Beijos Letais escrita por WhiteKiller


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Não liguem para o texto em itálico eu sou PÉSSIMA em escrever textos nesse estilo. Mas, não custa tentar mesmo que não fique tão bom assim.
Então gente feriado vem ai o que significa dois capítulos num dia UHULLL o/ (provavelmente).
O que mais eu tenho para falar... Eu terminei a história na minha cabeça finalmente agora é só fazer ela se desenrolar. E eu estou pensando em fazer outra história baseada nessa, talvez um futuro falando sobre Julie ou passado contando a história de Jasmine e Lucas. Ainda estou na dúvida de qual dos dois eu vou fazer, então quero pedir a opinião de você para isso, vocês preferem que eu contem como Julie fica no futuro, ou como era a vida de Jasmine e Lucas juntos. (provavelmente eu vou fazer os dois no final das contas, mas quero saber qual vocês querem primeiro). Eu tenho o primeiro capítulo de cada uma das opções se vocês quiser dar uma lida me mandem uma MP. [contém alguns pequenos spoilers]



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Que droga Peter, Julie dançava com Jasper na pista, eu corri até ela e a puxei sem explicações, Jasper me olhou meio confuso, mas eu nem liguei. Sai do salão o mais rápido que pude Peter e Nina estavam andando pelo corredor com Peter um pouco atrás de Nina seguindo seus passos. Ela andava rápido virou no segundo corredor a direita. Andei silenciosamente até a esquina do corredor, ela ainda não tinha me visto, Julie me seguia de perto.

Seu corpo parecia flutuar sobre o chão com a leveza de seus passos, ela não trocava uma palavra com Peter que parecia totalmente nervoso de estar ao seu lado. Ela sorriu amarelo para ele e puxou uma chave de metal de uma das dobras de seu vestido para destrancar a porta de seu quarto com um barulho metálico e alto, era a porta na frente da sexta janela.

“Julie, fique aqui, Peter foi com Nina uma das Begaones naquele quarto, não suma.”

Eu corri de volta para o quarto, o mais rápido que pude, arranquei o vestido de meu corpo jogando-o no chão, o troquei por minhas roupas pretas, coloquei minhas cintas de facas por cima da regata, os dois chakram, minha bota com adagas e meus frascos médicos, puxei minha máscara até o meu nariz, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo no topo de minha cabeça, e por fim coloquei a minha capa.

Minha respiração pesada ecoava no corredor, andei nervosamente pelo castelo as paredes conseguiam ver e ouvir muitas coisas, e por culpa da sorte não encontrei nenhum guarda no meu caminho até Julie, demorei mais ou menos dez minutos nesse processo.

Eu vi Julie apoiada em uma pilastra olhando para fora da janela a Lua cheia no topo do céu, ela estava tão distraída que não me viu chegando, ela estava linda naquele vestido e a luz da Lua a deixava ainda mais bonita.

“Se eu não voltar em uma hora para o salão me procure entendido?” arrumei minhas adagas por baixo de minhas mangas.

“Sim, só não me mate de susto de novo.” Eu lhe dei um beijo na testa “Não vá se matar.”

“Vá aproveitar a festa com Jasper e não se preocupe comigo. E hoje não é o dia em que eu vou morrer.”

“Se você não aparecer em uma hora eu vou arrombar aquela porta.” Ela passou a mão em meu rosto.

“Por favor, não esqueça seu leque se você for me salvar.” Ela deu alguns tapinhas em sua perna direita que fez um som de madeira contra madeira.

“Está bem aqui.” Ela sorria.

“Espero não precise usa-lo.” Ela se virou e começou a andar em direção ao salão.

“Eu também espero que você não.” Então ela entrou no salão.

Encostei o ouvido na porta e escutei uma baixa conversa, olhei para cima, haviam algumas pequenas janelas de ventilação a cima de cada porta a pilastra mais próxima da janela estava a no mínimo cinco metros de distancia, passei as mãos na parede para encontrar uma fresta onde pudesse me segurar, e lá estava ela me esperando. Puxei minha adaga da bota e a enfiei ela entre essas duas frestas. Puxei meu peso para cima fazendo com que a adaga envergasse, olhei ao redor e um tijolo estava um pouco solto o que deixava um bom espaço para eu me segurar, tirei a adaga da fresta e coloquei meu pé em seu lugar dobrei meus joelhos e pulei em direção ao tijolo de pedra, ele balançou um pouco e ficou a ponto de cair, mas puxei meu corpo para cima e me segurei na borda da janela bem a tempo.

