Ai no Himitsu escrita por rosewine


Capítulo 4
3 Segredo: A coincidência é prima do destino




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/429106/chapter/4

3° Segredo: A coincidência é prima do destino

Lucy

Eu sai do quarto e fechei a porta logo em seguida, dei dois passos e olhei para a minha mão esquerda e vi meu anel. Levei minha mão para o alto admirando meu anel de prata. Parei de admirar o anel e voltei a andar para o quarto do meu irmão que era do lado do meu. Bati na porta e imediatamente ouvi de Mira um ‘Pode entrar’.

Entrei no quarto e vi que Mira estava sentada no sofá com as pernas esticadas no colo do meu irmão.

-Vocês querem ir ver alguns filmes comigo e com a Levy? –perguntei dando alguns passos para dentro

-Claro! –Mira disse animada –Já estava ficando entediada

-Então ficar comigo é entediante? –meu irmão perguntou brincando

-Claro que não! Mas queria fazer alguma coisa. –Mira falou sorrindo e meiga como sempre

-Tudo bem. –meu irmão falou passando a mão nos cabelos dela. –Vamos ver um filme

-Então vamos. Eu já tenho os filmes no meu quarto. E a Levy está lá nos esperando. –falei

-Vamos! –Mira falou já se levantando e correndo para o meu quarto

-Ela parece uma criança. –meu irmão falou com um sorriso bobo estampado no rosto

-Que você gosta. –eu falei do seu lado

-Que eu amo. –ele falou me completando

-Você sabe no que eu acredito então não vou nem discutir. –falei suspirando

-Lucy, você precisa rever seus conceitos. –ele falou colocando sua mão em minha cabeça

-É só uma questão de perspectiva. –eu falei e ele fez uma cara de desentendido- Deixa para lá. –falei suspirando- Vamos?

-Vamos. –ele falou suspirando derrotado- Lucy –ele me chamou e eu me virei –O pai me falou uma coisa hoje. –ele falou e eu comecei a ficar preocupada

-O que foi? –perguntei

-O Sting... –meu irmão começou- Ele vai voltar.

Eu entrei em choque.

-O que...? –eu olhei para baixo- Quando...?

-Não sei. –Ele falou- O pai só disse que ele vai voltar da Itália.

-Hã. –eu falei olhando para baixo. –Por que assim de repente? –perguntei

-Não é de repente. Já fazem 5 anos Lucy. Você sabia que uma hora ou outra ele iria voltar, além do mais ele é nosso irmão. –ele falou e eu cerrei o punho

-...Claro... – ‘Nosso irmão’ eu pensei

-Ei –Meu irmão chamou minha atenção e me abraçou- Eu não vou deixar acontecer tudo de novo, ok?

-Ok. –eu falei- Sabe... Apesar de tudo você é um bom irmão mais velho. –eu falei rindo

-Obrigado, também te amo irmãzinha atrapalhada. –ele falou em tom de brincadeira e nos separamos

-Ei, eu não sou atrapalhada –falei cruzando os braços

-Vamos dizer que você é muito frágil. –ele falou

-Ei –eu ia retrucar mas ele me interrompeu

-Deixe seu irmão fazer o papel dele de ser super protetor –ele falou e nós rimos

-Tudo bem. –eu falei e nós fomos para o meu quarto onde Mira e Levy discutiam pelo filme que íamos assistir.

-Eu já disse, vamos assistir um de terror. –Levy falou

- Levy-san da última vez nós assistimos de terror, agora é comedia romântica. –Mira argumentou

-Que mentira. Tenho certeza que assistimos um romance, por que me lembro de ver a Lu-chan rindo da moça que teve seu coração quebrado pelo galã da história. –Levy falou

-Levy-san, eu me lembro da Lucy rindo da desgraça amorosa em todos os filmes. Por exemplo eu me lembro dela rindo do filme de terror que a mulher morreu para salvar o namorado. –Mira falou cruzando os braços

-A falta de sentimentalismo da Lu-chan me deixa preocupada. –Levy falou com a mão na testa

-Sabe, eu fico feliz que vocês me amem tanto. –eu falei em tom sarcástico

-Lucy, as vezes você se supera. –Laxus disse

-Qual é o problema?! Eu só estava rindo da realidade. –eu disse bufando

-Lu-chan, eu amo ver filmes com você por causa disso –Levy falou

-Os seus argumentos são engraçados. –Mira completou

-E perturbadores. –Meu irmão finalizou

-Já terminaram a sessão de elogios? –falei suspirando- Vamos logo assistir um filme. Amanhã nós temos aula. –eu falei e meu irmão riu

