extremamente alto, as luzes das velas não me alcançariam nessa altura.

Os passos se aproximaram, e um longo assovio ritmado tomou conta do ambiente enquanto um guarda real desci as escadas com seu companheiro fazendo as rondar noturnas. Eles continuaram descendo sem nem mesmo perceber a minha respiração pesada. Estava muito fora de forma, precisaria treinar muito. Desci facilmente até a ponta dos meu pés tocarem o chão, então e soltei, continuei a subida, com muita sorte não encontrei mais nenhum guarda até o topo das escadas. Um esquina me separava da porta do salão. Eu precisaria escalar novamente. Olhei para cima e vi duas gárgulas enfeitando a entrada, os guardas tinham sido dispensados, subi a parede com a ajuda de uma das adagas que conseguia facilmente se prender nos vãos dos tijolos. Sentei-me nas costas de uma das gárgulas e tive que ter paciência, a escuridão e ao fundo o som da orquestra estava me rodeavam.

Os cinco realmente gostavam de festejar, eles só saíram mais ou menos uma hora depois de eu ter chegado. Eu ouvi vozes altas conversando em outra língua, brenor. A língua da minha terra natal, eles tinham um sotaque pesado de escravos ou camponeses, mas nada que eu não pudesse entender.

“Nenhuma pista de quem ela poderia ser?” Marcos perguntou.

“Nenhuma, ninguém se parecia com o retrato que tínhamos dela. E olhe que eu dancei com muitas mulheres.” Leo disse.

“Bem, perdemos nossa única pista. Quando a encontrarmos não será difícil mata-la, ela deve ser mais uma daquelas revolucionarias que incomodam o rei, deve ser boba e fraca, deve ser uma daquelas mulheres que se acham forte.” Peter afirmou e eu rangi os dentes, me segurando para não dar um belo tapa na cara dele.

“Bem, precisaremos achar outra. Vai ser difícil, mas nós vamos conseguir.” Laura disse ainda em brenor.

Espere um instante, onde estava Jasper? Estavam todos lá, menos ele. Os quatro seguiram o longo corredor e entraram na terceira porta da direita, que bom que eu não precisaria ir atras deles para ver onde eles estavam hospedados. Minha intuição disse para eu esperar mais um pouco em cima daquela gárgula. E ela estava certo, cinco minutos depois dos mercenários terem passado, Jasper e Julie apareceram saindo do salão conversado e trocando carícias, e era impossível não prestar atenção na conversa deles já que só tinham eles no corredor.

“Espero vê-la novamente duquesa Julie.” ele beijo-lhe a mão “ Como uma duquesa você deve ter sido convidada para o baile em Barchen.”

“Não. Falo isso com dor no coração, mas talvez minha amiga Vivian tenha sido convidada.” ele olhou-a triste “Vou falar com ela sobre este baile, e lhe dou uma resposta amanhã de manhã vocE^ficaria feliz assim?”

“Sim, eu adoraria. Então...” ele corou, iria beija-la, certeza “como talvez essa seja a nossa única e última noites juntos, isso é para você” ele beijou Julie nos lábios.

Deviei o olhar, é muita falta de educação ficar olhando uma cena íntima como aquela, posso ser uma assassina, mas respeito minha amiga, se ela me contar o que aconteceu ótimo. Cada um seguiu seu caminho, Julie desceu as escadas e Jasper entrou no mesmo quarto que os mercenários. Finalmente pude descer da desconfortável pedra em que estava apoiada. Encostei os pés do gélido chão e olhei para a gárgula.

“Muito obrigado pela ajuda.” curvei a cabeça e ri da minha própria piada “Isso será o nosso segredinho.”

Segui reto no corredor seguindo os mesmo passos que Jasper e parei em frente a porta do quarto dos mercenários. Respirei fundo algumas vezes, precisava me preparar. Encostei o ouvido na porta, um silencio mortal, todos deviam estar dormindo. Tentei empurrar a porta que estava trancada. Puxei grampos do meu cabelo que escorreram como água para fora do capuz e usei-os para abrir a porta com muito cuidado para não fazer barulho, tirei os outros dois grampos e puxei minha franja para trás prendendo-a. Arrumei o capuz e abri a porta.