Estava semi aberta, tinha um tamanho razoavelmente grande, eu conseguiria passar com certa dificuldade, mas nada impossível, empurrei-a com muita cautela ela fez um leve rangido, mas ninguém do quarto pareceu perceber. Fiquei com um pé para fora e outro para dentro, meu joelho estava raspando na pedra dura o que me trazia certa dor, mas eu precisaria aguentar.

Olhei para dentro do quarto com mais atenção agora, Peter estava sentado em uma cadeira de frente para mim, mas ele estava totalmente concentrado no que estava a sua frente, Nina. Ela estava sentada mordiscando um pedaço de bolo, eu conseguia ver somente metade de seu rosto, ela estava séria e não parecia estar com muita paciência.

“O que o príncipe quer comigo?” Peter falou.

“Não é essa a pergunta que você deve fazer.” Ela riu baixinho “O que eu quero com você é a pergunta certa.”

“O que você quer comigo?” ele parecia tenso.

“Bem, você só pode estar aqui por um motivo. Você e sua trupe de mercenários arranjou um contrato por estas terras.” Ela colocou o bolo de volta na mesa.

“Sim, exatamente.” Será que ele não tinha percebido que ele não devia falar o real objetivo dele para Nina? “E como você sabe quem eu sou?”

“E qual seria exatamente?” ela ignorou a pergunta de Peter.

“Como você sabe quem eu sou?” ele perguntou novamente.

“Eu faço as perguntas.” Ela bateu na mesa nervosa “Qual é o seu objetivo aqui?” Ela parecia nervosa.

“Não te interessa.” Ele cruzou os braços.

“O que você disse?” ela se levantou.

“Não lhe interessa.” Parece que ela tinha cabeça quente.

“É claro que me interessa.” Ela gritou.

“São meus assuntos, eu cuido deles.” Ela puxou uma enorme faca de debaixo de sua cadeira.

Peter levou um belo de um susto, ele empurrou a cadeira para trás e puxou sua adaga de dentro de sua manga. Ela brincou com sua faca entre os dedos, seu olhos mostravam prazer no que estava fazendo, Peter estava fora de sua zona de conforto nenhum de seus companheiros estava lá, ele estava sozinho teria que fazer suas próprias decisões, ele não iria conseguir raciocinar direito nessa situação.

“Você pode me falar agora, ou Vincent pode perguntar para os seus amigos! Talvez até aquela tal de Vivian...” ele perdeu o folego durante um instante.

“Como você a conhece?” ele parecia desesperado.

“Simples, eu vi como você a olha, e ela chama muito atenção, e ela também te olha daquele jeito nojento. E parece que o príncipe também está de olho nela. E além do mais ela usa o anel de família. O duque da família Lasse só tem uma filha Vivian. Então deduzi que era ela.” Ela era esperta.

“Você não fará nenhum mal a ela.” Ele falou com ódio em sua voz.

Ele estava perdendo o controle de suas ações eu via as gotas grossas de suor descendo por sua testa os nós de seus dedos estavam brancos de tanta força que ele fazia em sua adaga, as unhas raspavam na pele da sua mão por culpa de seu punho fechado, um fio de sangue escorreu até o chão, ele não parecia sentir a dor.

“Claro, mas com uma única condição.” Ela sorriu cinicamente “Qual é o seu objetivo aqui?”

Peter respirou fundo uma ou duas vezes, guardou a adaga, ele iria se render. Que burro para que me ouvir quando ainda dava tempo. Ele segurou na beirada da mesa com uma mão e coçou o topo da cabeça com a mão livre, ele estava com os olhos fechados

“Viemos atrás de Jasmine com ordens do príncipe.” Ela andou um pouco mais para perto de Peter sem que ele percebesse.

“Ótimo, não irei machucar Vivian, mas nunca falei nada...” ela estava quase ao lado de Peter e ele estava perdido em seus pensamentos “sobre você morrer.”

Ela puxou sua faca para cima, Peter não teria tempo de desviar, o tempo pareceu parar, Peter olhava para Nina com espanto ela tinha a faca erguida e preste a atacar, eu tinha que fazer alguma coisa, eu não tinha tempo para pensar. Eu só tinha tempo para voltar a matar. Puxei uma faca de minha cinta, dobrei meu pulso puxando-a para trás no ângulo perfeito, mirei-a no pescoço, lembrei-me de tudo que o meu mestre me ensinou sobre arremesso de facas, respirei fundo e atire-a. Eu a vi rasgar o ar, Nina sentiu seu último suspiro entrar em seus pulmões.

