Dançando em Fogo escrita por Em White


Capítulo 3
Bem-vinda ao Submundo


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiii !
Gente, antes de tudo quero agradecer a Nicole Alves e Diana Silva que mandaram reviews super animadoras, pena que não pude postar antes... (fiquei doente e deu lag no cérebro)
Não gostei muito do capítulo, me digam vocês depois. Ele está mais "calminho" se comparado com o anterior, mas tenho que introduzir geral, então...
Bem-vindos a festa de Magnus Bane!!



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-Esse lugar é horrível. –Lou estranhou o olhar maravilhado da irmã, mas quando ela ia responder, uma voz soou grave atrás da porta, antes que eles houvessem tocado a campainha, mesmo porque não sabiam onde ela se encontrava.

-Quem ousa querer aparecer a ponto de chegar atrasado a uma festa de Magnus Bane?! –Era um tom meio ameaçador.

-Na verdade nós não estamos aqui pela festa, meu pai me disse que o senhor poderia me ajudar.

-E quem foi tão próximo de mim para dizer que eu ajudaria sua prole?

-Thomas Bellefleur.

Houve o barulho de um copo quebrando e depois a porta se abriu. Nela estava apoiado um tipo excêntrico, um homem (ou quase) alto e dava para ver o braço forte que estava à mostra por uma regata rosa neon, esta não combinava muito com a calça azul cintilante. Porém o que chamou a atenção de Ali foram seus olhos verdes com pupilas iguais as de gato e iguais a que ela havia visto mais cedo nela mesma.

Dessa vez a voz soou bastante entusiasmada. –Alicia Foster, estive esperando por sua visita e dispense formalidades, o senhor está no céu. –A garota olhou para trás procurando a pessoa para quem ele se dirigira, não vendo ninguém, se virou novamente.

-Sinto muito, ainda não me apresentei, mas meu nome é Alicia Bellefleur, não Foster..

-Por enquanto serve. O que vocês estão esperando?! Entrem! –Dizendo isso puxou Ali e Lou para dentro da casa (uma suntuosa mansão para a garota, onde havia pessoa de todas as cores, literalmente, com roupas extravagantes e decoração incrível), no entanto apenas uma festa com adultos normais para o menino.

Um gato passou preguiçosamente pelos três se enroscando na perna de alguns convidados. Alicia estava tão encantada com as figuras que ela possivelmente havia lido sobre nas suas histórias favoritas, que não notou o momento em que o irmão largou sua mão e foi atrás do animal (ela não era a pessoa mais atenta do mundo, longe disso, e o ambiente ajudou a piorar a situação).

-Ahm... –Ela forçou seus pensamentos a saírem e voltou a focar no que era importante. –Por que meu pai me mandou vir aqui?

-Na verdade eu mandei, ele estava um pouco relutante em deixar a princesinha sair da fortaleza. Mas isso é uma longa história, posso te contar amanhã quando estiver sóbrio.

-Enquanto isso como eu, quer dizer nós, –Nesse momento ela olhou para o lado e percebeu a ausência de Lou. –Ai, droga...

A menina se virou e começou a esticar o pescoço para conseguir ver entre os montes de purpurina e excentricidades, ela era alta, mas o nível de distrações também era.

-Você pode aproveitar a festa e quando quiser, o quarto de hóspedes fica subindo no corredor, subindo as escadas, na terceira porta à direita. –Ela pode ouvir Magnus gritar a certa distância antes de se perder na pista de dança, mas não deu ouvidos.

-Ai, que maravilha, eu devo receber o prêmio de melhor pessoa do mundo, -Ela levou a mão á testa. –Não acredito que eu perdi meu irmão.

Ela rodou pelo vasto espaço, que tinha do chão ao teto espelhos ampliando ainda mais o aspecto do lugar, até o bar refletia vários pares de pernas, femininas, masculinas, brancas, negras, azuis, verdes, mas nenhum sinal das perninhas magras do garoto de sete anos que ainda estava com o jeans que usou na escola. Não que Ali estivesse muito melhor, ainda usava as roupas surradas e com um pouco de sangue, com as quais havia estado o dia inteiro.

Sua cabeça estava latejando, ela se sentia muito irresponsável, por tudo que havia deixado acontecer nas últimas horas, considerando tudo uma sucessão de erros. Por outro lado sua vontade era de aproveitar a festa e conhecer aquelas figuras curiosas. Afastou esse último pensamento, pois ele parecia um tanto cruel, devido aos fatos.

-Lou! –Por mais alto que ela, gritasse todo o barulho, de conversas e música, abafava sua voz.