Estava tudo escuro. Mas, eu conseguia enxergar onde eu estava, era uma sala de jantar com uma mesa grande de madeira polida e decorada a mão, uma peça muito bonita, alguns potes de vidro estavam cheios de frutas diversas e bolos de diversos sabores e ela era cercada por oito cadeira rústicas de madeira mais escura, havia armas espalhadas pela sala, espadas, adagas, um arco e flecha (uma das minhas armas prediletas) e o mais inusitado, um leque que tinha a curvatura recoberta por uma lamina extremamente afiada, a arma que Julie usava, peguei-o e coloquei na cinta, como eles eram bestas, deixar as armas assim expostas, atrás da mesa quatro portas bem distantes uma da outra, eram os quartos. Encostei a porta atrás de mim silenciosamente, eles poderiam me ouvir e acordar, então precisava ser rápida. Juntei as armas ao lado da porta, tinham algumas perto das portas dos quartos não deixei passarem despercebidas. Tenho certeza que eles tem armas com eles, mas nada que pudesse fazer um grande estrago como uma espada ou um arco e flecha, eu estava sempre um passo a frente.

Peguei o arco e a aljava e os ajeitei em minhas costas. Puxei cinco flechas da aljava e as coloquei no arco habilidosamente virando-o de lado, cada uma delas mirava para uma porta diferente. Inspirei e puxei a corda do arco até estar meio tensionada, expirei e soltei as flechas. Elas rasgaram o ar e cada uma delas aterrissou em cada uma das portas fazendo um baque surdo. Sentei-me em uma das cadeira e puxei uma faca de arremesso e fiquei brincando com ela em mão .

As portas se abriram em uníssono os cinco estavam com uma arma leve na mão, Peter tinha um machadinho, Jasper uma faca, Marcos uma adaga, Laura um bastão curto de metal e Leo um soco inglês com laminas afiadas nas extremidades.

“Boa-noite, duques, duquesa” abaixei a cabeça e alterei a voz para mais grossa “como os senhores vão esta noite?” eu podia ser irônica se quisesse.

“Quem é você?” Marcos bufou.

“Mas que falta de educação de um duque como você não responder uma dama como eu” dei enfase a palavra duque.

“O que você quer?” Marcos deu um passo a frente olhando em volta procurando alguma arma.

“Ah como você é bobo, você acha que eu deixaria as armas assim espalhadas pelo cômodo? Como você é besta.” dei uma gargalhada “Achei que vocês fossem assassinos melhores, nem mesmo me escutaram até eu querer ser escutada.”

“Pare de enigmas. Quem é você?” Leo rangeu os dentes.

“Eu sou uma dama meu querido, eu sou cheia de enigmas. Mas já que insistem, muito prazer Jasmine Micheter.” levantei da cadeira e fiz uma reverencia “E vocês são bem conhecidos até, Peter, Leo, Jasper, Laura e Marcos, os assassinos mercenários que nunca perderam a chance de matar uma pessoa sequer se tivesse uma recompensa boa sobre a cabeça dela.” ele olharam para mim estupefatos “não me olhem assim. Eu ouvi alguém falando que eu era só uma revolucionaria, boba e fraca que seria fácil de matar. Não é mesmo Peter?” ele arregalou os olhos.

“Como você ouviu a nossa conversa?” ele gritou.

“Nossa como você é rude, a culpa não é minha se você não percebeu a minha presença.” como é delicioso brincar com as pessoas sentia um pouco de falta disso “Acho que está na hora de brincar de caçada. Eu sou o tigre e vocês os caçadores.” Dei um suave passo para a direita me aproximando de Laura “vocês sabem o que os tigres fazem?”

Sorri por baixo da máscara, me concentrei e impulsionei meu corpo para a direção de Laura e sem que eles percebessem Laura estava em minhas mãos, eu a segurei pelos braços que prendi atrás de suas costas e minha outra mão segurava a faca que estava em seu pescoço seu rosto era de surpresa, eu sem querer fiz um corte superficial em sua pele o que fez que o quente sangue escorresse para a gola de sua roupa e minha mão.