-Correção:Vocêstem aula. –ele falou

-Rindo da desgraça dos outros, que lindo da sua parte. –eu falei

-Laxus, você anda passando muito tempo com a Lu-chan. –Levy falou rindo

-Oe. –eu falei seria

-Vamos logo ver o filme de romance. –Meu irmão disse

-Claro... –eu falei- Argh... Lá vamos nós ao mundo do clichê

-Ara ara. Lucy você vai gostar desse filme! Fala sobre uma garota que sofre de câncer e se apaixona por um garoto que também sofre de câncer, só que o dela é terminal. –Mira falou

-Tudo bem, parece bem triste esse filme. –Meu irmão comentou

-Verdade. –concordei

-Venham se sentar. –Levy nos chamou para o sofá do meu quarto

Nós quatro nos sentamos no sofá e colocamos o filme, estava na metade do filme e todos já estavam bocejando. Não era para menos. Já eram quase três horas da manhã.

Eu era agora a única acordada, mas acho que não por muito tempo. Comecei a cair no sono.

Eu corria o máximo que podia no jardim da mansão, mas não corria para brincar. Eu estava correndo para fora da minha gaiola, eu estava fugindo.

-Lucy, vamos voltar...

-Não! Vá embora

-Você saiu da cirurgia faz pouco tempo.... Vamos voltar...

- …não quero voltar para lá...

- ...você sabe que é minha... vamos voltar...

- Não!

-Sabe, você devia se portar mais como uma dama, vamos voltar agora. Ou você quer que o seu pai saiba sobre isso.

Falado isso eu gelei, e ele me estendeu a mão e eu a segurei insegura de minha decisão...

E a consequência veio logo depois...”

Eu estava quase me acordando do sonho, mas o cansaço me vencia e voltei a sonhar

“A pista estava molhada, de repente nós derrapamos e saímos da pista, o carro capotou

-... tirem primeiro a menina, ela está com um traumatismo craniano, mas tem chance de sobreviver

-... Vamos embora....

-...Ela está desmaiada...

-...esqueça ela...

-...ela pode morrer...

-...vamos leva-la para cirurgia...

-...eu faço qualquer coisa…”

Como esperado tive mais um pesadelo e acordei suando frio. Essa era sempre a consequência do stress causado pelas minhas conversas com o meu pai

Era sempre a mesma coisa.

Me levantei do sofá e sai do quarto sem acordar eles. Desci até o subsolo e fui para uma sala com paredes de aço e no centro estava uma cadeira reclinável com um capacete em cima.

Esse era o meu tesouro. Meu irmão, que é o presidente da companhia de tecnologia avançada do meu pai, criou para mim. Ele via que sempre que sonhava, tinha pesadelos. Os psicólogos diziam que era a forma de meu cérebro descarregar todo o meu stress. Então ele foi e criou para mim o simulador de sonhos.

Caminhei para o centro e me sentei na cadeira e coloquei o capacete. Relaxei e logo consegui entrar no meu sonho. Sem pesadelos. Só uma história feliz. Era isso com que eu queria sonhar.

Eu me encontrava novamente na saída da escola com Mira, Levy, Juvia e Erza com seus respectivos namorados, comigo.

-Onde o cabeça de algodão doce se meteu? –o garoto falava

E então esperei pela voz que sempre me chamava.

-Lucy!

Eu ouvia sua voz me chamar.

-Lucy

E por alguma razão...

-Lucy

Isso me trazia paz e felicidade toda vez.”

Acordei atormentada por ter de novo o mesmo sonho.

Me levantei da cadeira e coloquei o capacete em cima e sai da sala.

Subi as escadas e fui para o meu quarto onde todos ainda estavam dormindo. Olhei para o relógio que estava em cima do criando mudo e vi que eram 6:50. Faltava 1 hora até minha aula na faculdade começar. Eu suspirei e decidi tomar um banho.

Fui para o banheiro e me despi e entrei debaixo do chuveiro ainda com um pouco de fadiga. Eu estava com a minha cabeça debaixo da agua corrente do chuveiro e comecei a fechar os olhos para pensar. Decisão errada. Vi flashes de imagens daquela noite.

Uma estrada.

Um trovão.

Uma pessoa.

Um quarto escuro.

