Dançando em Fogo escrita por Em White


Capítulo 5
Sua...namorada?


Notas iniciais do capítulo

Você sabe que tá pobre quando vem pro colégio para pegar wifi.. (só pra postar este capítulo em consideração aos meus poucos, porém lindos, leitores)
Sem mais, sejam felizes
P.S. o texto não está alinhado nem com parágrafos porque toda vez que eu vou ver como ficou o Nyah simplesmente ignora o meu esforço do word AHHHHH : S ( não é culpa minha, sei que é horrível, maaaas leiam)



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As portas do elevador se abriram em um tranco. Magnus

seguiu o caminho com a segurança de quem já o trilhou diversas

vezes, alguns passos atrás estavam Ali e Louis de mãos dadas.

Tinham atravessado toda a igreja com características góticas –ou,

apenas uma construção vazia dependendo de quem estivesse

olhando- e não ouviram um ruído que não fosse dos próprios pés

no chão de mármore.

–Olá Church, você poderia me levar até Alec, ou alguém? –

Magnus perguntou ao gato enquanto afagava sua cabeça.

Lou olhou incrédulo para Ali quando o gato começou a guiá-

los. Ela deu um sorrisinho para o irmão que estava começando a

ver por trás do glamour.

O gato se deitou em frente a uma grande porta de madeira,

provavelmente indicando que haviam chegado.

–Obrigado, Church.

Empurrando a porta que estava entreaberta, pode-se ver um

corredor de azulejos com várias camas e um armário de remédios,

se tratava de uma enfermaria.

Os três entraram no cômodo e viram, no canto oposto ao

que antes era visível, uma cama ocupada por um homem de

cabelos castanho escuro como o do irmão a não ser por alguns fios

grisalhos que começavam a aparecer. Ao seu lado estava uma

mulher ruiva com olhos da cor de esmeraldas com uma expressão

dócil.

–Papai! –Lou correu e pulou na cama em que o Thomas se

encontrava, estava com algumas ataduras e as mesmas marcas

pretas que Alicia vira em algumas pessoas na durante a festa da

outra noite.

–Ei, vai com cuidado, Lou. Ainda não estou cem por cento.

Ali olhava para ele na em pé na beirada da cama, não sabia

como reagir, pois ao mesmo tempo que ela queria fazer o que o

irmão fez, ela também queria que ele contasse tudo para ela.

–Oi, querida. –A voz era baixa, ele parecia saber o que ela

pensava.

–Oi, papai. –Ela tentou um sorriso que funcionou

parcialmente.

–A reunião ficou marcada para que horas? –Magnus acabou o

clima tenso que preenchia o lugar, se dirigindo à mulher que

continuava sentada.

–Marcamos no apartamento da Izzy, mais ou menos seis

horas, mas sairemos assim que Jace acabar de treinar o Chris.

–Seus garotos não tem jeito... Se eu bem os conheço, sei que

isso tomará algum tempo. Alec está?

–Sim, acho que na biblioteca.

–Tenho alguns assuntos a colocar em dia. –Ele disse seguindo

para a porta novamente.

–Como Magnus não a apresentou, crianças, essa é minha

irmã adotiva Clary.

–Ele está nervoso, faz tempo que ele não encontra Alec...

Enfim, é um prazer finalmente conhecê-los. –O sorriso dela era

tão agradável que qualquer um teria vontade de acreditar no que

ela diz.

–Sou Alicia e esse é Louis. –Ela quis ser o mais simpática

possível. –Não sabia que você tinha uma irmã, pai.

–Quando minha mãe morreu, Jocelyn, mãe de Clary, cuidou

de mim e acabei entrando para a família. Falando em família, aqueles dois ainda estão brigados?

Clary riu. –Faz alguns meses que eles terminaram de novo e

Alec voltou para o Instituto, a ligação de Magnus reacendeu a

chama pelo visto.

***

–Belo salto! –O homem loiro de corpo esculpido elogiou o

garoto que havia parado perfeitamente no chão.

