Esperando já há algum tempo naquele porão, memórias reconfortantes e ruins vieram. Bom quando estava fugindo do FBI porque tinha levado a culpa de uma coisa que ela não fez, foi ali naquele porão que apelou para sua ultima carta, apelou para seu chefe que na época tinha se aposentado para ajudá-la a provar sua inocência. Porém também ali naquele porão fora o lugar onde teve que assassinar seu próprio irmão para salvar a vida daquela pessoa que hoje era quase um pai para ela.

O rangido da escada de madeira fez-se ser ouvido, olhou na direção e viu que seu chefe havia chegado.

– Preciso conversar com você! – A agente disse em um tom de voz serio, porém era só fachada. O homem nada disse apenas caminhou até sua mesa de trabalho e então pegou a cadeira para ela se sentar.

– Eu sei que você ainda está com raiva sobre esse assunto sobre o meu irmão, Ari. Porém você sabe o que aconteceu naquela noite. – Ela dizia isso com um pingo de tristeza em sua voz, pois a memória daquela maldita noite tinha vindo átona, ela podia ouvir o barulho do tiro que havia dado em seu irmão, ela podia o ver caindo desfalecido no chão frio de cimento, ela podia ver a poça de sangue formando em volta do corpo e podia ouvir Gibbs dizer a ela que aquele era o segredo deles.

– Foi aqui. - A voz da agente não continha nenhum indicio de emoção. A expressão de seus olhos era a mesma de quando ela fora resgatada da Somália, mais especificamente das garras de Saleem.

– Quero ouvir isso de você! – Ele continuou – Você tinha ordens de matar seu irmão para ganhar minha confiança.

– Sim, mais essa não é a questão.

– Então que questão é essa David? – O Agente explodiu.

– Gibbs, eu possuo problemas maiores do que essa questão de Ari. Você sabe que eu e o Tony estamos tendo um relacionamento. – Ela falou mais alto que a voz dele, dando a entender que ela tinha de falar.

– Bom, há algumas semanas eu descobri que estava grávida dele, porém eu achava que com o nosso relacionamento o Tony iria se tornar um pouco mais responsável.

– Bom estamos falando do DiNozzo, Ziva. – Ela percebeu que estava um pouco mais calmo, afinal ele havia a chamado pelo primeiro nome então isso era um bom sinal.

– Gibbs, não é essa questão! Eu preciso de sua ajuda, eu sei que o Tony não vai ganhar responsabilidade tão cedo e com isso eu tenho medo de que ele não assuma esse filho ou filha que eu estou carregando.

– Ziver se ele te ama, com certeza ele ira assumir. – Falou com um tom sereno

– Gibbs, por favor, eu não quero ter que falar para o meu filho que o pai dele está vivo só que não tinha responsabilidade suficiente para assumi-lo.

– E você acha que seria mais fácil dizer para esse seu filho ou filha que o pai dele está morto? – Falou indignado.

– Por favor, Gibbs, me ajuda! – Ela disse um ultima vez com lágrimas nos olhos foi quando que a agente começou-se a sentir-se tonta, percebeu sua visão ficando embaçada foi quando percebeu que ia desmaiar só que quando percebeu foi tarde de mais.

– Ziver! – Ele a pegou no colo, e notou como ela era leve. Porém aquilo não importava tinha que levar ela lá para cima.

Após algum tempo a agente começava a despertar, ela notou que estava em um cômodo diferente foi quando percebeu que era o quarto de hóspede da casa de Gibbs. Ela tentou levantar mais foi pega por uma tontura forte, então resolveu ficar deitada, alguns minutos depois ela ouviu a porta se abrir e de lá viu entrar o homem a quem considerava seu pai, o seu papai.

– Como se sente? – Ele perguntou.

– Enjoada e um pouco tonta.

– Eu liguei para Ducky e ele disse que você estava com dois meses de gestação!

– Nossa! Gibbs desculpe pelo susto.

– Não foi sua culpa, mas quero que saiba que qualquer for seu plano eu irei te apoiar.

– Obrigada!

– Não se preocupe Ziver. – Ele beijou sua testa então disse novamente:

– Descanse ninja. – Sendo vencida pelo cansaço, ela dormiu só que sabia que ele estava lá para velar seu sono.