Apanhador De Medo escrita por Ju Mikaeltelli, Beatriz Hunter


Capítulo 13
O Plano


Notas iniciais do capítulo

Hey todo mundo! Aqui é a Ju. Finalmente temos o Nyah de volta, e como não conseguimos cumprir a promessa de postar todos os sábados... Postaremos esse capitulo e amanhã, mais um. E aí sim começaremos a postar apenas aos sábados. Divirtam-se! Nos vemos nas notas finais.



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Já passava das uma da tarde quando Francis, Azazel e Joshua adentraram o bar já conhecido por Rebecca, o Murphy’s, que entrou por ultimo no local. Os seus olhos que passearam por trás do balcão não encontraram os cabelos loiros e os olhos azuis de Amber. Eles se sentaram perto da janela, Rebecca se sentou ao lado de Francis ficando de frente para Azazel que por sua vez estava ao lado de Joshua. Azazel tinha uma expressão dura, seus lábios se apertando um contra o outro. Já Joshua tinha a expressão relaxada e Francis tinha os olhos perdidos desde que chegou a casa de Azazel no dia anterior.

Rebecca permanecia em uma linha tênue entre o desespero e a tranquilidade. Apesar de ter dormido durante horas, seus olhos transmitiam cansaço e talvez, preocupação. Mas tinha que se manter firme. Os outros conversavam enquanto ela permanecia fora de orbita antes de chamarem por ela.

– O quê? – diz ela.

– Você tem que voltar a mansão Powell. – Joshua repetiu para Rebecca. Ela franziu o cenho. – Claro que não estava me ouvindo... O plano Becca.

– Não me chame de Becca. – ela disse entre dentes. O apelido em seus lábios não era nem um pouco carinhoso, era zombeteiro.

Os saltos pretos da garçonete que se aproximava da mesa fazia muito barulho em meio ao silêncio do bar, a outra garçonete atendia um grupo de jovens assanhados a duas mesas da deles. A menina se apresentou, pediu desculpa pela demora e anotou os pedidos, Rebecca reparou no vestido preto justo ao corpo que ela vestia, além dos olhos inchados havia o cheiro de jasmim impregnado em sua roupa. Se fosse para deduzir onde esteve, Rebecca diria que nas ultimas horas ela estava assistindo um corpo reduzido a ossos sendo enterrado no cemitério.

Eles ficaram em silencio até ela se afastar.

– Então, qual o plano? – Rebecca relaxou na cadeira. Ela interrompeu Joshua. – Não quero ouvir de você, eu me cansei da sua voz. Quero ouvir de Az. Fale. – ela disse, Azazel se curvou um pouco, pondo mãos em cima da mesa.

– Você tem que voltar a mansão Powell e descobrir as próximas ordens de Fraülin. Nós vamos preparar uma emboscada para ele. Mas você tem que ter cuidado... E paciência.

– Ou Chester pode desconfiar de algo. – ela completou a fala de Azazel.

– Essa é a primeira parte do plano. - finalizou.

– Mas isso pode levar dias. – diz ela.

– Por isso a paciência. – Francis diz. – Fraülin é sorrateiro, se ele descobrir que estou na casa de Azazel junto com Joshua, ele vai desconfiar de você.

– Portanto essa primeira parte do plano você está completamente sozinha. Acha que consegue? – Joshua voltou a falar.

Rebecca revirou os olhos.

– Você não me conhece. – ela disse no mesmo momento em que Amber voltou com seus pedidos.

(...)

Uma mulher estava agachada junto à lápide recém-colocada, ela tinha cabelos curtos e um olhar distante. As letras cintilavam na pedra que tinha os seguintes dizeres:

Aaron Carter (1987-2013)

Jornalista.

Filho e amigo amado.

Ela encarava a lápide já tinha alguns minutos, as mãos tinha uma única rosa branca. Pensava no que dizer. Respirou e começou a conversar com os ossos.

– Hey, eu sou Rebecca... Você deve lembrar-se de mim, tenho certeza. – diz ela. – Eu só quero dizer que... Sinto muito. Você não precisa me perdoar. – ela deitou a rosa em cima da grama verdinha e se levantou.

Andou em passos firmes sem olhar pra trás em direção ao seu carro no estacionamento. No meio do caminho parou e olhou para as árvores do seu lado, mas não viu Amber escondida atrás delas, então continuou seu caminho até o carro. Ligou-o e partiu. Era hora de pôr o plano em prática. Enquanto o carro vermelho de Rebecca sumia na estrada, Amber saiu de trás das árvores intrigada com o que tinha acabado de ver, mas andou até a lápide onde a mulher estava agachada minutos atrás. A rosa branca de Rebecca estava no meio de buquês de flores variadas.

– Nós estávamos passando por uma fase difícil. Mas eu sei que você me amava, como eu te amava. – suspirou. – Eu vou descobrir quem fez isso com você. Custe o que custar.

Um carro vermelho parou em frente à delegacia, e Rebecca se pôs para fora junto com seus óculos escuros, calça de couro e saltos, seu semblante parecia menos despreocupado depois de ter se desculpado com os ossos de Aaron, mas ainda estava pensando sobre o fato de permanecer na casa dos Powell e cumprir seu plano de descobrir o que Fraülin tramava. Não queria ter que abusar dos sentimentos de Chester para conseguir o que queria. Empurrou a porta de vidro da delegacia lembrando-se da conversa que teve com os meninos no bar um dia atrás. Cuidado e paciência, foi o que Azazel disse, ia ter que explorar bastante sua paciência nessa ‘missão’, pois quase não a tinha.

Ela encontrou uma sala de espera cheirando a produto de limpeza, estava vazia. Tirou os óculos escuros e aproximou-se do balcão branco.

– Hey, eu preciso falar com Chester Powell. – diz a mulher loira que desvia a atenção do computador para ela.

– Um minuto. – ela pegou o telefone. – Quem quer falar com ele?

– Rebecca. Rebecca Moore. – responde a mulher. Após alguns instantes ela sai de trás do balcão.

– Venha comigo. – Rebecca fez o que ela pediu e a seguiu até uma sala que tinha o nome de Chester.

– Obrigada. – disse antes de entrar na sala. Chester estava sentado na cadeira, mas se levantou quando ela entrou. Aproximou-se e por um segundo ela pensou que ele ia lhe beijar, mas apenas deu um beijo na bochecha dela. O que Rebecca agradeceu em pensamento, por que não saberia como recusar. – Você não me deu seu telefone. Então eu vim te visitar.

– Como me achou? – ele voltou a sentar na cadeira e apontou a cadeira da frente para Rebecca se sentar.

– Internet. – lhe respondeu com um sorriso. – Eu precisava falar com você.

– É algo com Azazel? – franziu o cenho.

– Não. É sobre mim. – disse e suspirou em seguida. – Eu quero a sua ajuda para encontrar meus pais. Você pode me ajudar? – ela pegou a mão dele repousada na mesa.

– É claro. Ficarei feliz em ajuda-la. – ele segurou a mão e a beijou como fez na outra noite. – Mas por que remexer no passado agora?

– Preciso saber de minha origem. Meus pais adotivos a levaram para o tumulo. – explicou.

– Então, vamos fazer isso. – diz para ela, sorrindo.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostou? Odiou? Expresse sua opinião para nós, ficaremos felizes de te responder, assumimos o compromisso de responder as duas a todos os comentários deixados. Se estiver disposto, favorite a história para nos ajudar (; Até o próximo capitulo! Ju.