–Aprendi com o melhor.

–Já que você diz. –Respondeu sem modéstia alguma. –Agora,

que tal uns golpes com lâminas Serafim?

–Nada de golpes agora! Jace, você prometeu que ia ser um

treino rápido, Magnus já chegou faz tempo, Simon também já

trouxe a Liz e está esperando pra nos levar. –Clary o repreendeu e

jogou uma toalha para ele.

–Ah, mãe, não temos nem um tempinho? –O garoto era a

perfeita mistura de Clary e Jace, havia herdado o melhor dos dois,

isso não ajudava na hora de negar algo para ele.

–Não, Chris, vá se trocar, sua prima e os filhos de Tom estão

te esperando para escolherem algo pra comer.

–To morrendo de fome. –Ele disse, correndo para o canto da

sala e pegando a camiseta jogada no chão. –Só vou tomar um

banho.

Jace se aproximou da porta e abraçou Clary, teve que se

curvar um pouco, a altura sempre fora um obstáculo para eles.

–Você está nojento.

–O suor me deixa ainda mais sexy, você tem sorte de me ter

exclusivamente. –Ele riu e beijou o cabelo vermelho.

–Vamos logo. –Ela sorriu.

Os dois foram até um dos quartos e encontraram Alec e

Magnus se beijando, tentaram se explicar, mas foram cortados pela

pressa de todos.

Em frente aos portões do Instituto, Simon estava parado com

o motor ligado.

–Eu não acredito que ele ainda usa a van do Eric. –Jace

comentou.

–Entrem logo, o assunto é sério. –Simon parecia preocupado,

nem se importou com a implicância antiga.

A van arrancou por Nova York.

***

–Lembro de você, na festa do Magnus. –Os olhos cor de café

com creme analisavam Ali por trás das lentes dos óculos.

–Acho que também te vi por lá. –A menina era uma das que

estavam no grupo ao qual Christopher se juntou, ela possuía

marcas pretas pelo corpo, agora cobertas por um suéter vermelho

e jeans.

–Talvez, mas era mais fácil te notar, você não usava roupas de

festa, nem nada extravagante. –Ali sentiu a bochecha queimar. –

Sorte a sua, odeio ter que me arrumar para essas ocasiões.

As duas conversaram sobre a festa. Liz contou que estavam lá

naquela noite porque os pais de Chris receberam uma ligação de

um amigo que precisava de ajuda, certamente Thomas, todos

tiveram que sair e Magnus ficou responsável pelas crianças.

–Lógico que não foi a melhor ideia do mundo, poderíamos

nos cuidar sozinhos, mas pelo visto uma festa com todo o tipo de

espécie do submundo é mais segura.

Uma vez ou outra Lou passava pela cozinha correndo atrás

de Church, ele parecia ter alguma coisa com gatos.

–É legal ter um irmão? –Liz perguntou observando o garoto

passar pela porta outra vez. Por ter sido treinada, sabia que ele era

Caçador de Sombras, como ela.

–Ele é um terrorzinho, mas é legal. Mesmo não sendo meu

irmão de verdade. –Soava estranho dizer que ele não era irmão de

sangue dela. –Você não tem irmãos?

–Não... não sei, fui adotada quando era bem pequena. O mais

próximo de um irmão é meu primo Chris.

Alicia e Elizabeth se deram muito bem, talvez pelo fato de

ambas serem adotadas, se abriram com facilidade. Liz explicou

brevemente a história, que seria absurda se contada em outra

ocasião. Seus pais ainda tinham apenas um rolo que não duraria

muito, pois ele era vampiro e ela Caçadora, logo ela envelheceria e

ele não, mas uma vez seu pai teve que invocar um Anjo e além de

seu propósito inicial, pediu que pudesse envelhecer pelo menos

até sua amada morrer. Assim os dois puderam ficar juntos, só que

o vampiro continuou não podendo procriar, adotaram então

Elizabeth que perdeu os pais ainda criança, coisa normal no

mundo de Caçadores de Sombras, a escolheram porque ela tinha

os cabelos de Izzy e os olhos de Simon.

