Beijos Letais escrita por WhiteKiller


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Então hoje eu estava lendo uma fic muito boa, mas muito boa mesmo. Aquelas de arrepiar de emoção sabe? E sério eu queria muito que minha fic fosse uma dessas, daquela de emocionar, aquelas que você tem sede por mais. Acho que é tipo um objetivo, conseguir escrever tão bem que as pessoas entrem dentro da história sabe?
Chega de filosofar, aqui mais um capítulo para vocês. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/429286/chapter/12

“O que aconteceu, Vivian, me responde!” eu estava desesperado.

“Jonh eu estou bem.” Não estava me tranquilizando.

Ela tremia muito, estava extremamente pálida e suava frio o sangue escorria de suas mãos para o chão e seus olhos pareciam vidros, totalmente sem expressão. Eu estava extremamente desesperado, eu não estava gostando de vê-la assim, será que fora essa a sensação que ela teve quando me viu desmaiado sujo de sangue e terra em uma cama? Porque não era uma sensação boa.

“Não Vivian, você não está, você está sangrando, você está com uma cara horrível.” Eu vi Julie adentrar a varanda.

“Saia de perto dela.” Eu continuei ao lado de Vivian “Eu disse para sair, ela precisa de cuidados médicos, deixe isso comigo, agora se me dá licença.” Eu dei um passo para o lado dando espaço para Julie.

“Vivian, aonde você se machucou.” Ela lhe mostrou as mãos “Jonh, vá para o meu quarto, abra o closet, no fundo há um kit de primeiros socorros.”

Eu corri para dentro de seu quarto e rapidamente encontrei a porta do closet e logo de cara vi uma caixa de madeira pintada de branco, peguei-a nas mãos e vi os detalhes da cruz vermelha com duas cobras a rodeando. Voltei para a varanda e entreguei-a para Beatrice.

Ela abriu a caixa e pegou gazes, um pano, desinfetante e começou a trabalhar suas mãos eram rápidas e pegavam um material depois do outros que limpavam a sujeira de terra e o sangue de Vivian, após o grosso ter sido tirado eu pude ver as grossas feridas ainda um pouco sujas e fundas.

“Não precisara de pontos, o que é ótimo, mas vai demorar um tempo para cicatrizar.” Beatrice comentou sem parar seu trabalho.

Ela colocou um fino e pequeno pano sobre cada um dos ferimentos, Vivian gritava de dor a cada vez que um desses panos tocava sua pele, mas ela aguentou firme e forte até que Beatrice finalmente cobriu tudo com um pano longo e elástico igual ao de meu braço em cada uma das mãos.

“O que tinha nos panos?” perguntei-lhe.

“Unguento, arde no começo, quanto pior a ferida pior a dor que o unguento irá lhe causar.” Ela arrumava tudo de volta dentro da caixa “Ela precisa de um banho, venha me ajude a leva-la para o banheiro.”

Beatrice deixou a caixa em cima da mesa e colocou um dos braços de Vivian sobre seu ombro e eu coloquei o outro sobre o meu e a carregamos cuidadosamente para dentro do quarto, todos os meus companheiros olhavam para ela com um pouco de dó misturada com preocupação. Adentramos o banheiro e Beatrice fechou a porta atrás de si.

“Venha me ajude a despi-la.” Eu olhei para ela incrédulo “Está bem, se não vai ajudar vá para o quarto.”

Eu assenti e sentei-me na mesa de jantar com meus colegas, todos eles estavam em completo silencio, um bruto e devastador silencio.

“Parece que Jasmine tomou seu primeiro passo para realmente nos afetar.” Eu tomei a primeira palavra.

“É o que parece. E talvez ela tenha revelado nossa identidade para Vivian, temos que manter isso em mente.” Jasper disse olhando para mim.

“Exatamente, se elas ficarem bravas pelas mentiras, elas vão se distanciar de nós e talvez tenham um péssimo final.” Falei “Além do mais, parece que eu não conseguiria ficar sem Vivian...” falei sem pensar.

“Então você realmente se apaixonou por essa menina não é mesmo?” Laura me lançou um sorriso malicioso.

“Não fui só eu não, Jasper também está gostando daquela Beatrice.” Ele ruborizou.