- Droga. - Praguejei

Desliguei o chuveiro e sai do box com a minha toalha. Troquei de roupa ali mesmo e sequei o cabelo. Quando sai do banheiro vi que Levy já estava acordada e escovando os cabelos.

-Ah, Lu-chan. –ela falou sorrindo

-Bom dia. –falei

-Bom dia. Vamos?

-Vamos... –eu falei já suspirando de cansaço

-Qual é! Eu já liguei para a Er-chan e a Juvia-chan! –ela falou animada

-Por que? Que eu saiba as duas já se formaram. –eu falei invejando elas enquanto eu e Levy saiamos do meu quarto em direção a porta de entrada

-Bem. A Er-chan e a Juvia-chan vão dar uma palestra hoje... –Levy falou com um tom preocupado

-Ai não. –eu falei

-É. –ela falou

-A gente tem que avisar o Gray. –eu falei

Eu, Levy e Gray éramos amigos de infância. Nós nos conhecemos no jardim da infância antes ‘daquele dia’, foi bem engraçado o jeito que nós nos conhecemos. Me lembro que nossa amizade começou com uma briga por um onigiri e acabou em risadas infantis e cada um com um onigiri roubado de outra pessoa. Bons tempos.

-Eu dirijo! –Levy gritou pegando a chave da minha Aston Martin V8 Vantage Sportshift.

-Nem pensar que eu vou deixar você dirigir a minha vida em rodas. –eu falei brincando com ela

-Ah que chata! Deixa vai! –ela falou fazendo manha

-Tudo bem... –eu derrotada

-As chaves! –ela falou estendendo a mão e eu com relutância as entreguei- Suba a bordo!

-Já estou me arrependendo... –falei mais para mim mesma já entrando no carro

-Ah! Liga para o Gray e vê se ele não quer uma carona. –Levy sugeriu

-Tudo bem. –falei pegando o meu celular e digitando seu numero

-Alô? –ele falou com uma voz cansada

-Aqui quem fala é da polícia. Soubemos que o senhor tem envolvimento com uma corrida de carros ilegais. –falei disfarçando a voz e Levy do meu lado riu baixo

-O que?! –ele falou parecendo acordar- Não senhor! Eu não tenho nenhum tipo de envolvimento com tal coisa! –ele falou desesperado

-Senhor Gray –falei – Aonde o senhor está nesse exato momento?

-Pera. Você falou Gray? –ele notou que eu usei seu apelido

-Não senhor Grayson. –falei tentando consertar o meu erro

-Espera ai. –ele deu uma pausa, provavelmente para ver seu identificador de chamadas – Lucy!

-Bom dia senhor Grayson Fullbuster –falei rindo

-Poha! Que susto! –ele falou bufando

-Quer uma carona? Estamos quase em frente à sua casa. –falei

-Pera. Você quer que eu vá na sua V8, que está sendo, provavelmente, dirigida pela Levy? -ele falou

-Pois é. –falei

-Não é que eu não dê valor a minha vida mas eu topo. –ele concordou e logo o avistamos andando na rua e desligamos o telefone

Nós buzinamos para ele e o mesmo acenou de volta e encostamos o carro para ele que entrou no carro atrás

-Como vão as donzelas? –ele falou brincando

-Muito bem cavalheiro –Levy falou brincando

-E o bom senhor como anda? –eu perguntei entrando na brincadeira

-Como de sempre boa senhorita: aproveitando os dotes femininos de nossa belíssimas companheiras de sala. –ele falou rindo

-Você é um cafajeste, sabia? –Levy falou

-Um canalha também. –complementei

-A minhas queridas amigas de tempos. Vocês ainda não sabem nada sobre o prazer dos dotes masculinos -ele falou com um olhar malicioso e eu e Levy nos entreolhamos e rimos

-Não sei se o que experimentei semana passada era bem um dote mas pode ter certeza que sei como é esse prazer –falei rindo

-Lu-chan! –ela falou parecendo estar me repudiando- Aposto que o cara que sai semana retrasada tem mais dotes do que esse cara. –ela falou e começamos a rir

-Sabe eu preferia ter minha ignorância de volta... –Gray falou com a cabeça abaixada

-Por que? –Levy perguntou

-Sabe, ainda quero pensar que vocês duas são virgens. –ele falou com a mão na cabeça

-Você está parecendo o meu irmão –eu falei

-A gente se conhece desde de pequeno, dá um tempo. –ele falou

-Ah, você está com saudade de quando nós três tomávamos banhos juntos? –eu perguntei brincando

-Sim, muito –ele falou

-Idiota. –eu falei depois de lhe dar um tapa na cabeça

-Você que perguntou. –ele falou com a mão onde eu lhe dei um tapa

-Ah, quase me esqueci. A Juvia e a Erza estão vindo para dar uma palestra aqui no campus –eu falei

-O que?! –ele gritou e fez Levy perder por um segundo o controle do carro

-Cuidado! –eu gritei para a Levy

-Culpa do nudista que fica gritando! –Levy falou

-Ei! Não me chame de nudista eu estou com as minhas –nessa hora ele olhou para baixo e viu que estava sem camisa –Quando foi que isso aconteceu?!

-Faz uns 5 minutos. –falei abrindo o espelho do carro

-Por que não me avisaram antes? –ele nos repudiou

-Pensamos que você ia se tocar. –Levy falou

-Não sobre isso! Sobre a Juvia estar vindo para o campus! –ele falou

-Ah, por que shows são feitos para se apreciar até o final. –eu falei e Levy virou para mim e levantou a palma da mão e batemos nossas mãos

-Me deixem sair agora! –ele falou

-Tarde demais! Estamos dentro do campus! –Levy falou estacionando o carro

-Droga! –ele praguejou- Será que ainda dá tempo de pegar o trem bala para Hokkaido? –ele falou olhando para o seu relógio

-Tarde demais. –falei apontando para Erza e Juvia que vinham e nossa direção

-Gray-sama! –Juvia falou

-Eu já falei para não me chamar assim. Nós temos a mesma idade. –ele falou coçando a nuca

-Ah, Gray-sama sendo tão cavalheiro! –Juvia falou com os olhos apaixonados

-A Juvia nunca muda. –Levy falou com pesar

-Está todo mundo olhando para cá. –Erza falou fazendo cara de brava, afastando todos

-A Juvia devia desistir logo. –eu falei suspirando

-Por que? Acha que ela vai se machucar muito com essa história? –Erza falou como sempre preocupada com as amigas. E eu apreciava isso.

-Não. A Juvia é muito corajosa para acontecer isso. Eu admiro a Juvia por ser tão corajosa em falar abertamente sobre como ela se sente em relação ao Gray. –eu falei com os braços cruzados – Mas, toda pessoa corajosa acaba tendo um coração fraco. –eu falei por final

-Compreendo. –Erza falou

-Lu-chan... Não é que você é esperta. –Levy falou e me irritei

-Oe, está me chamando de burra. –falei levantando o punho

-De jeito nenhum –ela falou rindo –Bem vou para a minha sala. Vejo vocês depois –Levy foi para o seu curso de informática

-Bem. Eu também tenho que ir preparar minha palestra de direito –Erza falou

-Ok. Nos vemos mais tarde. –falei acenando para ela enquanto andava para a minha sala

Andei pelo resto do corredor até chegar em minha sala de administração. Abri a porta e fui recebida por vários de meus colegas me dando bom dia.

-Bom dia pessoal. –falei alegremente

Eu como filha dos Heartphilia tinha uma postura e reputação a zelar, vida pessoal é vida pessoal, agora imagem pública é imagem pública. Foi o que meu pai disse.

-Como tem passado Heartphilia-san? –Jennifer Weston, uma das minhas colegas me perguntou, a família dela era dona de metade do petróleo exportado

-Bem, e a senhorita e sua família? –perguntei calmamente

-Passamos todos bem. Gostaria de lhe perguntar algo. –ela falou meigamente

-Claro. –falei sorrindo

-A senhorita vai na festa de primavera dos Strauss? Ouvi dizer que seu irmão está noivo da irmã mais velha da família e que você é próxima dos outros familiares. –ela perguntou se sentando ao meu lado

-Sim, eu irei. Não perderia está oportunidade. –falei sorrindo colocando minha bolsa em cima da mesa

Ela logo se levantou animada e correu para as amigas da alta sociedade e contou sobre a minha ida na festa e todas começaram a ficar animadas. Suspirei e peguei meu celular que vibrava dentro da bolsa. Quando fui atender olhei para a porta de minha sala que tinha sido aberta por um ser que agora me recordava. Um ser um tanto arrogante, sedutor, extremamente atraente, com um cabelo peculiar também conhecido na máficomo Salamander.

Não existe coincidência, apenas a ilusão de uma coincidência


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ai no Himitsu" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.