Devil Days escrita por Breno Gimenez


Capítulo 9
Esperança




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No dia seguinte, ambos se levantaram, tomaram seu café da manhã baseado em enlatados como já estavam fazendo há um mês e olharam pela janela. Uma pequena névoa cobria a cidade, mas ainda de um modo transparente, permitindo que conseguissem ver o que estava no solo, que até aquele momento, parecia tudo tranqüilo, em um silêncio único resumido no pequeno barulho do vento do inverno soprando contra as janelas do edifício.

Arrumaram-se, saíram de seus quartos e foram para o lobby, assim como combinaram pela manhã. Pegaram suas armas e logo estavam na rua, procurando por algum carro ou meio de transporte que pudesse levá-los até algum lugar mais seguro, já que o ataque que sofreram durante a noite tinha quase zerado o número de balas em suas armas e os pentes reservas, reduzidos à dois e um, para Dilan e Alex, respectivamente.

Após caminharem seis quarteirões desolados, finalmente encontraram um carro com um pouco de combustível, e então, após fazerem uma ligação direta, conseguiram voltar a andar com mais velocidade em busca do suposto esconderijo.

Dilan estava dirigindo, já fazia algumas horas e, Alex, ainda abalada, sentada no banco ao lado, apenas mantendo o silêncio e pensativa, sem expressar nenhum interesse em qualquer possível conversa, respondendo somente o que lhe era perguntado com poucas palavras. Revezaram-se no volante e assim foi por quase cinco horas, rodando por cada bairro, cada rua e cada beco da cidade, em busca de qualquer pista ou sinal de vida humana por ali, mas nada indicava indícios de sobreviventes, nada até que..

Bem, eu não sou um bom para descrições, mas, aquilo foi bizarro. Um zumbi mutante, isso, exatamente isso que você acabou de ler. Dilan e Alex não o conheciam, porém o nome do sujeito era Kullen. Formado na área de biomedicina em uma das maiores faculdades do país, o doutor tinha inventado um suposto soro para inibição do vírus. Com os testes negados pelo governo, começou a aplicá-los nele mesmo e deixou com que um zumbi o infectasse, e pelo visto foi uma péssima ideia. O resultado foi a formação desse novo gene mutante, que acabou fortalecendo o vírus e tornando-o duas vezes mais potente, deixando o infectado absurdamente mais forte e, com quase três metros de altura.

Imediatamente os dois se olharam confusos e Dilan deu a meia volta, pisou fundo no acelerador e tentou ir o mais rápido possível, sem tirar os olhos do espelho retrovisor, vendo constantemente o monstro, aumentando a velocidade e se aproximando cada vez mais do carro.

– Talvez seja a única saída.. – Disse ele enquanto analisava uma ponte à sua frente, parcialmente destruída, mas com algumas pedras formando uma semi-rampa, de um modo que possivelmente conseguiriam atravessar. E conseguiram.

Assim que o carro saiu do chão, os dois prenderam a respiração e ficaram em silêncio, apenas esperando pela aterrissagem ao outro lado, e assim conseguiram, porém, com o salto mal calculado, o pequeno carro esporte acabou capotando, mas sem nenhum dano considerável aos dois. Pena que não ocorreu o mesmo com o zumbi.

O monstro saltou pela ponte sem nenhuma dificuldade, e aterrissou logo ao lado do carro, dando um sorriso um tanto infame, como o de “missão cumprida”. Caminhou lentamente até o carro com um ar de vitória estampado em seu rosto e na sua postura, até que uma sirene soou, sobre a cabeça dele, e no caso, sobre o pé dos dois, já que estavam virados.

Alguns segundos depois, um helicóptero hospitalar sobrevoou sobre a área, parando sobre eles logo em seguida. Felizmente, não era apenas uma equipe de enfermeiras.

Ele era um helicóptero que antes tinha sido do hospital central de Atlanta, mas então foi tomado pelo grupo de sobreviventes, customizado e incrementado com duas .50, uma em cada lado, que já estavam sendo usadas no momento, para aniquilar a monstruosidade.

Mesmo ferido, o monstro conseguiu fugir, se jogando da ponte e caindo no lago logo abaixo deles, desaparecendo em meio a água e, em seguida, o helicóptero pousou, ao mesmo tempo em que Dilan e Alex tentavam sair pelas janelas do carro.

– Wow, calma gente, o vidro pode arranhar vocês – Disse uma jovem, loira com os olhos esverdeados, aparentemente com 1,73 de altura, calculados rapidamente por Dilan.

– Quem é você? – Perguntou ele ainda confuso, mas os dois já estavam de pé, próximos ao carro enquanto a garota acenava para que eles entrassem no helicóptero, e assim fizeram, quando ela começou a falar.

– Somos a sua salvação.


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