“Peter, cale a boca.” Ele me deu um tapa no ombro.

“Você parece uma menininha desse jeito Jasper” Marcos riu “e Peter, não tente tirar o assunto de cima de você.”

“Eu só acho que estou apaixonado...” Marcos parou de rir e deu uns tapinhas nas costas de Jasper.

“Eu sei como é” ele olhou para Laura e a mesma sorriu “também não foi fácil para mim assumir que eu estava apaixonado por Laura, mas olhe onde estamos agora.” Ele deu um selinho nela “Corra atrás dela, ela pode estar decepcionada com você, mas você ainda tem chances.”

“É tem razão eu tenho que correr atrás dos meus sonhos. Não é mesmo Peter?” eu assenti, eu também tinha que correr atrás dos meus.

“Agora voltando, e você Peter, coração de ferro.” Jasper falou.

“Este é um apelido muito antigo e você sabe disse.” Eu retruquei.

“Eu sei, mas parece que mesmo depois de anos ele perdurou, e agora ele acaba de ser vencido por aquela menina dentro daquele exato banheiro.” Marcos apontava para a porta.

“É o que parece, não é mesmo.” Eu suspirei “Preciso me acostumar com esse sentimento.”

Eu fui até a varanda sem dar explicações para os meus companheiros, o sangue de Vivian ainda estava marcado no chão. Eu me sentei e olhei para a imensidão azul e pensei como provaria o meu amor para Vivian, seria uma tarefa um pouco complicada, para mim ainda que não tenho nenhuma experiência com isso seria mais complicado ainda, será que Vivian teria o mesmo sentimento que eu tenho por ela, eu nunca tinha sido atacado por uma dúvida tão grande. Um assassino como eu pode ter um coração mole. Adentrei novamente o quarto e fui para a porta que levava para o quarto de Vivian, havia um grande baú ao pé da cama e uma porta que levava para o closet. Puxei a tranca do baú para cima, mas estava fortemente trancado.

“O que pensa que está fazendo?” a voz de Vivian invadiu meus ouvidos.

“Eu só estava...” eu me virei para ela que estava só de toalha e sem Beatrice.

“Futricando. Porque exatamente?” eu não tinha motivo algum na verdade.

“Só estava dando uma olhada.” Ela tinha fechado a porta atrás de si.

“Já terminou?” Eu assenti “Ótimo, então não mexa em mais nada.”

Ela passou por mim e eu não pude deixar de olhar para suas pernas a mostra, ela estava ao lado da cama e soltou a toalha ficando somente de roupas íntimas, eu tentei desviar o olhar de suas maravilhosas curvas, mas meus olhos se fixaram nela e só se distraíram em um brilho uma chave de tamanho médio ficava pendurada por uma corrente de metal rústico em seu pescoço, olhando melhor seu corpo, ele era coberto com riscos brancos, cicatrizes. Algumas finas e outras maiores, a maioria não parecia muito antiga, e outras pareciam ter anos.

“O que aconteceu?” eu perguntei-lhe.

“Ah, minhas cicatrizes?” ela deu uma risadinha enquanto vestia uma regata branca “Acho que você não ficaria feliz em saber.”

“O que aconteceu?” aumentei o tom de voz sem perceber.

“Não suba o tom comigo. Se não quero que você saiba você não saberá, mas já que insiste, meu pai nunca aprovou muito meus comportamentos rebeldes, e ele nunca foi um homem de bom coração.” Ela estava vestida com um vestido leve e simples que deixava seus pés e busto à mostra.

“Então seu pai fez isso com você?” ela assentiu tristemente.

“Não quero suas palavras de tristeza.” Eu a abracei sem pensar duas vezes.

Não poderia pensar para fazer aquilo, eu iria me declarar para ela, e seria agora, ela demorou um tempo mais retribuiu o abraço, ela era extremamente pequena perto de mim, ela não era baixa tinha no mínimo um metro e setenta e cinco, mas com meus dois metros e tanto qualquer um parece baixo, parecia que se eu a apertasse ela quebraria em dois, sentia sua respiração sobre o tecido de minha camiseta, era tão bom saber que ela estava viva. Parecia que toda a força do mundo não poderia nos separar.