Mesmo sendo uma sala com apenas quatro lados, como normalmente, era quase impossível achar alguém, tinha a sensação de estar em um infinito de pessoas. Finalmente ela conseguiu parar de olhar para os fascinantes rostos e desceu sua mira para a cintura e pernas de todos, onde provavelmente se encaixaria o tamanho do garoto, ela sabia que já deveria ter feito isso antes, mas algo a segurava. Demorou um pouco, até que ela pode ver um rapaz com um joelho apoiado no chão conversando com um garoto.

Chegando onde eles estavam, ela abraçou seu irmão forte e rapidamente e em seguida o puxou para trás dela.

-Você está realmente tentando sequestrar o meu irmão?!

-Não, mas também não é como se você se importasse, já que ele estava sozinho. Eu só estava ajudando a procurar o Presidente Miau. –Ele se levantou, revelando seu cabelo ruivo caindo por cima da testa e incomodando um pouco seus olhos dourados, olhando para Ali de frente, ele era um pouco mais alto que ela.

-Eu não confio em você, aliás, eu não te conheço.

-Christopher Lightwood. –O garoto tirou o cabelo do olho e esticou a mão para cumprimenta-la.

Alicia demorou um pouco para retribuir o gesto, mas quando o fez, sentiu uma corrente elétrica passar pelo seu braço e ele provavelmente também sentiu, pois logo em seguida soltou a mão dela e o brilho do seu olhar empalideceu.

-O que é você? O Magnus sabe disso?!

-Olha, eu também não gostei de você, mas não foi por isso que eu sai te ofendendo. E sim, o Magnus sabe que eu estou aqui, pode ter certeza que se pudesse escolher eu não estaria.

Ele não pareceu ouvi-la. –Isso não é possível. Não faz sentido...

-Nada tem feito ultimamente e você não está me ajudando, pelo contrário.

Lou olhava de um para outro na discussão que parecia interminável, ou não, Christopher estava quase cedendo a uma conversa mais pacífica, mas um grupo com quatro adolescentes começaram a chamá-lo insistentemente, olhou por cima do ombro e um dos meninos estava apontando para um relógio invisível no pulso, uma garota mais na ponta mirava em Ali não muito amigavelmente.

-Bem, é meia noite, a Cinderela aqui tem que ir... –Seu tom estava bem mais tranquilo agora, mantendo apenas uma certa arrogância e provocação. Alicia respondeu com um sorriso cínico.

Christopher, antes de se juntar aos demais, olhou para trás onde estava a garota e seu irmão, depois continuou a andar. Ele se aproximou do grupo e abraçou uma menina de cabelo castanho trançado caindo ao redor do ombro, agora aquele olhar fuzilador foi compreensível. Ali pode notar que ele, a garota que abraçava e outra de cabelos escuros e óculos, tinham várias tatuagens pretas espalhadas pelos braços e pescoços, mas um outro garoto e uma garota muito parecidos que também estavam com ele não possuíam tais marcas.

***
    O quarto de hóspedes era grande e a decoração era tão extravagante quanto o dono de tudo aquilo. Um espelho enorme com moldura dourada refletia uma parte da cama enorme com uma colcha de seda pura.

-Acho que prefiro dormir em casa... –Louis disse enquanto retirava os tênis com a ajuda dos próprios pés e se deitava na cama macia.

-Eu também, mas é o que temos pra hoje e esse quarto não é dos piores.

Ela se sentou na cama e passou a mão nos cabelos do irmão até que ele dormisse, coisa que ela não conseguiu fazer até a madrugada por conta de pensamentos que iam e vinham.

***

Ali estava começando a amaldiçoar a ideia que teve de descer e começar a arrumar a sujeira deixada pela festa, já estava segurando mais copos do que podia contar, mas a faxina funcionou como um exercício para esvaziar a mente.

-Eu tenho que começar a repensar nas pessoas que fazem as bebidas das minhas festas... –Magnus descia as escadas com um pijama cor de rosa segurando um gato branco que ronronava contra seu braço.

-Bom dia pra você também.

-Desculpe, não reparei que já tinha se levantado, nem precisava arrumar isso, parece até os garotos Herondale, perfeccionismo extremo.

-Não os conheço... –Ela já estava se cansando de ouvir conversas que não entendia.

Ele pareceu ignorar o resmungo. –Cadê o seu gnomo?

-Se você quer saber do meu irmão, ele ainda está dormindo. E acho que você já esta muito bem para uma conversa, né?!

-Sim senhor, -Ele respondeu fazendo continência, seus olhos de gato brilharam. –desde que essa conversa seja na cozinha, preciso de um café forte.


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Notas finais do capítulo

É isso ai !
O que vocês acharam do Chris?!
Só lembrando que enviar review não mata : )
Um beijo pra quem leu até agora e outro pro mundo, só porque eu to feliz hoje.



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