Dramione: Learning To Love escrita por Clary


Capítulo 48
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

Estava pronto, mas não deu pra postar por causa dos deveres da escola, desculpem :V esses plongs de professores!



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De repente, senti um aperto no coração, abri os olhos, mesmo com eles abertos, sentia que ainda estava tendo aquele terrível pesadelo.

Em um salto, sentei na cama, então... Acordei gritando. Não demoraria muito para as lagrimas começarem a rolar, não demoraria muito para ele fazer aquilo...Em um piscar de olhos a porta se escancarou e eu entendi tudo.

Draco estava lá, parado e muito confuso. Seu cabelo estava bagunçado de um jeito fofo e ele usava só a calca de um moletom verde. Draco caminha na minha direção, senta-se na cama ao meu lado e me encara.
– Ouvi você gritar. – ele diz, suavemente.

Ajeito-me na cama e abraço meus joelhos.
– Foi um... Um pesadelo. – segurei o choro.

Draco se aproximou mais de mim, acariciando meu rosto.
– Pode me falar. – quando ele disse isso, fechei os olhos e deixei as lagrimas rolarem.

Respirei fundo.
– Eu vi a minha mãe, ela estava conversando com Dumbledore. Ela... – fiz uma pausa escolhendo as palavras – De repente, os olhos dela perderam o foco. E ela pronunciou a minha profecia... – engoli a seco – Mas a voz não era dela.

Draco arqueou as sombrancelhas.
– Era a voz de quem, então? – ele disse, ainda meio pasmo.

Olhei-o. Ele estava com cara de sono.
– Era a voz de Trevor. – soltei. Aquela frase nunca fora tão carregada de medo.

Draco estava tão perto que pude sentir quando ele se arrepiou. Seus olhos se arregalaram e sua boca se abriu, mas não emitiu som algum. Até que ele finalmente ele falou algo:
– Meu Deus, Hermione. – ele disse, passando a mão nervosamente pelos cabelos.

Comecei a chorar mais.
– Mas não foi só isso. – falei e ele me encarou novamente – Minha mãe apareceu numa cela, em algum lugar feito de gelo, ela só disse o meu nome e desmaiou. – engoli a seco – sabe o que isso significa, Draco? – perguntei, desesperada.

Draco me abraçou com força.
– Sim, Mione... Infelizmente. – ele disse.

– Ele está com a minha mãe, Draco... ele capturou a minha mãe. – sussurrei apertando-o mais.

– Você não sabe. Talvez ele só esteja armando, ela é uma Bruxa da Luz, não se deixaria... – ele parou de falar quando percebeu a besteira que estava dizendo.

Minha mãe não se lembrava de nada, ela não teria como se defender.

– Seria tão fácil se você ficasse. – eu disse – Pra quem vou contar meus pesadelos?

– Blás vai ficar no meu lugar. – ele disse – você pode desabafar com ele.

Fiz uma careta.
– Não.

Draco voltou a ficar serio.
– Só não quero que você se preocupe. Hermione, me prometa uma coisa...

– O que?

Senti que quando nossos olhos se encontraram, ele pode desvendar todos os meus segredos com aqueles olhos cinzas.
– Me prometa, que aconteça o que acontecer, vai fazer o impossível para derrotar Trevor. – ele pediu.

Senti algo estranho com aquele pedido, como se fosse um aviso sobre algo, ao mesmo tempo que não... não sei. Só prometi.
– Draco... – comecei, mas ele me olhou com reprovação. – Prometo. – falei, então foi nítido o alivio dele.

As lagrimas secaram, mas eu continuo um caco.

Não entendi bem, mas de repente me ocorreu que eu tinha dois dias com ele. E se minha mãe estivesse mesmo com Trevor, Merlin queira que não, ele saberia... e certamente cuidaria para que nada acontecesse.... Pois ele estaria lá em dois dias. Aperto os olhos ao pensar nisso. Tenho que fazer um enorme esforço para espantar esses pensamentos e focar nele, ali.

– Estou sem sono. – digo.

– Eu também. – ele diz.

– Não quero mais falar disso nesses dias. – suspiro.

– É inevitável, mas eu também não quero. – ele admite. – O que você quer fazer?

Demoro a responder, pois toda vez que olho para a parede, a cena da minha mãe desmaiando reproduz, então pondero que se eu continuar ali vou morrer. Sacudo a cabeça.
– Sair desse quarto, se não vou acabar ficando louca. – digo levantando da cama, ele me segue.

Paro no vão da escada.
Draco? – quase berro.

– Estou aqui. – ele diz, bem próximo.

Mas não sei onde ele está.

Meu olhar está fixo na parede, perto da saída. Meu corpo estremece e ameaço cair. Não posso acreditar. Não. Não. Não.

– Hermione? – Draco chama.

Na parede, vejo a mesma sombra de uns dias antes. Esta sombra... acabou de erguer uma outra sombra, parecida com uma mulher presa por uma corrente, pelo pescoço. De repente, sinto o ar se esvair do meu corpo. Sinto que parei de respirar. Caio de joelhos no chão me apoiando no corrimão, tentando desesperadamente achar um meio de respirar. Draco para ao meu lado, estou ficando louca, se não for isso estou morrendo asfixiada.

– HERMIONE!? – ouço-o gritar. Um grito abafado.

Olho para a parede de novo, a sombra solta a mulher de uma vez e ela cai para trás.

Sou jogada para trás com violência, se Draco não estivesse ali, não sei o que seria da minha cabeça no chão. Busco por rajadas de ar, inspiro, inspiro, inspiro, respiro.

Olho para a parede.

A sombra coloca, novamente, o dedo sobre o que seria sua boca.

“Eu disse para não dizer nada.” Uma voz ecoa dentro da minha cabeça. Um pedido de silencio.


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Notas finais do capítulo

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