Metade de minha vingança pela morte de Lucas estava completa, mas não do jeito que eu queria. Eu queria ver Nina sofrer, assim como Vincent, mas eu não poderia arriscar a vida de Peter, eu queria poder me vingar do que eles fizeram com Lucas, tortura-los faze-los sofrer antes de morrer, antes de implorarem por sua morte.

Eu ouvi o baque surdo do corpo sem vida batendo no chão, minha faca fincada em seu pescoço fazia com que sangue escorresse para o chão, uma grande mancha vermelha se formava.

Durante meus anos de vida eu aprendi que a cor da morte não era preta, ela é vermelha como o sangue que corre em nossas veias, pois é isto que nos diferencia dos mortos, o que nos deixa vivos, que corre em nossas veias como um assassino na escuridão, e pode parar de correr com o corte de uma faca, o preto só mostra o luto e o perdão, o vermelho mostra o que nos mantinha vivos antes de alguém, nós mesmo ou o tempo tirar a vida de nosso corpo. Vermelho é a minha cor predileta. Uma coisa que meu mestre me ensinou e me fez decorar de ponta a ponta foram às palavras de condolências por aqueles mortos por nossas mãos.

O sangue corre pelo chão, não mais pelas veias do coração, os movimentos aos poucos param, assim como a respiração, o paraíso lhe aguarda, pois nada pode ser mais terrível do que morrer nas mãos de um assassino. Sorria para os deuses, pois é hoje que ira encontra-los. O céu lhe aguarda velho amigo, e o inferno me espera. Agora eu rezo por sua alma, para que o céu ela alcance, que os deuses perdoem os seus pecados, e assim me punam com seus punhos divinos, o que deveria lhe ter punido, pois não há nada mais terrível do que morrer nas mãos de um assassino. Sorria meu querido porque é esta noite em que seus pecados foram tomados por mim, o andarilho noturno aquele que se esconde na noite, aquele que se declarou mais forte e tomou para ele mais que seus próprios pecados.”

Essas são as palavras de um assassino que matou seu mestre e disse estas palavras a ela enquanto via o sangue de seu mestre correr-lhe pelas mãos. Estás viraram as palavras de condolência de quando um assassino mata outro, para que os pecados do outro venha para ele, uma morte suja como essa tinha um alto preço na sociedade de assassinos, uma maldição eterna que só poderá ser paga se outro assassino aceitar seus pecados. E estas eram as palavras que eu repetia dentro de minha cabeça.

Peter olhou em volta, procurando a origem da faca, mas não me viu. Ele parecia assustado demais para se mexer, ele não estava entendendo o que estava acontecendo ele agachou ao lado de Nina e puxou a faca de seu pescoço, o sangue escorreu mais para o chão, parecia que ele ainda não tinha percebido que ela estava morta. Eu estava acostumada com cenas como essas, assim com Peter, mas ele não sabia por que esta menina tinha morrido na sua frente por uma faca de arremesso que surgiu para salvar sua vida.

Peter provavelmente nem sabia quem ela era e estava mal por ver sua morte, mesmo sabendo que ela iria mata-lo ele parecia abismado com a morte da menina, ele tinha um bom coração, mas no fundo ele deveria saber que se ela não tivesse morrido, ele teria pelo menos ele não tinha me visto, ele não teria ainda mais ódio de mim. Eu queria poder saber o que ele estava pensando agora. O que ele achava que tinha acontecido, se eu estivesse no lugar dele eu não saberia o que pensar.

Eu estava tão distraída com Peter que não ouvi os passos pesados de Vincent. Ele abriu a porta sorrindo como se viesse contar alguma novidade para sua irmã e viu Peter com as mãos sujas do sangue e o corpo sem vida deitado no chão em uma posição nem um pouco bonita, uma lágrima caiu de seu olho, e então eu vi somente ódio, ódio e mais ódio não tristeza mais sim ódio, a raiva por aquele que “matou” sua irmã, Peter olhou para ele e ficou paralisado com a faca suja de vermelho em suas mãos.

Acho que essa poderia ser a minha vingança para Vincent, o sofrimento de ver sua irmã morrer. Mas agora Peter estava com sérios problemas e eu não poderia os deixar acontecerem.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem e comentem!!! Beijos e até o próximo capítulo.