Dramione: Learning To Love escrita por Clary


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Demorei mas postei u.u Saudade de vocês!
Agora eu estou de ferias o/



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Estava escuro novamente, eu estava correndo.

Tropeçava repetidamente em coisas que eu não sabia o que. Resolvi parar e tocar essas coisas para ter uma ideia de onde eu estava.

Andei lentamente ate encontrar a primeira coisa, apalpando-a achei.. uma forma que parecia um rosto, ao abaixar as mãos encontrei braços, pernas... voltando acima os cabelos.

Levantei-me bruscamente. Aterrorizada. Eu não estava tropeçando em “coisas” e sim em “alguéns” .

Permaneci parada por um bom tempo. O silencio era meu único fiel companheiro naqueles momentos. Ate que ouvi passos.

As luzes de repente se acenderam. Meus olhos, que estavam acostumados a escuridão, agora demoraram a se adaptar a luz forte. Mas pude ver claramente duas pessoas. Quando meus olhos finalmente recuperaram suas funções, percebi que era... Ridley.

Ridley estava conversando com alguém. O alguém. Quando ele virou o rosto eu tive vontade de correr novamente, mas minhas pernas estavam paralisadas. Ele emanava medo.

– Black. Eu sei que você falou com a menina. – ele falava entre dentes .Sua voz era áspera e era ainda mais medonha que sua aparência.

– Eu não seria estupida assim, Trevor.

Ele berrou e agarrou seu pescoço.
– Não me subestime Lux pythonissam!

Ela não tinha defesas. Nessas horas você vê quando vai morrer, Trevor parecia mortífero, na verdade ele era. Eu tinha essa certeza, reconhecia alguém cruel o bastante para matar alguém quando via um. Ridley começou a confessar o que seriam seus “crimes”.

– Você quer saber? Eu falei com ela sim! Ela sabe de tudo e vai poder te vencer por que sei que possui essa capacidade! Seu planozinho medíocre não será nada! Não valerá nada, Trevor! Por que você não tem algo pelo que vale a pena lutar!

– Traidora!

– Eu nunca fui sua aliada! Agora me mate logo. Eu já cumpri minha missão nesse mundo.

– Você protegeu a sua raça até o fim Lux pythonissam.

Ela falava com convicção.
– Eu a protegi sim Servus Tenebrae. Ela é mais poderosa do que você pensa. A ultima coisa que você precisa saber sobre ela é que ela não é uma sangue-ruim. E ela vai acabar com você. Por que ela sabe da sua existência e já viu você em ação.

Ridley virou o rosto na minha direção. Seus olhos encontraram os meus, como se fosse um ultimo adeus que confirmasse tudo. Que ela estava dizendo a verdade e tentando me proteger em todos os momentos. Que ela estava me deixando uma pista. Que ela me deixou uma missão que envolvia informações e esse enigma.

Só poderia ser uma profecia.

Trevor aproximou o rosto do dela.
– Será um prazer lhe matar Congue Sanguinem.

Assim ele gritou o feitiço da morte. Avada Kedrava.

Acordei sobressaltada.

De repente o choque me atingiu. Eu vi Ridley Black morrer.

Ridley. A mulher que julguei mal tantas vezes, a mulher que me alertou de tudo. Que arriscou a vida para me manter viva e informada, às vezes esse é o preço de uma informação. Uma vida por um aviso.

Comecei a chorar. Eu nunca superaria as mortes que presenciei. A morte é uma lembrança que não morre dentro de você, e lembranças ruins são exatamente as que você quer que morram. Elas não morrem, mas as pessoas sim. Levantei-me da cama e sentei-me no parapeito da janela olhando o escuro céu lotado de estrelas. Ouvi dizer que quando morremos vamos parar ali. Talvez Ridley estivesse ali. O vento frio atingiu meu rosto banhado de lagrimas, causando uma sensação estranha e secando-as.

Talvez Ridley tivesse me permitido ver aquilo por que realmente achou que eu precisaria. Que sua morte seria um pontapé inicial para eu começar a mover meus palitinhos e por meu cérebro a par desse enigma.

Não consegui dormir. Então fiquei ali, com a imagem de Ridley morta cravada na minha mente.

Então era um tal de Trevor que estava atiçando a guerra. Eu quero chutar a fuça desse cara.

Quando está tudo muito bem, sempre aparece um ser infeliz, até do rejunte do piso da cozinha de Hogwarts, pra estragar seu dia, sua vida.

Acabei adormecendo ali, cansada de mirar a lua, cansada de culpar a vida por tudo que acontece de errado. Eu fiz a minha vida. A culpa é totalmente minha. Os seres humanos não conseguem suportar a culpa ou o fato de serem donos de suas atitudes e colocam a culpa de tudo que lhe acontece de errado na vida. Mas é que somos todos errados procurando alguém que nos ajude a corrigir esses erros.

– Hermione..!

Grunhi ainda sonolenta.
– O que foi Gina?

– Acorda.

– Já acordei.

– Quero dizer pra você acordar mesmo. Você deve estar toda quebrada. O que te leva a sair da sua cama e vir dormir na janela?

– Insônia.

– Ok. A inimiga do sono.

– Sim...

Ela me olhou de canto enquanto eu me levantava.
– Você teve outro pesadelo?

Encarei-a. Hesitei antes de falar.
– Sim.

– Vai tomar um banho e se vestir. Quero que você me conte, ainda não me falou sobre o primeiro.

Assenti e entrei dento do banheiro.

Quando fui me vestir, o quarto estava vazio.

De repente me lembro de Draco e do que eu pensava ontem de noite.

Ele me ajudaria a corrigir a alguns dos meus erros?

Ele ficaria do meu lado nas horas difíceis?

Tenho a impressão de que terei que arriscar. Não será tão difícil. Eu sei que gosto dele.

É difícil admitir, mas eu gosto muito dele.

Vesti-me e desci para o salao. Gina me esperava sentada em um dos sofás.
– Cheguei.

– Chegou.

Olhei-a.
– Acabei de dizer isso.

– Não. Você disse em primeira pessoa, eu não.

Sentei-me.
– Que diferença faz?

– Gramatica.

As palavras que saíram da minha boca tinham que ser pronunciadas naquele momento, se não nunca as falaria.
– Vi Ridley morrer.

Gina arregalou os olhos, a atenção toda voltada para mim.
– Continue. – encorajou.

Contei tudo. Todos os detalhes, sem olha-la.

Gina examinava-me, pensativa.
– Ele falou em latim.

– O que mais me deixou intrigada foi ela dizer que eu não sou uma “sangue ruim”. Ela estava me defendendo ou dizendo que eu não era uma nascida trouxa?

– Acho que ela estava te instigando a procurar por esse enigma, ou como você prefere chamar, a profecia. – ela disse.

– Onde eu acharia essa profecia? – perguntei.

– Num lugar que seja como você. – Gina sorriu. Ela sabia a resposta.

– Biblioteca. – falei como se fosse óbvio.


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Notas finais do capítulo

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