–Isso é tão lindo. –Ali sorriu genuinamente.

–Já podemos pedir a comida, topo até se for pedra, -O garoto

entrou entusiasmado na cozinha mas congelou assim que

encontrou os olhos violetas que o fitaram vidrados.

O silêncio entrou em cada canto da cozinha, do modo mais

desconfortável possível, Alicia não tinha associado o nome à

pessoa. Liz se sentiu obrigada a quebrá-lo, antes que alguém

soltasse algo que não devia.

–Vocês preferem pizza ou comida japonesa?

Da sala ouviu-se um “Pizza!”, um dos pratos que Lou mais

gostava.

–Vou fazer o pedido. –Ela se levantou e foi em direção ao

telefone, era muito madura apesar de não ser tão mais velha que

Ali, na realidade, parecia ser mais nova, se não contar os óculos

que tiram a expressão infantil.

Ficaram mais um tempo sem dizer nada.

–Então, você é a filha do Tom?

–Parece que sim...

–Olha, me desculpa, aquele dia na festa eu me descontrolei, é

que...

–É impossível, eu sei. –Ela não queria ter essa conversa agora,

tudo aquilo já tinha passado.

–Você não tinha ideia de que, bem, tudo isso era real?

–Nenhuma, pra mim era ficção.

–Que estranho, eu cresci sabendo que todas as histórias são

reais...

Enquanto conversavam, o clima foi se amenizando até a hora

que Lou se apressou para pegar um lugar na mesa e Liz chegou

com a pizza fumegante. Cada um se serviu de uma fatia.

–É a melhor pizza que já comi na vida! –Declarou Louis.

–Kaelie trabalha no Taki’s e como somos amigos de Hanna,

filha dela, nossos pedidos sempre vem no capricho. –Chris

explicou dando outra garfada.

–Hanna estava conosco na festa, você deve tê-la visto.

–Ah, sim, -Se arrepiou ao se lembrar do olhar fuzilante. –sua

namorada?

–Pelo Anjo, não! –Ele ficou vermelho e Liz não conteve a

risada.

–Mas bem que ela queria...

–Liz! Aquele dia da festa, era aniversário dela, por isso a

abracei.

Alicia se sentiu aliviada, mas com vergonha também, não era

da conta dela.

–Tudo bem, você não precisa me dar satisfações.

–Sabe, foi muita coincidência eu ter encontrado você e seu

irmão lá. Quero dizer, só estávamos lá porque seu pai ligou.

–Nem me fale, acho que foi um dos piores dias da minha

vida.

Chris ficou quase no tom dos cabelos, uma parte do dia foi

piorada por causa dele com certeza. Lou terminou de comer e foi

até um quarto que lhe indicaram que havia brinquedos.

–Isso tudo é muito estranho, -Liz estava pensando e

encarando a janela que levava a última luz do dia ao interior do

cômodo, pelo tom da voz, não estava prestando atenção. –porque

você é tão importante?

–Sei lá, talvez porque eu seja filho de Clarissa Fray e Jace

Herondale?

–Não você... –Ela disse se virando para Ali que sempre

prestou atenção nos detalhes não tão importantes.

–Mas seu sobrenome não é Lightwood?

–Mais ou menos, meu pai foi adotado pelos Lightwood, são

minha família. –Trocou um sorriso cúmplice com a prima.

–Pelo visto ninguém tem famílias muito normais nesse...

mundo. –Alicia e Christopher riram com a hesitação da garota.

–Gente, foco. Acho que tem algo acontecendo.

–Ah, sim... Eu não sei, aliás, eu não sabia de nada há umas

duas noites e todos parecem saber mais do que eu.

–Tem que ter alguma coisa.

–Magnus disse algo sobre uma Rainha e tem o meu

caderninho que ele levou para tentar decifrar o que tá escrito.

–Será que ele estava falando da Rainha Seelie? –Chris

perguntou tentando montar o quebra cabeça.