“Vivian.”

“Sim Jonh.” Ela olhou para cima encontrando meus olhos.

“Eu tenho que lhe falar uma coisa.” Suas mãos acariciavam minhas costas, o que me causavam arrepios “É meio difícil eu saber me expressar, e eu não sei que palavras usar, mas eu queria lhe dizer...” eu estava tremendo.

“Eu também te amo Jonh.” Ele me depositou um suave e romântico beijo nos meus lábio e sorriu alegremente.

Ela se desvencilhou de meus braços e abriu a porta do quarto e eu comecei a ouvir sua doce voz ao conversar com meus companheiros, ela fora mais rápida do que eu. Ela percebeu que eu estava nervoso, que droga nem para isso eu sirvo, eu poderia ter tomado uma atitude, mas não, eu fui o babaca que ficou tremendo e deixou que ela desse o primeiro passo como eu sou estúpido.

Virei-me e dei lentos passos para a sala de jantar, todos estavam sentados conversando avidamente e rindo sobre histórias antigas, Vivian estava ao lado de Julie e pelo que parecia Julie estava de bom humor com Jasper, pois eles estavam de mãos dadas e rindo um do outro, todas as cadeiras estavam ocupadas. Vivi se levantou e me ofereceu o lugar, eu o neguei com a cabeça, mas ela me puxou e me sentou e logo depois sentou em meu colo. Ela era leve para sua altura, eu segurei-lhe pela cintura para que não caísse, e olhei para Marcos me lançando um sorriso malicioso.

“Jura, isso também já aconteceu comigo, eu me perdi no castelo quando eu era menor, um dia fui confundida com uma plebeia que tinha invadido o castelo e do jeito que eu era, eu vivia suja de lama” Vivian falou e todos riram.

“Eu ainda me lembro dos velhos tempos de criança eu aprontava muitas com o meu pai.” Marcos falou “Ele adorava ficar no jardim cultivando flores, e eu sempre brincava de pega-pega com meu cachorro e estragava metade de seu quintal.” Eu acabei rindo, rindo de alegria pela primeira vez em um bom tempo.

“Alias, Vivian... Nós mentimos muito para vocês.” Marcos falou “E já conversamos com Beatrice, e ela nos perdoou, agora só falta você.” Ela sorriu.

“Vocês fizeram toda essa encenação para nos proteger não é mesmo?” foi meio que retórica a pergunta “Então porque eu estaria brava.” É ela tinha razão.

Eu nunca tinha visto nosso grupo tão unido, graças a essas duas duquesas, nós estávamos conversando sobre nossas vidas, mesmo que tudo tivesse um fundo de mentira, eram história adaptadas para caber a nossa posição de guardas não assassinos, agora que elas acham que somos seus guarda-costas. Mas, de qualquer jeito era bom, até mesmo saudável ter uma conversa daquelas, estávamos nos divertindo.

O Relógio bateu duas vezes, eu nem tinha percebido o tempo passar, já eram duas horas da tarde, a conversa não tinha parado durante um instante sequer. Daqui cinco horas estaríamos no baile, e estaríamos dançando procurando por Jasmine, aquela que causou mal a Vivian, e eu finalmente poderia mata-la com as minhas próprias mãos.

“Vivian?” eu sussurrei em seu ouvido.

“Sim Jonh.” Ela chegou mais perto de mim.

“Preciso conversar com você a sós, será que podemos ir para o meu quarto, ou lá para fora?” ela assentiu e levantou.

“Licença, mas eu preciso achar algumas joias para usar com o meu vestido esta noite e Jonh virá para me ajudar, desculpe termos que sair assim, mas estaremos de volta em menos de uma hora.” Eu me levantei e segurei-lhe a mão.

“Claro, provavelmente estaremos aqui.” Beatrice falou.

Vivian fechou a porta de seu quarto e voltou ao meu lado entrelaçando seu braço no meu.

“O que quer me falar?” ela perguntou.

“Não posso falar aqui, dizem que as paredes têm ouvidos.” Ela assentiu e me acompanhou até meu quarto em silencio.