“Matam. E são ótimos em se esconder de seus caçadores pois são muito inteligentes. E pelo menos o meu tigre gosta de jogar jogos.”

“Solte a Laura! Agora!” fui interrompida por Marcos.

“Que horror! Você interrompeu uma dama!” eu ri e puxei o braço de Laura fazendo ela dar um gritinho e dor “Continuando, as regras do meu jogo são as seguinte, eu lhes darei pistas talvez diariamente, talvez um dia sim um dia não, depende do meu humor. A cada dia a mais que eu sobreviver, uma pessoa a menos ira viver todo dia a meia noite se eu ainda estiver viva eu matarei alguém, começando vamos ver... hoje à noite....” eu ri.

“Você é nojenta.” Jasper gritou.

“Posso começar agora com essa daqui se quiser.” passei a faca suavemente pelo rosto de Laura “Eu posso ser bem cruel se quiser, mas não me deixarei levar por insultos como os seus, uma assassina famosa com eu não se deixa levar, não ganhei o nome de Assassina de Brenória em vão, sou a melhor do ramo que já existiu! Agora a primeira dica, daqui a quatro dias eu estarei no baile do prínipe Michell em Barchen. E fiquei sabendo que duas lindas duquesas estarão lá também, Peter e Jasper acho que as conhecem!” eles se entreolharam com raiva “Isso mesmo Vivian e Beatrice, e elas são as primeiras da lista. Isso não é um adeus.” soltei Laura e corri para a porta.

Escancarei-a e corri pelo longo corredor descendo as escadas, eu ouvia passos atrás de mim, mas ninguém conseguiria me acompanhar na corrida, mesmo que eu estivesse fora de forma, e então eu sumi no meio da escuridão. Os passos foram sumindo e então eu voltei a me acalmar.

-----------------------------------------------------------------

Eu fiquei paralisado, estava até zonzo, Marcos correu atrás de Jasmine, seguido de Leo, mas eu, Laura e Jasper ficamos lá sem reação alguma. Então Jasmine Micheter era a Assassina de Brenória! Ela não seria assim tão fácil de matar, tínhamos acabado de ver uma demostração de sua força e habilidade. Ela era rápida, silenciosa, esperta e tinha sangue frio. Ela era uma verdadeira e poderosa assassina, extremamente treinada.

“Peter, nós precisamos proteger as duquesas.” Jasper falava com a voz rouca “Elas não podem morrer na mão daquela assassina.” eu assenti, foi tudo que meu corpo conseguiu fazer.

“Peter, não fique assim. Nós não somos mais os melhores, agora que sabemos que ela ainda está viva e a solta ela se torna melhor do que nós.” ela se levantou do chão “Se concentre e não se deixe se levar pelas palavras e ações dela, eu sei que é difícil, mas se concentre Peter.” eu deixei de ficar zonzo, as palavras de Laura sempre ajudavam.

“Claro, preciso me concentrar, obrigado Laura.” eu coloquei água em um copo e bebi em um gole só “Vou encontrar a Vivian, preciso ver se ela está bem.” sai pela porta sem olhar para trás.

Andei pelo corredor e segui descendo as escadas, meus passos eram apressados eu quase escorreguei algumas vezes, me encontrei com alguns guardas fazendo a ronda noturna.

“Boa-noite senhores, se me permitem perguntar, eu gostaria de saber em qual quarto se encontram as duquesas Vivian e Beatrice.” eu perguntei-lhes. Eles pensaram por um instante.

“Sim, a duquesa Beatrice, eu a conduzi para o quarto dela está manhã, a duquesa Vivian deve estar com ela. Ela está no quarto perto dos estábulos. Desça até o final das escadas e vire a direita, siga até o final do corredor é a porta a esquerda.” eu sorri simpático para ele.

“Muito obrigado, tenham uma ótima noite” continuei correndo.

Não parei até alcançar a porta do quarto de Vivian. Parei respirei algumas vezes para se caso ela abrisse a porta eu não estaria bufando de cansaço. E então bati três vezes na porta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigado por ler.