Apanhador De Medo escrita por Ju Mikaeltelli, Beatriz Hunter


Capítulo 6
Bem vinda a Londres


Notas iniciais do capítulo

Eu vi que apareceram mais pessoinhas para acompanhar, apesar de nenhum comentário. Mas vou continuar postando de qualquer maneira. Boa leitura! Nos encontramos nas notas finais.



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Rebecca entrou no carro na companhia de Chester pela segunda vez no dia, ele teve que insistir que ela fosse com ele até sua casa. Mas no fundo ela tinha uma curiosidade por vampiros, certo fascínio até. Chester ligou o rádio em um volume baixo e agradável. A voz de Paul McCartney soava em Hey Jude fazendo Rebecca sorrir por um momento. Eles mantinham uma conversa sobre a cidade, e Rebecca lhe informou que nunca havia vindo a Londres. Ele tirou as mãos do volante por um momento e disse a ela:

– Bem vinda a Londres, Rebecca! – disse abrindo um pouco os braços e os levando de volta rapidamente para o volante. Ela sorriu, Chester ela uma boa companhia afinal. Passaram pelos fundos da Grande Torre, depois teria tempo de visita-la.

Quando passaram pela Tower Bridge Rebecca se concentrou em contemplar o Rio Tâmisa que cintilava com o sol lhe lançando seus raios intensamente como um holofote. Pensou em como aquela cidade era bonita, e como estava sendo privilegiada de estar ali, na Londres de Sherlock Holmes.

Ter vindo atrás de Azazel eventualmente se tornou uma oportunidade de conhecer um lugar no mundo que ainda não havia visitado. Rebecca já esteve em muitos lugares durante sua vida. Depois da morte de seus pais que deixarão todo o patrimônio para a única filha que tinham, ela passou a se deslocar pelo mundo afora e deixou a empresa nas mãos de gente mais qualificada que ela. Sua origem é desconhecida já que nem seu pai nem sua mãe eram apanhadores de medo, mais tarde descobriu que fora adotada. De vez em quando era exigida sua presença nos EUA, mas geralmente tomava as decisões de longe. Pra ela era difícil voltar aquele país para ficar.

Chester parou o carro em frente a um portão de grades douradas com a inicial P pintada de prata. O portão se abriu e o carro passeou pelo caminho que levava até a mansão, tudo era exuberante, a grama era incrivelmente verde e as cores das flores que coloriam o caminho eram intensas. Tudo ali esbanja riqueza e poder, algo que chegava a ser chamativo. O carro parou e com sua super velocidade Chester conseguiu abrir a porta para Rebecca que apenas revirou os olhos.

– Claro que você é rico. – ela disse observando a mansão enorme. Estava guardando cada detalhe quando Chester pegou em sua mão para guia-la até a porta.

– Vem, vamos entrar. – Rebecca não demonstrava, mas estava receosa em conhecer a família de Chester. Não tinha a mínima ideia de como a receberiam. Ele soltou sua mão e abriu a porta que dava ao hall de entrada, ouviu passos em direção à escada, logo no topo apareceu uma figura loira de olhos azuis, corpo escultural que desceu as escadas às pressas quando viu que era Chester.

– O que está fazendo aqui? – ele perguntou enquanto ela o abraçava com força. – Pensei que fosse ficar por mais um ano no Japão.

– Mas não me aguentava de saudades de vocês. – ela pôs as mãos no ombro de Chester e olhou para Rebecca. – Oh, que indelicadeza a minha. Desculpa, eu sou Abigail, irmã do Chester.

Ela estendeu a mão a Rebecca que demorou alguns segundos, mas a apertou constatando que era fria como a de Chester. Abigail desmanchou um pouco o sorriso, agora lhe olhando com um olhar de curiosidade.

– Rebecca. – ela disse firme e simpática. Abigail pareceu entrar em um transe que foi interrompido pelo irmão.

– Abbie, onde está a mãe? – ele perguntou chamando sua atenção para ele.