Destranquei a porta e a empurrei pesadamente, Vivian entrou sem pensar duas vezes e se sentou em uma das cadeiras da mesa de jantar, ela pegou uma maça e a mordeu, ela tinha os olhos tranquilos, ela não era uma mulher normal ela estava despedaçada à algumas horas atrás. Vivian era uma mulher forte ou ela estava disfarçando seu terror.

“O que quer me falar?” ela me perguntou tranquilamente.

“Eu quero saber o que aconteceu com você, Beatrice estava desesperada procurando por você...” ela me interrompeu.

“Não foi nada Jonh não se preocupe, eu só tive um momento de distração e bem você sabe minha família é muito rica, e bem parece que uma assassina quer esse dinheiro.” Ela falou.

“Conte-me a verdade Vivian.” Eu disse.

“Você não acredita em mim Jonh?” ela mordeu a maça.

“Não.” Eu disse friamente.

“E parece que você não vai desistir não é?” ela me perguntou.

“Sim.”

“Ela queria lhe afetar, a você Peter, e a Jasper. E não finja ser um duque ou muito menos um guarda costas, não é mesmo Peter, o coração de ferro, mestre de armas, Jasmine me falou tudo sobre vocês, e sim eu acredito nela.” Ela não parecia se sentir afetada falando aquelas palavras, mas eu estava.

“Você não confia mais em mim?” eu disse.

“É complicado eu ficar ao seu lado não é mesmo? Você é um mercenário, e eu uma duquesa, mas eu te amo.” Então ela ainda me amava, eu a coloquei em perigo e ela ainda me falava palavras como aquelas “E se minha morte iria te afetar tanto quanto ela me disse, sinto que sou importante para você Peter, e além do mais, você é o único que pode me proteger.” Ela parecia feliz em estar tendo aquela conversa.

“Então... Você não vai me deixar?” eu perguntei.

“Isso só daria mais chances para Jasmine me matar não é mesmo, e de qualquer jeito, eu não quero sair de perto de você, mas tenho uma condição.” Eu assenti para que ela continuasse “Se alguém encostar um dedo, mas um dedo sequer em Beatrice, eu vou querer a minha vingança, eu não quero ver ela machucada, se eu ver uma gota de sangue dela, eu vou botar todas as minhas forças contra a pessoa que o derramou, ou seja, você e sua equipe de mercenários vão protege-la. Eu não me importo em morrer, mas eu quero que Beatrice tenha um futuro.” Uma lágrima escorreu de seu olho. “Ela é a pessoa mais importante do mundo para mim.”

Ela tinha o coração mais doce que eu já tinha visto na vida, ela se importava mais com a vida de sua amiga do que a dela mesma, ela queria que Beatrice tivesse um futuro, que ela fosse para frente não importasse o que. Isso era amor.

“Eu entendo que vocês estão atrás de Jasmine, mas por enquanto a melhor pista que tem somos eu e Beatrice.” Como ninguém tinha pensado nisso antes, elas eram a nossa chance de acharmos Jasmine.

“Entendo, e você tem razão vocês são as melhores pistas que temos.” Ela terminou de comer a maça e a colocou em cima da mesa.

“Eu confio em você Peter, e eu sou mais poderosa do que pareço, então não minta mais para mim.”

Ela se levantou e andou em minha direção, me deu um curto beijo e eu ouvi a chave virando e a porta se abrindo, ela havia ido embora, como ela era tão forte, ela era muito inteligente ela seria de boa ajuda, além de tudo isso tinha habilidades médicas. Ela era uma boa companhia, fechei a portas e apoiei minhas costas contra ela, eu sorria sozinho, porque, meu coração batia um pouco mais pesado, eu estava arrepiado minhas pernas meio bambas, eu estava realmente apaixonado.

–----------------------------------------------------------------------

“O que Jonh queria?” Marcos me perguntou.

“Acho que o assunto se tornou mais meu do que dele. Porque parece que Peter não aprendeu a esconder segredos, igual a vocês não é mesmo Marcos? Leonard? Laura? Jasper? Parece que Jasmine não é a única nesse castelo que conhece quem vocês realmente são.” eles me olharam espantados.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem e espero que gostem! Comentem!!! Beijinhos ((: