Apanhador De Medo escrita por Ju Mikaeltelli, Beatriz Hunter


Capítulo 17
Segredos do Notebook


Notas iniciais do capítulo

Oi! Não, hoje não é a Hunter que está postando. É a Ju aqui, postando mais um capítulo desta humilde história. Demorei a semana toda pra acabar esse capitulo, mas consegui! E pretendo postar outro amanhã. Bom, vamos lá, esse capitulo tem uma revelação bombástica! Boa leitura. Te encontro nas notas finais.



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Rebecca se aproximou de Chester ainda com a expressão dura de antes, os olhos dele diziam que sentia muito por aquilo. Ela o encarou de cima, os pés de Rebecca estavam descalços no chão, vestia um short e uma blusa regata, os cabelos estavam soltos. Não era bem o traje apropriado para uma luta. Chester não falou nada, apenas esperou e para sua surpresa Rebecca estendeu-lhe a mão.

– Vamos. Não temos o dia todo. – diz ainda com a mão estendida. Receoso ele a pega e se levanta. – Está bem?

– Sim. Rebecca, eu... – ela o interrompe.

– Você não precisa sentir muito Chester. Eu menti pra você e você me protegeu. – deu um breve sorriso de lado e virou para trás encarando os outros três homens. – Me ajude a carrega-los para seus quartos.

Dito e feito. Alguns minutos depois tinham carregado os três para cima, ou melhor, Chester os havia carregado, Rebecca apenas o auxiliou no caminho até os respectivos quartos. Fizeram tudo em um pleno silencio entre eles. As coisas ainda não tinham voltado para os seus lugares, ainda havia muito que ser reparado.

– Acho que preciso ir. – diz Chester após saírem do quarto de Francis.

– Tudo bem. – concorda. – Eu assumo daqui. O que você vai fazer em relação a seus pais?

– Não faço a menor ideia. – ela pode ver a confusão nítida em seus olhos. Tocou-lhe o braço e lançou um olhar compreensivo.

– Estou aqui por você. – diz e ele sorri de lado, agradece em um sussurro e se vai. Mas antes grita: - Tem um caçador morto no hall de entrada! – e fecha a porta. Rebecca ri e vai em direção ao andar de baixo. Ela observa o rosto petrificado de Fraülin mais uma vez antes de arrastá-lo para a sala de estar e coloca-lo sentado no sofá. Quando os garotos acordassem o veriam sendo enterrado junto com Rebecca.

– Você aceita uma bebida? – pergunta Rebecca ao corpo, que pende a cabeça para o lado direito. – Acho que isso é um não.

Ela serve um copo de vodca pura para ela, mas depois desiste do copo e pega a garrafa.

– Você está sangrando no sofá! – falou com o corpo mais uma vez. – Menino mal. Papai Noel não vai vir te visitar... E a mim também não, eu te matei seu cretino.

(...)

O primeiro a acordar foi Azazel, na primeira tentativa de se levantar ele só conseguiu se sentar. Olhou em volta e franziu o cenho ao perceber que estava em seu quarto e não em um quarto pomposo na mansão Powell. Sua cabeça doía assim como o resto do corpo, amaldiçoou Fraülin em pensamentos e com palavras proferidas em murmúrios. Se estava ali se perguntou se Rebecca havia obtido sucesso em matar o caçador ou se apenas tinha sido levada por ele. Talvez encontrasse algum dos capangas do Joel no andar de baixo. Pôs os pés no chão e ergueu seu corpo, seu equilíbrio foi recuperado em alguns segundos e começou a andar em direção as escadas.

Ao chegar ao andar de baixo percebeu que a bagunça que haviam feito durante a luta havia sido limpa e não havia nenhum capanga mandado pelos Powell para guardar a casa. Se movendo um pouco devagar chegou à sala de estar e para seu alivio e surpresa Rebecca estava sentada com as pernas apoiadas na mesa de centro, sentado ao lado do corpo morto de Fraülin.

– Rebecca... – disse chamando atenção da mulher que se apressou em ajuda-lo a se sentar na sua poltrona habitual. – O que aconteceu? – diz em um gemido. Ia demorar um pouco para se curar totalmente, mas o processo era automático. Só um pouco lento com lesões mais graves, por ele não ser inteiramente um apanhador de medo.

– Chester me protegeu. Ele e Fraülin tiveram uma breve discussão e eu o matei. – explicou de forma breve.

– E então você o trouxe para sala para lhe fazer companhia. – ele sorriu, estava aliviado por Rebecca estar ali, viva, em sua frente.

– Eu me senti sozinha esperando vocês, belos adormecidos, acordarem. – ela olhou para o batente da porta onde Joshua e Francis acabavam de chegar. – Juntem-se a nós.

Joshua adentrou a sala e se aproximou de Fraülin.

– Fraülin! Nunca te vi tão bem. – diz e leva seus olhos para os de Rebecca. – Você conseguiu. Acho que lhe devo um pedido de desculpas. – lhe estende a mão. Rebecca hesita por alguns instantes, mas a aperta. Eles sorriem um para o outro pela primeira vez.

Rebecca fez as honras e jogou a ultima pá de terra na cova funda, ficou encarando-a por minutos demais, Joshua e Francis estavam bem na frente na floresta atrás da casa de Azazel, o que era bem conveniente devido as circunstancias. Azazel pôs a mão na cintura dela, movimento tão inesperado que ela pulou de susto.

– Está bem? – perguntou com a expressão séria de sempre, mas Rebecca sabia que ele se preocupava dessa vez.

– Sim. – respondeu automaticamente e o seguiu para fora da floresta.

De volta à mansão Rebecca seguiu para cozinha onde se lembrou de ter deixado o notebook, sentou-se de frente para notebook e o ligou. A iluminação da tela estava fraca, olhou para a bateria, que estava nas ultimas, “Droga!” Esbravejou. Respirou fundo e pensou em uma solução sensata, pegou o pen drive e selecionou todos os arquivos que podiam ser ou não importantes. No fim não sabia o que fazer com o notebook, então o guardou no fundo de seu guarda-roupa. Olhou para a cama e começou a sentir seus olhos pesados, mas sacudiu a casa, não tinha tempo para isso.

– Rebecca, você está horrível. – Francis comentou. – Desculpe.

– Obrigada. – ela disse pegando uma xicara de café – Eu preciso fazer isso logo, depois pode ser tarde demais. A gente não sabe quanto tempo vai levar até atacarem novamente... – explicou para o jovem e subiu as escadas de volta pro quarto.

No conforto de sua cama e tentada a dormir começou a vasculhar pelos arquivos, passou horas e horas lendo contratos que não lhe interessavam. Depois de tantos contratos, um arquivo em especial lhe chamou atenção. Levava o nome PEAM consigo, nele havia um relatório de alguma experiência que Rebecca não conseguia entender por estar cheios de termos técnicos e elementos químicos. Iria descarta-lo junto com os outros quando viu os dizeres: Auceps timore, não falava latim como Joshua, mas se lembrava do termo da história de Max na Alemanha sobre a origem dos apanhadores.

– Eu não acho que Joel e Carmen estejam tramando algo que envolva apenas Azazel ou pai dele... – ela começou explicando. – Acho que eles planejam algo grande contra nós, os apanhadores. Ela entrega o papel onde imprimiu o relatório escrito pelo Dr. Harrisson. Azazel tinha certo conhecimento em Biologia Humana, estudou alguns anos em uma universidade renomada. Seus olhos percorreram o relatório atentamente.

– Você está certa. Este é uma experiência em um de nós, provavelmente eles querem achar um jeito de exterminar nossa raça.

– Wow. – exclama Rebecca. – Isso é maior do que eu pensava.

– Mas por que eles foram tão amigáveis com você e Troy? – pergunta Azazel, se sentando, ou melhor, desabando no sofá. Rebecca se sentou ao lado dele.

– Eu não sei. Primeiro eu pensei que estavam interessados no dinheiro, mas talvez ela pensasse que eu fosse insignificante para o plano deles. – sorriu debochada.

– Então, qual é o próximo passo? – pergunta Francis

– Nós vamos atrás do Dr. Exterminador. – diz Joshua com as pernas cruzadas.


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Notas finais do capítulo

Hey! E então? Foi bom o bastante para nos deixar um comentário? Estou esperando por você. Até o próximo capitulo! Beijos da Ju.



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