– Ela está a caminho para o almoço, passou a manhã no spa. – ela disse esperando que Chester se lembrasse do por quê. – Chester, o jantar da Liga da Família.

– Ah, é claro. – Abigail revirou os olhos.

– Ela vai almoçar conosco? – um sorriso brotou do nada em seus lábios.

– Ah não, eu não pretendo demorar muito... – Rebecca tratou de responder.

– Como não? Vou pedir para a Judith pôr mais um lugar na mesa. Com licença. – e saiu batendo os saltos altos no assoalho.

– Já vi que a insistência é mal de família. – disse fazendo Chester sorrir. – O que foi aquele transe estranho?

– Ela sentiu... – Rebecca esboçou uma expressão interrogativa. – Como eu senti quando apertei sua mão ontem.

– Oh. – disse compreendendo.

– Anda, vou te mostrar o resto da casa. – era um insulto chamar aquilo de casa. Era uma mansão.

Minutos depois Abbie apareceu na porta do quarto de Chester, onde ele e Rebeca se encontravam sentados na cama gargalhando sobre alguma coisa que Chester disse. Eles interromperam as gargalhadas para olhar para Abbie e seu sorriso malicioso, após eles ficarem em silencio ela decidiu falar.

– O almoço será servido e a mamãe está à espera na sala de jantar. – disse em um tom um tanto... Formal.

Chester se levantou e ofereceu a mão a Rebecca que a pegou se levantando. Após se levantar entrelaçou seu braço no dele e seguiram atrás de Abbie. Rebecca analisou a situação, conhecia-o há um dia apenas e já iria conhecer sua família. Que louco, pensou.

Sentada na cadeira de estofado carmim a mulher morena conservada no auge de seus 40 anos batia o salto insistentemente no chão enquanto lia seus e-mails no Ipad que segurava, causando um som irritante que foi cessado quando sentiu a presença dos três jovens parados no batente da porta esperando a mãe olhá-los. A mulher os olhou demorando um pouco em Rebecca, por fim pôs o Ipad nas mãos da serviçal parada de prontidão perto da porta que dava acesso a cozinha, a dispensando e foi ao encontro deles lhes cumprimentar. Deu um beijo demorado na bochecha do filho e parou na frente de Rebecca que foi pega de surpresa pelo abraço dela.

– Prazer querida. – ela se afastou de Rebecca para olhá-la nos olhos. – Eu sou Carmen Powell.

– Rebecca Moore. – ela se limitou a por um pequeno sorriso nos lábios para não parecer rude.

– Vamos, sente-se. – ela apontou a mesa voltando ao seu lugar. Abbie se sentou ao seu lado enquanto Rebecca e Chester sentaram-se lado a lado na frente das duas. Assim que se sentaram as empregadas eficientes lhe servirão com excesso de formalidade. – Chester nunca mencionou você. Estou curiosa para te conhecer melhor... Então, da onde você é?

Claro que ela percebeu que Rebecca não era dali pelo seu sotaque muito diferente dos ingleses ali presentes. Seu inglês já havia passado por diversas modificações, mas ainda tinha a informalidade americana ao falar e provavelmente Carmen havia percebido.

– Eu sou americana, mas estive por muito tempo na Alemanha. É da onde me mudei pra cá.

– Oh... Então bem vinda a Londres querida! – ela disse gentil.

– Obrigada. – disse educada.

– Há quanto tempo você é parceira de Azazel? – ela disse tomando um gole de vinho fazendo Rebecca olhar para Chester um pouco desconfiada.

– Mãe. – ele disse tentando repreende-la.

– Eu sei que você é uma apanhadora de medo. – ela olhou para Rebecca, um olhar firme, assustaria Rebecca se não tivesse tanta experiência quanto tinha. – Então deduzi que conhece Azazel. Estou errada?

– Não. Eu conheço Azazel... O conheci enquanto estive na Alemanha.


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Notas finais do capítulo

Oi. Senti saudade. Fique sabendo que sua opinião é muito importante pra mim então se você decidir usar essa caixinha ai embaixo pra me deixar um comentário, ficarei muito feliz *-* Beijos!



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