–Faz sentido, minha mãe e meu pai tiveram uma breve

discussão esses dias, envolvia Meliorn, o cavaleiro fada da

confiança de Milady. –Disse o último nome com ironia, algo

naquela Rainha era tão falso quanto botox, ainda que fadas não

possam mentir.

Fizeram silêncio outra vez, só que confortável, ficaram assim

até que Liz viu algo em seu celular e se levantou apressando a

todos.

–Os pais de Jess e Mike também estão na reunião e parece

que todos vão demorar, disseram pra gente ir pra lá. Quem topa?

Parecia uma boa ideia. Se arrumaram e quando chegaram no

quarto em que Lou se encontrava, ele já estava dormindo no tapete

ao lado de carrinhos, colocaram-no na cama e trancaram a porta,

como Isabelle e Jace uma vez fizeram com Max.

–Tem certeza que é seguro? –Ali questionou, não se sentia

uma irmã tão boa assim, com razão.

–Claro que é, isso aqui é sagrado. –Chris tranquilizou-a.

–Literalmente.

***

Subiram as escadas de um prédio e bateram na porta, lá

dentro duas vozes brigavam para atender. Por final, uma garota

morena, com o cabelo cheio de trancinhas e incríveis olhos

castanho-esverdeados, atendeu.

–Finalmente, achei que vocês não vinham mais... –Ela

cheirava a... cachorro. Lobisomem, Ali descobriu que era capaz de

distinguir.

–Da próxima vez peço à bruxinha aqui para fazer o metrô ir

mais rápido. –Provocou Chris, depois se virou para Ali. –A

propósito, essa é Jess e aquele lá é Mike, são lobisomens de um

bando amigo.

Confirmado, eram lobisomens, seu “faro sobrenatural”

funcionava.

–Então, temos gente nova no pedaço. Legal! –Mike fez um

gesto para que entrassem e todos se acomodaram num sofá laranja

e em alguns pufes.

Passaram algumas horas conversando, enquanto a Lua

dançava pelo céu. Seus pais provavelmente passariam a noite em

reunião, sobre o assunto misterioso que todos tinham um

pressentimento ruim.

–Vocês deviam passar a noite aqui, ta meio tarde. –Jess

aconselhou.

–Meu irmão está dormindo, tenho que dar uma olhada nele.

–Ali estava começando a ficar com a consciência pesada.

Chris decidiu que nada demais aconteceria se fossem

caminhando, não era tão longe e além do mais fazia calor.

–Eles são legais... Sei que pode parecer idiota, mas eles se

transformam sempre?

–Só em noite de Lua cheia.

–Porque o interesse? –A pergunta do garoto atraiu olhares

questionadores. –Quero dizer... Você nunca perguntou nada sobre

nós, caçadores...

–Eu descobri que meu irmão é um de vocês, Nephilim,

certo? Ai, Magnus me contou bastante sobre Caçadores de

Sombras, Anjos, me lembro dele ter mencionado sua família, os

Herondale...

–Falou?! O que ele disse?

–Algo sobre vocês serem obcecados por organização e as

guerras mais famosas até agora, não sei bem...

–Não poderia concordar mais com a primeira parte. –

Elisabeth achou toda a situação hilária e se virou para tomar fôlego. Ao mesmo tempo uma criatura enorme pulou na sua frente. –Pessoal, virem-se bem devagar, tem um demônio aqui.

Alicia e Christopher fizeram o que ela disse e se depararam

com o demônio que entre rosnados dizia:

–A menina... que é bruxa e fada... eu a quero.

–Ele quer dizer... eu?! –Ali estava imóvel, mas de rabo de

olho conseguiu ver que os dois primos tinham lâminas Serafim nas

mãos e exclamaram nomes de Anjos.

–Temo que sim.


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Notas finais do capítulo

Não me lembro bem do que tem nesse capítulo (já tava toda trabalhada no sono quando terminei), mas o título é só pra deixar claro que a Hanna é importante..
De todo modo, comentem, é importante pra mim!
Tchauzinhoo



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